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quarta-feira, 6 de junho de 2018

CGADB participa de audiência pública e se posiciona contra a descriminalização do aborto

06.06.2018
Do portal CPAD NEWS, 01.06.18
Por CEC - CGADB 

Pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista, presidente do Conselho de Educação e Cultura, esteve representando o pastor José Wellington Costa Junior, presidente da CGADB

CGADB participa de audiência pública e se posiciona contra a descriminalização do aborto
Na última quarta-feira (30/05), no auditório Nereu Ramos, anexo II da Câmara dos Deputados, foi realizada audiência pública para discussão dos termos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 em julgamento no STF, que trata da possibilidade de descriminalização do aborto, por qualquer motivo, até a 12ª semana de gestação.
A audiência foi requerida pelo senador Magno Malta (ES), e pelos deputados federais Paulo Freire (SP), VictórioGalli (MT), Sóstenes Cavalcante (RJ), Ronaldo Fonseca (DF), João Campos (GO), e HidekazuTakayama (PR), dentre outros. Quatro comissões da Câmara e do Senado participaram da audiência pública para discutir a ação em que o PSOL pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) reavalie a proibição do aborto no Brasil. Também participaram da audiência pública autoridades, advogados, professores, e representantes religiosos.
A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), presidida pelo pastor José Wellington da Costa Junior foi representada pelo pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista, presidente do Conselho de Educação e Cultura. Em seu pronunciamento a posição das Assembleias de Deus foi resumida em três pontos.
1. A concepção e a inviolabilidade do direito à vida. A posição pentecostal assembleiana fundamenta-se na doutrina de que a vida tem início na concepção, quando o gameta masculino (espermatozoide) se une ao gameta feminino (óvulo) formando o zigoto e que todos os demais direitos dependem de estar assegurada a inviolabilidade do direito à vida.
2. O aborto está em desacordo com a moral e a ética cristã. Reitera-se também, que embora vivamos a cultura pós-moderna, dados do IBGE (2010) apontam que 86,8% dos brasileiros são cristãos. E que o código moral e ético dos cristãos tem como pressuposto as Escrituras Sagradas. Assim o aborto viola a moral e a ética cristã fundamentada no mandamento que diz “não matarás”.
3. A matéria do aborto é de competência do legislativo. As Assembleias de Deus em consonância com a Constituição Federal em vigor reconhecem que o dever de alterar norma vigente é da competência do Congresso Nacional e não do Supremo Tribunal Federal por não ser um órgão legislador.
Para este mês de junho, em dia e horário a ser divulgada, a ministra Rosa Weber do STF, relatora da ADPF 442, convocou audiência pública para discutir a descriminalização da interrupção voluntária da gravidez, pela ordem normativa vigente. A mesa diretora da CGADB requereu inscrição na citada audiência e homologou o nome do pastor Douglas Baptista para representar a instituição junto a Suprema corte.
Por fim, reitera-se que a valorização da dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios e doutrinas imutáveis do cristianismo. Portanto, somos contra a apologia e a cultura da morte e a favor da vida e da família!
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/assembleia-de-deus/44426/cgadb-participa-de-audiencia-publica-e-se-posiciona-contra-a-descriminalizacao-do-aborto.html

quinta-feira, 8 de março de 2018

Ministério dinâmico (Parte 2)

8.03.2018
Do portal da CPADNEWS, 15.01.2014
Por Pr Antonio Gilberto

Pr. Antonio Gilberto
Continuando o nosso estudo, vejamos agora as oito características para termos um ministério dinâmico que ficaram faltando:
 
6) O Obreiro deve ser um bom observador e também um observador bom
O obreiro deve estar sempre atento para não perder as boas lições da escola da vida. Confira 1 Coríntios 7.21 (“aproveita a ocasião”). Em Atos 17.16,23, observamos Paulo em Atenas. Enquanto ele aguardava a chegada de Silas e Timóteo, não perdeu a oportunidade.

7) 
O Obreiro deve sempre estudar a Palavra de Deus
Estudar a Bíblia, e não apenas lê-la. A igreja está enchendo-se de obreiros de todas as categorias (e também de não-obreiros) que estudam e conhecem a Teologia, sem contudo estudarem a Bíblia. Em Mateus 22.29, o escritor registrou as seguintes palavras de Jesus: “Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”.

8) O Obreiro deve aceitar a crítica construtiva
Devemos aceitar tal crítica de quem sabe e pode fazê-la. Para alguém (inclusive eu e você) fazer crítica construtiva, significa que:

- O crítico deve apontar com amor, humildade e sinceridade os méritos da pessoa criticada (Confira a forma como o vidente de Deus Jeú dirige-se ao rei Josafá, em 2 Crônicas 19.3,4). Apontar méritos sem amor, humildade e sinceridade é bajular, e isso resulta em mal para os dois lados.
 
- O crítico deve apontar com amor, humildade, e sinceridade os deméritos da pessoa criticada. Fazer isso sem amor, humildade e sinceridade é ofender e irritar tal pessoa.

- O crítico deve apontar soluções práticas à pessoa criticada, mas com amor, humildade e sinceridade. Isso demonstra que você sabe fazer melhor do que ela as coisas que você está a criticar.

9) O obreiro deve frequentar conferências, convenções, seminários, escolas bíblicas, estudos bíblicos e outros eventos para obreiros
Em 2 Timóteo 2.15, Paulo diz que o obreiro deve "maneja(r) bem a Palavra da Verdade”. Em 2 Timóteo 2.2, ele diz que devem ser “idôneos para ensinarem os outros”. Em 2 Tm 2.21, fala que devem ser “preparados para toda a boa obra”. E em Efésios 4.11-16, cita entre os dons ministeriais a qualdiade de “mestre”.
 
10) O obreiro deve buscar sempre a Glória de Deus
Em tudo o que o obreiro é e faz e vê no santo ministério por ele desempenhado, ele deve buscar sempre a glória de Deus (Is 42.8; 48.11). Deus diz: “A minha glória, pois, a outrem não darei”. Em 1 Pedro 4.11, lemos: “A quem pertence a glória e o poder para todo sempre. Amém”.

11) O obreiro deve ser humilde de espírito
Em Provérbios 11.2, lemos: “Com os humildes está a sabedoria”. Em Salmos 25.8, está escrito:  “...e com os mansos ensinará o seu caminho”. Em Jeremias 45.5, há a pergunta: “E procuras tu grandezas?”. O obreiro humilde de espírito aprende mais, aprende mais rápido e aprende correto, porque o orgulho faz a pessoa aprender errado. O obreiro humilde aprende para a vida inteira, não esquece mais.

12) O obreiro deve orar, orar mais, e orar muito mais
Em Jeremias 33.3, Deus diz: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes”. Uma das escolas do Senhor para o obreiro é a escola da oração. Há muitas coisas do santo ministério, da doutrina bíblica, da vida e do trabalho do obreiro que este só aprende na escola da oração.

13) O obreiro deve ter continuamente o “óleo” da unção divina sobre si
A Bíblia fala que o santo óleo da unção sobre Arão, o sacerdote, deveria estar continuamente sobre ele (Lv 21.12). Esse óleo é um tipo do Espírito Santo na mente, na vida e no ministério prático do obreiro. Leia Êxodo 29.7,21; 30.25; 40.13-15; Levítico 8.1-3,13,30; e Salmos 89.20; 133.2; 23.5; 133.2.

1) “O óleo precioso sobre a cabeça” (de Arão, o sacerdote). No obreiro, o óleo da unção do Espírito continuamente sobre a sua MENTE e seus departamentos.

2) O óleo precioso “que desce sobre a barba, a barba de Arão”. No obreiro, o óleo da unção do Espírito deve estar continuamente sobre o VIVER, isto é, seu caráter, seu proceder. Defeitos e deturpação do caráter têm estragado e arruinado o ministério de muitos obreiros, homens e mulheres. A barba entre os hebreus tinha o sentido figurado da honra, do caráter.

3) O óleo precioso “que desce à orla de seus vestidos” (de Arão, o sacerdote). “Vestidos” aqui são uma referência às vestes ministeriais de Arão. Veja Êxodo 28.4ss; 39.1ss; e Levítico 8.5-9,30.

4)  Arão e os demais sacerdotes usavam vestes sacerdotais na administração do culto sagrado, dos ritos e práticas no Tabernáculo do Senhor. No obreiro, o óleo da unção do Espírito deve estar continuamente sobre o exercício, sobre o desempenho do seu ministério, do início ao fim.
*
Antonio Gilberto é consultor doutrinário da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde, mestre em Teologia, graduado em Psicologia, Pedagogia e Letras, membro da diretoria da Global University nos Estados Unidos e autor dos livros “Mensagens, Estudos e Explanações em 1 Coríntios”, “O Calendário da Profecia”, “O Fruto do Espírito”, “A Bíblia: o livro, a mensagem e a história”, “A Prática do Evangelismo Pessoal”, “Verdades Pentecostais”, “A Bíblia através de séculos”, “Crescimento em Cristo” e “Manual de Escola Dominical”, todos títulos da CPAD, sendo este último o seu maior best-seller, com mais de 200 mil exemplares vendidos.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/56/ministerio-dinamico-(parte-1).html

Pr. Antonio Gilberto: Ministério dinâmico (Parte 1)

8.03.2018
Do portal da CPADNEWS, 09.12.2013
Por Pr Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoNesta série de artigos sobre o tema "Ministério dinâmico", citarei 13 atitudes que o obreiro do Senhor Jesus deve ter para dinamizar o seu ministério. Neste primeiro artigo, tratarei de cinco atitudes.

Antes de tudo, é importante destacar que a Bíblia afirma a necessidade de o obreiro dinamizar o seu ministério. Paulo, por exemplo, em Filipenses 3.13,14, escreve:  “E avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo”. E em Romanos 11.13, ele diz: “...enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério”. Ou seja, o obreiro deve avançar no seu ministério e procurar "glorificá-lo".

Em 1 Coríntios 12.31, Paulo disse: “...e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”. Aqui, depois de falar sobre os dons espirituais, ele estava apresentado o amor como "um caminho ainda mais excelente". Mas, o que quero destacar nessa passagem é que o apóstolo estimula seus leitores a buscarem "um caminho ainda mais excelente". Em Jeremias 3.15, o profeta fala de "pastores (...) que vos apascentem com ciência e com inteligência". E 1 Cônicas 19.10 diz: “...fez escolha dentre os mais escolhidos de Israel”. Deus deseja que seus servos sirvam com ciência, inteligência e sejam selecionados entre os melhores ("os mais escolhidos").

Mas, como o obreiro do Senhor pode melhorar o seu desempenho?

Ele deve melhorar a si mesmo como pessoa; melhorar o seu preparo; melhorar o seu desempenho, como exemplo para o rebanho (1Pe 5.3). Vamos, portanto, as atitudes que o ajudarão nesse sentido.
1) O Obreiro deve ler muito - Todo obreiro deve ler muito. Ler sempre, e acima de tudo, a Bíblia. Mas também ler livros comuns, dicionários, comentários, manuais, atlas, gramáticas, devocionais, jornais, revistas etc. Paulo disse a Timóteo: "Persiste em ler" (1Tm 4.13).

O primeiro livro do Novo Testamento inicia com a palavra “livro” (Mt 1.1). E em 2 Timóteo 4.13, Paulo no final de seu ministério, no seu último livro, nos momentos finais de sua vida, falou sobre a importãncia da leitura para ele: "Quaqndo vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, eos livros, principalmente os pergaminhos".

2) O Obreiro deve cursar formalmente, e continuar com um bom autodidata Fazer cursos bíblicos e também cursos seculares. Em Êxodo 5.1, observamos Moisés comparecendo perante Faraó, rei do Egito, o país mais desenvolvido daquela época, e ele era um homem preparado (At 7.22).

Em Atos 17.15ss, vemos Paulo em Atenas, o maior centro cultural daquela época. Paulo era um homem preparado.

Apolo, em Atos 18.24,25, é descrito como “eloqüente, poderoso nas Escrituras, e ensinava”.

3) O Obreiro deve fazer sempre sua autocríticaO obreiro pode fazer isso de várias maneiras.
4) O Obreiro deve contactar e conviver com pessoas espirituais e cultasPessoas espirituais e cultas em cultura bíblica, e também secular; cultura polivalente. Geralmente, tais pessoas são simples na sua maneira de ser. Também o obreiro deve frequentar ambientes culturalmente seletos. Em Colossenses 4.7-18, podemos observar aqui os obreiros auxiliares que cooperavam, acompanhavam e assistiam o apóstolo Paulo nos seus trabalhos e nas suas viagens:
- Tíquico, vv 7,8.

- Onésimo, v.9.

- Aristarco, v.10.

- Marcos, o sobrinho de Barnabé, v.10

- Jesus, chamado Justo, v.11

- Epafras, v.12.

- Lucas, o médico amado, v.14.

- Ninfa, v.13 (no original, o nome Ninfa está no caso acusativo de declinação gramatical (Nymphan); daí não se saber se trata de nome masculino (Nymphas) ou o nome feminino (Nympha) (É o mesmo caso de Romanos 16.7, onde lemos “Júnia”. No original, está no caso acusativo: "Ioyniam").

5) O Obreiro deve cuidar bem da sua aparência e postura pessoal - Fazer sempre autoavaliação de sua postura e aparência pessoal, a saber:

- Higiene pessoal: saúde, banho, unhas, cabelo, barba, dentes, hálito, narinas, olhos, óculos, odores do corpo (axilas, pés, sudorese, estomatite), lenços, etc.

- Alimentação.

- Roupa que combine bem (inclusive terno de peças distintas).

- Atos 20.28, e 1 Timóteo 4.16 orienta o leitor: “Tende cuidado de ti mesmo”.

Continuaremos falando sobre esse tema no próximo artigo.

Antonio Gilberto é consultor doutrinário da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde, mestre em Teologia, graduado em Psicologia, Pedagogia e Letras, membro da diretoria da Global University nos Estados Unidos e autor dos livros “Mensagens, Estudos e Explanações em 1 Coríntios”, “O Calendário da Profecia”, “O Fruto do Espírito”, “A Bíblia: o livro, a mensagem e a história”, “A Prática do Evangelismo Pessoal”, “Verdades Pentecostais”, “A Bíblia através de séculos”, “Crescimento em Cristo” e “Manual de Escola Dominical”, todos títulos da CPAD, sendo este último o seu maior best-seller, com mais de 200 mil exemplares vendidos.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/56/ministerio-dinamico-(parte-1).html

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Professor muçulmano confisca folheto evangelístico de aluno e acaba se convertendo

25.01.2018
Do portal  CPAD NEWS, 24.01.18
Por Guiame/Com informações da Bíbles 4 Mideast

Quando o professor Davood pegou o folheto das mãos de seu aluno, não podia imaginar que aquela mensagem mudaria sua vida 

Professor muçulmano confisca folheto evangelístico de aluno e acaba se convertendo

O professor islâmico Davood* trabalhou durante anos ensinado a crianças sobre a doutrina do Alcorão em uma escola religiosa anexada a uma mesquita na África.

Um dia, ele flagrou um aluno com um folheto evangelístico. Enfurecido, ele exigiu saber onde o garoto havia conseguido aquele papel. O garoto explicou que recebeu o material de alguém desconhecido, a caminho do colégio. Davood pegou imediatamente o folheto das mãos do aluno e advertiu-o para nunca aceitar "tais escritos tolos" novamente.

Davood não jogou o folheto no lixo, mas ficou com o material, pensando em mostrá-lo aos líderes religiosos da mesquita e 'denunciar' o garoto. O professor acreditava que isto os levaria a descobrir quem estava evangelizando naquela região.

Como ele não conseguiu encontrar nenhum dos líderes quando o horário de aulas terminou, ele voltou para sua casa. Preparando-se para dormir naquela noite, ele novamente deu mais uma lida no folheto. Ele também queria ver "a insensatez que estava escrito ali".

Quando ele chegou à parte que afirmava não haver "salvação em mais ninguém, porque não há outro nome sob o céu dado às pessoas pelas quais elas possam ser salvas" algo - que ele não tinha certeza do que era - o impressionou e ficou preso em sua mente.

Naquela noite, Jesus - que os muçulmanos reconhecem como um "profeta" e não como salvador - veio a ele em um sonho.

"Eu sou o caminho e a verdade e a vida", ele anunciou a Davood no sonho. "Ninguém vem ao Pai Celestial senão por mim".

Quando amanheceu, o homem muçulmano voltou a ler o folheto evangelístico e encontrou um número de contato no verso do papel. O número era do telefone do Pastor Musthafa*, ligado ao ministério Bíblias para o Oriente Médio na África.

O líder cristão atendeu seu telefone e falou com Davood, que contou sua história ao pastor. Os dois puderam conversar e Davood teve muitas de suas perguntas respondidas, sendo conduzido posteriormente em uma oração para se entregar a Jesus e reconhecê-lo como seu Salvador pessoal e Senhor.

* Os nomes usados nesta matéria são fictícios para preservar a segurança das pessoas nela relatadas.
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Fonte:http://cpadnews.com.br/universo-cristao/42961/professor-muculmano-confisca-folheto-evangelistico-de-aluno-e-acaba-se-convertendo.html

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O pentecostalismo não é um apêndice do Evangelho

29.07.2015

Do portal da CPADNEWS, 26.07.15
Por  Pr. Valmir Nascimento

No ano passado o instituto Pew Research apresentou o resultado de uma pesquisa realizada na América Latina, apontando que a maioria dos protestantes nessa região identifica-se com o Pentecostalismo. Em 18 países e em Porto Rico, 65% de protestantes diz pertencer a uma igreja que é parte de uma denominação pentecostal, ou identifica-se pessoalmente como um cristão pentecostal, independentemente de sua denominação.
Esse fenômeno, chamado pelos especialistas de “pentecostalização”, também faz parte da realidade brasileira. Afinal, o crescimento da população evangélica no Brasil deve-se em grande parte ao desenvolvimento das igrejas de tradição pentecostal. Segundo o Censo/IBGE de 2010 seis de cada dez evangélicos são de igrejas pentecostais, representando o grupo que mais cresceu em relação ao Censo de 2000: passaram de 10,4% em 2000 para 13,3% em 2010.
Se por um lado esses dados nos trazem alegria, com a constatação do florescimento do pentecostalismo moderno -  a partir de 1900, nos Estados Unidos, por Charles Parham, prosseguindo para Los Angeles (na famosa Azusa Street, 312), em 1906, com Willian Joseph Seymour e, finalmente, Chicago, em 1907, com Willian Durham, e depois no Brasil, nos idos de 1910 - por outro, nos chamam também à responsabilidade para o resgate do pentecostalismo clássico, diante do surgimento de práticas, doutrinas e experiências que destoam dos seus postulados bíblicos originais.
Na obra Panorama do Pensamento Cristão Gregory J. Miller escreve que “acentuando a experiência de Deus na conversão e também uma dotação especial pelo Espírito Santo para o serviço e ministério cristãos (Atos 2.4; 1 Coríntios 12), os pentecostais trouxeram energia para o evangelismo e missões mundiais”[1]. Miller ainda diz que:
“devido à forte ênfase em missões, os movimentos pentecostais e carismáticos são agora numericamente maiores fora dos Estados Unidos que dentro. Isto não só tem ajudado a formar a cosmovisão cristã pela “desocidentalização” do cristianismo, mas também legou uma fé vibrante e sobrenatural ao cristianismo global nesta conjuntura importante da história do mundo”.[2]
De igual modo, Rick Nañes assevera que o movimento pentecostal-carismático é um fenômeno, e como corrente eclesiástica que nos dias de hoje acha-se entrelaçada no tecido de muitas nações. De acordo com Nañes, “sua influência tem ajudado a preencher o vazio espiritual frequente de centenas de milhares, trazendo esperança e provendo um escape pelo qual se torna fácil ter uma experiência direta com Deus”[3]. E mais: “Sem sombra de dúvida, o movimento pentecostal-carismático está cumprindo papel decisivo no resgate de multidões das águas congeladas da religião convencional, muitas vezes morta”.[4]
Todavia, o pentecostalismo não deve ser visto simplesmente como “movimento” ou “fenômeno” religioso, caracterizado tão somente pela vivacidade na pregação, pelo “poder no Espírito” ou por seu dinamismo missionário, estribado – apenas e tão somente – na experiência, sem fundamentos teológicos e interpretação bíblica consistente. Erroneamente, há quem afirme, como lembrou Gary McGee, que “o Pentecostalismo é um movimento à procura de uma teologia, como se não estivesse ele radicado à interpretação bíblica e à doutrina cristã”. Ciente dessa realidade, o pentecostalismo tem pegado o caminho do fortalecimento teológico, e por isso, como afirmam James H. Railey Jr e Benny C. Aker, em sua maior parte, a teologia pentecostal encaixa-se confortavelmente nos limites do sistema evangélico.
Somente por meio do fortalecimento bíblico-teológico o pentecostalismo poderá afastar dos seus arraiais as principais ameaças modernas à sua identidade, a saber: o misticismo como fuga da realidade sociocultural; a experiência hedonista e egocêntrica como busca do êxtase espiritual; a antiintelectualidade como aversão ao saber epistemológico; o legalismo e o esquecimento das bases da sua teologia da salvação.
Para tanto, é preciso entender que o pentecostalismo não é um apêndice ou uma versão diferenciada do Evangelho. Ele faz parte do Evangelho do Reino e, como tal, a ele se submete, extraindo os fundamentos e princípios básicos, em sintonia com a tradição cristã.
Logo, um pentecostalismo genuinamente bíblico é também um Pentecostalismo Cristocêntrico. Cristo é a primeira credencial do seu próprio Evangelho. Nem mesmo os mais importantes personagens bíblicos representam o fundamento do Cristianismo, a não ser o próprio Cristo. Ele é o fundamento, a viga-mestra, a pedra de esquina da fé cristã. Quando menosprezamos o senhorio e a soberania de Cristo sobre todas as coisas, desfazemos o cristianismo, transformando-o em uma religião comum (Cl 1.15-17; Fp. 2.9-11; Hb 1.1-2)
Em segundo lugar, o pentecostalismo é bíblico e ortodoxo. Segundo Railey e Aker, os pentecostais levam a sério a operação do Espírito Santo como comprovação da veracida­de das doutrinas da fé, e para outorgar poder à proclamação destas. Esse fato leva frequentemente à acusação de que os pentecostais se baseiam exclusivamente na experiência. Tal acusação não procede; o pentecostal considera que a experiência produzida pela operação do Espírito Santo acha-se abaixo da Bíblia no que tange à autoridade. A experiência corrobora, enfatiza e confirma as verdades da Bíblia, e essa função do Espírito é importante e crucial”[5].
Por essa razão, os autores citados dizem que é importante que o pentecostal tenha uma base e um ponto de referência realmente bíblicos e pentecos­tais[6]Primeiro, deve crer no mundo sobrenatural, especial­mente em Deus, que opera de forma poderosa e revela-se na história, na existência dos milagres e nos outros poderes no mundo sobrenatural, quer angelicais (bons), quer demoníacos (maus), penetram em nosso mundo e aqui operam[7]. “O pentecostal não é materialista nemracionalista, mas reconhece a reali­dade da dimensão sobrenatural”[8].
Desse modo, para superar a falsa compreensão do movimento pentecostal é necessário resgatar o ensino da Palavra e incentivar o ensino teológico de qualidade. Conforme o título do livro de Osiel Gomes, precisamos de “Mais palavra, menos emocionalismo”[9]. Há muito sentimentalismo, espetáculo e confissão positiva sendo propagado em alguns púlpitos e causando danos à igreja, sob o falso título de “mover do Espírito” e pentecostalismo.
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*Valmir Nascimento é ministro do evangelho, jurista, teólogo e mestrando em teologia. Possui pós-graduação em Direito e antropologia da religião. Professor universitário de Direito religioso, Ética e Teologia. Editor da Revista acadêmica Enfoque Teológico (FEICS). Membro e Diretor de Assuntos Acadêmicos da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). Analista Jurídico da Justiça Eleitoral. Escritor e palestrante. Comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD (Jesus e o seu Tempo). Evangelista da Assembleia de Deus em Cuiabá/MT.
Referências:


[1] PALMER, Michael D. (Org.). Panorama do Pensamento Cristão.1a.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 143.
[2] PALMER, Michael D. (Org.), 2001, p. 144.
[3] NAÑES, Rick, 2007, p. 101.
[4] NAÑES, Rick, 2007, p. 101.
[5] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 55-56.
[6] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[7] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[8] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[9] GOMES, Osiel. Mais palavra, menos emocionalismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/valmirnascimento/enfoque-cristao/114/o-pentecostalismo-nao-e-um-apendice-do-evangelho.html

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Reforma Protestante e a Declaração de Fé das Assembleias de Deus

30.10.2017
Do portal CPADNEWS, 05.10.17
Por Douglas Baptista

Na noite de 31 de outubro de 1517, o reformador alemão Martinho Lutero (1483- 1546) afixou na porta da igreja do castelo de Wittenberg 95 teses contra as indulgências da igreja medieval. As teses sacudiram o país alemão e em pouco menos de trinta dias já tinham chegado à Itália. Escritas em latim, às teses foram traduzidas para o alemão, holandês e espanhol. Cerca de quatro anos depois o Imperador Carlos V convocou sua primeira dieta imperial na cidade de Worms para entre outros assuntos colocar um fim na reforma deflagrada por Lutero. Os trabalhos iniciaram em fevereiro e se estenderam até o mês de maio de 1521. No dia 18 de abril, uma quinta feira, Lutero foi conduzido ao local da assembleia que se encontrava lotada, o número dos que ocupavam as ante-salas, as janelas e as escadarias somavam 5 mil pessoas [1]. Na ocasião, o reformador foi instigado a retratar-se de seus escritos e sua resposta diante daquela multidão entrou para a história como uma declaração de convicção e fé nas Escrituras Sagradas:

“Minha consciência está atrelada à palavra de Deus. Enquanto não me tiverem convencido pelas Sagradas Escrituras, não posso nem quero retratar-me de coisa alguma, pois é perigoso agir contra a consciência” [2]

Como resultado de sua postura, no dia 26 de maio de 1521, um decreto imperial conhecido como Edito de Worms condenou o reformador por heresia, determinou a execução da bula papal com a excomunhão e ordenou a queima dos escritos e livros de Lutero. O edito também autorizava a prisão e o saque dos bens de todos quantos aderissem ou simpatizassem com as ideias do reformador. Mesmo diante de tal nefasto decreto, a reforma não pode ser contida. Desse modo, em 1529, Carlos V voltou a convocar à Dieta Imperial, desta vez na cidade de Espira, com a intenção de combater a reforma, ratificar o Edito de Worms e impor o catolicismo na Alemanha. A reunião transcorreu no período de 19 a 25 de abril daquele ano. Após intensos e calorosos debates em que os representantes do imperador e do papa desejavam suspender o direito a liberdade religiosa e restabelecer a religião católica no país, os líderes alemães indignaram-se e redigiram um documento de protesto. Ao total, seis príncipes assinaram e 14 cidades imperiais livres subscreveram a carta:

“Protestamos pelos que se acham presentes [...] que nós, por nós e pelo nosso povo, não concordamos de maneira alguma com o decreto proposto, nem aderimos ao mesmo em tudo que seja contrário a Deus, à Sua santa Palavra, ao nosso direito de consciência, à nossa salvação. [...] Por essa razão rejeitamos o jugo que nos é imposto. [...] Ao mesmo tempo estamos na expectativa de que Sua Majestade imperial procederá em relação a nós como príncipe cristão que ama a Deus acima de todas as coisas; e declaramo-nos prontos a tributar-lhe, bem como a vós, graciosos fidalgos, toda a afeição e obediência que sejam nosso dever justo e legítimo” [3]

            A partir deste episódio histórico os adeptos e simpatizantes das ideias de Lutero com a consequente reforma da igreja receberam a alcunha de “protestantes”. Já o conceito de “protestantismo” surgiu no século XVI com o propósito de fundir uma série de eventos que contribuíram para a transformação da igreja cristã. Na verdade, após as 95 teses de Lutero, a igreja experimentou programas de reformas diversos e distintos em todo o mundo. Porém, foi a partir de Wittenberg que a teologia escolástica e o aristotelismo deram lugar a uma nova teologia com ênfase na Bíblia. O lema adotado por Lutero “renovar e não inovar” passou a ser um padrão para o protestantismo onde o movimento se instalava. Como resultado dessas transformações surgiram uma variedade de ramificações e denominações cristãs e cada qual adotou um modelo de reforma para ser seguido.

            Em decorrência, os reformadores nem sempre estavam concordes em suas posições doutrinárias. Desde o começo aconteceram divergências quanto à necessidade de reformar este ou aquele ponto doutrinário. Evidente que estes fatos não são deméritos e nem colocam a reforma em descrédito. A reforma deve ser entendida como um movimento de transformação. Como se convencionou afirmar “sempre reformando”. E já no período clássico da reforma surgiu a “reforma radical” que desejava não apenas reformar, mas restaurar a igreja à sua pureza original. Essa ênfase foi considerada uma “reforma da Reforma”, ou uma “correção da correção do catolicismo” [4]. Deste modo, no período da Reforma, confissões, credos e declarações de fé protestantes passaram a ser promulgadas. Estes documentos depois de aprovados passavam a ser a interpretação autorizada das Escrituras como norma de fé e prática deste ou daquele determinado segmento protestante.

            Assim, as confissões de fé tornaram-se marcas da Reforma Protestante, dentre elas, destacam-se a Confissão de Augsburgo (Lutero), elaborada por Filipe Melânchton em 1530; as Confissões Helvéticas (Zuínglio), a primeira em 1534, e a segunda em 1566, sendo esta preparada por Heinrich Bullinger; a Confissão de Fé Gaulesa (João Calvino), elaborada em 1559; a Confissão de Fé Escocesa (John Knox), preparada em 1560; a Confissão Belga (Guido de Brés), elaborada 1561; o Catecismo de Heidelberg (Ursino e Oleviano) em 1567; a Confissão de Fé da Igreja Anglicana (Matthew Parker) escrita em 1552 e revisada em 1563; a Remonstrância (Armínio), escrita em 1610 e que culminou com a Confissão Arminiana em 1621, elaborada por Simão Episcópio. E por fim, a última delas no período da Reforma, a Confissão de Fé de Westminster (Britânica), produzida entre 1643 e 1647.

            Mercê destes fatos e seguindo o legado dos reformadores, as Assembleias de Deus no Brasil, no ano de aniversário de 500 anos da Reforma Protestante e no período pós-centenário do pentecostalismo assembleiano, por ocasião da 42ª Assembleia Geral Ordinária da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), em abril de 2017, aprovou por unanimidade de seus Ministros a sua “Declaração de Fé”. O documento é constituído de 16 artigos de fé intitulado de “cremos” o que pode ser considerado como “credo menor” e a “Declaração de Fé” propriamente dita que contém 24 capítulos e que pode ser identificada como “credo maior”. O documento ressalta a marca pentecostal das Assembleias de Deus enquanto desponta como a maior denominação religiosa protestante do país. No entanto, a primordial finalidade da “Declaração de Fé” das Assembleias de Deus é usar o documento como proteção contra os modismos e as falsas doutrinas, contribuir para a unidade do pensamento teológico e ortodoxia cristã para “que digais todos uma mesma coisa” (1 Co 1.10) e, de modo especial, fazer com que tudo culmine para a Glória de Deus (Soli Deo Gloria).
Pense nisso!
*Douglas Baptista é pastor, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/158/a-reforma-protestante-e-a-declaracao-de-fe-das-assembleias-de-deus.html