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sábado, 13 de fevereiro de 2021

CPADNEWS: POR QUE DEVEMOS OBEDECER AOS PASTORES ? HÁ HIERARQUIA NA IGREJA?

14.02.2021

Do portal CPAD NEWS, 30.03.2015

Por Ciro Sanches Zibordi

CPADNEWS: POR QUE DEVEMOS OBEDECER AOS PASTORES ? HÁ HIERARQUIA NA IGREJA?

Conquanto a Palavra de Deus ordene: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas” (Hb 13.17), aumenta a cada dia o número de cristãos rebeldes, que não se sujeitam aos líderes eclesiásticos chamados verdadeiramente por Deus e pensam que estão certos. Não respeitam pastores, verberam contra a liderança e afirmam que só devem obediência a Deus. “Igreja não é quartel general”, afirmam. E, generalizando, chamam qualquer liderança firme e segura de coronelista. Na Bíblia, a Palavra de Deus, vemos que o próprio Deus prioriza e hierarquiza. Ele — que podia ter formado todas as coisas com uma única palavra — fez questão de formar tudo a seu tempo, dia após dia (Gn 1). O Senhor também pôs em ordem as tribos de Israel (Nm 2). Nosso Deus é um Deus de ordem (1 Co 14.40).

De acordo com 1 Coríntios 12.28, vemos que Deus hierarquiza dons e ministérios. A hierarquia, nesse caso, existe, não para que o portador de certo dom e ministério se considere superior aos outros, e sim para que haja ordem. Deus pôs na igreja “primeiramente apóstolos” (1 Co 12.28; Ef 4.11). Os apóstolos são homens de Deus, enviados por Ele, com grande autoridade, e não autoritarismo, que formam a liderança maior da igreja — independentemente dos títulos empregados pelas denominações (pastores presidentes, bispos, reverendos, pastores, presbíteros, etc.). Mas não se deve confundir títulos com ministérios e dons. Estes vêm do Espírito Santo, enquanto os títulos são conferidos pelos homens. Na Assembleia de Deus fiel ao seu perfil teológico-eclesiástico-consuetudinário original, por exemplo, não existe o título de apóstolo. Mas isso não significa que não exista o ministério apostólico. Este, segundo a Bíblia, perdurará “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).

O texto de 1 Coríntios 12.28 afirma, também, que Deus pôs na igreja “em segundo lugar, profetas”, mencionados em Efésios 4.11 na mesma posição, depois dos apóstolos. Os profetas que receberam, de fato, o ministério profético, não devem ser confundidos com os crentes que falam em profecia nos cultos, também chamados de profetas em 1 Coríntios 14.29. O ministério profético neotestamentário é formado por pregadores (pregadores, mesmo!) da Palavra de Deus, portadores de mensagens proféticas. Em seguida, a Palavra do Senhor, ainda em 1 Coríntios 12.28, assevera: “em terceiro, doutores”. Veja como essa hierarquização ocorria na igreja de Antioquia da Síria: “havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo” (At 13.1). Nesse caso, os doutores, que atuam juntamente com os profetas, são ensinadores da Palavra de Deus. Há casos, como o de Paulo, em que três ou dois dos ministérios mencionados (apóstolo, profeta e doutor) estão presentes (1 Tm 2.7). Os ministérios de pastor e evangelista certamente fazem parte dos três escalões mencionados em 1 Coríntios 12.28, posto que são títulos relacionados com a liderança maior da igreja.

Em 1 Coríntios 12.28, também está escrito: “depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”. Milagres só vêm depois de apóstolos, profetas e doutores? Isso mesmo. Na hierarquização feita por Deus, o ministério da Palavra é mais prioritário que os milagres, haja vista serem estes o efeito da pregação do Evangelho (Mc 16.17). Observe que João Batista foi considerado por Jesus o maior profeta dentre os nascidos de mulher, mesmo sem ter realizado sinal algum (Jo 10.41). Se não houver hierarquia nas igrejas, para que servirão os cargos e funções? Qualquer pessoa, dizendo-se usada por Deus, poderá mandar no pastor. Aliás, isso estava acontecendo na igreja de Tiatira, e o próprio Senhor Jesus repreendeu aquele obreiro frouxo que não estava exercendo a liderança que recebera do Senhor (Ap 2.20).

Deus é Deus de ordem! Os princípios divinos da priorização e da hierarquização aparecem em várias outras passagens neotestamentárias. Em 1 Coríntios 14.26, vemos que, no culto coletivo a Deus, deve haver ordem. Quanto à ressurreição, está escrito: “cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Co 15.23). E, na Vinda de Jesus, tal princípio também será aplicado: “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens” (1 Ts 4.17). Em 1 Tessalonicenses 5.23, vemos que Deus prioriza o espírito, na santificação: “e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Essa ordem mostra que a obra santificadora do Espírito Santo ocorre de dentro para fora, e não de fora para dentro.

Finalmente, o apóstolo Paulo parabenizou os crentes da cidade de Colossos porque naquela igreja havia ordem (Cl 2.5). E ordem também significa respeitar a hierarquia! Afinal, os ministérios e dons não são invenção humana. Eles foram dados por Deus para edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11-15).

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Ciro Sanches Zibordi é pastor, escritor, membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Autor do best-seller “Erros que os pregadores devem evitar” e das obras “Mais erros que os pregadores devem evitar”, “Erros que os adoradores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria”, “Adolescentes S/A” e “Perguntas intrigantes que os jovens costumam fazer”, todos títulos da CPAD. É ainda co-autor da obra “Teologia Sistemática Pentecostal”, também da CPAD.

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Fonte:Ciro Sanches Zibordi - CPADNews

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Círculo de Oração - Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco

 08.11.2019

Culto de Circulo de Oração - Templo-sede

Ministração da palavra: Diácono Cláudio

Leitura Oficial: Gálatas 5:16-18


Diácono Cláudio

Comissão do Circulo de Oração
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sábado, 11 de maio de 2019

O Vale de Baca

11.05.2019

"Bem aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados, que passando pelo Vale de Baca, faz dele uma fonte"(Sl 84:5,6)

Ao ler sobre o Vale de Baca fiquei curiosa para saber mais do local. Depois de algumas pesquisas pude desvendar muitos fatos que tornaram a passagem do referido salmo muito edificante. Ficou, porém a frustração de não ter descoberto a localização exata do Vale e suas condições atuais, creio, contudo, que a falta desses dados não diminui o objetivo da mensagem.

O Vale de Baca, dependendo da tradução e da edição Bíblica recebe várias denominações: Vale das Lamentações, Vale de Lágrimas, Vale das Bálsameiras e Vale Árido. O termo Baca significa choro, lágrima, talvez seja esse o motivo de alguns estudos ligarem o lugar a um" Vale de Lágrimas" literalmente, mas não é bem assim.

As plantas de bálsamo existentes no vale "choravam", isto é, destilavam um liquido de aroma agradável que deveria tornar Baca um lugar perfumado. Bálsamos são conhecidos por suas propriedades confortantes e calmantes, sendo assim, o escuro vale, de dificil passagem continha seus segredos.

"Que passando pelo Vale de Baca faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques vão indo de força em força: Cada um deles em Sião aparece perante Deus"(Sl 84:6,7).

O destino de quem passava por Baca era Sião, a passagem era obrigatória, Baca moldava os peregrinos que ansiosos por chegar à Jerusalém e ir ao Templo se arriscavam no Vale.

"A chuva também enche os tanques"(Sl 84:6). Em Baca o solo era árido e em algumas áreas pedregoso, por sua extensão os peregrinos eram obrigados a cavarem poços para obtenção de água caso contrário nem as pessoas nem os animais suportariam. Alguns já não tinham tanto trabalho, encontravam os poços cavados e cheios pelas águas da chuva.

NOSSAS VIDAS E O VALE DE BACA

Muitos de nós passamos por esse vale, alguns poucas vezes, outros muitas; alguns até vivem em Baca, porém; assim como nós passamos por ele, ele também se ira de nós.

Alguns necessitam de muito esforço para cavar poços e sobreviver, outros, nem tanto, desfrutarão em Baca do esforço que outros fizeram; estes, encontram os poços já cavados e cheios pela água da chuva. Em Baca também há poços cavados e vazios que se enchem de lágrimas, mas,nas lágrimas existem bálsamo que trazem conforto e também alegria: "Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria"Sl126:5.

Apesar da aridez de Baca ele pode se tornar uma fonte onde nos tornamos mais sábios, fortes, resistentes e confiantes. Aprendo que em Baca recebo sustento para alcançar Sião e que Sião representa todo e qualquer lugar onde se deseja chegar para receber vitória.

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sábado, 15 de setembro de 2018

APÓSTOLO PAULO, VIDA E MINISTÉRIO

15.09.2018
Postado por Pr. Robenildo Lins

Paulo, nome romano de Saulo, nasceu em Tarso na Cilícia (Atos 16:37; 21:39; 22:25). Tarso não era um lugar insignificante (Atos 21:39), ao contrário, era um centro de cultura grega. Tarso era uma cidade universitária que ficava próxima da costa nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora tenha nascido um cidadão romano, Paulo era um judeu da Dispersão, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, e membro zeloso do partido dos Fariseus (Romanos 11:1; Filipenses 3:5; Atos 23:6).
A infância e adolescência do apóstolo Paulo tem sido tema de grande debate entre os estudiosos. Alguns defendem que o apóstolo Paulo passou toda sua infância em Tarso, indo apenas durante sua adolescência para Jerusalém. Outros defendem que Paulo foi para Jerusalém ainda bem pequeno. Nesse caso, ele teria passado sua infância longe de Tarso. Na verdade, desde seu nascimento até seu aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos, conforme os relatos do livro de Atos dos Apóstolos, há pouca informação sobre a vida do apóstolo Paulo.
Embora não se saiba ao certo com quantos anos Paulo saiu de Tarso, sabe-se com certeza que ele foi educado em Jerusalém, sob o ensino do renomado doutor da lei, Gamaliel, neto de Hillel. Paulo conhecia profundamente a cultura grega. Ele também falava o aramaico, era herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito observador da Lei e mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos (Gálatas 1:14; Filipenses 3:5,6). Considerando todos estes aspectos, pode-se afirmar que sua família possuía alguns recursos e desfrutava de posição proeminente na sociedade.
O apóstolo Paulo possuía cidadania romana. Sobre isso, ele próprio afirma ser cidadão romano de nascimento (Atos 22:28). Provavelmente essa declaração indica que sua cidadania foi herdada de seu pai. Estima-se que naquele tempo pelo menos dois terços da população do Império Romano não possuía cidadania romana. Não se sabe ao certo como o pai do apóstolo conseguiu tal cidadania. Algumas pessoas importantes e abastadas conseguiam comprar a cidadania (Atos 22:28). Outras, conseguiam tal cidadania ao prestar algum relevante ao governo romano. A cidadania romana concedia alguns privilégios, dentre os quais podemos citar:
  • A garantia do julgamento perante César, se exigido, nos casos de acusação.
  • Imunidade legal dos açoites antes da condenação.
  • Não poderia ser submetido à crucificação, a pior forma de pena de morte da época.

Paulo de Tarso, o perseguidor

O livro de Atos dos Apóstolos informa que quando Estêvão foi apedrejado, suas vestes foram depositadas aos pés de Paulo de Tarso (Atos 7:58). Após esse episódio da morte de Estêvão, Paulo de Tarso assumiu uma posição importante na perseguição aos cristãos. Ele recebeu autoridade oficial para liderar as perseguições. Além disso, na qualidade de membro do concílio do Sinédrio, ele dava o seu voto a favor da morte dos cristãos (Atos 26:10).
O próprio Paulo afirma que “respirava ameaça e morte contra os discípulos do Senhor” (Atos 9:1). Além de deflagrar a perseguição em Jerusalém, ele ainda solicitou cartas ao sumo sacerdote para as sinagogas em Damasco. Seu objetivo era levar preso para Jerusalém qualquer um que fosse seguidor de Cristo, tanto homem como mulher (Atos 9:2). Paulo perseguia e assolava a Igreja de Deus (Gálatas 1:13). Ele fazia isso acreditando que estava servindo a Deus e preservando a pureza da Lei.

A conversão de Paulo de Tarso

As narrativas no livro de Atos, e as notas do próprio apóstolo Paulo em suas epístolas, sugerem uma súbita conversão. Entretanto, alguns intérpretes defendem que algumas experiências ao longo de sua vida devem tê-lo preparado previamente para aquele momento. A experiência do martírio de Estêvão e sua campanha de casa em casa para perseguir os cristãos podem ser exemplos disto (Atos 8:1-3; 9:1,2; 22:4; 26:10,11).
O que se sabe realmente é que Paulo de Tarso partiu furiosamente em direção a Damasco com o intuito de destruir a comunidade cristã daquela cidade. De repente, algo inesperado aconteceu, algo que causou uma mudança radical, não só na vida de Paulo de Tarso, mas no curso da História.
E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
Ao escrever Atos dos Apóstolos, Lucas interpreta a conversão de Paulo de Tarso como um ato miraculoso, um momento em que um inimigo declarado de Cristo transformou-se em apóstolo seu. Os homens que estavam com Paulo ouviram a voz, mas não compreenderam as palavras. Eles ficaram espantados, mas não puderam ver a Pessoa de Cristo.
Por outro lado, Paulo viu o Cristo ressurreto e ouviu suas palavras. Esse encontro foi tão importante para Paulo que a base de sua afirmação sobre a legalidade de seu apostolado está fundamentada nessa experiência (1 Coríntios 9:1; 15:8-15; Gálatas 1:15-17). Considerando que Paulo de Tarso não havia sido um doze discípulos de Jesus, além de ter perseguido seus seguidores, a necessidade e importância da revelação pessoal de Cristo para Paulo fica evidente. Essa experiência transformou Paulo de Tarso profundamente como é possível notar:
  • Respondeu ao chamado de Cristo: o primeiro aspecto da mudança na vida do apóstolo Paulo pode ser percebido quando, imediatamente, ele responde à voz de Cristo: “Senhor, que queres que eu faça?”(Atos 9:6). Essa pergunta marcou o começo de seu novo relacionamento com Cristo (Gálatas 2:20).
  • De perseguidor a pregador do Evangelho: a mudança radical que atingiu a vida do apóstolo Paulo fica evidente na mensagem que ele começou a pregar na própria cidade de Damasco. Isso é realmente impressionante. Ele começou a pregar o Evangelho no mesmo lugar  em que pretendia prender os seguidores de Cristo (Atos 9:1,2).
  • Mudança de vida total: antes da conversão, Paulo de Tarso não aceitava a divindade de Jesus. Ele até acreditava que ao perseguir seus seguidores como um animal selvagem, tentando força-los a blasfemar contra Jesus, estaria fazendo a vontade de Deus (Atos 26:9-11; 1 Coríntios 12:3). É certo dizer que ele via Jesus como um impostor. Após sua conversão, sua pregação não era outra senão anunciar que Jesus é o Filho de Deus (Atos 9:20). O Paulo duro, rigoroso, ameaçador e violento de outrora, depois de convertido passou a demonstrar ternura, sensibilidade e amor. Essas características ficam evidentes em suas obras.

O início do ministério do apóstolo Paulo

Após o encontro que teve com Cristo, o apóstolo Paulo chegou em Damasco e recebeu a visita de Ananias. Foi Ananias quem o batizou (Atos 9:17,18). Também foi ali, naquela mesma cidade, que Paulo começou sua obra evangelística.
Não há informações detalhadas sobre os primeiros anos de seu ministério. O que se sabe é que o apóstolo Paulo pregou rapidamente em Damasco e depois foi passar um tempo na Arábia (Atos 9:20-22; Gl 1:17). A Bíblia não esclarece o que ele fez ali, nem mesmo qual o lugar específico da Arábia em que ele ficou. Depois, o apóstolo Paulo retornou a Damasco, onde sua pregação provocou uma oposição tão grande que ele precisou fugir para salvar sua própria vida (2 Coríntios 11:32,33).
Naquela ocasião ele fugiu para Jerusalém (Gálatas 1:18). Nesse tempo havia completado cerca de três anos de sua conversão. Paulo tentou juntar-se aos discípulos, porém estavam todos receosos com ele. Foi então que Barnabé se dispôs a apresentá-lo aos líderes dos cristãos. Entretanto, seu período em Jerusalém foi muito rápido, pois novamente os judeus procuravam assassiná-lo.
Por conta disso, os cristãos decidiram despedir Paulo, uma decisão confirmada pelo Senhor numa visão. Segundo o que ele próprio afirma em Gálatas 1:18, ele ficou somente quinze dias com Pedro. Essa informação se harmoniza com o relato de Atos 22:17-21. Paulo acabou deixando Jerusalém antes que pudesse se encontrar com os demais apóstolos, e também antes de se tornar conhecido pessoalmente pelas igrejas da Judeia. Porém, os crentes de toda aquela região já ouviam as boas-novas sobre Paulo.
E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo;
Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia agora a fé que antes destruía.
(Gálatas 1:22,23)

O silêncio em Tarso e o trabalho em Antioquia

Logo depois o apóstolo Paulo foi enviado à sua cidade natal, Tarso. Ali ele passou um período de silêncio de cerca de dez anos. Embora esses anos sejam conhecidos como o sendo o período silencioso do ministério do apóstolo Paulo, é provável que ele tenha fundado algumas igrejas naquela região. Estudiosos sugerem que as igrejas mencionadas em Atos 15:41, tenham sido fundadas por Paulo durante esse mesmo período.
É certo que Barnabé, ao ouvir falar da obra que Paulo estava desempenhando, solicitou a presença do apóstolo em Antioquia na posição de um obreiro auxiliar. O objetivo era que Paulo o ajudasse numa promissora missão evangelística entre os gentios. Após cerca de um ano, ocorreu um período de grande fome. Então os crentes de Antioquia providenciaram contribuições para servir de auxilio aos cristãos da Judéia. Essas contribuições foram levadas por Paulo e Silas. Havendo completado sua missão, Paulo e Silas regressaram a Antioquia.
Esse período em Antioquia foi essencial no ministério do apóstolo Paulo. Foi ali que sua missão de levar o Evangelho aos gentios começou a ganhar força. Foi enquanto estava em Antioquia que o Espírito Santo orientou a Igreja a separar Barnabé e Paulo para a obra à qual Deus os chamara. Só então tiveram início as viagens missionárias do apóstolo Paulo.
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

As viagens missionárias do apóstolo Paulo

O trabalho evangelístico do apóstolo Paulo abrangeu um período de cerca de dez anos. Esse trabalho aconteceu principalmente em quatro províncias do Império Romano: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia. Paulo concentrava-se nas cidades-chave, isto é, nos maiores centros populacionais de sua época. Isso fazia parte de seu planejamento missionário. Quando alguns judeus e gentios aceitavam a mensagem do Evangelho, logo esses convertidos tornavam-se o núcleo de uma nova comunidade local. Dessa forma, o apóstolo Paulo alcançou até mesmo as áreas rurais. A estratégia missionária usada pelo apóstolo Paulo pode ser resumida da seguinte forma:
  1. Ele trabalhava nos grandes centros urbanos, para que dali a mensagem se propagasse nas regiões circunvizinhas.
  2. Ele pregava nas sinagogas, a fim de alcançar judeus e prosélitos gentios.
  3. Ele focava sua pregação na comprovação de que a nova dispensação é o cumprimento das profecias da antiga dispensação.
  4. Ele percebia as características culturais e as necessidades dos ouvintes. Assim ele aplicava tais particularidades em sua mensagem evangélica.
  5. Ele mantinha o contato com as comunidades cristãs estabelecidas. Esse contato se dava por meio da repetição de visitas e envio de cartas e mensageiros de sua confiança.
  6. Ele estava atento as desigualdades presentes na sociedade de sua época, e promovia a unidade entre ricos e pobres, gentios e judeus. Além disso, ele solicitava que as igrejas mais prósperas auxiliassem os mais pobres.
Em Atos 14:21-23, é possível perceber que o método de Paulo para estabelecer uma igreja local obedecia a um padrão regular. Primeiramente era feito um trabalho dedicado ao evangelismo, com a pregação do Evangelho. Depois havia um trabalho de edificação, onde os crentes convertidos eram fortalecidos e encorajados. Por último, presbíteros eram escolhidos em cada igreja, para que a organização eclesiástica fosse estabelecida.

Primeira viagem missionária

A primeira viagem missionária de Paulo está registrada em Atos 13:1-14:28). Não se sabe exatamente quanto tempo durou essa primeira viagem. Sabe-se apenas que ela deve ter ocorrido por volta de 44 e 50 d.C. O ponto de partida foi Antioquia, um lugar que havia se tornado um tipo de centro do Cristianismo entre os gentios.
Basicamente a viagem foi concentrada na Ilha de Chipre e na parte sudeste da província romana da Galácia. Barnabé foi o líder até um determinado momento da viagem, e Paulo era o pregador principal. João Marcos servia como auxiliador dos missionários principais. Entretanto, João Marcos os deixou (literalmente os abandonou) e retornou para Jerusalém. A partir desse ponto, o apóstolo Paulo assumiu a liderança da missão.

Segunda viagem missionária

A segunda viagem missionária de Paulo está registrada em Atos 15:36-18:22. O propósito dessa viagem, conforme o próprio Paulo diz, era visitar os irmãos por todas as cidades em que a palavra do Senhor já havia sido anunciada (Atos 15:36). No entanto, ao discordarem sobre a ida de João Marcos na viagem missionária, Paulo e Barnabé decidiram se separar. Então Paulo levou consigo Silas, também chamado de Silvano.
A data provável dessa viagem fica entre os anos de 50 e 54 d.C. Essa segunda viagem cobriu um território bem maior do que a primeira, estendendo-se até a Europa. A obra evangelística foi concluída na Macedônia e Acaia, e as cidades visitadas foram: Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto.
O apóstolo Paulo permaneceu em Corinto um longo tempo (Atos 18:11,18). Ali ele pregou o Evangelho e exerceu sua atividade profissional de fazer tendas. Foi dessa cidade que ele enviou a Epístola aos Gálatas e, provavelmente, um pouco depois, também enviou as Epístolas aos Tessalonicenses. Paulo também parou brevemente em Éfeso, e ao partir prometeu retornar em outra ocasião (Atos 18:20,21).

Terceira viagem missionária

A terceira viagem missionária de Paulo está registrada em Atos 18:23-21:16. Essa viagem ocorreu entre 54 e 58 d.C. O apóstolo Paulo atravessou a região da Galácia e Frígia e depois prosseguiu em direção a Ásia e à sua principal cidade, Éfeso. Ali o apóstolo ficou por um longo período, cumprindo a promessa anteriormente feita (Atos 19:8-10; 20:3).
É provável que todas, se não pelo menos a maioria das sete igrejas da Ásia, tenha sido fundada durante esse período. Parece que antes de Paulo escrever a Primeira Epístola aos Coríntios, ele fez uma segunda visita à cidade de Corinto, regressando logo depois para Éfeso. Então, mais tarde, ele escreveu 1 Coríntios.
Quando deixou Éfeso, Paulo partiu para a Macedônia. Foi ali, talvez em Filipos, que ele escreveu a Segunda Epístola aos Coríntios. Depois, finalmente o apóstolo Paulo passou pela terceira vez em Corinto. Antes de partir dessa cidade, provavelmente ele escreveu a Epístola aos Romanos (cf. Romanos 15:22-25).
O resultado das viagens missionárias do apóstolo Paulo foi extraordinário. O Evangelho se espalhou consideravelmente. Estima-se que perto do final do período apostólico, o número total de cristãos no mundo era em torno de quinhentos mil. Apesar de esse resultado ter sido fruto de um árduo trabalho que envolveu um enorme número de pessoas, conhecidas e anônimas, o obreiro que mais se destacou nessa missão certamente foi o apóstolo Paulo.
Viagens Missionárias de Paulo de Tarso

O debate do apóstolo Paulo com Pedro

Em um determinado momento, devido ao crescente número de gentios na Igreja, questões a respeito da Lei e dos costumes judaicos sugiram entre os cristãos. Muitos cristãos judeus insistiam que os gentios deveriam observar a Lei Mosaica. Eles queriam que os crentes gentios se enquadrassem nos costumes judaicos, principalmente em relação à circuncisão. Para eles, só assim poderia haver igualdade na comunidade cristã.
O apóstolo Paulo identificou esse movimento judaizante como uma ameaça à verdadeira natureza do Evangelho da graça. Por isso ele se posicionou claramente contra essa situação. Diante dessas circunstâncias, o apóstolo Paulo repreendeu Pedropublicamente (Gálatas 2:14). Pedro havia se separado de alguns crentes gentios, a fim de evitar problemas com certos cristãos judaizantes. Esse também foi o pano de fundo que levou o apóstolo Paulo a escrever uma epístola de advertência aos Gálatas. Nessa epístola ele apresenta com grande ênfase o tema da salvação pela graça mediante a fé.
Podemos dizer que esse acontecimento foi a primeira crise teológica da Igreja. Para que o problema fosse solucionado, Paulo e Barnabé foram enviados a uma conferência com os apóstolos e anciãos em Jerusalém. O concílio decidiu que, de forma geral, os gentios que se convertessem não estavam sob a obrigação de observar os costumes judaicos.

Prisões e morte do apóstolo Paulo

Existe muita discussão em relação ao número de prisões que o apóstolo Paulo sofreu. Essa discussão de dá, principalmente pelo fato de o livro de Atos não descrever toda a história do apóstolo Paulo. Além disso, provavelmente o apóstolo Paulo foi preso algumas vezes por um período muito curto de tempo, como por exemplo, em Filipos (Atos 16:23).
Ao falar sobre suas próprias prisões, o apóstolo Paulo escreve o seguinte:
São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.
(2 Coríntios 11:23)
Considerando apenas as principais prisões do apóstolo Paulo, sabe-se que ele foi preso em Jerusalém (Atos 21), e para impedir que fosse linchado, ele foi transferido para Cesareia. Nessa cidade Felix, o governador romano, deixou o apóstolo Paulo na prisão por dois anos (Atos 23-26). Festo, sucessor de Felix, sinalizou que poderia entregar Paulo aos judeus, para que por eles ele fosse julgado.
Como Paulo sabia que o resultado do julgamento seria totalmente desfavorável a sua pessoa, então na qualidade de cidadão romano, ele apelou para César. Depois de um discurso perante o rei Agripa e Berenice, o apóstolo Paulo foi enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível tempestade, o navio a qual ele estava naufragou, e Paulo passou o inverno em Malta.
Finalmente o apóstolo Paulo chegou a Roma na primavera. Na capital do Império ele passou dois anos em prisão domiciliar. Apesar disso ele tinha total liberdade para ensinar sobre o Evangelho (Atos 28:31). É exatamente nesse ponto que termina a história descrita no livro de Atos dos Apóstolos. O restante da vida de Pauloprecisa ser contado utilizando-se os registros de outras fontes.
Por isso, as únicas informações adicionais que encontramos no Novo Testamento sobre a biografia do apóstolo Paulo, parte das Epístolas Pastorais. Essas epístolas parecem sugerir que o apóstolo Paulo foi solto depois dessa primeira prisão em Roma relatada em Atos por volta de 63 d.C. (2 Timóteo 4:16,17). Após ser solto, ele teria visitado a área do Mar Egeu e viajado até a Espanha.

O martírio em Roma

Depois, novamente Paulo foi aprisionado em Roma. Desa última vez ele acabou executado pelas mãos de Nero por volta de 67 e 68 d.C. (2 Timóteo 4:6-18). Tudo isso indica que as Epístolas Pastorais documentam situações não historiadas em Atos. A Epístola de Clemente (cerca de 95 d.C.) e o cânon Muratoriano (cerca de 170 d.C.) testificam sobre uma viagem do apóstolo Paulo a Espanha.
A tradição cristã conta que a morte do apóstolo Paulo ocorreu junto da estrada de Óstia, fora da cidade de Roma. Ele teria sido decapitado. Talvez o texto que mais defina a biografia do apóstolo Paulo seja exatamente esse:
Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
(2 Timóteo 4:7,8)
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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

LIÇÃO DE FIDELIDADE

24.08.2018

TEXTO: JEREMIAS 35:6-10

                Deus tem métodos para nos ensinar à altura daquilo que precisamos aprender. O Senhor precisaria ensinar ao seu povo as coisas que o povo não estava levando a sério princípios que eram fundamentais para ser identificado como o seu povo. Deus falava com o povo e ele não dava a mínima importância, ou seja, recusava a escutá-lo, portanto o Senhor resolveu fazer uma analogia entre dois grupos de povos, os recabitas e o seu povo Israel. Deus mostra ao profeta à necessidade de corrigir Israel aplicando sobre eles o modelo de vida dos recabitas e como eles eram obediêntes as ordens estabelecidas pelos seus pais (Jr 35:6-10).

A mensagem profética

Jeremias foi escolhido por Deus para transmitir as mensagens divinas ao povo de Deus, as suas mensagens enfatizam o arrependimento e a conversão a Deus, isso era um bom princípio para que as bênçãos divinas viessem sobre o seu povo Israel e o seu juízo se desviasse dele. O povo de Deus não estava dando importância à voz do Senhor e nem guardava os seus mandamentos, naquele momento Deus deu uma missão a Jeremias ir à casa dos recabitas e ver como ele procediam diante dos princípios deixados por seus pais (Jr 35:2), Deus iria mostrar a obediência dos recabitas e a desobediência de Israel.

Fidelidade aos princípios deixados por seus pais

Um povo nômade estaria servido de lição para o povo de Deus por guardarem os princípios deixados por seus pais, e que deveriam guardá-los até o fim, estes eram: (1) Não beberem vinho; (2) Não edificarem casas; (3) Não semearem sementes; (5) Não plantar vinhas; (6) Habitar em tendas (Jr 35:6,7). Os recabitas obedeceram à risca tudo quanto Jonadabe filho de Recabe seus pais lhes ordenaram (Jr 35:8). O modelo de vida deles serviria seria uma lição de obediência para o povo de Deus, porque Israel não dava importância aos mandamentos estabelecidos por ele. O Senhor não havia exigido essas coisas a Israel, mas mostrar-lhe que a prosperidade se daria pela obediência e trabalho. Israel deveria ter uma vida exemplar e compromissada com Deus, no entanto isso não estava acontecendo, seu povo não queria obedecê-lo, isso ocorre ainda hoje com muitas pessoas que se dizem servior a Deus, mas não são fieis aos seus princípios, mesmo o conhecendo de perto. (Ora! Se a nossa justiça não exceder a dos recabitas e não leais aos principios divinos não chegaremos ao reino dos céus) (Mt 5:20).

Os recabitas tinham princípios deixados pelos seus pais e estes eram inegociáveis, a fidelidade a eles estava acima de tudo (bons princípios não se negociam). O profeta foi à casa dos recabitas para dar-lhes vinho a beberem, mas Deus já sabia qual a resposta dos recabitas, e que eles não abriria mão das ordens deixadas por seus pais (Jr 35:6), essa seria uma boa lição para aqueles que conheciam a Deus e não guardavam os seus mandamentos.

O julgamento divino

Os israelitas foram julgados pelos seus atos de infidelidade ao Senhor, pois o mal que o Senhor Deus havia falado contra eles não removeria (Jr 35:17). Os recabitas foram abençoados por Deus com promessas pela fidelidade aos princípios dos seus pais (Jr 35:18,19), da mesma maneira o povo de Deus seria abençoado se obedecessem ao Senhor.

                Atualmente podemos notar que muitos cristãos não têm levado a sério a sua fidelidade aos princípios divinos, eles estão fazendo o contrário dos recabitas que guardavam as ordenanças dos seus pais. Existem pessoas não cristãs que tem testemunhos de vida melhor do que certos cristãos, elas aprenderam e guardam o que seus pais lhes passaram a respeito da sua moral e religiosidade. Deus estava mostrando a Jeremias que os recabitas obedeciam criteriosamente os ensinamentos que receberam, porém o seu povo não fazia caso algum dele e nem da sua palavra (Jr 35:14-16), assim o julgamento sobre o seu povo seria severo, Deus não retiraria o mal que havia falado contra o seu povo, equanto aos recabitas sobre eles vieram as boas promessas divinas (Jr 35:17-19). Se formos fiéis a Deus certamente ele nos abençoará.
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quarta-feira, 18 de julho de 2018

DIARIO DE PERNAMBUCO: Os desafios de cumprir o 'Ide pelo mundo'

18.07.2018
Do portal do DIARIO DE PERNAMBUCO, 23.06.18*
Por Tânia Passos**


O Brasil é considerado um dos melhores países para exercer a crença que se deseja seguir, mesmo com os casos de intolerância. Por ser um país laico, a liberdade de escolha é assegurada. As maiores dificuldades em cumprir a ordenança de Jesus registrada no evangelho de Marcos 16:15 “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”, depende, sobretudo, da medida da fé da cada cristão. O difícil é evangelizar nos países onde não há liberdade de escolha e os missionários correm risco de morte. 

Pastor Rinaldo Alves dos Santos

O pastor Rinaldo Alves, que preside a Convenção dos Ministros do Planalto Central (Comadeplan), em Brasília conta que há missionários da convenção em países da África, Argentina, Paraguai, Uruguai, Peru, Estados Unidos, Espanha, França e Portugal. E é na África onde a situação dos missionários é mais crítica. “Em Burundi há dois missionários nativos, que são muito perseguidos. O pastor de lá já foi açoitado e sequestrado, mas eles permanecem na obra porque sabem que é obra de Deus e ele têm a missão de resgatar almas que estão perdidas”, destacou o pastor. 

Pastor José Lins, durante a COMADEPLAN 2018

O maior missionário da Bíblia é o apóstolo Paulo que abriu as igrejas de Éfeso, Colossos, Tessalônica, Coríntio, Gálatas, Filipo e Roma. “O próprio Paulo foi perseguido e preso em Roma, que era inclusive a terra dele. Parte das cartas do apóstolo Paulo foi escrita da prisão, onde ele ficou até ser degolado. Ele sabia que iria morrer e permaneceu fiel até o fim. Na carta a Timóteo ele diz ‘Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé’. (2Tm 4:7)”, ressaltou o pastor José Lins, presidente da Assembleia de Deus Ebenézer.

NOTA:

*A matéria original não consta as fotos acima.Foram inseridas pelo Editor do blog.

**Tânia Passos é jornalista e missionária da Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco.

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Fonte:http://www.impresso.diariodepernambuco.com.br/noticia/suplementos/educacaoereligiao/2018/06/os-desafios-de-cumprir-o-ide-pelo-mundo.html

Por que ir à escola bíblica dominical?

18.07.2018
Do portal ULTIMATO ON LINE, 27.06.18
Por  Luiz Fernando dos Santos


“Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá” (Fp 3.15).

O imperativo bíblico de fazer discípulos seguramente inclui a educação cristã. Enquanto caminhamos nessa vida o processo discipular muda de etapas, atinge níveis mais profundos, todavia, não têm fim. Digamos que a formatura se dá no dia em que o discípulo ouvir: “O senhor respondeu: Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e entre na alegria (no repouso) do seu senhor” (Mt25.21). Até que esse bem-aventurado dia chegue, o nosso crescimento deve acontecer: “Seja diligente nestas coisas; dedique-se inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso” (1 Tm 4.15). Há ainda um imperativo bíblico mais claro: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3.18). Portanto, a palavra de ordem é desenvolver: “Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor, não só como quando eu estava entre vós, mas muito mais agora na minha ausência” (Fp 2.12).

O Senhor proveu à sua Igreja muitas maneiras para que esta educação cristã continuada e sistematizada aconteça ainda hoje. Todas elas passam pelo estudo acurado das Escrituras, independentemente do método a ser utilizado. Grupos pequenos, círculos bíblicos, estudos doutrinários, estudos pessoais nas mais variadas plataformas de Bíblias digitais.

Entretanto, há uma forma preciosa e muito eficaz de desenvolver o discipulado e o conhecimento da Palavra que é a Escola Bíblica Dominical. Essa ‘instituição’ presta um serviço difícil de ser exagerado na formação integral e permanente dos discípulos de Cristo. Com suas classes organizadas para todas as faixas etárias e com um currículo rico que atende aos mais variados interesses e necessidades, a Escola Bíblica Dominical cumpre um papel chave no treinamento dos santos para a realização de seu ministério no mundo.

Não se trata apenas de um estudo formal das Escrituras e das Doutrinas. A Escola Dominical oferece espaço e oportunidade para a mutualidade cristã, o compartilhamento da Palavra, a troca de experiências, a leitura orante das Bíblia e o desenvolvimento da amizade e do companheirismo, marcas essenciais do discipulado cristão.

A Escola Dominical imprime um caráter indelével na alma daqueles que são seus frequentadores assíduos. As lições ali aprendidas com os irmãos mais velhos, mais sábios ou mesmo jovens que possuam o dom de ensinar, nos acompanham a vida inteira. Naturalmente o despertamento da ministerialidade de cada crente, bem como o chamado para o ministério pastoral, passam pela frequência habitual nessa escola bendita. Claro que, como todo processo pedagógico, precisamos sempre atualizar e aperfeiçoar os professores e o conteúdo programático, desde que a substância do conteúdo manifeste o Evangelho e o Senhorio de Cristo sobre a criação.

Um cristão que não valoriza e nem participa da Escola Dominical empobrece uma parte importante de seu caminhar com Cristo e renuncia não sem prejuízos uma parte preciosa para a formação de sua piedade, ética e aprimoramento ministerial. Os pais que por negligência ou preguiça não trazem os filhos desde a mais tenra infância para aprender de maneira lúdica e graciosa os fundamentos da vida cristã, abre mão de uma preciosa promessa bíblica: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22.6).

Não é verdade que o compromisso com a Escola Dominical se torna uma “prisão” para as nossas manhãs de domingo e um “encarceramento” de nosso senso crítico. Antes, é uma proteção, como um ‘Guard Rail’ em uma estrada sinuosa por entre precipícios. A Escola Dominical tem a missão de nos oferecer ‘proteção’ pelo estudo criterioso e piedoso das Escrituras e das Doutrinas para o nosso viver: “para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo” (Fp 2.15) e “cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus” (Fp 1.11).

Meu desejo nessa pastoral é encorajá-lo a frequentar a Escola Dominical, desafiá-lo a trazer os seus filhos para serem educados nas coisas do céu, insistir para que você ofereça à sua família uma educação de qualidade inigualável. Muitos são os mestres e pedagogos desse mundo formando a mente e induzindo os homens a opções e decisões, cujo fim último é a decepção, a desilusão e a morte. Matricule-se na Escola Dominical e aprenda como viver uma vida santa e feliz com Deus, na família e entre irmãos.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/por-que-ir-a-escola-biblica-dominical

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

O ZELO COM O PÚLPITO DA IGREJA

21.02.2018
Postado por pastor Robenildo Lins

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O que o Santo dos Santos era para o templo no Velho Testamento, o púlpito é para a igreja no Novo. O púlpito é o lugar de maior reverência do santuário, dali sai a Palavra de Deus que salva, conforta e orienta espiritualmente os redimidos de Cristo.

1) – O púlpito não é o lugar de homens manchados, mas purificados pela brasa viva. 
Is 6.5-8.

2) – O púlpito é o lugar de o fogo arder continuamente. Lv 6. 13. Fogo do Espírito Santo, é claro.

3) – O púlpito é o lugar de proclamar as promessas de Deus e não as humanas. Nm 23.19.

4) – O púlpito é o lugar de assentar os ungidos do Senhor, sejam eruditos ou simples.

5) – O púlpito é o lugar de adorar a Deus e não de endeusar mortal. Is 48. 11.

6) – O púlpito não é lugar de homens idólatras, viciados e ímpios, mas de obreiros consagrados. I Tm 5.22.

7) – O púlpito é lugar exclusivo de quem sabe se ajoelhar.

8) – O púlpito é o lugar de se ensinar o caminho para o céu e não para o parlamento.

9) – O púlpito é o lugar de pregar a união, o amor e a harmonia e não o partidarismo.

10) – O púlpito não é lugar de imperador, mas de servo. Mc 10.42-45.

Conclusão: Um dos sinais do final dos tempos é a irreverência com as coisas sagradas. Os homens levam tudo para o aspecto comum e vulgar, e as coisas de Deus não devem ser tratadas desse modo. Os pastores zelosos do bem prosseguirão como aprenderam de nossos pais na fé.

INDIRETAS NO PÚLPITO, QUENTINHAS, VINDAS DIRETAS DO INFERNO

Infelizmente, é muito comum vermos pastores usarem os púlpitos para jogar indiretas a determinados membros de suas congregações. O mais triste é que usam a própria palavra de Deus, escolhendo a dedo versículos bíblicos para alcançarem seus objetivos de detonar alguém. Se consideram tão santos de que não aceitam o fato de uma ovelha possa discordar de suas opiniões, ainda que estejam errados. Quando a ovelha discorda do pastor ganha um inimigo que a ataca diretamente do púlpito não lhe dando oportunidade de defesa. Fazem insinuações, deixando toda a igreja curiosa, e cheia de suspeitas malignas, o que é condenado pela bíblia.

Se alguém ensina falsas doutrinas e não concorda com a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino que é segundo a piedade, é orgulhoso e nada entende. Esse tal mostra um interesse doentio por controvérsias e contendas acerca de palavras, que resultam em inveja, brigas, difamações, suspeitas malignas - 1 Timóteo 6-3,4

Indiretas são os motivos de muitas discórdias e fofocas nas congregações, dividem o Corpo de Cristo. Todo reino dividido contra si mesmo não prospera. Esta é uma razões pela qual, muitas denominações se tornam frias e não crescem espiritualmente e nem em números.

Muitas ovelhas são bebês na fé e precisam de um cuidado especial, tendo um pastor para orienta-las e não espalha-las como tem acontecido. São incapazes de sentar com a ovelha, e com carinho repreende-las, caso estejam erradas, ou pedir perdão, caso ele estiver errado. O apóstolo Paulo diz em: (1Timóteo 5.1,2 - Não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como a pais; aos moços como a irmãos; As mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, em toda a pureza.
Alguns pastores, pregadores, lideres são sábios, outros são tolos, esquecendo-se que terão de prestar conta de cada ovelha. Púlpito é lugar de pregação e não de indiretas.

CUIDADO! PÚLPITO, MICROFONE E BÍBLIA NÃO SÃO ARMAS DE DESABAFO!

TODOS NÓS QUE TEMOS OPORTUNIDADES NA IGREJA TEMOS QUE TER UM CUIDADO REDOBRADO DE COMO USAMOS ESTES TRÊS INSTRUMENTO NO TEMPLO DO SENHOR CONSAGRADOS PARA EXALTAR UNICAMENTE A DEUS, O PÚLPITO, O MICROFONE E A BÍBLIA POIS, ESTES NÃO SÃO ARMAS PARA TENTARMOS ATINGIR NOSSOS INIMIGOS OU DESAFETOS. Conforme disse o apóstolo Paulo com a expressão “se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Coríntios 9.16).

PARA QUE NÃO SERVE O PÚLPITO

A palavra púlpito vem do latim pulpitum, que traduzindo significa palco, estrado. Local de onde fala um orador, geralmente dentro de um templo religioso. Praticamente, todas as igrejas (protestantes ou não), se utilizam desse móvel, colocando-o no centro da plataforma, geralmente elevada, talvez para trazer a conotação de autoridade e centralidade. Dali, pregadores costumam se dirigir à congregação para expor suas pregações, preleções, homilias, doutrinas, ministrações, depois das leituras das Sagradas Escrituras, a Bíblia.

 Mas infelizmente, pastores e outros líderes estão usando esse espaço físico (o púlpito) e o precioso tempo de que dispõem para outras (in)utilidades, roubando, muitas vezes, a única oportunidade da semana que têm com seus ouvintes (as ovelhas). Vejamos o quê o púlpito não é:

1 – Púlpito não é lugar de autocomiseração, onde o “pregador” fala de suas lamúrias buscando sensibilizar os ouvintes das suas “coitadices”. Isso é reclamação, nunca deve ser visto como pregação.

2 – Púlpito não é palco de stand up comedy, onde se conta anedotas, piadas e estórias engraçadas, buscando arrancar risos da “platéia”. Isso não é estar sob a graça, é ser engraçado.

3 – Púlpito não é divã de analista, onde pregadores tentam aliviar sua frustrações diárias com seus “desabafos” pessoais à Igreja. Isso não é apascentar, mas “apausentar” ovelhas (dá paulada).

4 – Púlpito não é tribunal de júri, onde líderes procuram se defender, tentando mostrar  “a transparência” das suas ações.  Isso é falsidade maquiada de santidade.

5 – Púlpito não é lugar da “mensagem de carapuça” (mensagem que soa como uma crítica, como feita de encomenda), quando se tenta solucionar os problemas dos membros da congregação através de pregações dirigidas indiretamente. Isso é pastoreio à distância.

6 – Púlpito não é lugar de fofocas, onde se expõem confidências de gabinetes pastorais e de conversas pessoais com a membresia. Isso é assédio moral.

7 – Púlpito não é palanque político, onde candidatos têm neles, suas tribunas para referendarem e promoverem suas campanhas. Isso é trocar o sagrado pelo comum.

8 – Púlpito não é balcão de SPC, onde se expõe e se cobra as ”dívidas” dos fieis. Isso é afronta pessoal, não cuidado pastoral.

9 – Púlpito não é mesa de barganha financeira, onde “tentam” negociar com Deus dízimos, ofertas e contribuição afins. Isso é pressão psicológica, não exposição teológica.

10 – Púlpito não é lugar para palestras motivacionais ou de autoajuda, onde os ouvintes buscam ouvir o que desejam. Isso é alimentar o povo com “fast food” e não com alimento sólido.

DO QUE DEVEMOS TER NOS PÚLPITOS

Os pregadores não têm se portado à altura do ofício divino da pregação bíblica. Logo, por força dessa falta de valores as congregações têm perdido sua identidade cristã, tornando-se auditório comum e secular. Gostaria de destacar 7 valores que certamente deveriam estar presentes nos púlpitos cristãos, princípios que fariam com que a pregação fosse muito mais relevante, eficaz e qualificada. Há muitas outras razões, mas o espaço não nos permite desenvolvê-las. Fiquemos apenas com estes, abaixo citados:

1) Sermões devem ser cristocêntricos - O tema de uma pregação não deve ser "matar um leão por dia", "vencendo o monstro da depressão", mas sim a pessoa de Deus e Sua imensa graça. Para ouvir mensagens de auto-ajuda nós buscamos palestras ou compramos livros; púlpitos de igrejas devem falar de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, da graça, da alma, da vida eterna, e não de efemeridades meramente psicológicas. "Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. "(1Co 1:24)

2) Pregadores devem ter postura - Está em destaque o abandono de tudo o que lembre formalismo. Então vemos nos púlpitos pregadores que buscam não se parecer com pregadores. Uns vão com camisas de times de futebol, outros com roupas de piquenique, outros ainda nem sequer se preparam. Quem sofre é o púlpito, que vira algo irrelevante e desprezível. Assim como se espera um governo digno e elegante, ou um médico e bombeiro bem fardados, também se espera que o pregador poste-se digna e solenemente no exercício da pregação da Palavra de Deus. Elegância, simplicidade, humildade: quesitos que valorizam o púlpito.

3) As mensagens devem ter linguagem sadia - Que tristeza e incômodo ver e ouvirmos um pregador com mensagens cheias de gírias e palavras deselegantes! Um bom sermão deve ser simples, de linguagem clara e compreensível, sem ser inadequada, inconveniente, deselegante. O pregador deve ser correto no uso da linguagem. "Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." (Tt 2:8).

4) Pregadores não devem obrigar o auditório a interagir – Que deselegância e inconveniência a atitude de pregadores que, por falta do que dizer, interrompem o sermão e determinam: "vire pro seu irmão ao lado e diga...". Isso é mediocridade e falta de argumento. Cristo nunca usou desse artifício barato. A resposta ao sermão deve vir da alma que se propõe a praticar o que aprende, não de um auditório adolescente que entra num jogo de falar e escutar. Quem prega a Bíblia com conteúdo não precisa dessa banalidade. "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." (2Tm 4:2).

5) Púlpito não é lugar para política - Há sermões que descem do Céu para tomarem as bandeiras das lutas sociais. Transformam o auditório bíblico em palanque de lutas partidárias ou ideológicas. Quando não, em época de eleições, cedem seus púlpitos para que políticos dêem seus recados. Isso é adultério espiritual. Para os políticos existem as tribunas. Para os pregadores os púlpitos. Política cuida do Reino do Mundo; Igreja cuida do Reino de Deus. "E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele." (Mc 12:17).

6) O púlpito deve ser o terminal de um processo, não o início - Pregadores que não se preparam, que não oram, que não organizam suas idéias antes da pregação geralmente oferecerão muito pouco e suas mensagens não produzirão frutos de arrependimento ao seu término. Sermões eficazes começam de joelhos. Boas pregações são pensadas por longo tempo. São fruto de pesquisa, de estudo, de erudição, de preparo, mas, principalmente, da graça do Senhor sobre a vida de quem prega sob Sua direção. "Persiste em ler, exortar e ensinar, " (1Tm 4:13).

7) O púlpito não deve ser tribuna de auto-promoção - Há mensagens que não passam de bajulação disfarçada ou de egolatria exacerbada. Prega-se o homem, não a Cristo. Prega-se o servo, não o Senhor. Prega-se a obra de Deus, não o Deus da obra. Sermões desse tipo poderiam ter como hino o que diz: "Sim, há de ser GLÓRIA PRA MIM, GLÓRIA PRA MIM, GLÓRIA PRA MIM". Um sermão bíblico aponta para outro caminho: o caminho da glória divina e da incapacidade humana; aponta para a honra a Cristo e a submissão do pecador. Qualquer coisa diferente disso é jactância mundana, não pregação bíblica: "É necessário que Cristo cresça e que eu diminua." (Jo 3:30). Espero sinceramente que os nossos púlpitos melhorem em qualidade. Um bom púlpito pode transformar uma igreja. Um sermão qualificado em um pregador capaz pode ser a fagulha que acende um reavivamento na Obra do Senhor. Que sejamos pregadores fiéis em nome de Jesus. 

Amém.
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Fonte:http://ieadepe.blogspot.com.br/2018/02/o-zelo-com-o-pulpito-da-igreja-o-que-o.html