sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Memórias das Assembleias de Deus

24.08.2018
Postado por Pr. Robenildo Lins


A Veraneio da foto foi adquirida em 1980 pelo saudoso pastor Isaac Martins Rodrigues, Presidente da Igreja de Abreu e Lima - PE. Para montar o som sobre o veículo, pastor Issac convidou o pastor Elis Clementino, o qual aceitando o desafio junto com os pastores Josué na parte de carpintaria e Sebastião Paulino na área das ferragens realizaram Cruzadas em todo campo de Abreu e Lima. 

Pastor José Flor na época liderava também a evangelização e juntamente com Elis Clementino coordenava as cruzadas. Um dos pregadores da época era o Pastor José Zito. Para realizar as cruzadas a equipe chegava a dormir nos bancos das igrejas porque não havia lugar nem alojamento e nem hotel, mais os resultados eram surpreendentes em cada lugar onde a equipe passava se entregavam para Cristo 100, 200, 300 pessoas. Outras pessoas foram sendo agregadas nesse movimento: Henrique Cezar, entre outros. 

Dos fundadores desse projeto ainda vivem Josué Balbino, Sebastião Balbino e Elis Clementino. Tempos de sacrifício e de voluntariedade para fazer a Obra de Deus. Bem diferente de alguns "evangelistas" de hoje.

Fonte: blog do pastor Elis Clementino.

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DIÓTREFES, UM MAL OBREIRO.

24.08.2018
Postado por Pr. Robenildo Lins

TEXTO 3 JOÃO 1-15

 “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura entre eles a primazia, não nos recebe...”. 3 João 9-11.

A fraqueza do indivíduo pode conduzí-lo a comportamentos que comprometam tanto a si quanto as outras pessoas, inclusive a própria obra de Deus. Essas coisas têm acontecido com muita frequência, principalmente no meio cristão, onde também existem pessoas de todas as naturezas, boas, ambiciosas, egoístas e desobedientes etc. O Apostolo João escreve a terceira carta a uma das igrejas do qual ele era presbítero para tratar de assuntos atinentes aos problemas existentes naquela igreja. Trataremos nesse assunto sobre o teor da carta e o péssimo exemplo do obreiro Diótrefes, bem como o belo exemplo dos obreiros Gaio e Demétrios. Esse assunto é de grande acuidade para os dias de hoje, a péssima conduta de Diótrefes serve exemplo para todos obreiros, principalmente os que aspiram e outros iniciantes.

I. Endereço da carta

A carta foi escrita por João provavelmente em Éfeso nos anos 90 d.C. dirigida ao amado Gaio, presbítero da igreja, ele foi mencionado na Macedônia como sendo companheiro de Paulo em sua terceira viagem missionária, Gaio se mantinha fiel ao ancião daquela igreja “João”, por essa razão ele recebeu elogios. Três personagens são citados por João na carta: Gaio, Diótrefes e Demétrio.

II. O propósito da carta

Corrigir problemas existentes naquela igreja, e enfrentar um obreiro chamado Diótrefes, esse obreiro gozava de grandes prestígios naquela igreja, mas nele havia algo ruim que precisava ser corrigido (1) Não considerava a liderança de João; (2) Era egoísta, toda primazia seria para ele; (3) Não era hospitaleiro para com os professores missionários que por ali passavam. Na carta João aborda a responsabilidade pessoal envolvendo falsos ministros.

III. Quem era Diótrefes?

Não se sabe muito sobre ele, porém Diótrefes era convertido ao cristianismo e aspirava ser líder da igreja e excluir qualquer outro que ameaçasse a sua liderança. O significado do seu nome era “alimentado por Júpiter” ou Zeus, deus da mitologia greco-romana. Diótrefes era cheio de superstições pagãs, e ambicioso por glórias humanas, ele cresceu orgulhoso, arrogante e apinhado de prepotência, incapaz de respeitar as autoridades, principalmente as da igreja na época, o apóstolo João foi um deles. Diótrefes foi atraído pelo cristianismo e professou a sua fé em Cristo e tornou-se membro da igreja local, ele passou a ter uma grande influência na igreja até chegar a ser ordenado a Ministro do Evangelho. 

Elevou-se entre as lideranças da igreja, mas havia algo que estava guardado no seu coração, o ciúme doentio ao ver a influência do apostolo João como líder da Igreja, ele aspirava altas posições, era indomável, presunçoso e orgulhoso e não aceitava João, pressupõe que ele era quem aparecia diante das outras pessoas como líder da igreja e tinha algumas atitudes estranhas e inconvenientes, com essas atitudes ele prejudicava o bom andamento da obra. A carta endereçada a Gaio pedia-lhe que houvesse hospitalidade para com os missionários que por ali passassem, já que Diotrefes não os recebiam, ele era ciumento gostava exercer a primazia, ele sempre procurava estar em destaque, esse era o seu prazer, ele não punha em pratica os ensinamentos de Jesus (Mc 10.44), além do mais ele não estava disposto a sofrer pela Igreja, mas se ufanava através dos trabalhos fundados pelo outros. Demonstrava defender a justiça social, com isso ele promovia a justiça própria e não a divina.

As pessoas com características de Diótrefes sempre busca aquilo que é do seu interesse, ele fingia que estava a serviço de todos, mas arquitetava a tomada do poder para sustentar a sua primazia, para isso ele tinha habilidade, influenciava as pessoas com a finalidade de alcançar a supremacia, usava a demagogia como muitos usam nos dias de hoje, ele só pensava em si, cuidava dos seus próprios interesses. Diótefes era do tipo de obreiro que não comparecia as reuniões que tivesse a frente outra liderança, e quando estava presente tratava com descaso quem estivesse liderando a reunião, como também os trabalhos organizados pelos outros colegas, ele desestimulava qualquer pessoa que tivessem interessadas ajudar no desenvolvimento da Igreja e do evangelho, o que ele mais gostava era de ser louvado, se fosse hoje, certamente ele gostaria de está na mídia, na televisão, jornais, nas redes sociais, ou seja, nos meios de comunicações sendo aplaudido por todos, entretanto o egoísmo estava arraigado no seu coração, pessoas assim não se contentam com nada e nessa corrida menospreza as outras pessoas.

IV. O desprezo a João

Obreiro egoísta despreza o seu líder espiritual e subestima os colegas, contrariando todo o princípio cristão. Diótrefes não considerava João, mesmo sabendo que ele havia sido discípulo do Senhor, embora os demais membros da Igreja tivessem uma grande consideração a João como “pai espiritual” menos Diótefes, principalmente quando o ouvia pregar, enquanto João pregava, ele resmungava, era um procedimento maligno, não aceitava os enviados de João, muito menos ouvi-lo pregar e visitar a igreja, mas a admirável coragem de João não retrocedia e nem se intimidava com tais atitudes de Diótrefes. João era obreiro de verdade e tinha convicção de sua chamada. O mau comportamento de Diótrefes é de grande valia para os dias de hoje, principalmente em relação a aqueles que desejam o episcopado.

Devemos ter muito cuidado para não agirmos da mesma maneira de Diótrefes. Consideremos os homens de Deus, deixe de lado toda arrogância e exaltação prefira o caminho da humildade, apreenda o que disse o apóstolo Paulo: - “cada um considere o seu irmão superior a si mesmo” (Fp 2.3), o obreiro tem a responsabilidade de servir de modelo para o rebanho. O obreiro Diótrefes não tinha atributos para viver em harmonia, era um dominador e brigão, ele não reconhecia a legitimidade de João como apóstolo de Cristo, pois ele queria ter a primazia de apostolo no lugar de João, em compensação havia na igreja dois obreiros que foram elogiados por João por terem comportamentos excelentes Gaio e Demétrio, estes eram obreiros de verdade. Os bons obreiros com seus bons exemplos podem contagiar os mais novos.
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LIÇÃO DE FIDELIDADE

24.08.2018

TEXTO: JEREMIAS 35:6-10

                Deus tem métodos para nos ensinar à altura daquilo que precisamos aprender. O Senhor precisaria ensinar ao seu povo as coisas que o povo não estava levando a sério princípios que eram fundamentais para ser identificado como o seu povo. Deus falava com o povo e ele não dava a mínima importância, ou seja, recusava a escutá-lo, portanto o Senhor resolveu fazer uma analogia entre dois grupos de povos, os recabitas e o seu povo Israel. Deus mostra ao profeta à necessidade de corrigir Israel aplicando sobre eles o modelo de vida dos recabitas e como eles eram obediêntes as ordens estabelecidas pelos seus pais (Jr 35:6-10).

A mensagem profética

Jeremias foi escolhido por Deus para transmitir as mensagens divinas ao povo de Deus, as suas mensagens enfatizam o arrependimento e a conversão a Deus, isso era um bom princípio para que as bênçãos divinas viessem sobre o seu povo Israel e o seu juízo se desviasse dele. O povo de Deus não estava dando importância à voz do Senhor e nem guardava os seus mandamentos, naquele momento Deus deu uma missão a Jeremias ir à casa dos recabitas e ver como ele procediam diante dos princípios deixados por seus pais (Jr 35:2), Deus iria mostrar a obediência dos recabitas e a desobediência de Israel.

Fidelidade aos princípios deixados por seus pais

Um povo nômade estaria servido de lição para o povo de Deus por guardarem os princípios deixados por seus pais, e que deveriam guardá-los até o fim, estes eram: (1) Não beberem vinho; (2) Não edificarem casas; (3) Não semearem sementes; (5) Não plantar vinhas; (6) Habitar em tendas (Jr 35:6,7). Os recabitas obedeceram à risca tudo quanto Jonadabe filho de Recabe seus pais lhes ordenaram (Jr 35:8). O modelo de vida deles serviria seria uma lição de obediência para o povo de Deus, porque Israel não dava importância aos mandamentos estabelecidos por ele. O Senhor não havia exigido essas coisas a Israel, mas mostrar-lhe que a prosperidade se daria pela obediência e trabalho. Israel deveria ter uma vida exemplar e compromissada com Deus, no entanto isso não estava acontecendo, seu povo não queria obedecê-lo, isso ocorre ainda hoje com muitas pessoas que se dizem servior a Deus, mas não são fieis aos seus princípios, mesmo o conhecendo de perto. (Ora! Se a nossa justiça não exceder a dos recabitas e não leais aos principios divinos não chegaremos ao reino dos céus) (Mt 5:20).

Os recabitas tinham princípios deixados pelos seus pais e estes eram inegociáveis, a fidelidade a eles estava acima de tudo (bons princípios não se negociam). O profeta foi à casa dos recabitas para dar-lhes vinho a beberem, mas Deus já sabia qual a resposta dos recabitas, e que eles não abriria mão das ordens deixadas por seus pais (Jr 35:6), essa seria uma boa lição para aqueles que conheciam a Deus e não guardavam os seus mandamentos.

O julgamento divino

Os israelitas foram julgados pelos seus atos de infidelidade ao Senhor, pois o mal que o Senhor Deus havia falado contra eles não removeria (Jr 35:17). Os recabitas foram abençoados por Deus com promessas pela fidelidade aos princípios dos seus pais (Jr 35:18,19), da mesma maneira o povo de Deus seria abençoado se obedecessem ao Senhor.

                Atualmente podemos notar que muitos cristãos não têm levado a sério a sua fidelidade aos princípios divinos, eles estão fazendo o contrário dos recabitas que guardavam as ordenanças dos seus pais. Existem pessoas não cristãs que tem testemunhos de vida melhor do que certos cristãos, elas aprenderam e guardam o que seus pais lhes passaram a respeito da sua moral e religiosidade. Deus estava mostrando a Jeremias que os recabitas obedeciam criteriosamente os ensinamentos que receberam, porém o seu povo não fazia caso algum dele e nem da sua palavra (Jr 35:14-16), assim o julgamento sobre o seu povo seria severo, Deus não retiraria o mal que havia falado contra o seu povo, equanto aos recabitas sobre eles vieram as boas promessas divinas (Jr 35:17-19). Se formos fiéis a Deus certamente ele nos abençoará.
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