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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Apaixonado por Deus e pela verdade

25.09.2017  
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 11.01.17  
Por John Piper*

Versículo do dia: E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado. (Romanos 3.3-4)

Nossa preocupação com a verdade é uma expressão inevitável de nossa preocupação com Deus. Se Deus existe, então ele é a medida de todas as coisas, e o que ele pensa sobre todas as coisas é a medida do que nós devemos pensar.

Não se preocupar com a verdade é não se preocupar com Deus. Amar a Deus com paixão é amar a verdade apaixonadamente. Ser centrado em Deus na vida significa ser conduzido pela verdade no ministério. O que não é verdade não procede de Deus.

Medite nestes quatro conjuntos de textos sobre Deus e a verdade:

1) Deus é a verdade

Romanos 3.3-4 (Deus Pai): “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.

João 14.6 (Deus Filho): “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

João 15.26 (Deus Espírito): “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.

2) Não amar a verdade é eternamente prejudicial

2Tessalonicenses 2.10: Eles perecerão, “porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos”.

3) A vida cristã baseia-se no conhecimento da verdade

1Coríntios 6.15-16:Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne”.

4) O corpo de Cristo é edificado com verdade em amor

Colossenses 1.28: “O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”.

Que Deus nos torne pessoas apaixonadas por ele e pela verdade.

John Piper é doutor em Teologia pela Universidade de Munique e fundador do desiringGod.org e chanceler no Bethlehem College & Seminary. Ele serviu por 33 anos como pastor principal da Bethlehem Baptist Church em Minneapolis, Minnesota. Piper é autor de diversos livros, incluindo Uma Glória Peculiar (Fiel) e Em busca de Deus (Shedd).
***** Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/01/11-de-janeiro-apaixonado-por-deus-e-pela-verdade/

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O PASTOR NÃO TRABALHA?

12.09.2017
Do portal da UNIVERSIDADE DA BÍBLIA, 11.09.17
Por Leandro Barreto*

O pastor não trabalha

Se um Professor estuda, se prepara e dá uma aula de 45 minutos, ele está trabalhando.
Se um Pastor estuda, se prepara e prega uma mensagem de 45 minutos, ELE NÃO TRABALHA.


Se um Psicólogo atende e aconselha pessoas, ele está trabalhando.

Se um Pastor atende e aconselha pessoas, ELE NÃO TRABALHA.

 
Se um Administrador se organiza, faz reforma, contrata mão de obra, e gerencia uma empresa, ele está trabalhado…

Se um Pastor se organiza, faz reforma, contrata mão de obra e gerencia uma igreja, ELE NÃO TRABALHA.


Se um contador faz os cálculos, economiza, equilibra as finanças e faz investimentos, ele está trabalhando…

Se um Pastor faz cálculos, economiza, equilibra as finanças e faz investimentos na igreja, ELE NÃO TRABALHA.


Se qualquer um desses tirar férias, é justo, afinal, eles trabalham…

Já um pastor não pode tirar férias, não deve receber salário, e não merece respeito…


Afinal, ELE NÃO TRABALHA!


VALORIZE SEU PASTOR!

VIDA DE PASTOR:

PASTOR É ALVO DAS MAIS DESENCONTRADAS OPINIÕES…


*Se o Pastor é ativo*
– É ambicioso


*Se é calmo*
– É preguiçoso


*Se o Pastor é exigente*
– É intolerante


*Se não exige*
– É displicente


*Se o Pastor visita*
– É incômodo


*Se não visita*
– É irresponsável pelas ovelhas


*Se o Pastor fica com os jovens*
– É imaturo


*Se fica com os adultos*
– É antiquado e ultrapassado


*Se fica com as crianças*
– É infantil


*Se procura atualizar-se*
– É mundano


*Se não atualizar-se*
– É mente fechada


*Se o Pastor cuida da família*
– É descuidado com a Igreja.


*Se o Pastor cuida da Igreja*
– É descuidado com a família


*Se prega pouco*
– É que não tem mensagem


*Se prega muito*
– É enfadonho


*Se não tem boa oratória*
– É despreparado


*Se tem boa oratória*
– É exibido


*Se procura agradar a todos*
– É sem personalidade


*Se é positivo, e procura corrigir*
– É parcial


*Se o Pastor se veste bem*
– É vaidoso


*Se veste mal*
– É relaxado


*Se não sorri*
– É cara dura


*Se o Pastor ri*
– É irreverente


*Se realiza programas novos*
– É que só quer viver de promoções


*Se não realiza.*
– É que não tem ideias


*Se o Pastor é alegre*
– É sem linha


*Se chora no púlpito*
– É chorão


*Se o Pastor organiza trabalho*
– É explorador do rebanho


*Se não organiza*
– É que não dá trabalho ao rebanho


*Se o Pastor fala alto*
– É irritante


*Se fala baixo*
– É um coitado, não tem voz ativa


*Se o Pastor prega na rua*
– Está baratiando o evangelho


*Se só fica na igreja*
– É acomodado nas quatro paredes


*Se o pastor está triste,*
_Já dizem que perdeu a fé.


*Se o pastor fica doente,*
_É porque está na carne.


*Ser Pastor é um tremendo desafio*

É uma questão de chamada e de entrega.

O Pastor é uma pessoa, que tem sentimentos!


Entenda o seu Pastor!


O Pastor é um ser humano que precisa das ovelhas, tanto quanto precisamos dele. É o portador das Boas Novas.

Ame e entenda seu Pastor.

*Ore e apoie o seu Pastor. Ele é carente de oração.*

by Facebook Leandro Barreto

“E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência.” (Jeremias 3:15)
*****
Fonte: http://www.universidadedabiblia.com.br/o-pastor-nao-trabalha/

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Fidelidade na Igreja: virtude do crente salvo

05.09.2017
Do portal da CPAD NEWS
Por Pr. Douglas Baptista

Pr. Douglas Baptista1. Constantemente tenho usado uma frase que tomei emprestada, provavelmente a tenha lido em algum lugar, porém não consigo recordar o autor. Não obstante, este lapso de memória a frase é extremamente profunda e diz o seguinte: “A obra de Deus não é feita pela maioria e sim pelos fiéis”.
 
2. Concordo plenamente com a afirmação e assino embaixo. Contudo, quem são estes fiéis? Onde estão? Como identificá-los? Como resposta, posso assegurar que os fiéis são a boa semente da parábola do trigo e o joio (Mt 13.38). Aqueles que já ressuscitaram com Cristo buscam as coisas do alto e não as que são da terra (Cl 3.1-2). Aqueles que em nada tem a sua vida por preciosa, contanto que cumpram com alegria o ministério que lhes foi confiado (At 20.24). Aqueles que não buscam reconhecimento do homem e trabalham com sinceridade e humildade buscando a glória de Deus e de seu reino (Fp 2.3).
 
3. Trabalhar com os fiéis é uma das grandes gratificações e alegrias do ministério pastoral. Poder contar com a fidelidade e o carinho daqueles que nos ajudam a ombrear a causa do Mestre é algo confortante e altamente satisfatório. Nos dias sombrios e difíceis, nos dias de batalha espiritual e até nos problemas financeiros pode-se contar com os fiéis, eles estão ali prontos, disponíveis e preparados para o combate, basta chamá-los.
 
4. Grande é a satisfação pastoral em poder contar com seus filhos na fé que andam na verdade (3Jo 1.4). É gratificante notar o crescimento e o amadurecimento espiritual daqueles que estão conosco na jornada para a Canaã Celestial. Paulo depois de tratar, corrigir, exortar e ensinar a igreja em Corinto pode exclamar com júbilo: “Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós” (2Co 7.16).
 
5. O comportamento dos fiéis serve de exemplo para toda membresia. Suas vidas estão escondidas em Cristo. Velhos hábitos e costumes antigos foram arrancados, abandonados e substituídos pelo Fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23). A vida que agora vivem na carne, vivem-a na fé em Jesus Cristo (Gl 2.20) e a paz de Deus domina seus corações fazendo-os serem agradecidos (Cl 3.15).
 
6. Apresentam-se para contribuir e ajudar sem qualquer outra intenção que não seja o crescimento da igreja. São dotados de ética, lisura e disciplina cristã. Não se intrometem se não forem chamados e nem emitem opinião ou palpites se não conhecerem profundamente o assunto. Servem pelo motivo certo e no lugar certo.
 
7. Este comportamento são virtudes adquiridas como resultado de uma vida de temor e comunhão com Deus. Fiéis como este é possível confidenciar assuntos delicados. A eles é possível confiar as variadas e múltiplas atividades da igreja. Os fiés também demonstram preocupação sincera com o bem estar social e a saúde do pastor e de sua família. Prestam apoio despretensioso e não exigem retribuição. Reconhecem seus líderes e os possuem em estima e consideração (1Ts 5.12-13).
 
Qual o seu parecer?

Pense nisso!

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Fonte: http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/156/fidelidade-na-igreja:-virtude-do-crente-salvo.html

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Os chamados, os escolhidos e os oferecidos

14.07.2017
Postado por Pr. Robenildo Lins

“porque muitos são chamados, 
mas poucos escolhidos” Mateus 22.14


Introdução: Há uma coisa preocupante em reuniões administrativas de igrejas em geral. Por hora se diz que faltam obreiros para a missão e depois se ouve que há muitos obreiros precisando de uma igreja. Isso parece incoerente. Na verdade sabemos que faltam obreiros para desafios em campos missionários e congregações em lugares do interior ou subúrbios. Ao mesmo tempo em que para grandes igrejas com estrutura maior, os obreiros disputam uma oportunidade de pegar o microfone.

Reflita neste texto: “Em uma determinada igreja, havia quatro pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM. Um importante trabalho a ser feito e TODO MUNDO tinha certeza que ALGUÉM iria fazê-lo. QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM o fez. ALGUÉM se zangou porque era um trabalho de TODO MUNDO. TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazê-lo, mas NINGUÉM imaginou que TODO MUNDO deixasse de fazê-lo. Ao final, TODO MUNDO culpou ALGUÉM quando NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito”.

Diante da situação nas igrejas atuais, imagino que Jesus teria falado dos chamados, dos escolhidos e também dos oferecidos. Jesus já havia avisado que “a seara é grande, mas poucos são os trabalhadores” e deixou também a solução para o problema “rogai ao Senhor da Seara que mante mais trabalhadores para Sua Seara”(Mateus 9.68).

Ninguém pode dizer que não tem oportunidade para servir a Deus por que o desafio da evangelização é gigantesco. Precisamos orar mais, como Jesus ensinou para que o Dono da seara mande mais obreiros para a missão.

Já encontrou seu espaço na igreja?

Vamos refletir no versículo base e aprender sobre três tipos de pessoas nos ministérios da igreja:

1- Os chamados:

Os chamados são muitas pessoas que são convidadas a participar e contribuir com o trabalho missionário. Toda igreja ao fim do ano abre um apelo para pessoas servirem em ministérios locais. Quase sempre os ministérios mais destacados, como o louvor, são mais requisitados e os mais discretos como ação social e evangelização são menos procurados. Mas aqueles que se reconhecem chamados por Deus estão dispostos a fazer o que for preciso. Alguns chamados são como malabaristas na Igreja segurando tudo o que está caindo. Sempre tapam alguma falha de um irmão na última hora.

Um exemplo bíblico de chamado foi ode Isaías que ouviu a pergunta do Senhor “a quem enviarei?” e respondeu “envia-me a mim” (Isaías 6.8). Todos os cristãos são chamados por Deus para servir em um ministério como “sacerdócio real” (I Pedro 2.9).

Você já sentiu o chamado de Deus para sua vida? Para qual ministério?
Jesus está te chamando, exerça o seu ministério!       

2- Os escolhidos:

Os escolhidos são poucas pessoas que sentiram o chamado de Deus para a missão e se entregaram totalmente. Cristãos dedicados que não conseguem ficar parados vendo a banda passar. Engajam-se facilmente em uma tarefa e não escolhem muito o que fazer, antes aproveitam as oportunidades de acordo com as necessidades que aparecem. São verdadeiros servos de Deus e uns dos outros.

Aqueles que se reconhecem como escolhidos de Deus para um ministério sabem qual é a sua missão no Reino de Deus e estão dispostos a pagar o preço que for preciso. Um escolhido de Deus exerce um ministério específico em qualquer tempo e lugar. Por exemplo, se seu chamado foi para evangelizar, você faz isso independente de qualquer situação sem precisar ser escalado para uma programação da igreja. É algo natural na vida do escolhido.

Gideão foi um exemplo Bíblico de pessoa escolhida por Deus (Juízes 6.11-19) e seus companheiros de batalha também foram escolhidos pelo Senhor ficando apenas trezentos (Juízes 7.1-5). Hoje estamos no tempo da graça e cremos que Deus não escolheu apenas algumas pessoas especiais e sim a todos nós. Contudo poucas pessoas se dispõem mais abertamente para Deus e “cumpre cabalmente o seu ministério” (II Timóteo 4.5).

Você já descobriu para quê Deus te escolheu?

Deus tem te escolhido para uma grande obra!

3- Os oferecidos:

Os oferecidos são pessoas que não foram nem chamados, muito menos escolhidos, mas se oferecem para fazer algo na igreja. Acabam entrando pela janela e conseguindo alguma posição no Corpo de Cristo. Preferem sempre cargos de destaque. Os oferecidos gostam muito de microfone e auditórios cheios. Se forem chamados para fazer algo para poucas pessoas, em uma igreja de periferia não se dispõem.

Alguns exemplos de pessoas oferecidas na Bíblia são Nadabe e Abiú que apresentaram fogo estranho no altar de Deus sem ter permissão para isso e foram mortos pela ira de Deus (Levítico 10.1). Saul ofereceu sacrifício sem a presença do sacerdote Samuel e perdeu o seu reino (I Samuel 15.1-20). Ananias e Safira quiseram aparecer e mentiram sobre uma oferta que ninguém tinha pedido por isso morreram (Atos 5.1-10).

Muitos acham bonito quem canta, quem fala e quem prega no altar, mas precisam entender que para estar ali é preciso muito esforço e dedicação. Não se deve escolher um ministério pela aparência e sim pelo que Deus mostra especificamente para você.

Existem pessoas escolhidas para atender grandes comunidades e têm um ministério de sucesso. Entretanto, se forem realmente pessoas escolhidas por Deus, terão vindo de um difícil começo, lutaram muito para chegar até onde estão e mesmo assim não têm dificuldades de ir a um canto qualquer para fazer a vontade de Deus.

Você faz o que Deus quer ou o que você gosta?

Não seja oferecido, obedeça ao que o Senhor mandar!

Você foi chamado e escolhido por Deus!

CONCLUSÃO:

Qual dos três grupos você se encaixaria? Você é um chamado, um escolhido ou um oferecido?

Quem é chamado e escolhido não faz o que quiser na hora que der vontade e sim obedece ao mandato de Deus para sua vida o tempo todo sem questionar ou murmurar.

Existem chamados que são óbvios para todos os cristãos como, por exemplo, a oração, o testemunho de vida, a leitura da Bíblia e a evangelização. Já o ministério pastoral, de cura, libertação, missões transculturais e outros que requerem condições especiais são para pessoas escolhidas especialmente para isso. Mesmo assim todos os cristãos têm uma tarefa especial no Reino de Deus.

Não seja um oferecido querendo fazer o que todo mundo já faz, procure fazer aquilo que Deus te chamou e escolheu para realizar em sua obra.

Você já sabe para quê você foi escolhido por Deus?

Existe algo em sua igreja que Deus preparou para você fazer!
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sábado, 29 de abril de 2017

Respeito: Deve ser conquistado

29.04.2017
Postado por Pr. Robenildo Lins

"Não é bom ter respeito à pessoa do ímpio, nem privar o justo do seu direito." Pv 18:5

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Em nossa sociedade, também em nossas igrejas somos orientados a respeitar as autoridades civil, militar e eclesiásticas. Porém O que é respeito? Em que consiste esse respeito? Quem deve ser respeitado? São esses pontos que entenderemos melhor.

O que é respeito?

Respeito não é medo, temor ou imposição; ele denota, de acordo com a raiz da palavra (respicere = olhar para), a capacidade de ver uma pessoa tal como é, ter conhecimento da pessoa.

Desta forma quando alguém exige respeito, na pratica esta pedindo para ser reconhecido, ser valorizado e posto em situação de destaque e importância, só que essas coisas não podem ser impostas, têm de ser conquistadas, como diz o ditado popular: Respeito não se impõe, se conquista.

"Ora, Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito, porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; era homem valente, porém leproso." II Reis 5:1

Assim a pessoa pode até ter um cargo elevado, porém o respeito vem pelo que a pessoa é e faz, é este o caso de Naamã, que adquiriu isso através de suas ações e caráter.

Em que consiste esse respeito?

Quando eu saía para a porta da cidade, e na praça preparava a minha cadeira, os moços me viam e se escondiam, e os idosos se levantavam e se punham em pé; os príncipes continham as suas palavras, e punham a mão sobre a sua boca; a voz dos nobres emudecia, e a língua se lhes pegava ao paladar.

"Pois, ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; e vendo-me algum olho, dava testemunho de mim; porque eu livrava o miserável que clamava, e o órfão que não tinha quem o socorresse." Jó 29: 7 – 12

O respeito consiste em ser bom e não compactuar com o mal, veja no relato de Jó; todos reconheciam a sua idoneidade, sabendo que ele não se agradaria de qualquer ato ilícito, ou imoral, calando-se e tendo uma postura mais moral ante a sua pessoa. Hoje é raro alguém interromper uma conversa profana, só em respeito a presença de algum religioso, inclusive existem até proximidades de bares a igreja e até bordeis. Isto denota que o respeito a fé representada pela igreja não esta mais impondo tanto respeito.

Quem deve ser respeitado?

"Até quando julgareis injustamente, e tereis respeito às pessoas dos ímpios?" Salmo 82: 2

A pergunta do sub-titulo foi mal colocada, haja visto que respeito é uma conquista, automaticamente todos conheceram que é respeitável. Falando em linguagem atual: Se a pessoa é “O cara” todos saberão, não é preciso anunciar, e se for preciso anunciar é porque ele não é “O cara”.

O problema é que tem se confundido respeito com posição social, hierárquica e com um cerimonialismo de bajulação. Tem se dado valor demasiado ao status em detrimento a pessoa, vendo-se frequentemente lideres religiosos sendo bajulados constantemente só pelo cargo ocupado (Pastores, bispos, apóstolos, etc). diferentemente de Cristo que ensinou a humildade.

Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou.

Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.

Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. João 13: 13-15
O respeito segundo a Bíblia é conseguido pelo serviço e não por ser servido ou posição de destaque.

O exemplo de Jesus

No período que Jesus estava na Terra, não era diferente de hoje a natureza humana, muitos buscavam prestígio e status social, através de bens e posições de autoridade, mudamos só para a modernidade pois a busca desenfreada por bens de consumo, riquezas e prosperidade econômica é a mesma.

A forma mais rápida de se ter estes benefícios sociais e políticos, é estar justo com pessoas de poder, sendo a maneira mais fácil, a bajulação às autoridade. Sendo assim é criado um circulo vicioso, quem é importante é bajulado. Se a pessoa é bajulada é importante.

Jesus não seguiu este padrão, Ele contrariou as autoridades da época, tanto políticas, como religiosas e até mesmo o popularismo que Ele desfrutou no inicio de seu ministério.
 Veja:

"Naquela mesma hora chegaram alguns fariseus que lhe disseram: Sai, e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te. Respondeu-lhes Jesus: Ide e dizei a essa raposa: Eis que vou expulsando demônios e fazendo curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia serei consumado."Lucas 13: 31-32

Jesus não considerou a autoridade mundana de Herodes, equivalendo-se hoje a políticos e autoridades corruptas que se usam de sua posição para cometer o ilícito, tendo o poder como cobertura para não serem recriminados. Jesus igualmente a João Batista denuncia os erros dos poderosos.

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós." Mateus 23:15

Os religiosos da época tem a mesma postura dos de hoje, claro que não são todos, mas não se engane, muda-se o tempo, mas a natureza das coisas permanece a mesma. O questionamento da época era o mesmo, não se deve falar mal das autoridades religiosas, “respeitar o ungido”, obedecer cegamente. Porém não é o que Jesus demonstra, Ele é duro, e até mais duro com os religiosos, pois eles estão usando o nome de Deus em vão. Não foi a toa que Jesus se encoleriza ao ver vendedores no templo.

Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele.

Perguntou então Jesus aos doze: "Quereis vós também retirar-vos? "João 6: 66-67

A necessidade de alguns em serem populares, lotarem igrejas, etc, faz com que o caráter e a moral pessoal se afrouxe, essas pessoas se tornam como artistas, demonstrando e falando o que as pessoas querem ouvir. Mas vemos que Jesus em nome da Verdade recusa esse popularismo. A verdade é inegociável. Mesmos em um período onde uma multidão O seguindo seria uma boa segurança e prestigio.

Conclusão

"Quem, Senhor, habitará na tua tenda? Quem morará no teu santo monte?Aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que, embora jure com dano seu, não muda." Salmo 15: 1, 4.

Com as pregações de submissão e obediência total as autoridades, principalmente as eclesiásticas, temos perdido muito o nosso senso de distinção entre o certo e errado, apoiamos tal líder, simplesmente por que ele é líder, e não pelas ações dele. Agimos partidariamente como torcedores de time de futebol, que não importa o quanto o time esteja mau ou bom, nosso time é sempre o melhor. Mas na vida não é assim, Deus é justo e não considera a aparência, Ele julga pela verdade.

Assim precisamos diferenciar entre honrar uma pessoa, e respeitá-la. Pois honra é obrigação, mas respeito é conquista.

"Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. Romanos 13:7Honrai a todos. Amai aos irmãos. Temei a Deus. Honrai ao rei. "I Pedro 2: 17.
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A carta que Vingren deixou e ninguém leu… até agora

27.02.2017
Postado por DALADIER LIMA, 25.04.2015

Família do Pr Gunnar Vingren
Pr Gunnar Vingren e Família
Prezados irmãos assembleianos,

A paz do Senhor!

Sinto enorme alegria em me comunicar com vocês tantos anos depois de nossa chegada ao Brasil. Sempre gostei da palavra escrita, não à toa investimos, eu e minha esposa, tempo e dinheiro na criação de periódicos. Chegaria a qualquer pessoa, em qualquer lugar. E poderiam ler e reler e repassar a outros… E olha que meu português ainda estava se acomodando.

A igreja que fundamos, eu e o Berg, cresceu. É palpável, todo mundo quer agora ser assembleiano. Nos primeiros anos era somente bordoada. Da Igreja Católica, das igrejas tradicionais. Quase nenhum político nos acolheu. Nunca os procuramos, a não ser em demandas institucionais. Ouço dizer que agora estão por toda parte. E até assentam em nossos púlpitos. É um comportamento reprovável. Alegrias e tristezas, parece não ser possível ter tudo ao mesmo tempo…

Recebo algumas outras notícias tristes. Dizem, por exemplo, que o cântico congregacional foi substituído pelos orgãos. Era natural que os irmãos se ajuntassem… o que não é normal é tomarem o tempo da Igreja. Alguns me informam que um ou outro irmão canta sozinho ao microfone, enquanto os outros esperam calados, olhando pros lados. Quem entende? É grupo ou cantor? E o repertório? Dizem que a temática não é muito boa.

Outros me dizem que há uma departamentalização exagerada. Só falta o cara-crachá para entrar nas reuniões. Esses grupos são ótimos para a divisão do trabalho, mas com o tempo se criam nichos, onde ninguém mete a mão. Crescem e querem se apoderar do tempo e das energias dos demais. Acabam sobrepondo as atividades e se desentendendo. Sei não…

Fico abismado ao ler que não alcançaram plenamente o Sertão. Cem anos depois!? Andei muito pelo interior do País a cavalo ou a pé e sempre o Senhor abriu portas por todos os lados. O que há? Parece estar faltando oração e engajamento. Dinheiro, dizem, está sobrando. Compraram TVs e rádios, os carros são os melhores, tem até gente com avião! Por favor, amados, não esqueçam do Sertão! Sei que lá não tem muita riqueza, mas que valor daria para comprar uma alma?

Minha cabeça sueca está particularmente preocupada com os rumos que a igreja tem tomado, parecendo cada dia mais com as instituições europeias. Muita discussão, muita reunião e pouca coisa prática. Acabei de receber um telefonema informando os rumos da última AGO, em Fortaleza… Eu nunca quis uma Convenção Geral, sabia que ia dar nisso. 

Poder, poder, poder. Quando cansam do cardápio, bravata. Que coisa triste. Pessoas estão se perdendo, o Brasil está mergulhado na idolatria e nos vícios e os pastores discutindo quem fica com um naco maior de poder? Não foi isso que ensinei. É a receita certa para a derrocada.

Quando quiseram o controle do trabalho em Natal, em 1930, eu não me opus. Entreguei templos, membros, haveres e fui para minha amada Suécia. Deixei tudo para trás e não fiquei influindo nesta ou naquela decisão ou exigindo reparações. Penso que a Igreja não pertence a ninguém. Essa ânsia está cegando a denominação.

De Norte a Sul leio relatos de verdadeiras oligarquias, nas quais manda um grupo pequeno e restrito. Esse grupo catalisa as decisões e desbanca pessoas competentes e espirituais. Mas esse é dos problemas menores que me contam…

Me falam de desvios jogados debaixo do tapete, brigas por templos, pavoneamento, gastos excessivos à custa de ofertas e desperdício de energia mental e tempo. A Assembleia de Deus é grande mas não é indispensável. Cuidemos de voltar aos marcos antigos enquanto é tempo.

Envio-lhes uma foto da família. Por favor, não joguem fora nosso trabalho!

Gunnar Vingren
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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Reflexóes sobre a Igreja e a Política

18.02.2017
Postado por Pr. Robenildo Lins

Comentaremos sobre as relações dos cristãos, igrejas e pastores com a política,
levantando a seguinte questão:

 "Deve uma igreja cristã envolver-se em campanha política?".

Esta pergunta é pertinente em nossos dias, pois corriqueiramente em épocas de eleições se vê igrejas transformando seus púlpitos em palanques eleitorais e trocando as músicas feitas para Deus por jingles de campanha.

É de Bertold Brecht (1898-1956) o seguinte pensamento: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão sem entendimento que se orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política. Não sabe que de sua ignorância nasce à prostituta, a criança abandonada, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o explorador das empresas nacionais e multinacionais".

O cristão como cidadão de uma sociedade democrática e pluralista deve desenvolver uma correta consciência política, interferir nos destinos da nação por meio do voto e participar da vida pública candidatando-se a cargos públicos. O cristão não deve ser um alienado político. Mas, e a Igreja cristã como instituição divinamente estabelicida por Deus deve envolver-se na política e em suas campanhas eleitorais?

Creio que, devido ao princípio da separação entre a Igreja e o Estado, a Igreja não deve tomar partido deste ou daquele candidato, ou deste ou daquele partido político. Isso significa que não é eticamente correto transformar o púlpito da igreja num “palanque” eleitoral, nem tampouco a Igreja assumir qualquer responsabilidade política, secretaria ou ministério seja do governo municipal, estadual ou federal.

Quando uma igreja apóia abertamente um candidato ou um partido político ou uma coligação está se colocando politicamente contra uma parcela da sociedade que não apóia tal candidato ou tal partido político. Ou seja, quando uma igreja se torna politicamente amiga de um grupo, automaticamente se torna inimiga de outro. Isto é totalmente contraditório à natureza da Igreja e à sua missão na terra que é atrair todos os homens para Cristo, através da fé em Jesus.

O partidarismo político na Igreja é um grande obstáculo e um enorme empecilho para a evangelização dos homens. Aliás, a evangelização, o anúncio das Boas Novas, é um dos grandes propósitos de Cristo para sua Igreja. O partidarismo político faz a igreja ir à contramão desse grande propósito. Com certeza isso é algo que não agrada o coração de Deus.

E o cristão? É lícito ao cristão candidatar-se a um cargo político? Acredito que, embora a Igreja deva ser “apolítica”, seus membros têm o direito como cidadãos de um país democrático de se candidatarem e se elegerem para cargos políticos, fato este que deve ser encorajado a fim de que haja a transformação da nossa sociedade em uma sociedade mais justa e piedosa.

Nada há na Palavra de Deus que proíba o cristão de filiar-se a um partido político e candidatar-se a um cargo público. Pelo contrário, a Bíblia relata a história de grandes homens de Deus que assumiram funções políticas: José, primeiro-ministro do Egito; Davi, rei de Israel; Josias e Ezequiel reis de Judá; Daniel, um dos ministros de Estado do reino da Pérsia; Mordecai, primeiro-ministro na Pérsia; Neemias, governador de Judá após a volta do cativeiro; etc.

Devido à corrupção que impera na política brasileira, a sociedade clama por homens e mulheres que levem a sério os cargos públicos para os quais foram eleitos pela população. Isto mostra que o meio político precisa cada vez mais de políticos cristãos comprometidos com Deus e com a sociedade.

Todavia, diante desta grande e urgente necessidade, particularmerte vejo uma problemática que a igreja tem diante de si e que precisa ser resolvida. O grande desafio para a Igreja é encontrar alternativas e meios de eleger candidatos cristãos comprometidos com Deus e com a sociedade, sem transformar o púlpito da Igreja em “palanque” político, e sem usar a Igreja como instrumento de manobra das massas.

Precisamos também fazer algumas indagações: a grande maioria dos políticos que se dizem cristãos têm realmente exercido influência positiva na política, ajudando efetivamente a transformar para melhor a sociedade brasileira? A medida que elegemos mais e mais cristãos tem diminuído os índices de criminalidade e corrupção no Brasil afora? Os políticos "cristãos" têm sido verdadeiramente “sal da terra e luz do mundo” conforme Jesus ordenou? Não têm sido alguns políticos “cristãos” encontrados envolvidos com a corrupção? Quantos políticos nominalmente cristãos que se elegeram levantando a bandeira do evangelho estão envolvidos nos escandalosos "mensalões" da vida pública, não somente em Brasília, mas em todo o País? Uma vergonha! Precisamos pensar, refletir, sobre esta triste realidade...

E na hora de votar? Qual deve ser a postura do cristão? Como se deve escolher em quem votar? Creio que devemos sempre nos fundamentar nestes princípios do voto ético:

1. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País, Estado e Município.

2. O voto é uma questão de consciência pessoal. Portanto, o cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade numa outra direção.

3. Os pastores e líderes têm a obrigação de orientar aos fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil deve levar os pastores a não conduzir processos político-partidários dentro da igreja, sob pena de que, em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos.

4. O pastor não deve permitir que candidatos, partidos ou coligações usem a ele próprio e a igreja como “cabos eleitorais” de campanha política. A igreja não deve ser usada como palanque político para manobra das massas.

5. É fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam pela dimensão política. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político evangélico tem que ser, sobretudo, um cristão na política, e não apenas um “despachante” ou “office-boy” de igrejas.

6. Não basta o candidato ser crente, irmão na fé, honesto e ter boas intenções. É preciso avaliar se tal pessoa possui qualificações e vocação política para o cargo, mesmo que não tenha experiência política. O que deve ser observado no candidato:

a) Se o candidato é uma pessoa lúcida, que já está envolvida em causas sociais, e comprometida com as causas de justiça e da verdade.

b) Se possui uma ideologia social e político-partidária clara e definida. A grande maioria dos candidatos nem sabe o que é isso. Estão em determinado partido não pela sua ideologia político-social, mas pelas chances que tal partido lhe dá de ganhar as eleições.

c) Se é um bom administrador, tanto de sua vida pessoal quanto de seus negócios.

d) Se possui um plano de governo e propostas claras e tangíveis.

7. Não basta o candidato ser carismático, falar bonito ou sair bem na foto. É necessário analisar se tal candidato possui qualificações e vocação política para o cargo, se é honesto e trabalhador. É importante também saber qual é a posição do candidato sobre questões morais e religiosas.

8. Se alguém está pensando em votar em um candidato que já exerceu ou está exercendo um cargo político, deve procurar saber quais foram as suas realizações e projetos durante o seu mandato. Não adianta, por exemplo, um vereador apresentar vários projetos se nenhum deles traz benefícios práticos à população (nome de rua, honra ao mérito, data comemorativa, etc.).

9. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que votou em um determinado candidato apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguirá alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, imóveis, linhas de crédito bancário ou outros “trocos”, ainda que menores. É verdade que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem a prostituição da consciência de um cristão, mesmo que a “recompensa” seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Afinal, Jesus não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz.

10. Os eleitores evangélicos devem votar nos candidatos de sua escolha, sobretudo, baseados em programas de governo, e não apenas em função de “boatos” do tipo: “O candidato tal ateu”; ou: “O fulano vai fechar as igrejas”; ou: “O sicrano não vai dar nada para os evangélicos”; ou ainda: “O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos”. É bom saber que a Constituição do Brasil não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é valido observar que aqueles que espalham boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos.

11. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ele ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como profecia divina.

Por fim, quero concluir falando sobre a compra de votos. O que significa a “compra de votos”? A compra de votos é o ato do candidato que propõe ao eleitor que este lhe dê o seu voto, em troca de algum bem ou vantagem que lhe é entregue ou oferecido.

A criatividade para conseguir o voto do eleitor não tem limites quanto aos bens e vantagens pessoais oferecidos, especialmente diante de tantas carências populares. Segundo uma pesquisa, a lista é longa e vai desde alimentos básicos diversos tais como açúcar, óleo, sal, tíquetes de leite, bebidas, dentaduras, óculos, sapatos, roupas, ajuda para obter documentos, pagamento de fiança de presos, cimento, areia, pedra, tijolos e outros materiais de construção, além de ferramentas, insumos agrícolas, uniformes para clubes esportivos, bolas e redes, enxovais, cobertores, berços, etc. Uma lista sem fim que expõe todas as dificuldades vividas pelo povo brasileiro.

O artigo 299 do Código Eleitoral brasileiro (Lei no.4737, de 15 de julho de 1965) estabelece que a compra de votos de eleitores é um crime com a pena prevista de até 4 anos de reclusão, além de multa. Além da prisão, o candidato deixará de ser candidato tendo seu registro cassado pelo Juiz Eleitoral.

Termino citando as palavras de Jesus à Poncio Pilatos, momentos antes de sua crucificação: "Nenhuma autoridade terias... se de cima não te fosse dada" (Jo 19:11). 
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