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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O pentecostalismo não é um apêndice do Evangelho

29.07.2015

Do portal da CPADNEWS, 26.07.15
Por  Pr. Valmir Nascimento

No ano passado o instituto Pew Research apresentou o resultado de uma pesquisa realizada na América Latina, apontando que a maioria dos protestantes nessa região identifica-se com o Pentecostalismo. Em 18 países e em Porto Rico, 65% de protestantes diz pertencer a uma igreja que é parte de uma denominação pentecostal, ou identifica-se pessoalmente como um cristão pentecostal, independentemente de sua denominação.
Esse fenômeno, chamado pelos especialistas de “pentecostalização”, também faz parte da realidade brasileira. Afinal, o crescimento da população evangélica no Brasil deve-se em grande parte ao desenvolvimento das igrejas de tradição pentecostal. Segundo o Censo/IBGE de 2010 seis de cada dez evangélicos são de igrejas pentecostais, representando o grupo que mais cresceu em relação ao Censo de 2000: passaram de 10,4% em 2000 para 13,3% em 2010.
Se por um lado esses dados nos trazem alegria, com a constatação do florescimento do pentecostalismo moderno -  a partir de 1900, nos Estados Unidos, por Charles Parham, prosseguindo para Los Angeles (na famosa Azusa Street, 312), em 1906, com Willian Joseph Seymour e, finalmente, Chicago, em 1907, com Willian Durham, e depois no Brasil, nos idos de 1910 - por outro, nos chamam também à responsabilidade para o resgate do pentecostalismo clássico, diante do surgimento de práticas, doutrinas e experiências que destoam dos seus postulados bíblicos originais.
Na obra Panorama do Pensamento Cristão Gregory J. Miller escreve que “acentuando a experiência de Deus na conversão e também uma dotação especial pelo Espírito Santo para o serviço e ministério cristãos (Atos 2.4; 1 Coríntios 12), os pentecostais trouxeram energia para o evangelismo e missões mundiais”[1]. Miller ainda diz que:
“devido à forte ênfase em missões, os movimentos pentecostais e carismáticos são agora numericamente maiores fora dos Estados Unidos que dentro. Isto não só tem ajudado a formar a cosmovisão cristã pela “desocidentalização” do cristianismo, mas também legou uma fé vibrante e sobrenatural ao cristianismo global nesta conjuntura importante da história do mundo”.[2]
De igual modo, Rick Nañes assevera que o movimento pentecostal-carismático é um fenômeno, e como corrente eclesiástica que nos dias de hoje acha-se entrelaçada no tecido de muitas nações. De acordo com Nañes, “sua influência tem ajudado a preencher o vazio espiritual frequente de centenas de milhares, trazendo esperança e provendo um escape pelo qual se torna fácil ter uma experiência direta com Deus”[3]. E mais: “Sem sombra de dúvida, o movimento pentecostal-carismático está cumprindo papel decisivo no resgate de multidões das águas congeladas da religião convencional, muitas vezes morta”.[4]
Todavia, o pentecostalismo não deve ser visto simplesmente como “movimento” ou “fenômeno” religioso, caracterizado tão somente pela vivacidade na pregação, pelo “poder no Espírito” ou por seu dinamismo missionário, estribado – apenas e tão somente – na experiência, sem fundamentos teológicos e interpretação bíblica consistente. Erroneamente, há quem afirme, como lembrou Gary McGee, que “o Pentecostalismo é um movimento à procura de uma teologia, como se não estivesse ele radicado à interpretação bíblica e à doutrina cristã”. Ciente dessa realidade, o pentecostalismo tem pegado o caminho do fortalecimento teológico, e por isso, como afirmam James H. Railey Jr e Benny C. Aker, em sua maior parte, a teologia pentecostal encaixa-se confortavelmente nos limites do sistema evangélico.
Somente por meio do fortalecimento bíblico-teológico o pentecostalismo poderá afastar dos seus arraiais as principais ameaças modernas à sua identidade, a saber: o misticismo como fuga da realidade sociocultural; a experiência hedonista e egocêntrica como busca do êxtase espiritual; a antiintelectualidade como aversão ao saber epistemológico; o legalismo e o esquecimento das bases da sua teologia da salvação.
Para tanto, é preciso entender que o pentecostalismo não é um apêndice ou uma versão diferenciada do Evangelho. Ele faz parte do Evangelho do Reino e, como tal, a ele se submete, extraindo os fundamentos e princípios básicos, em sintonia com a tradição cristã.
Logo, um pentecostalismo genuinamente bíblico é também um Pentecostalismo Cristocêntrico. Cristo é a primeira credencial do seu próprio Evangelho. Nem mesmo os mais importantes personagens bíblicos representam o fundamento do Cristianismo, a não ser o próprio Cristo. Ele é o fundamento, a viga-mestra, a pedra de esquina da fé cristã. Quando menosprezamos o senhorio e a soberania de Cristo sobre todas as coisas, desfazemos o cristianismo, transformando-o em uma religião comum (Cl 1.15-17; Fp. 2.9-11; Hb 1.1-2)
Em segundo lugar, o pentecostalismo é bíblico e ortodoxo. Segundo Railey e Aker, os pentecostais levam a sério a operação do Espírito Santo como comprovação da veracida­de das doutrinas da fé, e para outorgar poder à proclamação destas. Esse fato leva frequentemente à acusação de que os pentecostais se baseiam exclusivamente na experiência. Tal acusação não procede; o pentecostal considera que a experiência produzida pela operação do Espírito Santo acha-se abaixo da Bíblia no que tange à autoridade. A experiência corrobora, enfatiza e confirma as verdades da Bíblia, e essa função do Espírito é importante e crucial”[5].
Por essa razão, os autores citados dizem que é importante que o pentecostal tenha uma base e um ponto de referência realmente bíblicos e pentecos­tais[6]Primeiro, deve crer no mundo sobrenatural, especial­mente em Deus, que opera de forma poderosa e revela-se na história, na existência dos milagres e nos outros poderes no mundo sobrenatural, quer angelicais (bons), quer demoníacos (maus), penetram em nosso mundo e aqui operam[7]. “O pentecostal não é materialista nemracionalista, mas reconhece a reali­dade da dimensão sobrenatural”[8].
Desse modo, para superar a falsa compreensão do movimento pentecostal é necessário resgatar o ensino da Palavra e incentivar o ensino teológico de qualidade. Conforme o título do livro de Osiel Gomes, precisamos de “Mais palavra, menos emocionalismo”[9]. Há muito sentimentalismo, espetáculo e confissão positiva sendo propagado em alguns púlpitos e causando danos à igreja, sob o falso título de “mover do Espírito” e pentecostalismo.
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*Valmir Nascimento é ministro do evangelho, jurista, teólogo e mestrando em teologia. Possui pós-graduação em Direito e antropologia da religião. Professor universitário de Direito religioso, Ética e Teologia. Editor da Revista acadêmica Enfoque Teológico (FEICS). Membro e Diretor de Assuntos Acadêmicos da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). Analista Jurídico da Justiça Eleitoral. Escritor e palestrante. Comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD (Jesus e o seu Tempo). Evangelista da Assembleia de Deus em Cuiabá/MT.
Referências:


[1] PALMER, Michael D. (Org.). Panorama do Pensamento Cristão.1a.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 143.
[2] PALMER, Michael D. (Org.), 2001, p. 144.
[3] NAÑES, Rick, 2007, p. 101.
[4] NAÑES, Rick, 2007, p. 101.
[5] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 55-56.
[6] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[7] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[8] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[9] GOMES, Osiel. Mais palavra, menos emocionalismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/valmirnascimento/enfoque-cristao/114/o-pentecostalismo-nao-e-um-apendice-do-evangelho.html

quinta-feira, 13 de julho de 2017

A Doutrina da Salvação (quarta e última parte)

13.07.2017
Do portal da CPAD NEWS, 04.07.2013
Por Pr. Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoA salvação é uma obra inteiramente independente de nossas obras, esforços e méritos. Contudo, o homem tem certas condições a cumprir. Essas condições são a fé, o arrependimento e a confissão.

Fé é a confiança em Deus. Ela se ocupa com Deus, assim como o arrependimento ocupa-se com o pecado e o remorso. A fé divisa a misericórdia divina, quando toma-se a mão para receber a salvação (Ef 2.8).

O arrependimento honra a Lei de Deus. Mas, tanto a fé como o arrependimento vêm graciosamente de Deus, para que o homem não tenha de que gloriar-se (At 5.31; Rm 2.4; 12.3; 10.17; At 11.18; Fp 2.13; 2Tm 2.25; Ez 36.27 e Jr 31.3). Bem disse o profeta Isaías que Jeová é a nossa salvação (Is 12.2).

A fé e o arrependimento devem acompanhar o crente em toda sua vida. O primeiro é indispensável ao recebimento das bênçãos; o segundo fá-lo zeloso para pureza. O crente que sabe arrepender-se e humilhar-se aos pés do Senhor é um grande vencedor. Quanto à fé, notemos uma coisa: ela somente opera através do amor (Gl 5.6; Ef 6.23; 2Tm 1.13 e 1Tm 5.8). Há por aí os que se dizem cheios de fé, porém sem qualquer dose de amor divino. É uma anomalia, uma decepção, uma negação da verdade (1Co 13.2).

No tocante à salvação, confissão significa confessar publicamente a Cristo como Salvador. Após crer com o coração (Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente (Rm 10.9-10). Crer Nele sem confessá-lo é flagrante covardia; confessá-lo sem nEle crer é hipocrisia.

Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou presente de Deus para nós (Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te ofereça um grande e rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma porção de objetos inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para receber esse presente, recusando-o assim. O mesmo acontece em relação a Deus e à Sua salvação. Mas, suponhamos que tu largues tudo e aceites o presente. Nada mereces pelo fato de estenderdes a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim, satisfazes a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à salvação.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/49/a-doutrina-da-salvacao-(quarta-parte).html

quarta-feira, 12 de julho de 2017

A Doutrina da Salvação (terceira parte)

12.07.2017
Do portal da CPAD NEWS,22.04.2013
Por Pr. Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoSantificação é um ato divino que também ocorre dentro do homem, refletindo logo em seu exterior. Daí a diferença entre santidade – um estado – e justiça – santidade prática, de vida (Lc 1.75). Na operação divina da conversão, a santidade de Cristo passa a ser a nossa santidade (Cl 2.10; 1Co 2.30; Hb 10.10,14 e Rm 8.2). Seus méritos são creditados à nossa conta. Estamos tratando da santificação posicional em Cristo, não da santificação progressiva, no viver diário do crente, como mostrada em 2 Coríntios 7.1 e Apocalipse 22.1.

O resultado da santificação, operada na conversão, é a mudança de vida.

A salvação considerada sob estes três aspectos simultâneos é perfeita. É a salvação no sentido objetivo. Estamos em Cristo (2Co 5.17 e Jo 15.4). Nunca seremos mais salvos do que somos agora. Cristo não fará mais nada para salvar-nos além do que já fez. Ele já fez tudo o que era preciso e possível. Aí está o perigo do pecador rejeitar a Cristo, pois não haverá outro plano divino de Salvação. O atual é eterno (2Tm 1.9 e Ef 3.11). Nem mais outro sacrifício expiatório terá lugar, pois o de Jesus foi perfeito e completo (Hb 9.26; 10.10,12).

Pela santificação em Cristo, o crente é declarado santo. Por ela, o crente entra em boas relações com Deus quanto à sua na¬tureza, pois Ele é santo (1Pe 1.16 e 2Tm 2.21).

Estas três bênçãos – justificação, regeneração e santificação – são simultâneas, no sentido objetivo. As três constituem a plena Salvação em Cristo (2Co 5.17).

A Salvação na experiência humana

Quando falamos de salvação na experiência humana, estamos falando de salvação no sentido subjetivo. O homem como recipiendário e Deus como o doador. É salvação vista na experiência humana. Considerada a salvação sob este aspecto, ela tem três tempos: no passado, justificação; no presente, santificação; no futuro, glorificação.

a) No passado – justificação: É a salvação da condenação do pecado. O crente foi salvo da condenação do pecado. A Bíblia descreve este fato como ato passado (Rm 5.1 e 1Co 6.11). Justificação é o que Deus fez por nós. O crente foi justificado uma só vez. Daí em diante o que ocorrerá é a purificação (1Jo 1.9 e Jo 13.10).

b) No presente – santificação: É a salvacão do domínio e influência do pecado. Santificação bíblica significa basicamente separação para uso e posse de Deus. Uma boa definição é a de Paulo em Atos 27.23: “...do Senhor, de quem sou e a quem sirvo”. Santificação não é apenas a pessoa pertencer a Deus, mas também servi-lo. Se o leitor é um santo de Deus, certamente está servindo a Deus. Há muita santificação por aí que pode ser tudo, menos bíblica.

A santificação posicional, deve tornar-se experimental no viver diário do crente. A santificação é primeiramente interna, isto é, pureza interior, purificação do pecado, refletindo isso em nosso exterior, traduzido em separação do pecado e dedicação a Deus. É um termo ligado ao culto a Deus e consagração ao seu serviço, conforme se vê no livro de Levítico, através de pessoas e coisas, sacerdotes, templo, objetos etc. Quem pensa ser santo deve ser separado do mal e dedicado a Deus para seu uso (2Tm 2.21). A santificação, como aca¬bamos de ver, tem um lado posicional e outro prático: um santo viver.

A justiça é comparada a um vestido (Jó 29.14 e Is 59.17). Mas o corpo, que recebe esse vestido, como deve estar? É razoável um vestido limpo em corpo sujo?

A santificação é o que Deus faz em nós. Nesse sentido, a salvação é progressiva. Uma criança nova é perfeita, mas não é adulta. Uma frutinha é também perfeita ao formar-se, mas não é madura (Ef 4.13). Tendo sido justificado, o crente progride e prossegue para a perfeição, de que em seguida nos ocuparemos. Portanto, ao estudarmos a santificação precisamos vê-la quanto à posição do crente em Jesus Cristo, e quanto ao estado do crente em si mesmo.

c) No futuro – glorificação: Será a salvação da presença do pecado em nossa vida. A glorificação é a inteira conformação com Jesus Cristo (Rm 8.23 e 1Jo 3.2). É a perfeição do crente. Na glorificação, a salvação envolverá o corpo físico, então glorificado. Estaremos ressuscitados. Estaremos no Céu (Rm 13.11; 2Co 5.2,4; Fp 2.12 e Hb 9.2). Será redenção do corpo (Rm 8.23).

A glorificação será o que Deus fará conosco.

No próximo artigo, falaremos sobre as condições para a salvação.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/48/a-doutrina-da-salvacao-(terceira-parte).html
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terça-feira, 11 de julho de 2017

A Doutrina da Salvação (segunda parte)

10.07.2017
Do portal da CPAD NEWS,25.03.2013
Por Pr. Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoJustificação é um termo judicial. Fala de quebra da Lei (1Jo 3.4). Ele é o ato de transformação ou mudança de estado do pecador, perante Deus, operada por Ele mesmo. A justificação tem caráter exterior. Deus é o juiz, Cristo é o advogado e o homem, o réu. A transgressão da Lei de Deus é o pecado cometido.

O resultado da justificação na vida do novo crente é a mudança de posição perante Deus. De condenado que era, o homem passa a justificado. Na justificação, o homem entra em boas relações com Deus quanto às suas leis, pois Ele é justo (Rm 5.1; 8.1-4). A justificação é um ato divino fora do indivíduo, enquanto a regeneração ocorre no interior da criatura.

É muito maravilhoso o modo como Deus providenciou e efetua a nossa justificação. A justiça de Cristo é creditada à nossa conta espiritual (Rm 3.24-28). Romanos trata desse assunto de modo completo e majestoso.

Para a nossa justificação: a) Deus, em sua graça, colocou seu Filho em meu lugar, e, na cruz, transferiu minhas culpas e crimes para Ele; b) Jesus morreu voluntariamente por mim; c) Eu preciso aceitar, por fé, este único método divino de justificação do ímpio (Rm 4.5), confessando a Jesus como meu Salvador (Rm 10.9).

Assim, sem ultrajar sua perfeita justiça, Deus justifica o ímpio (aparentemente um absurdo), substituindo o culpado pelo inocente (Cristo), transferindo minhas culpas para Ele. Deste modo, Deus proveu a justificação para mim e para ti, mediante substituição e transferência, tudo por Cristo. Legalmente, não deveria haver misericórdia para com o culpado. Deveria ele ser punido. Porém, em virtude do sacrifício de Cristo, Deus, o Justo Juiz, faz justiça, perdoando o penitente que a Ele vem com fé. Assim, essa justificação por Jesus só é efetivada na vida do pecador que o aceitar como seu Salvador. Somente aceitando Jesus o pecador entra no plano divino para sua Salvação.

Vê-se, assim, que, no sentido bíblico, justificar é mais do que perdoar. O perdão remove a condenação do pecado, e a justi¬ficação nos declara justos. Um juiz terreno ou chefe de Estado pode perdoar um criminoso, mas não pode colocá-lo nunca em posição igual à daquele que nunca transgrediu a lei. Mas o nosso Deus pode e faz isso. Deus tanto perdoa o pecador, como justifica-o. Isto é, trata-o como se nunca tivesse pecado! Aleluia ao Trino Deus! E tal fato ocorre no momento em que o pecador arrependido aceita Jesus como seu Salvador pessoal. Aqui no mun¬do, um criminoso nunca mais receberá a consideração de justo por parte de seus semelhantes, mas Deus declara justo o pecador que Ele justificar. Sim! "Justificado!” – é o veredito divino. Quem pode agora nos condenar se é Deus quem nos justifica? (Rm 8.33-34). Aleluia!

Como é possível um Deus justo justificar um ímpio? (Rm 4.5). Já tentamos explicar: substituindo o culpado pelo inocente, o pecador pelo justo, e transferindo a culpa de um para o outro. Foi o que aconteceu no Calvário. Não foram os soldados romanos que levaram Jesus ao Calvário e ocasionaram sua morte, mas os meus e os teus pecados. Sua vida não foi tomada. Ele a deu como sacrifício para nos redimir.

É evidente que justificar é mais do que perdoar. Pela justificação o crente é declarado justo. A origem da justificação é a graça de Deus (Rm 3.24 e Tt 3.7). A base da justificação é o sangue de Jesus (Rm 5.9). O meio da justificação é a fé que vem por Jesus (Rm 3.28; 5.1).

Regeneração

Regeneração é um termo relacionado à família. Tem a ver com a nossa inclusão na família divina. É o ato interior operado na alma, pelo Espírito Santo. É a nova vida em Cristo, o novo nascimento. Sendo regenerado pelo Espírito Santo, o crente é filho de Deus. O lado externo da regeneração é a conversão, isto é, aquilo que o mundo vê ou percebe. Conversão é a mudança externa da pessoa, seu procedimento resultante da regeneração, a qual é a mudança interna na alma. A regeneração é a causa, a conversão é o efeito. Há um sentido em que a conversão não é total (Mt 18.3; Lc 22.32 e Tg 5.19).

O que ocasiona a regeneração não é a justificação, mas a comunicação da vida de Cristo. A justificação é imputada; a regeneração é comunicada. Justificação tem a ver com o pecado; regeneração, com a natureza. Justificação é algo feito a nosso favor; regeneração é algo operado em nós.

O resultado da regeneração é a mudança de condição – de servo do pecado e do Diabo para filho de Deus (Jo 1.12,13; 3.3 e Tt 3.5). Pela regeneração o crente é declarado filho de Deus.

No próximo artigo, falaremos sobre a santificação.

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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/47/a-doutrina-da-salvacao-(segunda-parte).html

segunda-feira, 10 de julho de 2017

A Doutrina da Salvação (Primeira Parte)

10.07.2017
Do portal da CPAD NEWS,14.02.2013
Por Pr. Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoSalvação é palavra de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da inefável salvação consumada por Jesus, o que às vezes reflete uma vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por Jesus, e a busca constante de sua comunhão.

Em Efésios 6, quando o apóstolo discorre sobre a armadura de combate do soldado cristão, fala do capacete da salvacão (v17). O capacete cobria totalmente a cabeça, protegendo-a. Isso fala da plenitude do conhecimento e da experiência da salvação.

Salvação não significa apenas livramento da condenação do Inferno. Ela abarca todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de Deus para com o homem e o mundo através de Jesus, o Redentor, nesta vida e na outra.

Salvação é o resultado da redenção efetuada por Jesus. Redenção foi o meio que Deus proveu para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto desse livramento. No sentido comum e limitado, Salvação significa a obra que Deus realiza instantaneamente no pecador que a Ele se entrega, perdoando-o e regenerando-o. Porém, a Salvação tem sentido e alcance muito mais vasto. Assim considerada, significa o pleno livramento da presença do pecado e suas conseqüências, o que somente ocorrerá na glória celestial. Nesse sentido, a Salvação alcança também outras esferas além da humana (Cl 1.20).

A Salvação foi planejada por Deus Pai (Ap 13.8 e 1Pd 1.18-20). Deus Filho consumou-a (Jo 19.30 e Hb 5.9). O Espírito Santo aplica-a ao pecador (Jo 3.5; Tt 3.5 e Rm 8.2). Tudo por graça (Ef 2.8).

Milhares de filhos de Deus são hoje salvos por Jesus, mas ainda não examinaram detalhadamente a sublimidade desta Salvação em seus dois sentidos: objetivo e subjetivo. A Salvação que Jesus efetuou no Calvário é tão rica, profunda e grandiosa que somente na outra vida é que começaremos a entender de fato o seu infinito alcance. Quando as eras futuras começarem o seu curso na glória celestial, começaremos a compreender as riquezas infinitas desta Salvação em Jesus Cristo (Ef 2.7; 3.8).

Vejamos a Salvação em si, do ponto de vista objetivo, considerando Deus como doador e o homem como o recipiendário. Nesse sentido, ela tem três aspectos, todos simultâneos: justificação, regeneração e santificação. Uma pessoa verdadeiramente justificada é também regenerada e santificada.

No próximo artigo, falaremos sobre a justificação e a regeneração.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/46/a-doutrina-da-salvacao-(primeira-parte).html

sábado, 4 de fevereiro de 2017

ESCOLA DOMINICAL: A importância das Lições Bíblicas

04.02.2017
Do portal da CPAD NEWS, 06.05.2010
ENSINADOR CRISTÃO
Por César Moisés Carvalho*

A importância das Lições Bíblicas na coesão doutrinária nas Assembleias de Deus no Brasil

A importância das Lições Bíblicas

No início da expansão da Igreja, o evangelista e historiador Lucas escreve que os membros perseveravam na “doutrina dos apóstolos” (At 2.42). Cientes de que o Canon do Novo Testamento ainda não existia, presume-se que era preciso que houvesse critérios rigorosos na escolha dos responsáveis pelo ensino do grupo que se delineava e crescia aceleradamente. Na contemporaneidade o cuidado não pode ser menor, conquanto o crescimento e a expansão sejam fatores positivos, não há como deixar de reconhecer que ambos trazem efeitos que interferem no aspecto qualitativo.

Com uma tradição de quase noventa anos, a revista Lições Bíblicas da CPAD é a principal responsável pela coesão doutrinária de nossa igreja no Brasil. De Norte a Sul e de Leste a Oeste, verifica-se que, salvo as questões de usos e costumes e pouquíssimas diferenças litúrgicas, as Assembleias de Deus são doutrinariamente coesas. Isso se deve ao cuidado de nossa liderança que, desde o suplemento denominado Estudos Dominicaes, escritos pelo missionário Samuel Nyström e publicados no primeiro jornal da denominação – Boa Semente – que circulou em Belém, Pará, no início da década de 20, passando pelo lançamento oficial da revista Lições Bíblicas, o qual se deu em 1930, na cidade do Rio de Janeiro, até os dias de hoje com o atual currículo, repito, devemos nossa coesão doutrinária às revistas e ao trabalho voluntário de milhões de professores que, a cada domingo, ministram o mesmo conteúdo bíblico em nossas igrejas em todo o território nacional.

Mesmo cientes da diversidade que existe em um país de proporções continentais como o nosso, é fato que, assim como na educação laica, não há como fugir do “livro didático”, pois os educadores precisam de um norte para os seus educandos. Evidentemente que a escolha do material padrão a ser usado nas escolas é, em tese, realizada com base em critérios rigorosos e muito claros, os quais devem atender as necessidades básicas ou mínimas dos alunos. De igual forma, as Lições Bíblicas do currículo da CPAD são elaboradas e produzidas tendo em vista este mesmo princípio. Tanto que, nas duas últimas renovações curriculares e no primeiro encontro de superintendentes de Escola Dominical, ocorrido em 1996, no Hotel Glória, Rio de Janeiro, a Editora ouviu a opinião e anseios dos líderes quanto às reivindicações e mudanças esperadas do material da Casa. Esta democratização do ensino só é possível quando a editora pertence à própria denominação e tem lastros de relacionamento que a torna orientada pela liderança desta mesma igreja.

Mesmo com esta visão existe outro problema, e este de ordem técnica: Como atender satisfatoriamente a um país marcado por tantas diferenças culturais? Somente uma mesma igreja que possui sua própria editora é quem pode se habilitar a cumprir tal proposta. À parte da questão teológica ou doutrinariamente ortodoxa, é preciso pensar nos cuidados pedagógicos, didáticos e filosóficos que fundamentam a elaboração de um currículo. A intenção educacional por trás desses pressupostos é imprescindível e crucial para se vislumbrar que “tipo” de cristão se quer formar. O currículo não pode ser um amontoado de textos desconexos ou simplesmente um “conjunto de revistas”. É preciso entender de desenvolvimento humano em suas diferentes etapas ou faixas etárias para se elaborar um currículo pedagogicamente praticável. E é partindo desse pensamento que a CPAD possui uma equipe de Educação Cristã habilitada e com competência técnica para pensar com seriedade, temor e profissionalismo a esse respeito. 

São esses princípios que norteiam a prática pedagógica da CPAD: teologia sólida, ortodoxa, bíblica e apologética aliada a uma produção curricular baseada na psicologia do desenvolvimento do ser humano, ocorrido ao longo da vida e em suas distintas faixas etárias, não unicamente nas esferas cognitiva, física, social e moral, mas também e, principalmente, na espiritual. A Casa Publicadora das Assembleias de Deus entende que a saúde espiritual de uma igreja depende de um ensino correto das Escrituras Sagradas, e o próprio apóstolo Pedro reconheceu isso ao dizer ao Senhor Jesus Cristo que não o deixaria, pois somente o Filho de Deus tem as “palavras da vida eterna” (Jo 6.68). 

E quando se fala em ensinar verdades eternas ou doutrinárias, as quais definem a maneira como a pessoa vai se comportar em relação a Deus é preciso que a igreja tenha clara noção do que pretende: Crescimento integral de sua membresia através do ensino da Palavra de Deus, tendo uma revista com conteúdo bíblico-teológico confiável, ou lições sem encadeamento progressivo de seu currículo, sem identidade confessional e adaptável a qualquer grupo religioso? A CPAD, por exemplo, conta com a experiente consultoria doutrinária e teológica do pastor Antonio Gilberto, e tem em seu quadro de comentaristas, pessoas de reconhecida credibilidade ministerial em todo o país, além de serem homens piedosos e comprometidos com a ortodoxia.

Toda esta tradição das Lições Bíblicas da CPAD deve-se ao Senhor Deus que colocou no coração de nossos pioneiros o cuidado com o ensino das Escrituras Sagradas, e eles, assim como o apóstolo Paulo, não foram desobedientes à visão celestial (At 26.19). Como a história — assim acredito — é feita por Deus e os seres humanos, houve uma longa trajetória para que chegássemos ao estágio que estamos desfrutando. E esse legado precisa ser conhecido pelas novas gerações.


A importância das Lições Bíblicas da CPAD 

Responsável pela coesão doutrinária nas ADs, a revista Lições Bíblicas vem sendo objeto de estudo de inúmeros acadêmicos das mais distintas faculdades (história, pedagogia, psicologia, sociologia, filosofia, sem falar em teologia e nos cursos lato ou stricto sensu), crentes ou não, que acorrem à CPAD a fim de conhecerem in loco o seu acervo de Educação Cristã. Todo esse interesse tem uma explicação: entender como uma massa de cerca 8 milhões de fiéis é tão coesa.

Um pequeno vislumbre histórico demonstra desde a criação dos primeiros periódicos da denominação, os quais tratavam de temas como batismo no Espírito Santo, os dons espirituais e escatologia, que o principal intento da imprensa pentecostal “não é propriamente a notícia, e sim a divulgação doutrinária”.  É reconhecido pelo mesmo catedrático, Gary B. McGee, que, além do jornal Voz da Verdade, e dos jornais Boa Semente (1919) e Som Alegre (1929), os quais na primeira Assembléia Geral Ordinária da CGADB em 1930, realizada na cidade de Natal (RN), se “uniram” e assim deram origem ao Mensageiro da Paz, existe ainda um elemento fundamental na divulgação das doutrinas pentecostais: 

“Outro fator de progresso do ensino teológico no meio pentecostal brasileiro foram as escolas bíblicas dominicais. Realizadas com o apoio de literatura fornecida pela CPAD, constitui-se no principal instrumento de divulgação entre os crentes das doutrinas que caracterizam o movimento, ensejando-lhes a oportunidade de apregoar com segurança a sua fé”.    

Como já foi dito, no início era apenas um suplemento publicado no segundo jornal da denominação — Boa Semente —, intitulado de “Estudos Dominicaes”, mas pouco tempo depois um anúncio nesse mesmo periódico dá conta da existência de revistas propriamente ditas: “Está em andamento a Revista de Escola Dominical que havemos de publicar para auxílio dos estudos dominicaes. O preço será o mais razoável possível”.  O anúncio consta do ano de 1923 no periódico, quando a denominação tinha apenas 12 anos de fundação. Em 1935 (cinco anos após o lançamento das Lições Bíblicas), um aviso do missionário Nils Kastberg no Mensageiro da Paz, evidencia a importância das revistas: “Embora tenhamos aumentado, consideravelmente, a tiragem das ‘Lições Bíblicas’; lamentamos já terem acabado todos os exemplares [...]. Isso, entretanto, nos mostra o progresso glorioso das ‘Assembléias de Deus’”.  

Conhecendo todo esse esforço inicial, a conclusão a que chegou Gary McGee, serve como uma resposta aos que erroneamente acreditam que o pentecostalismo é antagonista à reflexão teológica: “Como se vê, os pentecostais brasileiros, ainda que empiricamente, sempre se preocuparam com o ensino teológico”.  Se apenas ou tão somente os anos de sua existência fossem levados em consideração, já não haveria dúvidas quanto à importância das Lições Bíblicas, mas existe uma questão que precisa ser discutida: Como se deu o desenvolvimento curricular? Como as Assembleias de Deus no Brasil, através da CPAD, desenvolveu o melhor currículo de Escola Dominical?


A evolução curricular da Escola Dominical nas ADs

Em toda a sua trajetória, as revistas de Escola Dominical e, posteriormente, o então Departamento de Escola Dominical, mais tarde Divisão de Educação Cristã e, finalmente Setor de Educação Cristã, contou com os seguintes responsáveis, por ordem cronológica: Samuel Niström, Nils Kastberg, Emílio Conde e José Pimentel de Carvalho (este último, anos depois, foi também diretor do já criado Departamento de Escola Dominical) , Geziel Gomes e Antonio Gilberto (denominados coordenadores, sendo que o último foi criador e, posteriormente, diretor do Departamento de Escola Dominical), Adilson Faria, Raimundo de Oliveira, Antonio Mardônio Nogueira, Gilmar Vieira Chaves, Claudionor de Andrade, Isael de Araujo e Marcos Tuler.

Todos esses nomes contribuíram para que a CPAD possuísse o currículo completo que temos atualmente, mas vale dizer que a intensificação de todo esse processo teve dois grandes momentos: o primeiro, com o pastor Antonio Gilberto, a partir de 1974 com a criação do Caped e do Departamento de Escola Dominical da Casa; e o segundo, com o atual diretor executivo, Ronaldo Rodrigues de Souza que, desde sua posse em 4 de março de 1993, vem consolidando o projeto inicial dos nossos pioneiros e cristalizando a ideia de a CPAD possuir um currículo abrangente (o idealizado pelo pastor Antonio Gilberto em 1980, com seis faixas etárias, só veio se consolidar em 1994, já na administração da atual diretoria), através de grandes projetos como, por exemplo, a campanha Biênio da Escola Dominical 96/97, e o lançamento  em 31 de outubro de 2006 (com vigência para o primeiro trimestre de 2007), do currículo atual que é, sem dúvida, o mais completo (vai desde o berçário até a vida adulta, ou seja, nove faixas etárias, mais duas revistas para grupos específicos sendo as do discipulado e a de não-crentes). 

Até a presente data foram realizados 90 Capeds, 19 Conferências de Escola Dominical e 5 Congressos Nacionais de Escola Dominical (o sexto está marcado para novembro deste ano). Ninguém fez tanto pela Educação Cristã nas ADs como a CPAD, a editora oficial da denominação. Tudo isso, evidentemente, contando com a boa mão do Senhor sobre a editora, somando-se aos esforços de milhares de servos de Deus que, voluntariamente, se doam ao ensino da Bíblia Sagrada todos os domingos utilizando as revistas do currículo da Casa.

Todos os que temos o privilégio de hoje desfrutar dos efeitos salutares de um programa de educação cristã planejado, é importante lembrar que não foi sem dificuldades que o pastor Antonio Gilberto deu início a essa nova fase na ED nas Assembleias de Deus, passando da publicação de uma revista (e outras duas infantis) para o lançamento de um currículo que contemplasse o ser humano em suas diversas etapas da vida. É possível seguramente afirmar que, desde os primórdios da denominação houve uma preocupação com o aspecto doutrinário, mas não havia uma visão pedagógica, do ponto de vista técnico e científico, de como levar a efeito o aprendizado das doutrinas bíblico-pentecostais desde a mais tenra infância. A educação tinha um caráter muito empírico e informal, sendo imaginada apenas em termos “andragógicos”. 

Em março de 1983, na coluna “Escola Dominical” do Mensageiro da Paz, falando sobre o “Novo plano de revistas da Escola Dominical”, escreve o pastor Antonio Gilberto:  “Muitos pastores, professores e alunos da Escola Dominical têm nos informado sobre as dificuldades insuperáveis de ensinar assuntos sumamente difíceis, impróprios e até inconvenientes para os pequeninos, isso pelo fato de até agora o texto bíblico das revistas ter sido único para todas as idades. Sabemos que isso era feito assim, porque não havia outra solução, hoje tendo a Assembléia de Deus mais de 70 anos de trabalho, e com milhões de fiéis, precisamos urgente ter uma série completa de revista da Escola Dominical, cada uma com seu currículo para cada idade.

É o currículo que se adapta ao aluno, e não o aluno ao currículo. As leis da aprendizagem não são invenção humana; são leis e princípios imanentes ao ser humano. Um simples grupo de lições em seqüência continuada, sem relacionamento entre si; e sem levar em conta os agrupamentos de idade, não pode ser chamado de currículo.

Leitura bíblica em classe e texto áureo diferente para cada revista não constituirão dificuldade alguma, havendo o devido cuidado e orientação por parte dos dirigentes e professores da Escola Dominical. Não se trata de mudar doutrina, mas um costume, na área do ensino, mas... mudar para melhor! O real benefício do texto áureo não está no fato de recitá-lo em conjunto na Escola Dominical reunida, mas no ensino bíblico nele contido e assimilado pelo aluno, e isso deve ser feito de acordo com a faixa de idade. Podemos nos esforçar muito e ensinar pouco ou nada, se não soubermos ensinar. Numa casa de família o alimento é preparado de acordo com a idade. Julgamos ser isso diferente na Casa de Deus?

Se esses fatores condicionantes do aprendizado, não forem levados em consideração no ensino, o aproveitamento escolar será praticamente nulo, pois as leis do ensino e da aprendizagem são universais e imutáveis, quer se trate do campo de ação secular ou religioso”.  

Como pôde ser visto, obedecer à visão divina para a Educação Cristã nas Assembleias de Deus no Brasil significou inúmeros esforços de muitas pessoas que se dispuseram a tal empreendimento. É disso que este texto ligeiramente tratou, sendo apenas um contato dos leitores com o assunto que brevemente receberá um merecido tratamento, pois será lançado um livro contando a história da evolução curricular da ED nas ADs. Uma saga muito linda que terá o devido registro, pois moldou a face do maior fenômeno pentecostal do mundo: as Assembleias de Deus no Brasil.

*César Moisés Carvalho é pastor, pedagogo, professor universitário e chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD.

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Fonte:http://cpadnews.com.br/ensinador-cristao/780/a-importancia-das-licoes-biblicas.html