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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A importância do ensino na vida da Igreja

06.12.2017

Do portal GOSPEL PRIME
Por Pr. Orlando Martins

Não confunda espiritualidade com falta de conhecimento

A importância do ensino na vida da Igreja

Atualmente, muitos cristãos desejam verdadeiramente crescer espiritualmente, no entanto, como acham que não precisam aprender a palavra e muito menos estudar teologia, acabam criando a sua própria teologia na informalidade: “É mistério, Veja o varão de branco! Queima ele Jeová! Receba a bola de fogo! Reteté de Jeová! Recebaaaa!”

Entretanto, os que defendem esse ponto de vista pecam ao confundirem espiritualidade com falta de conhecimento, afirmando que o cristão não precisa de ensino bíblico e muito menos de teologia. Portanto, para que possamos compreender a importância do ensino para a espiritualidade cristã, será apresentado aqui à história da educação ao longo da narrativa bíblica.

Ensino no Antigo Testamento

Primeiramente, o ensino era ministrado pelos anciões (Nm 22.29), posteriormente, pelos levitas e depois pelos escribas (Ed 7.10). Após o retorno do exílio babilônico de setenta anos, o povo judeu havia se esquecido do ensino da lei do Senhor. Diante dessa situação Esdras, o escriba, leu a lei perante o povo, desde a alva (cinco horas da manhã) até aproximadamente o meio-dia e um grupo de escribas traduziam o ensino, para que o povo, que falava aramaico, pudesse compreender  o real sentido do texto. Esta passagem é considerada por muitos especialistas, como sendo a primeira escola bíblica, pois foi a primeira vez que houve interpretação de passagens bíblicas, praticando-se o exercício tanto da hermenêutica como da exegese. O verdadeiro ensino bíblico produz arrependimento e confrontação, o que gerou um grande avivamento espiritual entre o povo de Israel.

Ensino no Novo Testamento e na Igreja atual.

Já no período do Novo Testamento o ensino era ministrado nas sinagogas pelos rabinos e pelos mestres, e além destes, podemos observar claramente o ministério do ensino na vida de Apolo, que era poderoso em palavras (At 18.24-28); no ministério do apóstolo Paulo, que ministrava sempre doutrinando as Igrejas; e em nosso Senhor Jesus, nosso maior exemplo, sendo chamado 50 vezes de mestre nos evangelhos (Jo 3.1) e 16 vezes de mestre dos mestres. Seu ensino era ministrado por meio de parábolas e através de ensinamentos pessoais e no templo.

Portanto, dentro do ensino claro do Novo Testamento, fica evidente que o Senhor chamou uns para mestres (Ef 4:11) e outros para ensinadores (Rm 12:7), sendo que o ensino é uma das tarefas mais importantes da igreja cristã e contribui para a sua edificação. Na Igreja primitiva os mestres e ensinadores eram grandemente usados pelo Senhor para ensinar e contribuir com a edificação das comunidades do NT.

Portanto, os que se envolvem com a área do ensino cristão e da educação teológica podem exercer o seu chamado como professor de Teologia, de EBD, de classes infantis, discipulador, palestrante, pregador expositivo, escritor, conferencista, revisor de Bíblias, de livros, de obras de referência, consultor teológico e etc.

Como reflexão

O ensino é de suma importância para o desenvolvimento do corpo de Cristo, portanto, é muito importante que em uma comunidade de fé haja: Escolas Bíblicas, Faculdade de Teologia, Seminário teológico, Curso de Discipulado, Pequenos Grupos, Grupos de Crescimento, Seminários, Palestras, Conferências, Plenárias, Simpósios, Classes infantis e etc.

Portanto, podemos refletir que os que ensinam, devem procurar servir com o seu dom à comunidade na qual estão inseridos. Como reflexão, gostaria de registrar o pensamento de John Milton Gregory: “A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho”. Portanto, ensinar é gerar edificação e é de suma importância que todos os mecanismos possíveis de ensino sejam usados, para que o corpo de Cristo seja edificado através do ensino bíblico, teológico e também por meio das áreas do conhecimento humano, pois como afirmou John Stott: “Crer é também pensar”.
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 Pr. Orlando Martins. Vice-presidente da Assembleia de Deus Mais de Cristo em Florianópolis, Pastor-Auxiliar, Bacharel em Teologia e Jornalismo. Especialista em Educação, Mestrando em Teologia na EST. Escritor, Diretor da Faculdade Mais de Cristo. Professor universitário e de matérias teológicas em seminários e faculdades no estado de Santa Catarina. Casado com Cleusa de Oliveira Martins. Pai de Larissa Eduarda de Oliveira Martins.

Referências bibliográficas 

– GREGORY, John Milton. Ensinando para transformar vidas. Editora Betânia: Belo Horizonte, 2004.
– MARTINS, Orlando. Diaconia cristã: o serviço da mordomia. Editora AD Santos: Curitiba, 2016.
 MARTINS, Orlando. Um presente de Deus para você. Editora Candeia: São Paulo, 2014.
 PAULINO, Jesiel. III EEDUC. Teologia e espiritualidade, 2002. Ed. CEC, Itajaí,SC.100 p.
– PAULINO,Jesiel.EBO.A Integridade e Espiritualidade do Ministro, 2002. Ed. CEC, Itajai, SC.40 p.
– STOTT, John. Crer é também pensar. Edições Vida Nova, São Paulo.
– TULLER,  Marcos. Manual do professor de Escola Dominical. Edições CPAD: Rio de Janeiro, 2004.
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Fonte:http://jesuscristoaunicaesperanca.blogspot.com.br/2017/12/a-importancia-do-ensino-na-vida-da.html

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Como uma mulher cristã nas redes sociais corre o risco de sair do status “sem véu” para o “sem filtro”?

20.01.2017
Do portal GOSPEL PRIME, 27.11.15
ARTIGOS
Por Sady Santana*

Você sabe o que significa o termo “digital influencer”?


Até esses dias era um termo desconhecido que nem precisa de tradução.  E blogueiras famosas já o escolheram para titularem as suas atividades nas redes sociais. E quando o assunto é influência, elas têm razão ao preferirem se chamar dessa forma. Pois, possuem mesmo uma grande capacidade de agregarem milhões de seguidores no ambiente digital, e de os arrastar a cada click, a cada produção “supostamente caseira”, ditando moda, costumes, caras e bocas. Sempre em vídeos curtos, os chamados tutoriais.
A verdade é que: o que começou de forma quase artesanal, virou caso de interesse de mercado. E nos bastidores quase tudo o que elas produzem agora é patrocinado, maquiado e vendido para mocinhas que acreditam que podem segui-las e serem tão ou mais poderosas que elas.
Por estes dias, uma blogueira adolescente bem famosa decidiu abrir a caixa preta do seu mundo virtual, e revelou detalhes disso tudo. Desvendou a quantidade de maquiagem usada nos makes para parecer “natural”, e bem como toda a tecnologia que está por trás do espelho do banheiro delas.
Neste ponto podemos, não nos apressarmos em condenar as adolescentes que seguem essas blogueiras e voltarmos um pouco no tempo, no Gênesis. Lá está Eva olhando fixo para a árvore do bem e do mal, pensando no que a serpente acabara de lhe dizer sobre não morrer, e sobre ser como Deus.
O que a serpente disse seria verdade? E Gn 3.6 diz, “A mulher ficou convencida. Reparando na beleza daquela arvore e que a sua fruta era agradável ao paladar e atraente aos olhos…”
Eis o poder sedutor da imagem a que todos nós estamos sujeitos, desde o Éden, e agora mais intensamente nas redes sociais. Sim, a imagem constrói o desejo, e não somente em adolescentes, mas também em mulheres adultas, solteiras e casadas, em homens, em toda a raça humana.  E quanto a sermos mulheres cristãs em um mundo midiático caído então, é notável o bombardeio sobre nós, diariamente.
Olhamos para as escrituras e voltamos novamente a atenção para o nosso entorno e vemos que,  grande rede é a rede social. Satanás impõe um novo/velho fruto a cada esquina virtual, e o desejo que ronda as telas das nossas “Evas” da atualidade, é o de ser como “as deusas da internet”. Ser notada, e não ser mais uma anônima! E nesse aspecto, repito, corremos riscos semelhantes, indistintamente, todas as mulheres da geração “www”.
A palavra Modéstia que foi recomendada pelo apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo, seria hoje no seio da igreja um verbete em desuso? Não há nada de mal em postar fotos dos nossos acontecimentos sociais, das nossas alegrias, da família, do que comemos, das programações da igreja. Até aí tudo bem, vai… Temos os smartphones e quem não gosta? A atração pela imagem nos é inerente, Deus nos fez assim, e fomos feitos à sua IMAGEM e semelhança.
Mas, onde é o limite? Onde está o começo da cerca, ou a placa “Não ultrapasse”?
Tenho visto quase todos os dias, e digo que ainda não me acostumei, não, não acho normal, meninas adolescentes, jovens e mulheres adultas também, colocando fotos, com poses ensinadas pelas blogueiras, de forma sensual, com roupas primorosamente decotadas e de biquíni. Até jovens grávidas fazendo o seu “book” seminuas, iguais as Kim Kardashian da vida. Cadê o filtro do isso é lícito, isso me convém?
Se tem algo não muito explicado, e que ainda não temos dimensões precisas, é quanto a visualização e acesso às nossas fotos, e por quanto tempo elas ficam por lá, mesmo quando são deletadas por nós. Quem as vê? Daí todo o cuidado é pouco.
Volte na história um pouco. Quem liberou o corpo feminino para os olhos do mundo, não foi a Bíblia, foi o feminismo. Sim, foi no auge desse movimento que se queimaram peças íntimas em praça pública, ainda no ano barulhento de 1968. Mas, um pouco antes, quando se pensou em fazer uma propaganda apresentando o biquíni para a sociedade, nenhuma atriz ou modelo famosa aceitou tamanha ousadia, ficando o papel para uma ilustre desconhecida que aceitou fazê-lo, porque esta já pousava em revistas masculinas.
Décadas depois a normalidade reina e temos fotos revelando quase tudo e para quase todos em tempo real.
Se existem limites para as minhas fotos e postagens, quem as determina? Se forem as demais mulheres, então é o mundo que as decidirá. Se, no entanto, forem mulheres que já se viram livres da sugestão da serpente através da ressurreição de Cristo, então as escrituras é quem determinarão a seleção de fotos que irá para a minha timeline. E o que ela diz?
“Antigamente vocês estavam mortos por causa do pecado. Seguiam a multidão e eram iguais a todos os outros, cheios de pecado e obedientes à ordem deste mundo, e ao poderoso príncipe do poder do ar, que está operando agora mesmo naqueles que vivem em desobediência… Agora, porém vocês pertencem a Cristo” Ef  2.1-2, 13
“Se agora estamos vivendo pelo poder do Espírito Santo, sigamos a liderança do Espírito Santo em todos os aspectos da nossa vida. Então não precisaremos mais andar em busca de honras e de popularidade que levam à inveja a aos maus sentimentos.” Gl 5.25,26
Não há necessidade de se andar por aí com burcas, e com véus, mas a mulher cristã sábia anda na contramão, sempre com cautela e cuidado. É preciso filtro para todas as imagens e tendências que estão aí reivindicando o status de “normal”. A porta é estreita e a parafernália que o mundo oferece não cabe e vai ter que ficar de fora, para que entremos livres de todo peso no descanso eterno. Inclusive, quanto a particularidade de serem únicas, só as mulheres cristãs têm essa chance de serem, de fato. E isso fica bastante claro nas imagens utilizadas no livro de Cantares de Salomão que diz, “Mas ela é única, a minha pombinha, ela é perfeita… quando as outras jovens a vêem dizem que ela é feliz.” Ct 6.9

Sady Santana*Sady Santana é jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.



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Fonte:http://jesuscristoaunicaesperanca.blogspot.com.br/2015/11/como-uma-mulher-crista-nas-redes.html