quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

O ZELO COM O PÚLPITO DA IGREJA

21.02.2018
Postado por pastor Robenildo Lins

Imagem relacionada

O que o Santo dos Santos era para o templo no Velho Testamento, o púlpito é para a igreja no Novo. O púlpito é o lugar de maior reverência do santuário, dali sai a Palavra de Deus que salva, conforta e orienta espiritualmente os redimidos de Cristo.

1) – O púlpito não é o lugar de homens manchados, mas purificados pela brasa viva. 
Is 6.5-8.

2) – O púlpito é o lugar de o fogo arder continuamente. Lv 6. 13. Fogo do Espírito Santo, é claro.

3) – O púlpito é o lugar de proclamar as promessas de Deus e não as humanas. Nm 23.19.

4) – O púlpito é o lugar de assentar os ungidos do Senhor, sejam eruditos ou simples.

5) – O púlpito é o lugar de adorar a Deus e não de endeusar mortal. Is 48. 11.

6) – O púlpito não é lugar de homens idólatras, viciados e ímpios, mas de obreiros consagrados. I Tm 5.22.

7) – O púlpito é lugar exclusivo de quem sabe se ajoelhar.

8) – O púlpito é o lugar de se ensinar o caminho para o céu e não para o parlamento.

9) – O púlpito é o lugar de pregar a união, o amor e a harmonia e não o partidarismo.

10) – O púlpito não é lugar de imperador, mas de servo. Mc 10.42-45.

Conclusão: Um dos sinais do final dos tempos é a irreverência com as coisas sagradas. Os homens levam tudo para o aspecto comum e vulgar, e as coisas de Deus não devem ser tratadas desse modo. Os pastores zelosos do bem prosseguirão como aprenderam de nossos pais na fé.

INDIRETAS NO PÚLPITO, QUENTINHAS, VINDAS DIRETAS DO INFERNO

Infelizmente, é muito comum vermos pastores usarem os púlpitos para jogar indiretas a determinados membros de suas congregações. O mais triste é que usam a própria palavra de Deus, escolhendo a dedo versículos bíblicos para alcançarem seus objetivos de detonar alguém. Se consideram tão santos de que não aceitam o fato de uma ovelha possa discordar de suas opiniões, ainda que estejam errados. Quando a ovelha discorda do pastor ganha um inimigo que a ataca diretamente do púlpito não lhe dando oportunidade de defesa. Fazem insinuações, deixando toda a igreja curiosa, e cheia de suspeitas malignas, o que é condenado pela bíblia.

Se alguém ensina falsas doutrinas e não concorda com a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino que é segundo a piedade, é orgulhoso e nada entende. Esse tal mostra um interesse doentio por controvérsias e contendas acerca de palavras, que resultam em inveja, brigas, difamações, suspeitas malignas - 1 Timóteo 6-3,4

Indiretas são os motivos de muitas discórdias e fofocas nas congregações, dividem o Corpo de Cristo. Todo reino dividido contra si mesmo não prospera. Esta é uma razões pela qual, muitas denominações se tornam frias e não crescem espiritualmente e nem em números.

Muitas ovelhas são bebês na fé e precisam de um cuidado especial, tendo um pastor para orienta-las e não espalha-las como tem acontecido. São incapazes de sentar com a ovelha, e com carinho repreende-las, caso estejam erradas, ou pedir perdão, caso ele estiver errado. O apóstolo Paulo diz em: (1Timóteo 5.1,2 - Não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como a pais; aos moços como a irmãos; As mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, em toda a pureza.
Alguns pastores, pregadores, lideres são sábios, outros são tolos, esquecendo-se que terão de prestar conta de cada ovelha. Púlpito é lugar de pregação e não de indiretas.

CUIDADO! PÚLPITO, MICROFONE E BÍBLIA NÃO SÃO ARMAS DE DESABAFO!

TODOS NÓS QUE TEMOS OPORTUNIDADES NA IGREJA TEMOS QUE TER UM CUIDADO REDOBRADO DE COMO USAMOS ESTES TRÊS INSTRUMENTO NO TEMPLO DO SENHOR CONSAGRADOS PARA EXALTAR UNICAMENTE A DEUS, O PÚLPITO, O MICROFONE E A BÍBLIA POIS, ESTES NÃO SÃO ARMAS PARA TENTARMOS ATINGIR NOSSOS INIMIGOS OU DESAFETOS. Conforme disse o apóstolo Paulo com a expressão “se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Coríntios 9.16).

PARA QUE NÃO SERVE O PÚLPITO

A palavra púlpito vem do latim pulpitum, que traduzindo significa palco, estrado. Local de onde fala um orador, geralmente dentro de um templo religioso. Praticamente, todas as igrejas (protestantes ou não), se utilizam desse móvel, colocando-o no centro da plataforma, geralmente elevada, talvez para trazer a conotação de autoridade e centralidade. Dali, pregadores costumam se dirigir à congregação para expor suas pregações, preleções, homilias, doutrinas, ministrações, depois das leituras das Sagradas Escrituras, a Bíblia.

 Mas infelizmente, pastores e outros líderes estão usando esse espaço físico (o púlpito) e o precioso tempo de que dispõem para outras (in)utilidades, roubando, muitas vezes, a única oportunidade da semana que têm com seus ouvintes (as ovelhas). Vejamos o quê o púlpito não é:

1 – Púlpito não é lugar de autocomiseração, onde o “pregador” fala de suas lamúrias buscando sensibilizar os ouvintes das suas “coitadices”. Isso é reclamação, nunca deve ser visto como pregação.

2 – Púlpito não é palco de stand up comedy, onde se conta anedotas, piadas e estórias engraçadas, buscando arrancar risos da “platéia”. Isso não é estar sob a graça, é ser engraçado.

3 – Púlpito não é divã de analista, onde pregadores tentam aliviar sua frustrações diárias com seus “desabafos” pessoais à Igreja. Isso não é apascentar, mas “apausentar” ovelhas (dá paulada).

4 – Púlpito não é tribunal de júri, onde líderes procuram se defender, tentando mostrar  “a transparência” das suas ações.  Isso é falsidade maquiada de santidade.

5 – Púlpito não é lugar da “mensagem de carapuça” (mensagem que soa como uma crítica, como feita de encomenda), quando se tenta solucionar os problemas dos membros da congregação através de pregações dirigidas indiretamente. Isso é pastoreio à distância.

6 – Púlpito não é lugar de fofocas, onde se expõem confidências de gabinetes pastorais e de conversas pessoais com a membresia. Isso é assédio moral.

7 – Púlpito não é palanque político, onde candidatos têm neles, suas tribunas para referendarem e promoverem suas campanhas. Isso é trocar o sagrado pelo comum.

8 – Púlpito não é balcão de SPC, onde se expõe e se cobra as ”dívidas” dos fieis. Isso é afronta pessoal, não cuidado pastoral.

9 – Púlpito não é mesa de barganha financeira, onde “tentam” negociar com Deus dízimos, ofertas e contribuição afins. Isso é pressão psicológica, não exposição teológica.

10 – Púlpito não é lugar para palestras motivacionais ou de autoajuda, onde os ouvintes buscam ouvir o que desejam. Isso é alimentar o povo com “fast food” e não com alimento sólido.

DO QUE DEVEMOS TER NOS PÚLPITOS

Os pregadores não têm se portado à altura do ofício divino da pregação bíblica. Logo, por força dessa falta de valores as congregações têm perdido sua identidade cristã, tornando-se auditório comum e secular. Gostaria de destacar 7 valores que certamente deveriam estar presentes nos púlpitos cristãos, princípios que fariam com que a pregação fosse muito mais relevante, eficaz e qualificada. Há muitas outras razões, mas o espaço não nos permite desenvolvê-las. Fiquemos apenas com estes, abaixo citados:

1) Sermões devem ser cristocêntricos - O tema de uma pregação não deve ser "matar um leão por dia", "vencendo o monstro da depressão", mas sim a pessoa de Deus e Sua imensa graça. Para ouvir mensagens de auto-ajuda nós buscamos palestras ou compramos livros; púlpitos de igrejas devem falar de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, da graça, da alma, da vida eterna, e não de efemeridades meramente psicológicas. "Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. "(1Co 1:24)

2) Pregadores devem ter postura - Está em destaque o abandono de tudo o que lembre formalismo. Então vemos nos púlpitos pregadores que buscam não se parecer com pregadores. Uns vão com camisas de times de futebol, outros com roupas de piquenique, outros ainda nem sequer se preparam. Quem sofre é o púlpito, que vira algo irrelevante e desprezível. Assim como se espera um governo digno e elegante, ou um médico e bombeiro bem fardados, também se espera que o pregador poste-se digna e solenemente no exercício da pregação da Palavra de Deus. Elegância, simplicidade, humildade: quesitos que valorizam o púlpito.

3) As mensagens devem ter linguagem sadia - Que tristeza e incômodo ver e ouvirmos um pregador com mensagens cheias de gírias e palavras deselegantes! Um bom sermão deve ser simples, de linguagem clara e compreensível, sem ser inadequada, inconveniente, deselegante. O pregador deve ser correto no uso da linguagem. "Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." (Tt 2:8).

4) Pregadores não devem obrigar o auditório a interagir – Que deselegância e inconveniência a atitude de pregadores que, por falta do que dizer, interrompem o sermão e determinam: "vire pro seu irmão ao lado e diga...". Isso é mediocridade e falta de argumento. Cristo nunca usou desse artifício barato. A resposta ao sermão deve vir da alma que se propõe a praticar o que aprende, não de um auditório adolescente que entra num jogo de falar e escutar. Quem prega a Bíblia com conteúdo não precisa dessa banalidade. "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." (2Tm 4:2).

5) Púlpito não é lugar para política - Há sermões que descem do Céu para tomarem as bandeiras das lutas sociais. Transformam o auditório bíblico em palanque de lutas partidárias ou ideológicas. Quando não, em época de eleições, cedem seus púlpitos para que políticos dêem seus recados. Isso é adultério espiritual. Para os políticos existem as tribunas. Para os pregadores os púlpitos. Política cuida do Reino do Mundo; Igreja cuida do Reino de Deus. "E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele." (Mc 12:17).

6) O púlpito deve ser o terminal de um processo, não o início - Pregadores que não se preparam, que não oram, que não organizam suas idéias antes da pregação geralmente oferecerão muito pouco e suas mensagens não produzirão frutos de arrependimento ao seu término. Sermões eficazes começam de joelhos. Boas pregações são pensadas por longo tempo. São fruto de pesquisa, de estudo, de erudição, de preparo, mas, principalmente, da graça do Senhor sobre a vida de quem prega sob Sua direção. "Persiste em ler, exortar e ensinar, " (1Tm 4:13).

7) O púlpito não deve ser tribuna de auto-promoção - Há mensagens que não passam de bajulação disfarçada ou de egolatria exacerbada. Prega-se o homem, não a Cristo. Prega-se o servo, não o Senhor. Prega-se a obra de Deus, não o Deus da obra. Sermões desse tipo poderiam ter como hino o que diz: "Sim, há de ser GLÓRIA PRA MIM, GLÓRIA PRA MIM, GLÓRIA PRA MIM". Um sermão bíblico aponta para outro caminho: o caminho da glória divina e da incapacidade humana; aponta para a honra a Cristo e a submissão do pecador. Qualquer coisa diferente disso é jactância mundana, não pregação bíblica: "É necessário que Cristo cresça e que eu diminua." (Jo 3:30). Espero sinceramente que os nossos púlpitos melhorem em qualidade. Um bom púlpito pode transformar uma igreja. Um sermão qualificado em um pregador capaz pode ser a fagulha que acende um reavivamento na Obra do Senhor. Que sejamos pregadores fiéis em nome de Jesus. 

Amém.
******

Fonte:http://ieadepe.blogspot.com.br/2018/02/o-zelo-com-o-pulpito-da-igreja-o-que-o.html

4 comentários:

IM disse...

Esta mensagem sobre o púlpito da igreja é simplesmente maravilhosa e muito instrutiva e de grande valia para toda a Igreja de Cristo. Que o Senhor Jesus nos ajude a honrar o púlpito de Sua Igreja!

Tânia Passos disse...

Excelente texto. Muitas verdades que precisam ser assimiladas e guardadas no coração de todos os que têm o privilégio de subir no local do santo dos santos. Reverência, respeito e amor pela obra do Deus vivo!

Blogieadepe disse...

É de muito temor para nós estarmos nele. Pois o seu morador ou dono tem um nome a zelar.

Unknown disse...

Forte demais,adorei a riqueza do Encino
Deus te abençoe