Mostrando postagens com marcador FÉ CRISTÃ. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FÉ CRISTÃ. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Proteja sua família do uso errôneo da tecnologia

23.08.2017
Do BLOG BELVEREDE, 11.09.2014
Por Huffington Post*

Dez razões pelas quais dispositivos portáteis devem ser proibidos para crianças com idade inferior a 12 anos.

Ao contrário do que muitos pais imaginam, o contato com as tecnologias não deixam as crianças mais inteligentes. Pesquisas científicas comprovam que o excesso ou uso precoce pode até mesmo prejudicar sua capacidade de psicomotricidade e causar danos de aspecto físico, intelectual e emocional.

A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria atestam que bebês na idade entre 0 a 2 anos não devem ter qualquer exposição à tecnologia, crianças de 3 a 5 anos devem ter acesso restrito a uma hora por dia e crianças, de 6 a 8 anos devem ter acesso restrito a 2 horas por dia. Acontece que hoje as crianças e jovens usam a tecnologia em quantidade de 4 a 5 vezes maior do que a recomendada, o que está resultando em consequências graves e ameaças virais.

Segundo pesquisa da Common Sense Media, em 2013, os dispositivos portáteis, tais como celulares, tablets, jogos eletrônicos, etc, t~em aumentado dramaticamente o acesso e uso à tecnologia, especialmente por crianças muito novas. Terapeutas ocupacionais e pediátricos têm convidado os pais, os professores e os governos a proibir o uso de todos os dispositivos para crianças com idade inferior a 12 anos.

Você acha exagero? Veja a seguir 10 razões embasadas em pesquisas que provam que não:

1. Crescimento rápido do cérebro

Entre 0 e 2 anos, o cérebro da criança triplica de tamanho e continua em estado de rápido desenvolvimento até os 21 anos de idade. O desenvolvimento inicial do cérebro é determinado por estímulos ambientais ou pela falta dele. O estímulo a um desenvolvimento cerebral causado por exposição excessiva a tecnologia (celulares, internet, iPads, TV) foi mostrado afetar negativamente o funcionamento e causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, aprendizagem deficiente, aumento da impulsividade e diminuição da capacidade de auto-regular, causando por exemplo "birras", ataques de raiva, etc.

2. Atraso no desenvolvimento

O uso da tecnologia restringe o movimento, o que pode resultar em atrasos nas funções motoras. Uma em cada três crianças agora entra na escola com atraso de desenvolvimento, impactando negativamente a alfabetização e o desenvolvimento acadêmico. O movimento aumenta a atenção e a capacidade de aprendizagem. Com isso, o uso da tecnologia por crianças com idade inferior a 12 anos é prejudicial também nesse aspecto.

3. Epidemia de obesidade

O uso da TV e vídeo game está correlacionado com o aumento da obesidade. As crianças que possuem dispositivos eletrônicos em seus quartos têm 30% de aumento na incidência de obesidade. Em locais onde o uso de gedgets na infância é ainda maior, como no Canadá e Estados Unidos, um em cada quatro canadenses e uma em cada três crianças americanas são obesas. E algo muito preocupante é que 30% das crianças obesas irão desenvolver diabetes e os indivíduos têm maior risco de acidente vascular cerebral e ataque cardíaco precoce, encurtando gravemente a expectativa de vida, conforme indica dados da Center for Disease Control and Prevention 2010. Em entrevista à BBC News, o professor Andrew Prentice disse que com base na estatística, crianças do século 21 podem compor a primeira geração onde muitos não vão viver mais que seus pais, grande parte devido à obesidade. 

4. Privação do sono

Você sabia que 60% dos pais não supervisionam o uso de tecnologia de seus filhos e 75% das crianças estão autorizadas a terem tecnologia em seus quartos? Dentre essas 75% com idade 9 e 10 anos são privadas de sono e como consequência, suas notas na escola estão negativamente impactadas?

5. Doença mental

Algo ainda mais grave é que o uso excessivo de tecnologia está implicado como a principal causa de taxas crescentes de depressão infantil, ansiedade, transtorno de apego, déficit de atenção, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento infantil problemático, mostram estudos de diferentes centros de pesquisa. Uma em cada seis crianças canadenses tem uma doença mental diagnosticada; muitas delas estão em uso de medicação psicotrópica perigosa.

6. Agressão

Há muito já discutido no Brasil, conteúdo de mídia violento pode causar agressividade infantil. As crianças estão cada vez mais expostas à crescente incidência de violência física e sexual na mídia hoje. Muitos jogos de vídeo game retratam sexo, assassinato, estupro, tortura, assim como fazem muitos filmes e propagandas de TV, com a diferença que os games incentivam os jogadores a cometerem os crimes. Os EUA classificaram a violência na mídia como um risco à saúde pública devido ao impacto causal sobre a agressão infantil.

7. Demência digital

Conteúdo de mídia de alta velocidade pode contribuir para o déficit de atenção, bem como a diminuição de concentração e da memória, devido ao cérebro eliminar trilhas neuronais no córtex frontal. Logo, crianças que não conseguem prestar atenção não conseguem aprender.

8. Vícios

Como os pais foram cada vez mais presos à tecnologia e ao superativismo, eles estão cada vez mais se afastando de seus filhos. Na ausência de apego dos pais, as crianças tendem a se conectar a dispositivos, buscar interações nas redes sociais, oque pode resultar em dependência. Segundo dados de 2009, uma em cada 11 crianças com idades entre 8 e 18 anos são viciadas em alguma tecnologia.

9. Emissão de radiação

Em maio de 2011, a Organização Mundial da Saúde classificou os telefones celulares (e outros dispositivos sem fio) como um risco categoria 2B (possível cancerígeno), devido à emissão de radiação. James McNames com a Health Canada, em outubro de 2011, emitiu um aviso de advertência dizendo: "As crianças são mais sensíveis do que os adultos a uma variedade de agentes - como seus cérebros e sistemas imunológicos ainda estão em desenvolvimento - então você não pode dizer que o risco seria igual para um jovem adulto quanto é para uma criança". (Globe and Mail de 2011).

Mais recentemente, em dezembro de 2013 o Dr. Anthony Miller, da Universidade da Escola de Saúde Pública de Toronto, no Canadá, recomendou que, com base em novas pesquisas, a exposição à radiofrequência deve ser classificada como 2A (provável concerígeno) que é visto de forma mais amena.

10. Insustentável

As maneiras pelas quais as crianças são criadas e educadas com a tecnologia já não são sustentáveis. As crianças são o nosso futuro, mas como será o futuro para pessoas desde a infância com overdose de tecnologia? Expostas a tantas consequências físicas, emocionais e psicológicas? Cuidar disso é urgente! É preciso que os pais e responsáveis se mobilizem a começar cem seus lares, imponham limites, regras de uso, a fim de reduzir o uso de tecnologia por crianças.

Que tal dar uma chance para os livros, brinquedos do armário, para os amigos e, por que não, para o papel em branco? Aposto que vão sair histórias muito mais cheias de finais felizes.

*Huffington Post via Mensageiro da Paz (edição setembro de 2014).

*****
Fonte:https://belverede-cosmovisao.blogspot.com.br/2014/09/proteja-sua-familia-do-uso-erroneo-da.html

quarta-feira, 15 de março de 2017

Constrangidos pelo amor: do ateísmo para Cristo

15.03.2017
Do portal ULTIMATO ON LINE, 11.2005
Por Alderi Souza de Matos 

Ao longo da história, não têm sido muito comuns os casos de ateus que se converteram à fé cristã. Em primeiro lugar, isso se deve ao fato de que, durante muito tempo, o número de ateus declarados foi bastante reduzido. O fenômeno do ceticismo religioso tem sido mais visível nos últimos séculos, especialmente a partir do Iluminismo. Em segundo lugar, o ateísmo, quando resulta de uma decisão intelectual consciente e deliberada, é uma posição da qual o indivíduo não é demovido com facilidade. Entretanto, se a incredulidade em suas diversas formas for entendida de maneira mais abrangente, incluindo a indiferença em relação a Deus ou o ateísmo prático, é possível encontrar um maior número de histórias de conversão. Os casos a seguir são uma pequena amostragem dessas diferentes situações, partindo de exemplos pouco conhecidos para concluir com aquele que talvez seja um dos mais famosos ateus convertidos a Cristo nos últimos tempos. 


Uma viagem transformadora 

O inglês Musgrave Reid, que narrou a sua conversão no livreto From Atheism to Christ (Do Ateísmo para Cristo), havia sido batizado e confirmado na Igreja Anglicana. Com o passar dos anos, desiludiu-se com a igreja e com a fé cristã, vindo a tornar-se discípulo de Charles Bradlaugh, um conferencista ateu. Mais tarde tornou-se secretário da Sociedade Fabiana de Manchester, secretário da Associação Socialista de Lancashire e secretário-geral do Partido Trabalhista Independente. Manteve-se incrédulo por vinte anos. 

Sua conversão ocorreu numa viagem de negócios aos Estados Unidos, na qual percorreu todo o país, visitando 62 cidades. Em certa ocasião, atravessando de trem as Montanhas Rochosas cobertas de neve, a 4.500 metros de altitude, ele ficou tão impressionado com o deslumbrante cenário que a sua mente começou instintivamente a buscar uma explicação para aquelas maravilhas. Ao mesmo tempo, começou a questionar as suas posições materialistas, influenciadas em parte pela recente teoria evolucionista. Ele mesmo narra a sua experiência: “Imperceptivelmente, descobri que a minha mente estava experimentando uma mudança. Surgiu um irresistível senso de deslumbramento e a reverência se insinuou em meus pensamentos... Caí de joelhos e clamei: ‘Ó Deus, se tu existes, revela-te!’ Pedi luz e a luz veio como uma torrente”. Tudo isso aconteceu enquanto ele tinha em mãos um dos livros de Robert G. Ingersoll (1833-1899), o conhecido advogado e orador materialista norte-americano. 

Voltando para a Inglaterra, o processo de conversão de Reid se completou com a leitura da Bíblia, e especialmente com as palavras de João 3.16. Agora ele não somente cria na existência de Deus, mas o conhecia como aquele que se revelou em Cristo e na cruz. Durante o restante da sua vida, Reid contou aos outros o que Deus havia feito por ele. 

O exemplo de um subalterno 

Um dos maiores pregadores do Estados Unidos no final do século 19 e início do século 20 foi Russell H. Conwell (1843-1925). Conwell foi um valoroso capitão na Guerra Civil Americana (1862-1865), mas era um firme adepto do ateísmo desde que estudou na Universidade de Yale, para desgosto do pai, um piedoso metodista. Na guerra, ele teve como ordenança um jovem cristão chamado John Ring, a quem Conwell proibia de ler a Bíblia em sua barraca. Durante um batalha na Carolina do Norte, Conwell se esqueceu de levar consigo uma espada folheada a ouro que muito apreciava. O jovem ordenança passou pelas linhas inimigas e pegou a espada, mas ao atravessar uma ponte em chamas sofreu graves queimaduras. Antes de morrer no hospital, deixou uma mensagem para o seu capitão: “Eu queria dar-lhe a sua espada, e então ele saberia o quanto eu o amava”. 

Depois disso, Conwell não foi mais o mesmo. Após ser deixado como morto em uma batalha e ter passado por um período de grande aflição interior, ele finalmente encontrou a paz. Sua oração foi: “Senhor, ajuda-me a fazer o meu trabalho e também o trabalho do meu heróico jovem soldado”. Ele se tornou um afamado pregador, foi o criador e o primeiro presidente da Universidade Temple (em Filadélfia), batizou mais de seis mil conversos e fundou três hospitais ligados à sua igreja. Quando morreu, foi enterrado com a espada que durante toda a vida lhe lembrou o fiel soldado John Ring. 

Surpreendido pela alegria 

C.S. Lewis (1898-1963) foi um dos cristãos mais destacados do século 20. Seus livros continuam sendo muito lidos e dentro em breve estreará nos cinemas do Brasil um filme baseado em uma de suas obras mais conhecidas, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Lewis nasceu em uma família protestante residente em Belfast, na Irlanda do Norte. Desde pequeno, adquiriu um grande amor pelos livros. Quando estava com dez anos, a sua mãe morreu de câncer, o que o deixou profundamente magoado. Começou a ter dúvidas a respeito de Deus e quando foi para um internato tornou-se um ateu confesso. Educado por um professor particular, veio a ser grande conhecedor da literatura clássica e um pensador e escritor de grande capacidade crítica e analítica. Ao mesmo tempo, firmou-se ainda mais em seu ceticismo. 

Nos anos seguintes, vários fatores o levaram à fé em Deus. Em primeiro lugar, o terrível sofrimento mental de um veterano de guerra que ficou hospedado por algumas semanas em sua casa e acabou morrendo de um ataque cardíaco. Lewis observou em uma carta: “... é um mundo miserável – e nós havíamos pensado que poderíamos ser felizes com livros e música!” Um segundo instrumento da sua conversão foi a leitura de autores cristãos como George MacDonald (Phantastes) e G.K. Chesterton (The Everlasting Man), que levantaram sérias indagações quanto ao seu materialismo. Finalmente, ele foi ajudado e desafiado por vários amigos cristãos, entre eles o escritor J.R.R. Tolkien. Em 1929, Lewis reconheceu que “Deus era Deus, ajoelhou-se e orou”. Dois anos depois, finalmente admitiu que Jesus Cristo é o Filho de Deus e se tornou um membro comungante da Igreja da Inglaterra. Nessa época era professor do Magdalen College, na Universidade de Oxford; mais tarde haveria de lecionar também em Cambridge. 

Durante 30 anos, Lewis tornou-se um “evangelista literário”, comunicando a sua fé através de um grande número de livros para adultos e crianças, voltados para a apologética e o discipulado cristão. Escreveu, entre outros, O Retorno do Peregrino, Longe do Planeta Silencioso, Perelandra, As Crônicas de Nárnia, O Problema do Sofrimento, Cartas do Diabo a seu Aprendiz, O Grande Abismo, Cristianismo Puro e Simples, Até que Tenhamos Rostos (considerado por ele a sua melhor obra de ficção) e um livro autobiográfico, Surpreendido pela Alegria. Em 1956, Lewis casou-se com uma antiga admiradora, Joy Davidson, que morreu de câncer em 1960, três anos antes da morte do próprio Lewis. 

Conclusão 

Muitos ateus e agnósticos militantes procuram desqualificar relatos de conversão ao cristianismo semelhantes a estes. Eles geralmente argumentam que os indivíduos convertidos não eram ateus de fato, nunca abraçaram uma posição de incredulidade de modo consciente e racional. Insistem que a experiência religiosa carece de autenticidade, sendo sempre condicionada por experiências negativas, sofrimento ou medo da morte, entre outras causas. Todavia, deliberadamente esquecem que o materialismo também pode ser, e com freqüência é, condicionado por fatores externos com influências familiares, intelectuais e culturais. Do ponto de vista bíblico, o ceticismo é uma das mais dolorosas manifestações da rebeldia e ingratidão humana contra Deus (Sl 14.1-3; Rm 1.18-21), reprimindo e sufocando o senso do transcendente que existe no íntimo de cada um. As narrativas acima mostram que há esperança para os que não querem ou acham que não podem crer. 

Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidadede Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. asdm@mackenzie.com.br
****
Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/o-tom-do-debate-pode-ser-um-desservico-a-igreja/