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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Reforma Protestante e a Declaração de Fé das Assembleias de Deus

30.10.2017
Do portal CPADNEWS, 05.10.17
Por Douglas Baptista

Na noite de 31 de outubro de 1517, o reformador alemão Martinho Lutero (1483- 1546) afixou na porta da igreja do castelo de Wittenberg 95 teses contra as indulgências da igreja medieval. As teses sacudiram o país alemão e em pouco menos de trinta dias já tinham chegado à Itália. Escritas em latim, às teses foram traduzidas para o alemão, holandês e espanhol. Cerca de quatro anos depois o Imperador Carlos V convocou sua primeira dieta imperial na cidade de Worms para entre outros assuntos colocar um fim na reforma deflagrada por Lutero. Os trabalhos iniciaram em fevereiro e se estenderam até o mês de maio de 1521. No dia 18 de abril, uma quinta feira, Lutero foi conduzido ao local da assembleia que se encontrava lotada, o número dos que ocupavam as ante-salas, as janelas e as escadarias somavam 5 mil pessoas [1]. Na ocasião, o reformador foi instigado a retratar-se de seus escritos e sua resposta diante daquela multidão entrou para a história como uma declaração de convicção e fé nas Escrituras Sagradas:

“Minha consciência está atrelada à palavra de Deus. Enquanto não me tiverem convencido pelas Sagradas Escrituras, não posso nem quero retratar-me de coisa alguma, pois é perigoso agir contra a consciência” [2]

Como resultado de sua postura, no dia 26 de maio de 1521, um decreto imperial conhecido como Edito de Worms condenou o reformador por heresia, determinou a execução da bula papal com a excomunhão e ordenou a queima dos escritos e livros de Lutero. O edito também autorizava a prisão e o saque dos bens de todos quantos aderissem ou simpatizassem com as ideias do reformador. Mesmo diante de tal nefasto decreto, a reforma não pode ser contida. Desse modo, em 1529, Carlos V voltou a convocar à Dieta Imperial, desta vez na cidade de Espira, com a intenção de combater a reforma, ratificar o Edito de Worms e impor o catolicismo na Alemanha. A reunião transcorreu no período de 19 a 25 de abril daquele ano. Após intensos e calorosos debates em que os representantes do imperador e do papa desejavam suspender o direito a liberdade religiosa e restabelecer a religião católica no país, os líderes alemães indignaram-se e redigiram um documento de protesto. Ao total, seis príncipes assinaram e 14 cidades imperiais livres subscreveram a carta:

“Protestamos pelos que se acham presentes [...] que nós, por nós e pelo nosso povo, não concordamos de maneira alguma com o decreto proposto, nem aderimos ao mesmo em tudo que seja contrário a Deus, à Sua santa Palavra, ao nosso direito de consciência, à nossa salvação. [...] Por essa razão rejeitamos o jugo que nos é imposto. [...] Ao mesmo tempo estamos na expectativa de que Sua Majestade imperial procederá em relação a nós como príncipe cristão que ama a Deus acima de todas as coisas; e declaramo-nos prontos a tributar-lhe, bem como a vós, graciosos fidalgos, toda a afeição e obediência que sejam nosso dever justo e legítimo” [3]

            A partir deste episódio histórico os adeptos e simpatizantes das ideias de Lutero com a consequente reforma da igreja receberam a alcunha de “protestantes”. Já o conceito de “protestantismo” surgiu no século XVI com o propósito de fundir uma série de eventos que contribuíram para a transformação da igreja cristã. Na verdade, após as 95 teses de Lutero, a igreja experimentou programas de reformas diversos e distintos em todo o mundo. Porém, foi a partir de Wittenberg que a teologia escolástica e o aristotelismo deram lugar a uma nova teologia com ênfase na Bíblia. O lema adotado por Lutero “renovar e não inovar” passou a ser um padrão para o protestantismo onde o movimento se instalava. Como resultado dessas transformações surgiram uma variedade de ramificações e denominações cristãs e cada qual adotou um modelo de reforma para ser seguido.

            Em decorrência, os reformadores nem sempre estavam concordes em suas posições doutrinárias. Desde o começo aconteceram divergências quanto à necessidade de reformar este ou aquele ponto doutrinário. Evidente que estes fatos não são deméritos e nem colocam a reforma em descrédito. A reforma deve ser entendida como um movimento de transformação. Como se convencionou afirmar “sempre reformando”. E já no período clássico da reforma surgiu a “reforma radical” que desejava não apenas reformar, mas restaurar a igreja à sua pureza original. Essa ênfase foi considerada uma “reforma da Reforma”, ou uma “correção da correção do catolicismo” [4]. Deste modo, no período da Reforma, confissões, credos e declarações de fé protestantes passaram a ser promulgadas. Estes documentos depois de aprovados passavam a ser a interpretação autorizada das Escrituras como norma de fé e prática deste ou daquele determinado segmento protestante.

            Assim, as confissões de fé tornaram-se marcas da Reforma Protestante, dentre elas, destacam-se a Confissão de Augsburgo (Lutero), elaborada por Filipe Melânchton em 1530; as Confissões Helvéticas (Zuínglio), a primeira em 1534, e a segunda em 1566, sendo esta preparada por Heinrich Bullinger; a Confissão de Fé Gaulesa (João Calvino), elaborada em 1559; a Confissão de Fé Escocesa (John Knox), preparada em 1560; a Confissão Belga (Guido de Brés), elaborada 1561; o Catecismo de Heidelberg (Ursino e Oleviano) em 1567; a Confissão de Fé da Igreja Anglicana (Matthew Parker) escrita em 1552 e revisada em 1563; a Remonstrância (Armínio), escrita em 1610 e que culminou com a Confissão Arminiana em 1621, elaborada por Simão Episcópio. E por fim, a última delas no período da Reforma, a Confissão de Fé de Westminster (Britânica), produzida entre 1643 e 1647.

            Mercê destes fatos e seguindo o legado dos reformadores, as Assembleias de Deus no Brasil, no ano de aniversário de 500 anos da Reforma Protestante e no período pós-centenário do pentecostalismo assembleiano, por ocasião da 42ª Assembleia Geral Ordinária da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), em abril de 2017, aprovou por unanimidade de seus Ministros a sua “Declaração de Fé”. O documento é constituído de 16 artigos de fé intitulado de “cremos” o que pode ser considerado como “credo menor” e a “Declaração de Fé” propriamente dita que contém 24 capítulos e que pode ser identificada como “credo maior”. O documento ressalta a marca pentecostal das Assembleias de Deus enquanto desponta como a maior denominação religiosa protestante do país. No entanto, a primordial finalidade da “Declaração de Fé” das Assembleias de Deus é usar o documento como proteção contra os modismos e as falsas doutrinas, contribuir para a unidade do pensamento teológico e ortodoxia cristã para “que digais todos uma mesma coisa” (1 Co 1.10) e, de modo especial, fazer com que tudo culmine para a Glória de Deus (Soli Deo Gloria).
Pense nisso!
*Douglas Baptista é pastor, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/158/a-reforma-protestante-e-a-declaracao-de-fe-das-assembleias-de-deus.html

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Verdades sobre o perdão

19.02.2017

Postado por Pr. Robenildo Lins

Texto: Mateus 6:14-15 

Introdução:

- O perdão é um princípio fundamental para a vida cristã; uma das coisas que mantém muitos em cativeiro hoje.
- A maioria está muito bem com o princípio do perdão, mas nunca realmente executam o seu pleno significado em sua vida.
- A falta de perdão na vida de uma pessoa é uma escravidão destrutiva que causa contenda, divisão, depressão, opressão, doença, divorcio e até mesmo condenação.
Definição de Perdão: Conceder indulto gratuito ou remissão de qualquer ofensa ou dívida; desistir de toda reivindicação.
A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir.
Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação.

1. O perdão é uma ordem não uma sugestão. Mateus 6:14-15

- Isto é fato depois que o Senhor ensinou Seus discípulos a orar.
- Este é um princípio espiritual
- Deus não quer falar conosco até que reconciliemos nossas diferenças com o outro. (Mateus 5:24)
- Prov. 19:11 O entendimento do homem retém a sua ira; e sua glória é passar sobre a transgressão”
- Prov. 24:29 "Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra"
- Colossenses 3:12-13 Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos, e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro: assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também”

2. Não há limite para o perdão. Mateus 18:21-22

- Jesus não disse para perdoar 490 vezes e parar, é ilimitado.
- Quantas vezes você quer ser perdoado?
- 1 Coríntios 13:5 - O amor não guarda rancor.
- 1 Pedro 4:8 - O amor cobre uma multidão de pecados.
- Devemos aprender a perdoar como Deus perdoa.
- Salmo 103:12 “Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões”.

3. A falta de perdão nos mantém em cativeiro. Mateus 18:23-35

- Impede o perdão do Pai.
- Fomos perdoados de uma dívida que nunca poderíamos pagar, qualquer dívida para nós é minúscula em comparação ao que recebemos.
- Ele foi entregue aos torturadores. V.34 - A falta de perdão abre a porta para doenças físicas e mentais e fortalezas demoníacas.
- Pode limitar ou até mesmo bloquear as bênçãos em nossa vida.
- Podemos bloquear nosso próprio perdão. Mateus 6:14-15 - Se não perdoamos, não podemos ser perdoados.
- Provérbios 28:13 “Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”
- A falta de perdão é um pecado que bloqueia a prosperidade.
- Nos deixa amargos e os nossos corações endurecidos.
- Hebreus 12:15 Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”

4. O perdão é um ato volitivo.

- Não um sentimento, mas uma decisão.
- É contínuo (passado, presente e futuro).
- É do espírito - e não a carne, não a alma.
- Você deve ser capaz de ver o seu agressor como um espírito vivo, não um inimigo, não como um desafio no caminho da vida, não como um obstáculo no seu caminho para o paraíso.

5. A conciliação é sempre a resposta.

- Não podemos permitir quaisquer áreas de falta de perdão em nossa vida.
- Devemos manter nossa consciência limpa e manter-nos em comunhão com os demais.
- Não insistir na falta de perdão
- Ordena a sua alma para estar sujeita ao seu espírito. 
Conclusão: Romanos 12:14-18

14 Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. 

15 Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; 
16 Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;

17 A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. 

18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. 
"Sempre perdoe aqueles que achamos ser nossos inimigos - nada os aborrece mais" 
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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Poeta conta Reforma Protestante em cordel

18.02.2017
Do portal GOSPEL PRIME, 17.02.17
Por Tiago Abreu

Obra escrita por poeta pernambucano alude aos 500 anos do movimento religioso 


O jornalista e cordelista Jénerson Alves lançou um folheto que conta, poeticamente, a história da Reforma Protestante. Processo histórico na história do cristianismo que deu origem ao movimento protestante e evangélico em todo o mundo, agora recebe uma análise e narração cultural.
Jénerson, que também é presidente da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC), produziu o folheto que, segundo ele, pretende provocar reflexões ao público evangélico sobre a história das instituições cristãs existentes no dia de hoje.
O autor considera que uma parte dos evangélicos brasileiros desconhecem as raízes do movimento e seus desdobramentos. “Devido ao grande aumento no número de igrejas evangélicas no Brasil nas últimas décadas, nem todos conhecem bem as origens do segmento”.
Alves acredita que o cordel é uma ferramenta eficaz para a aprendizagem das questões históricas que envolvem a Reforma Protestante. “Através do cordel, esta mensagem é narrada de maneira clara e objetiva, pois a poesia popular traz a síntese como uma de suas características mais marcantes”, argumentou.
Confira trechos:
Ao entender a Mensagem,
Teve alegria tamanha
Que escreveu noventa e cinco
Teses contra a venda estranha
De indulgência papal
E expôs na Catedral
De Wittenberg, Alemanha.

Fizeram cópias das teses
Em latim e alemão.
Um tempo depois, as tais
Se espalharam na nação,
Gerando o maior abalo
E o papa quis obrigá-lo
A fazer retratação.

Mas Lutero recusou-se
Renunciar à Verdade.
Não viu o poder do papa,
Viu de Deus a majestade.
Com a fé que ninguém toma,
Foi infiel ante Roma,
Mas foi fiel à Trindade.

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Fonte:https://livros.gospelprime.com.br/poeta-reforma-protestante-cordel/

sábado, 21 de janeiro de 2017

Brasil Evangélico: Revista Superinteressante publica dossiê sobre evangélicos

21.01.2017
Do blog COSMOVISÃO CRISTÃ, 14.11.2016
Por Valdir Nascimento*



A revista Superinteressante publica neste mês de novembro um dossiê específico sobre O Brasil Evangélico: o passado, o presente e as obras das igrejas que conquistaram o país.
De acordo com a publicação, entre 1980 e 2010, o percentual de brasileiros que se declaravam evangélicos subiu de 6,6% para 22,2%. Pesquisas recentes indicam que o índice chegou a 28%. Assim, “qualquer fenômeno que se expande nesse ritmo merece ser melhor compreendido. Ainda mais quando se trata de um movimento  tão dinâmico”, afirma a publicação.
O editor Alexandre de Santi destaca que “os evangélicos fazem parte de um grupo eclético, entusiasmado, acolhedor e, muitas vezes polêmico”. A partir dessa premissa, o dossiê procura apresentar o histórico e as várias faces e vertentes do movimento evangélico no país, tendo como ponto de partida a Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero.
Sumário da revista.
Como era de se esperar, a publicação engloba os aspectos positivos e controversos do movimento evangélico nacional, a partir de uma perspectiva sociológica. Há evidente destaque para o surgimento e expansão das Assembleias de Deus no país. “Graças à dupla de suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da Assembleia de Deus, o movimento evangélico se espalhou pelo país”, afirma a publicação. E acertadamente a matéria ressalta as três ondas do pentecostalismo.
Destaque para o surgimento da Assembleia de Deus
Os autores procuraram apresentar os trabalhos sociais desenvolvimento pelas igrejas evangélicas, como a atuação da igreja Batista com os dependentes químicos e crianças abandonadas, apoio aos refugiados e vítimas de catástrofes pelos Adventistas, as atividades de caridade da Quadrangular etc. Certamente, há aspectos questionáveis, como a inclusão dos testemunhas de Jeová e Mórmons no mesmo pacote dos evangélicos. Todavia, considerando que a publicação não tem qualquer conteúdo teológico, tal inserção pode ser compreendida.
Os neopentecostais não foram esquecidos.
Também, não faltou espaço para os neopentecostais (especialmente o império da Universal e o Templo de Salomão, Valdemiro Santiago e Agenor Duque), a teologia da prosperidade, a música gospel, as igrejas evangélicas contemporâneas e, por fim, o voto evangélico.
De modo geral, o dossiê da Superinteressante é importante para resgatar a historicidade e a importância do movimento evangélico no pais, fazendo parte, como afirma o editor, da cultura brasileira.

Valmir Nascimento. Jurista e teólogo. Mestrado em Teologia. Professor universitário. Comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD.
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Fonte:https://comoviveremos.wordpress.com/2016/11/14/brasil-evangelico-revista-superinteressante-publica-dossie-sobre-evangelicos/