terça-feira, 29 de agosto de 2017

Evangelicalismo brasileiro e jugo desigual

28.08.2017
Do portal da CPAD NEWS, 13.08*
Por  Ciro Sanches Zibord**

Ciro Sanches ZibordiAinda que seja comum chamar de “jugo desigual” casamentos mistos ou namoros de cristãos com pessoas não salvas, o sentido desse termo neotestamentário é muito mais amplo e abarca todos e quaisquer tipos de comunhão com os incrédulos (2Co 6.14-18). Prender-se a um jugo desigual com infiéis é um ato que decorre de amar o mundo e conformar-se com ele (cf. 1Jo 2.15-17; Tg 4.4; Rm 12.1,2 e Jo 15.19), já que o contrário disso é ser santo, isto é, separar-se de prazeres carnais (Hb 11.24-26 e Jo 15.19), de companheiros mundanos (Hb 7.26 e Is 6.1-8) e também de alianças prejudiciais à comunhão com Deus (2Co 6.16-18 e Ez 22.26).

Neste início de milênio, pelo menos quatro acontecimentos nos têm feito refletir sobre alianças com quem propaga heresias. Primeiro, a realização de cultos em igrejas evangélicas com a presença de conhecidos hereges, como o “reverendo” Moon, que dizia ter nascido para concluir a obra que Jesus não conseguiu consumar! Segundo, a participação de famosos cantores evangélicos em megaeventos da Igreja Católica Apostólica Romana. Terceiro, os constantes convites de programas televisivos mundanos a astros do mundo gospel, os quais, por sua vez, exercem influência sobre cristãos incautos. Quarto, o apoio de líderes, pregadores e cantores pretensamente ortodoxos a grupos unicistas — que negam abertamente a doutrina da Trindade —, bem como a milagreiros, propagadores de heresias e modismos pseudopentecostais.


Podemos chamar de jugo desigual com os infiéis toda e qualquer reunião entre evangélicos e não evangélicos, entre ortodoxos e propagadores de heresias? Qual é a resposta bíblica ao culto ecumênico, que se torna cada vez mais comum, nesses tempos pós-modernos, a ponto de celebridades gospel e padres galãs serem convidados para “louvarem” juntos em programas de televisão? Quem defende o “casamento” entre ortodoxos (até que se prove o contrário) e adeptos de heresias se vale da seguinte desculpa, associada a um motivo aparentemente nobre: “A convivência ecumênica é importante para promover a paz e não deve ser confundida com o sincretismo religioso”.


Um texto bíblico que lança luz sobre essas questões é Atos 17.15-34. Se o apóstolo Paulo pregou o Evangelho no Areópago, em Atenas, diante de religiosos e filósofos, por que um líder, pregador ou cantor deveriam desprezar a oportunidade de anunciar — na “presença dos deuses” — que Jesus Cristo é o Mediador, o Senhor e o Redentor, o único que pode dar à humanidade a verdadeira paz? Abordando o assunto sob essa ótica, não se vê, aparentemente, problema algum no fato de um salvo participar de eventos com quem propaga heresias. Entretanto, faz-se necessário problematizar um pouco mais o assunto em questão, perguntando: Quando participam de eventos ecumênicos ou em programas televisivos, devem os cristãos omitir o objeto de sua fé para não parecer desamorosos?


Jesus não veio ao mundo para pregar a convivência ecumênica entre as religiões, por mais intolerante e “politicamente incorreto” que isso possa parecer. Ele apresentou-se como a única porta para a salvação da humanidade (Jo 10.9 e 1Tm 2.5). Aliás, houve um tempo em que o ecumenismo religioso era considerado um grande perigo para as igrejas. E qualquer comunhão ecumênica entre evangélicos, católicos e espíritas era inimaginável, em razão de os líderes eclesiásticos, à época, estarem atentos às estratégias do Inimigo que visam a enfraquecer a contundente mensagem de arrependimento. Mas há incautos felizes pelo fato de cantores e youtubers gospel aparecerem na TV, ignorando que existe um plano manipulador da grande mídia que visa a enfraquecer a “preconceituosa e fundamentalista” pregação de que Jesus é o único Senhor e Salvador.


Quando participam de tais eventos, os evangélicos não têm a coragem de confrontar o pecado. E apresentam um evangelho light, agradável, apaziguador, simpático, suave, aberto ao ecumenismo, além de criticarem o padrão ortodoxo, pelo qual se defende o Evangelho, os valores morais deixados por Jesus e a cosmovisão judaico-cristã. Dizem os incautos: “O que nos une é muito maior do que o que nos divide”. Para eles, o sincretismo religioso é aceitável, pois o importante é “o evangélico ocupar espaços que outrora eram exclusivamente dos ímpios”. Que engano! Paulo, no Areópago, em Atenas, fez o quê, em meio a tantos propagadores de heresias? Adotou ele uma conduta “politicamente correta”? Apresentou aos atenienses a mensagem que queriam ouvir? Ele disse o que todos precisavam ouvir, visto que “o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (At 17.16).


Embora o Senhor tenha afirmado: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6), está crescendo no evangelicalismo mundial a simpatia pelo movimento ecumênico. Pastores renomados deixaram de falar de Jesus com clareza, a fim de pregar sobre Deus de maneira geral, sem ofender católicos, muçulmanos etc. O ecumenismo, com sua pregação “politicamente correta”, vem sendo apontado como um importante recurso para promover a paz. Apesar disso, o terrorismo islâmico se fortalece cada vez mais, já que muçulmanos jamais abrirão mão de sua “verdade”. Ademais, como se sabe, o catolicismo romano se vale do ecumenismo principalmente para frear o progresso da comunidade evangélica, sobretudo a pentecostal. Por que, então, os cristãos, que verdadeiramente pregam a paz, teriam de renunciar à Verdade?


Por outro lado, defensores do Evangelho que se prezam não devem apoiar “apóstolos” que pregam heresias e modismos pseudopentecostais, mesmo com a desculpa de que o Evangelho precisa ser pregado inclusive “com fingimento” (Fp 1.18). Ora, nesta passagem, o apóstolo Paulo, preso na cidade de Filipos, se referiu a opositores judeus que o acusavam perante tribunais de Roma. Ao verberarem contra ele, tais inimigos do Evangelho eram obrigados a dizer que Paulo estava pregando sobre a morte e a ressurreição do Senhor Jesus. Eles tinham de afirmar que, para esse apóstolo, Jesus estava acima de César, visto que o título de Senhor, à época, não implicava apenas senhorio. O imperador romano, como senhor de Roma, recebia adoração. E, nesse caso, Jesus, como Senhor, era adorado pelos cristãos, tomando, por assim dizer, o lugar de César.


Com isso, os judeus que acusavam Paulo estavam — indiretamente — pregando o Evangelho! E o apóstolo se regozijava com esse resultado, a despeito de sofrer por amor a Cristo. A frase “Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira” (Fp 1.18) não deve ser empregada de modo generalizante, a fim de afirmar que os crentes, hoje, podem usar todos e quaisquer meios para propagar o Evangelho. A Palavra de Deus diz que devemos fugir da aparência do mal (1 Ts 5.22). Lembremo-nos, finalmente, de que o Senhor Jesus asseverou que não existe unidade motivada pelo amor divorciada da verdade da Palavra: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. [...] Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14.15-24).


*Artigo publicado no Mensageiro da Paz de julho de 2017

  **Ciro Sanches Zibordi é pastor, escritor, membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Autor do best-seller “Erros que os pregadores devem evitar” e das obras “Mais erros que os pregadores devem evitar”, “Erros que os adoradores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria”, “Adolescentes S/A” e “Perguntas intrigantes que os jovens costumam fazer”, todos títulos da CPAD. É ainda co-autor da obra “Teologia Sistemática Pentecostal”, também da CPAD.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apolog%C3%83%C2%A9tica-crist%C3%83%C2%A3/215/evangelicalismo-brasileiro-e-jugo-desigual.html

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Proteja sua família do uso errôneo da tecnologia

23.08.2017
Do BLOG BELVEREDE, 11.09.2014
Por Huffington Post*

Dez razões pelas quais dispositivos portáteis devem ser proibidos para crianças com idade inferior a 12 anos.

Ao contrário do que muitos pais imaginam, o contato com as tecnologias não deixam as crianças mais inteligentes. Pesquisas científicas comprovam que o excesso ou uso precoce pode até mesmo prejudicar sua capacidade de psicomotricidade e causar danos de aspecto físico, intelectual e emocional.

A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria atestam que bebês na idade entre 0 a 2 anos não devem ter qualquer exposição à tecnologia, crianças de 3 a 5 anos devem ter acesso restrito a uma hora por dia e crianças, de 6 a 8 anos devem ter acesso restrito a 2 horas por dia. Acontece que hoje as crianças e jovens usam a tecnologia em quantidade de 4 a 5 vezes maior do que a recomendada, o que está resultando em consequências graves e ameaças virais.

Segundo pesquisa da Common Sense Media, em 2013, os dispositivos portáteis, tais como celulares, tablets, jogos eletrônicos, etc, t~em aumentado dramaticamente o acesso e uso à tecnologia, especialmente por crianças muito novas. Terapeutas ocupacionais e pediátricos têm convidado os pais, os professores e os governos a proibir o uso de todos os dispositivos para crianças com idade inferior a 12 anos.

Você acha exagero? Veja a seguir 10 razões embasadas em pesquisas que provam que não:

1. Crescimento rápido do cérebro

Entre 0 e 2 anos, o cérebro da criança triplica de tamanho e continua em estado de rápido desenvolvimento até os 21 anos de idade. O desenvolvimento inicial do cérebro é determinado por estímulos ambientais ou pela falta dele. O estímulo a um desenvolvimento cerebral causado por exposição excessiva a tecnologia (celulares, internet, iPads, TV) foi mostrado afetar negativamente o funcionamento e causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, aprendizagem deficiente, aumento da impulsividade e diminuição da capacidade de auto-regular, causando por exemplo "birras", ataques de raiva, etc.

2. Atraso no desenvolvimento

O uso da tecnologia restringe o movimento, o que pode resultar em atrasos nas funções motoras. Uma em cada três crianças agora entra na escola com atraso de desenvolvimento, impactando negativamente a alfabetização e o desenvolvimento acadêmico. O movimento aumenta a atenção e a capacidade de aprendizagem. Com isso, o uso da tecnologia por crianças com idade inferior a 12 anos é prejudicial também nesse aspecto.

3. Epidemia de obesidade

O uso da TV e vídeo game está correlacionado com o aumento da obesidade. As crianças que possuem dispositivos eletrônicos em seus quartos têm 30% de aumento na incidência de obesidade. Em locais onde o uso de gedgets na infância é ainda maior, como no Canadá e Estados Unidos, um em cada quatro canadenses e uma em cada três crianças americanas são obesas. E algo muito preocupante é que 30% das crianças obesas irão desenvolver diabetes e os indivíduos têm maior risco de acidente vascular cerebral e ataque cardíaco precoce, encurtando gravemente a expectativa de vida, conforme indica dados da Center for Disease Control and Prevention 2010. Em entrevista à BBC News, o professor Andrew Prentice disse que com base na estatística, crianças do século 21 podem compor a primeira geração onde muitos não vão viver mais que seus pais, grande parte devido à obesidade. 

4. Privação do sono

Você sabia que 60% dos pais não supervisionam o uso de tecnologia de seus filhos e 75% das crianças estão autorizadas a terem tecnologia em seus quartos? Dentre essas 75% com idade 9 e 10 anos são privadas de sono e como consequência, suas notas na escola estão negativamente impactadas?

5. Doença mental

Algo ainda mais grave é que o uso excessivo de tecnologia está implicado como a principal causa de taxas crescentes de depressão infantil, ansiedade, transtorno de apego, déficit de atenção, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento infantil problemático, mostram estudos de diferentes centros de pesquisa. Uma em cada seis crianças canadenses tem uma doença mental diagnosticada; muitas delas estão em uso de medicação psicotrópica perigosa.

6. Agressão

Há muito já discutido no Brasil, conteúdo de mídia violento pode causar agressividade infantil. As crianças estão cada vez mais expostas à crescente incidência de violência física e sexual na mídia hoje. Muitos jogos de vídeo game retratam sexo, assassinato, estupro, tortura, assim como fazem muitos filmes e propagandas de TV, com a diferença que os games incentivam os jogadores a cometerem os crimes. Os EUA classificaram a violência na mídia como um risco à saúde pública devido ao impacto causal sobre a agressão infantil.

7. Demência digital

Conteúdo de mídia de alta velocidade pode contribuir para o déficit de atenção, bem como a diminuição de concentração e da memória, devido ao cérebro eliminar trilhas neuronais no córtex frontal. Logo, crianças que não conseguem prestar atenção não conseguem aprender.

8. Vícios

Como os pais foram cada vez mais presos à tecnologia e ao superativismo, eles estão cada vez mais se afastando de seus filhos. Na ausência de apego dos pais, as crianças tendem a se conectar a dispositivos, buscar interações nas redes sociais, oque pode resultar em dependência. Segundo dados de 2009, uma em cada 11 crianças com idades entre 8 e 18 anos são viciadas em alguma tecnologia.

9. Emissão de radiação

Em maio de 2011, a Organização Mundial da Saúde classificou os telefones celulares (e outros dispositivos sem fio) como um risco categoria 2B (possível cancerígeno), devido à emissão de radiação. James McNames com a Health Canada, em outubro de 2011, emitiu um aviso de advertência dizendo: "As crianças são mais sensíveis do que os adultos a uma variedade de agentes - como seus cérebros e sistemas imunológicos ainda estão em desenvolvimento - então você não pode dizer que o risco seria igual para um jovem adulto quanto é para uma criança". (Globe and Mail de 2011).

Mais recentemente, em dezembro de 2013 o Dr. Anthony Miller, da Universidade da Escola de Saúde Pública de Toronto, no Canadá, recomendou que, com base em novas pesquisas, a exposição à radiofrequência deve ser classificada como 2A (provável concerígeno) que é visto de forma mais amena.

10. Insustentável

As maneiras pelas quais as crianças são criadas e educadas com a tecnologia já não são sustentáveis. As crianças são o nosso futuro, mas como será o futuro para pessoas desde a infância com overdose de tecnologia? Expostas a tantas consequências físicas, emocionais e psicológicas? Cuidar disso é urgente! É preciso que os pais e responsáveis se mobilizem a começar cem seus lares, imponham limites, regras de uso, a fim de reduzir o uso de tecnologia por crianças.

Que tal dar uma chance para os livros, brinquedos do armário, para os amigos e, por que não, para o papel em branco? Aposto que vão sair histórias muito mais cheias de finais felizes.

*Huffington Post via Mensageiro da Paz (edição setembro de 2014).

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Fonte:https://belverede-cosmovisao.blogspot.com.br/2014/09/proteja-sua-familia-do-uso-erroneo-da.html

Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

23.08.2017
Do blog BELVEREDE, 26.05.17
Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Por ser a nossa única e exclusiva fonte de autoridade, e ser a nossa regra de fé é prática, a Bíblia Sagrada deve ser alvo de estudo. Devocional e sistemático. É muito importante que o crente seja uma pessoa conscientizada a respeito da inspiração  divina, verbal, e plenária da Bíblia Sagrada.

A quantidade enorme de manuscritos antigos, o grande número de versões em outros idiomas e as citações da patrística nos primeiros séculos do cristianismo falam por si como prova da autenticidade dos livros da Bíblia. Nenhuma obra da Antiquidade apresenta hoje tantos manuscritos hebraicos, gregos, latinos e em outras línguas. Temos atualmente em todo o mundo mais de 25 mil manuscritos bíblicos produzidos antes do advento da imprensa no século XV. Em segundo lugar, vem a Ilíada, de Homero, com 457 papiros e 188 manuscritos, perfazendo um total de 645 exemplares. Nenhuma obra da Antiguidade é mais bem confirmada que a Bíblia.


As descobertas dos rolos do mar Morto revelam a credibilidade e a fidelidade dos textos hebraicos do Antigo Testamento. Com exceção do livro Ester, todos os outros livros do Antigo Testamento estão representados em 800 manuscritos. As onze cavernas de Uaid Qumran trouxeram à tona cerca de 200 manuscritos bíblicos, descobertos entre 1947 e 1964. Muitos desses manuscritos não foram produzidos pelos essênios, muitos deles vieram da Babilônia e do Egito. Trata-se portanto, de textos precedentes de várias épocas e de vários lugares.

I - REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

O cristão precisa conhecer e reconhecer a revelação e inspiração da Bíblia Sagrada.

O Cânon bíblico está fechado. A revelação infalível que Deus fez de si mesmo já foi registrada. Hoje, Ele continua falando através dessa palavra. Assim como Deus revelou a si mesmo, e inspirou os escritores a registrar essa revelação, Ele mesmo preservou esses escritos inspirados, e orientou o seu povo na escolha destes, a fim de garantir que a sua verdade viesse a ser conhecida.


Não se deve acrescentar outros escritos ao conteúdo canônico, nem se deve tirar dele  dele nenhum escrito. O Cânon contém raízes históricas da Igreja Cristã, e o cânon não pode ser refeito assim como a história não pode ser mudada.

1. Revelação.

A palavra "revelação" (apocalipsis, em grego) significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido.


Cremos que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil).


Dessa revelação divina decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã.


A Bíblia revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gênesis 2.1-4; Isaías 46.10; Lucas 21.25-28). Seu conteúdo oferece ensinos espirituais aos que buscam conhecimento, ensinamentos importantes que não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo.


2. Inspiração.

Cânon: a lista de livros já definidos e reconhecidos como divinos para a vida e a conduta do cristão. Cada um dos 66 livros reconhecidos como inspirado por Deus desde a sua origem, apesar da seleção de escritos sagrados só acontecer posteriormente.


Sobre o Cânon e a inspiração, às vezes, os dois termos significam a mesma coisa. O termo "kanõn" se origina do vocabulário hebraico qãneh (cana), usada como "cana de medir" (Ezequiel 40.3, 5; 41.8) e originalmente quer dizer "vara de medir". Na literatura clássica, significa "regra", "norma", padrão". Aparece no Novo Testamento com o sentido de "medida" e "regra moral" (2 Coríntios 10.13, 15; Gálatas 6.16). Nos três primeiros séculos do cristianismo, o termo se referia ao conteúdo normativo, doutrinário e ético da fé cristã, e a partir do quarto século os termos "cânon" e "canônico" ganharam o sentido de textos inspirados por Deus e instrumentos normativos para a vida e a conduta dos cristãos, portanto separados de outras literaturas.


A inspiração divina da Bíblia é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana, possui significâncias importantes para todos, principalmente para nós crentes em Deus. É o registro da revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1 Coríntios 2.10-13).


Os 66 livros da Bíblia são divinamente inspirados. Seus escritores foram receptáculos da revelação. Ninguém mais, além deles foi usado por Deus dessa maneira específica.


No tempo dos apóstolos ainda não havia a formação final do Novo Testamento. Quando se reunia para cultuar a Deus, a igreja neotestamentária lia o Antigo Testamento. E quando recebia as cartas apostólicas, as lia nas reuniões semanais. Posteriormente, essas cartas, e os evangelhos, foram paulatinamente aceitos pela igreja como escritos inspirados por Deus. Ora, havia alguns critérios para isso: como a autoria apostólica ou de pessoas que tivessem andado com os apóstolos.


3. A forma de comunicação.

O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jeremias 1.11-13). A frase "veio a palavra do SENHOR A", "veio a mim a palavra do SENHOR" ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, muito provavelmente, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível.


A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gálatas 1.11, 12; 2 Pedro 1.16-18; 1 João 1.3) e do Espírito Santo (Efésios 3.4, 5). Exceto uma única vez no ministério de João Batista, pois ele é o último profeta da dispensação da lei mosaica (Lucas 3.2; 16.16).


II - INSPIRAÇÃO DIVINA

A inspiração divina da Bíblia Sagrada é notável aos crentes que desejam conhecê-la.

1. A inspiração divina.

"Toda Escritura é inspirada por Deus" (ARA). O vocábulo grego, aqui traduzido por "inspirada por Deus", ou "divinamente inspirada (ARC), é "theopneustos". O termo vem da Bíblia, aparece só uma vez em 2 Timóteo 3.16. É um termo composto de duas palavras gregas:  theos (Deus), e pneo (respirar, soprar).


Isso significa que o texto sagrado foi "respirado por Deus" ou "soprado por Deus". Em suma, a palavra "teopneustia" significa "inspiração divina da Bíblia". A palavra define a "inspiração divina"; remete ao fato de que Deus inspirou aos autores bíblicos todas as palavras e ideias.


A expressão "toda Escritura" não se restringe apenas ao Antigo Testamento. A Bíblia inteira é divinamente inspirada, a autoridade dos profetas e apóstolos é a mesma. "para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos (2 Pedro 3.2).


Algumas porções bíblicas são, em especial, um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma  e uma afirmação enfática de que os autores dos livros sagrados foram movidos pelo Espírito Santo para expressar as palavras inspiradas por Deus.


• Pedro esclarece que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1.20, 21).
• O apóstolo Pedro coloca as epístolas paulinas no mesmo nível que estão as Escrituras do Antigo Testamento: "Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição" (2 Pedro 3.16).
• Ousadamente, Paulo declara que seus escritos são de origem divina: 1 Coríntios 7.40; 2 Coríntios 13.3; 1 Tessalonicenses 4.8.
2. Uma avaliação exegética.

Estamos acostumados com duas traduções: "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa é proveitosa" e "toda Escritura é divina e proveitosa" Ambas as versões são permitidas à luz da gramática grega. Mas a primeira é mais precisa, pois a conjunção grega "kai" (e) aparece entre os dois adjetivos "inspirada" e "proveitosa". Isso significa que o apóstolo afirma duas verdades sobre a Escritura, a saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas coisas. Dizer que "toda a Escritura é proveitosa" pode dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada.


3. Autoridade.

A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR" (Êxodo 5.1; Isaías 7.7); "veio a palavra do SENHOR" (Jeremias 1.2); "está escrito" (Marcos 1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Marcos 7.13; 1 Pedro 1.23-25).


Existem muitas palavras ou frases que a Bíblia usa para se auto-descrever e que sugerem uma reivindicação de autoridade divina. Jesus disse que a Bíblia é indestrutível e que ela jamais passará (Mateus 5.17, 18); ela é infalível, ou "não pode ser anulada" (João 10.35); e ela é suficiente para a nossa fé e prática (Lucas 16.31).


As inúmeras profecias são exclusividade das Escrituras Sagradas e provas visíveis de sua inspiração e autenticidade. Muitas delas já se cumpriram em relação a muitos povos, tanto na Antiguidade, como na atualidade. Um exemplo é a profecia sobre a queda da Babilônia, proferida quando esta vivia dias de glórias e grande apogeu (Isaías 13. 19, 20). Tal previsão se cumpriu completamente.


Também, a Bíblia anunciou de antemão a dispersão dos judeus e profetizou seu retorno à terra de seus antepassados. Após 1.800 anos na diáspora, os israelitas retornam para sua terra, e em um só dia nasceu uma nação (Isaías 66.8). Essa profecia diz respeito á fundação do Estado de Israel logo após a derrocada do nazismo.


Entre tantas outras profecias que se cumpriram cabalmente, e que não enumeraremos aqui por questão prática de espaço e tempo de leitura, lembramos das profecias messiânicas cumpridas em Jesus, desde o seu nascimento de uma virgem em Belém, conforme Isaías 7.17 e Miquéias 5.2, até a sua ascensão, registrada em Salmos 24.7-10.


As profecias contidas na Bíblia faz dela uma coleção de livros sui generis, repleta de poder perene, o compêndio literário que não se assemelha a nenhum outro e que sempre permanecerá acima de qualquer outro já produzido no mundo.

III. INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL

A inspiração plena e verbal da Bíblia Sagrada pode ser explicada.

1. Inspiração plenária.

O apóstolo Paulo deixa claro ao afirmar que "toda a Escritura é divinamente inspirada". Inspiração plenária significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus. A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos possuem o mesmo grau de inspiração e autoridade.


Paulo ensinava: Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário" (1 Timóteo 5.18). Neste versículo, coloca lado a lado citações da Lei de Moisés (Deuteronômio 25.4) e dos Evangelhos (Mateus 10.10; Lucas 10.7), chamando ambas de "Escritura".


Às vezes, inclusive, "profetas" e "apóstolos" aparecem como termos intercambiáveis 92 Pedro 3.2). O apóstolo Pedro considera ainda as epístolas paulinas como Escritura (2 Pedro 3.15, 16).


A Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés. os Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos (Lucas 24.44). O termo "Escritura" ou "Escrituras" que aparece no Novo Testamento refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa Bíblia.


2. Inspiração verbal.

A inspiração verbal  significa que cada palavra contida na Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo (1 Coríntios 2.13); e também que as ideias vieram de Deus (2 Pedro 1.21). Deus "soprou" nos escritores sagrados a sua mensagem. Uns produziram som de flautas e outros de trombetas, mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são as Escrituras Sagradas.


A Bíblia contém 66 livros, que abrangem o Antigo e Novo Testamento. Passaram-se cerca mil anos para que o Cânon bíblico ficasse pronto. Deus usou cada escritor em sua região, cultura e geração, com seus diversos graus de instrução. Os escritores, desde Moisés até o apóstolo João, não foram tratados como meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo, respeitosamente. Então, o leitor dos textos bíblicos encontra nos livros a personalidade do escritor, depara-se de livro para livro com muitos estilos de linguagem distintas, uso de vocabulários diferentes em estruturas sintáticas diversificadas.


Apesar do mistério que ronda o modo como Deus fez com que sua mensagem fosse fiel sem destruir a liberdade e a personalidade dos autores humanos, existem algumas coisas que ficam muito claras. Os autores não eram simplesmente secretários que anotavam algo que estava sendo ditado a eles; a sua liberdade não foi suspensa nem negada. Eles não foram usados como engenhocas. As suas palavras correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a escrever.


IV - ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA

É importante estar consciente que a Bíblia Sagrada é a única regra de fé e prática das pessoas que, genuinamente, são crentes em Cristo.

1. "Proveitosa para ensinar".

A finalidade das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus, pois elas "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (2 Timóteo 3.15).


A Bíblia, expõe a doutrina cristã para a humanidade com o propósito de salvar, corrigir e edificar o ser humano. Foi dada aos homens para ser seguida por todos A verdade contida nela redime e santifica, não expira e nem envelhece. Seus ensinamentos são suficientes para entender a vida sob a lei de Cristo. Lucas 21.33; João 17.17; 2 Timóteo 3.15-17; 1 Tessalonicenses 2.13.


2. A conduta humana.

Uma das grandezas das Escrituras é a sua aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja, no trabalho e na sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia.


3. As traduções da Bíblia.

Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e se manifesta a a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma. Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem com ose esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua.  Nós recebemos como nossa. Isso acontece em qualquer país que ela chega. Ninguém tem o conteúdo da Bíblia como "dos outros".Este detalhe prova que ela procede de Deus e atesta que quem escreveu esses livros sagrados eram seres humanos movidos pela inspiração divina.


CONCLUSÃO

Por direção divina, temos hoje os 27 livros reunidos, conhecidos como o Novo Testamento, mais os 39 do Antigo, totalizando 66 livros na Bíblia. Se possuímos exemplar em mãos podemos considerar que isso é um milagre. E devemos agradecer ao seu Autor celeste por nos entregar a sua Palavra. E a melhor maneira de fazer isso é meditar nas Escrituras dia e noite (Josué 1.8), de modo que ela esteja "incorporada" em nossa mente e coração.

Que cada um  queira receber a Bíblia, sem restrição alguma, pois ela é a palavra de Deus, em qualquer idioma em que vier a ser traduzida.
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Fonte:https://belverede.blogspot.com.br/2017/05/Inspiracao-divina-e-autoridade-da-Biblia-licao-1-Esequias-Soares-Licoes-Biblicas-EBD-CPAD-A-Razao-da-nossa-Fe-Assim-cremos-assim-vivemos-3-trimestre-2017-subsidio-Belverede-eliseu-antonio-gomes.html

sábado, 12 de agosto de 2017

Núcleos pernambucanos da COMADEPLAN se reúnem em Caruaru

12.08.2017
Por Irineu Messias*

Pastor José Lins, pastor-presidente da Assembleia de Deus Ebenézer e vice-presidente do Núcleo Recife da COMADEPLAN.
Os dois Núcleos pernambucanos da  CONVENÇÃO DE MINISTROS DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO PLANALTO CENTRAL - COMADEPLAN, reuniram-se na cidade de Caruaru, dia 05 de agosto de 2017. 

Pastor Severino do Ramo, pastor-presidente da Asembleia de Deus Adoração, e presidente do Núcleo Recife da COMADEPLAN.

A reunião aconteceu na Igreja Assembleia de Deus , Minstério Morada Nova, presidida pelo pastor Carvalho Júnior, que é também presidente do núcleo do Agreste pernambucano da COMADEPLAN. Estavam presentes os membros da diretoria do Núcleo do Recife, presidido pelo Pastor Severino do Ramo, também presidente da Assembleia de Deus Adoração.Participaram também o pastor José Lins, Robenildo Lins, respectivamente , vice-presidente e secretário do núcleo  Recife da COMADEPLAN.

Pastor Robenildo Lins, vice-presidente da Assembleia de Deus e secretário do Núcleo Recife da COMADEPLAN
O evento discorreu sobre diversos assuntos pertinentes à organização e consolidação das diretrizes da COMADEPLAN no estado de Pernambuco, razão pelo qual, os presidentes de ambos núcleos, os pastores Carvalho Júnior e Severino do Ramo decidiram sempre realizar reuniões conjuntas, nas perspectivas de organizar e ampliação o alcance da COMADEPLAN para todo estado de Pernambuco, mas trabalhar uma comunhão permanente entres os ministros pertecentes á Convenção.



Pastor Carvalho Júnior, presidente da Assembleia de Deus, Ministério Nova Morada, presdiente do Núcleo Agreste da COMADEPLAN, em Caruaru.

Na opurtunidade, foram deliberados alguns eventos entres eles,  a realização da primeira Escola Bíblica de Obreiros da COMADEPLAN,a se realizar no final de outubro deste ano.Além deste vento ocorrerá outra  reunião fraternal de Ministros. Acima a foto com a composição da diretoria de ambos os núcleos da COMADEPLAN.

Ministros da Ebénezer presentes na do Núcleo Agreste da COMADEPLAN

O pastor-presidente , José Lins e o vice-presidente , Robenildo Lins,  estiveram acompanhado pelos ministros Irineu Messias e Gilmar Fernandes.

No sábado, dia 12 de agosto, haverá uma outra reunião conjunta dos núcleos COMADEPLAN, que será realizada na Assembleia de Deus Adoração, do pastor Severino do Ramo.
Ministros que participaram da reunião em Caruaru, dia 05.08.17.
Os pastores José Lins  Robenildo Lins, além dos ministros Irineu Messias e Gilmar Fernandes participaram desta reunão em Recife. Irão também participar as esposas dos pastores e ministros presentes à reunião, a saber, as missionárias Edileuza Ramos, Ana Lins, Tânia Araújo e Magnólia Fernandes.
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