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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Os que abandonam a fé por causa da ciência devem saber que esta é vulnerável

07.02.2018
Do portal ULTIMATO ON LINE, 06.2013
Por Elben Cesar

Ridicularizam-se a Bíblia, a pregação do evangelho e a fé dos cristãos. Porém os cristãos em geral não ridicularizam – ou não deveriam ridicularizar – a ciência.

A ciência não é, necessariamente, inimiga da fé e vice-versa. Ambas não deveriam se digladiar. O que não impede que a fé não abrace todos os pressupostos da ciência e a ciência, por sua vez, faça o mesmo. É difícil dizer qual das duas impõe mais: se a fé ou a ciência. Mesmo que a ciência se torne às vezes soberba, a fé pode e deve ser convicta sem ser soberba.
 
Os cristãos que esfriam na fé ou abandonam a fé por causa de algum trunfo da ciência precisam saber que a ciência não é invulnerável, como também a religião, em si, não o é. O que é invulnerável em matéria de religião é a “fé que nos foi confiada como um dom a ser guardado e cultivado” (Judas 3, Bíblia Ave-Maria). No bojo dessa fé está o Criador, a criação, a necessidade de remoção do pecado, o nascimento virginal de Jesus, seu sacrifício vicário e sua ressurreição, a glória vindoura e a revelação.
 
São os próprios homens da ciência que alardeiam seus equívocos, suas limitações e até mesmo suas fraudes. O jornalista Hélio Schwartsman – um judeu ateu, como se declara –, em outubro de 2012, baseando-se na revista Ciência, diz que “a ocorrência de fraudes em pesquisas médicas cresceu dez vezes de 1975 para cá”. Ele receia que isso “seja apenas a ponta do iceberg do problema” (Folha de São Paulo, 5/10/2012, A2).

Duas semanas depois, o médico Drauzio Varella, mais conhecido por seus livros do que pelo seu consultório, cita a declaração de 150 anos atrás de Oliver Holmes, segundo a qual, “se toda a matéria médica, como hoje é empregada, fosse afogada no fundo do mar, seria muito melhor para a humanidade – e muito pior para os peixes” (Folha de São Paulo, 21/10/2012, E14).
 
Outro dia, Marcelo Gleiser, professor de física teórica nos Estados Unidos, no artigo intitulado "A terceira revolução copernicana" (Folha de São Paulo, 30/9/2012), listou uma série de descobertas científicas envolvendo o universo que foram sendo substituídas sucessivamente uma pela outra. Houve um tempo em que a ciência dizia que a Via Láctea era tudo o que existia. Pouco depois, outro cientista afirmava que a Via Láctea era apenas uma entre “centenas de milhares” de outras galáxias. Hoje – diz Gleiser – “sabemos que existem centenas de bilhões de galáxias”. A terra, o sol e a Via Láctea já foram considerados o centro do universo. A tendência hoje em dia é dizer que o nosso universo não é único, mas um entre incontáveis outros.
 
Na metade do século passado, dez mil recém-nascidos em todo o mundo, especialmente na Alemanha, nasceram com graves deformações, vítimas de um dos maiores erros da história da medicina. Só agora, cinquenta anos depois da tragédia, é que o laboratório Grünenthal, o fabricante da talidomida, pede desculpas ao mundo. Uma das vítimas brasileiras é presidente da Associação Brasileira de Portadores de Síndrome da Talidomida (ABPST). Cláudia Marques Maximino nasceu em 1962 sem as duas pernas e um braço. Ela é pós-graduada em recursos humanos.
 
Esses “novos horizontes” não surgem no terreno da fé: há mais de dois milênios não houve alteração alguma na “fé que os santos receberam de uma vez para sempre”. Essa herança de convicções religiosas não vem por meio de fatos matematicamente comprovados, como se tenta fazer na ciência. Ela é formada a partir de revelações da parte de Deus. Pela via científica ninguém acreditará, por exemplo, na concepção sobrenatural de Jesus, no perdão de pecados por meio do sacrifício vicário de Jesus, na ressurreição dos mortos, em novos céus e nova terra. Mas, pela fé, essas convicções podem e devem existir!
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/342/os-que-abandonam-a-fe-por-causa-da-ciencia-devem-saber-que-esta-e-vulneravel

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A importância do ensino na vida da Igreja

06.12.2017

Do portal GOSPEL PRIME
Por Pr. Orlando Martins

Não confunda espiritualidade com falta de conhecimento

A importância do ensino na vida da Igreja

Atualmente, muitos cristãos desejam verdadeiramente crescer espiritualmente, no entanto, como acham que não precisam aprender a palavra e muito menos estudar teologia, acabam criando a sua própria teologia na informalidade: “É mistério, Veja o varão de branco! Queima ele Jeová! Receba a bola de fogo! Reteté de Jeová! Recebaaaa!”

Entretanto, os que defendem esse ponto de vista pecam ao confundirem espiritualidade com falta de conhecimento, afirmando que o cristão não precisa de ensino bíblico e muito menos de teologia. Portanto, para que possamos compreender a importância do ensino para a espiritualidade cristã, será apresentado aqui à história da educação ao longo da narrativa bíblica.

Ensino no Antigo Testamento

Primeiramente, o ensino era ministrado pelos anciões (Nm 22.29), posteriormente, pelos levitas e depois pelos escribas (Ed 7.10). Após o retorno do exílio babilônico de setenta anos, o povo judeu havia se esquecido do ensino da lei do Senhor. Diante dessa situação Esdras, o escriba, leu a lei perante o povo, desde a alva (cinco horas da manhã) até aproximadamente o meio-dia e um grupo de escribas traduziam o ensino, para que o povo, que falava aramaico, pudesse compreender  o real sentido do texto. Esta passagem é considerada por muitos especialistas, como sendo a primeira escola bíblica, pois foi a primeira vez que houve interpretação de passagens bíblicas, praticando-se o exercício tanto da hermenêutica como da exegese. O verdadeiro ensino bíblico produz arrependimento e confrontação, o que gerou um grande avivamento espiritual entre o povo de Israel.

Ensino no Novo Testamento e na Igreja atual.

Já no período do Novo Testamento o ensino era ministrado nas sinagogas pelos rabinos e pelos mestres, e além destes, podemos observar claramente o ministério do ensino na vida de Apolo, que era poderoso em palavras (At 18.24-28); no ministério do apóstolo Paulo, que ministrava sempre doutrinando as Igrejas; e em nosso Senhor Jesus, nosso maior exemplo, sendo chamado 50 vezes de mestre nos evangelhos (Jo 3.1) e 16 vezes de mestre dos mestres. Seu ensino era ministrado por meio de parábolas e através de ensinamentos pessoais e no templo.

Portanto, dentro do ensino claro do Novo Testamento, fica evidente que o Senhor chamou uns para mestres (Ef 4:11) e outros para ensinadores (Rm 12:7), sendo que o ensino é uma das tarefas mais importantes da igreja cristã e contribui para a sua edificação. Na Igreja primitiva os mestres e ensinadores eram grandemente usados pelo Senhor para ensinar e contribuir com a edificação das comunidades do NT.

Portanto, os que se envolvem com a área do ensino cristão e da educação teológica podem exercer o seu chamado como professor de Teologia, de EBD, de classes infantis, discipulador, palestrante, pregador expositivo, escritor, conferencista, revisor de Bíblias, de livros, de obras de referência, consultor teológico e etc.

Como reflexão

O ensino é de suma importância para o desenvolvimento do corpo de Cristo, portanto, é muito importante que em uma comunidade de fé haja: Escolas Bíblicas, Faculdade de Teologia, Seminário teológico, Curso de Discipulado, Pequenos Grupos, Grupos de Crescimento, Seminários, Palestras, Conferências, Plenárias, Simpósios, Classes infantis e etc.

Portanto, podemos refletir que os que ensinam, devem procurar servir com o seu dom à comunidade na qual estão inseridos. Como reflexão, gostaria de registrar o pensamento de John Milton Gregory: “A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho”. Portanto, ensinar é gerar edificação e é de suma importância que todos os mecanismos possíveis de ensino sejam usados, para que o corpo de Cristo seja edificado através do ensino bíblico, teológico e também por meio das áreas do conhecimento humano, pois como afirmou John Stott: “Crer é também pensar”.
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 Pr. Orlando Martins. Vice-presidente da Assembleia de Deus Mais de Cristo em Florianópolis, Pastor-Auxiliar, Bacharel em Teologia e Jornalismo. Especialista em Educação, Mestrando em Teologia na EST. Escritor, Diretor da Faculdade Mais de Cristo. Professor universitário e de matérias teológicas em seminários e faculdades no estado de Santa Catarina. Casado com Cleusa de Oliveira Martins. Pai de Larissa Eduarda de Oliveira Martins.

Referências bibliográficas 

– GREGORY, John Milton. Ensinando para transformar vidas. Editora Betânia: Belo Horizonte, 2004.
– MARTINS, Orlando. Diaconia cristã: o serviço da mordomia. Editora AD Santos: Curitiba, 2016.
 MARTINS, Orlando. Um presente de Deus para você. Editora Candeia: São Paulo, 2014.
 PAULINO, Jesiel. III EEDUC. Teologia e espiritualidade, 2002. Ed. CEC, Itajaí,SC.100 p.
– PAULINO,Jesiel.EBO.A Integridade e Espiritualidade do Ministro, 2002. Ed. CEC, Itajai, SC.40 p.
– STOTT, John. Crer é também pensar. Edições Vida Nova, São Paulo.
– TULLER,  Marcos. Manual do professor de Escola Dominical. Edições CPAD: Rio de Janeiro, 2004.
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Fonte:http://jesuscristoaunicaesperanca.blogspot.com.br/2017/12/a-importancia-do-ensino-na-vida-da.html

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Por que as igrejas deixaram de pregar sobre a volta de Jesus Cristo? Pastor lista 4 motivos

06.10.2017
Do blog GOSPEL MAIS, 04.10.17
Por  Renato Vargens

Resultado de imagem para Por que as igrejas deixaram de pregar sobre a volta de Jesus Cristo? Pastor lista 4 motivos

“Por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir (Atos 1:9-11)”. A pregação de que Cristo voltará sumiu dos púlpitos das igrejas evangélicas contemporâneas, e esse comportamento despertou a preocupação em um pastor brasileiro, que listou quatro motivos principais para essa mudança.

O pastor Renato Vargens usou seu blog para contar que na sua infância e adolescência “era muito comum os pastores e igrejas pregarem sobre a volta de Cristo”, mas que com o “advento do terceiro milênio, boa parte dos pastores […] deixou de tratar efetivamente desta verdade bíblica”.

“Por quais motivos as igrejas deixaram de tratar desse ensinamento bíblico? Sem querer ser simplista, penso que existe pelo menos quatro motivos para a igreja não tratar mais da volta de Jesus em seus púlpitos”, ponderou o pastor.

Confira a lista de motivos que Renato Vargens enxerga para a formação do cenário atual:

1) As mensagens pregadas nas igrejas estão muito mais focadas no aqui e agora do que na eternidade, o que se deve em parte, à teologia da prosperidade, que ao ser pregada e defendida pelos pastores tem introjetado no ouvinte a esperança de que uma vida de alegria e plenitude encontra-se nessa terra onde o crente em Jesus pode desfrutar de prosperidade e bençãos materiais;

2) Em segundo lugar, o secularismo, [que] foi introduzido aos púlpitos das igrejas evangélicas levando boa parte dos pastores a substituírem pregações que tratam de questões escatológicas por mensagens relacionadas a uma vida de sucesso nesse mundo;
3) Em terceiro lugar o hedonismo. Essa talvez seja uma das mais fortes características de uma igreja que deixou de pregar sobre a volta de Cristo, isso porque, devido ao antropocentrismo reinante em nos púlpitos, Cristo foi trocado pela satisfação humana o que se faz perceptível pela ênfase das pregações onde o foco está no prazer e alegria do fiel;

4) Em último lugar, o desconhecimento bíblico dessa doutrina. Lamentavelmente a maior parte dos pastores desconhecem as principais doutrinas das Escrituras. Na verdade, como podem ensinar o que não entendem? As estatísticas por exemplo afirmam que 50,6% dos pastores nunca leram a Bíblia toda. Ora, se não leram vão pregar o que? Nada, não é mesmo?

O pastor ainda acrescentou à sua reflexão quatro passagens bíblicas que evidenciam que “nosso Senhor prometeu que voltará e isso se dará em breve”:

“Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir” (Atos 1:9-11);

“Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre” (I Tessalonicenses 4:16-17);

“Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam” (Hebreus 9:27-28 );

“Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai. Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao Dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem” (Mateus 24:36-39).
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Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/por-que-igrejas-deixaram-pregar-volta-de-jesus-93026.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+gospelmais+%28Gospel%2B+%7C+Not%C3%ADcias%29

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Apaixonado por Deus e pela verdade

25.09.2017  
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 11.01.17  
Por John Piper*

Versículo do dia: E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado. (Romanos 3.3-4)

Nossa preocupação com a verdade é uma expressão inevitável de nossa preocupação com Deus. Se Deus existe, então ele é a medida de todas as coisas, e o que ele pensa sobre todas as coisas é a medida do que nós devemos pensar.

Não se preocupar com a verdade é não se preocupar com Deus. Amar a Deus com paixão é amar a verdade apaixonadamente. Ser centrado em Deus na vida significa ser conduzido pela verdade no ministério. O que não é verdade não procede de Deus.

Medite nestes quatro conjuntos de textos sobre Deus e a verdade:

1) Deus é a verdade

Romanos 3.3-4 (Deus Pai): “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.

João 14.6 (Deus Filho): “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

João 15.26 (Deus Espírito): “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.

2) Não amar a verdade é eternamente prejudicial

2Tessalonicenses 2.10: Eles perecerão, “porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos”.

3) A vida cristã baseia-se no conhecimento da verdade

1Coríntios 6.15-16:Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne”.

4) O corpo de Cristo é edificado com verdade em amor

Colossenses 1.28: “O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”.

Que Deus nos torne pessoas apaixonadas por ele e pela verdade.

John Piper é doutor em Teologia pela Universidade de Munique e fundador do desiringGod.org e chanceler no Bethlehem College & Seminary. Ele serviu por 33 anos como pastor principal da Bethlehem Baptist Church em Minneapolis, Minnesota. Piper é autor de diversos livros, incluindo Uma Glória Peculiar (Fiel) e Em busca de Deus (Shedd).
***** Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/01/11-de-janeiro-apaixonado-por-deus-e-pela-verdade/

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Evangelicalismo brasileiro e jugo desigual

28.08.2017
Do portal da CPAD NEWS, 13.08*
Por  Ciro Sanches Zibord**

Ciro Sanches ZibordiAinda que seja comum chamar de “jugo desigual” casamentos mistos ou namoros de cristãos com pessoas não salvas, o sentido desse termo neotestamentário é muito mais amplo e abarca todos e quaisquer tipos de comunhão com os incrédulos (2Co 6.14-18). Prender-se a um jugo desigual com infiéis é um ato que decorre de amar o mundo e conformar-se com ele (cf. 1Jo 2.15-17; Tg 4.4; Rm 12.1,2 e Jo 15.19), já que o contrário disso é ser santo, isto é, separar-se de prazeres carnais (Hb 11.24-26 e Jo 15.19), de companheiros mundanos (Hb 7.26 e Is 6.1-8) e também de alianças prejudiciais à comunhão com Deus (2Co 6.16-18 e Ez 22.26).

Neste início de milênio, pelo menos quatro acontecimentos nos têm feito refletir sobre alianças com quem propaga heresias. Primeiro, a realização de cultos em igrejas evangélicas com a presença de conhecidos hereges, como o “reverendo” Moon, que dizia ter nascido para concluir a obra que Jesus não conseguiu consumar! Segundo, a participação de famosos cantores evangélicos em megaeventos da Igreja Católica Apostólica Romana. Terceiro, os constantes convites de programas televisivos mundanos a astros do mundo gospel, os quais, por sua vez, exercem influência sobre cristãos incautos. Quarto, o apoio de líderes, pregadores e cantores pretensamente ortodoxos a grupos unicistas — que negam abertamente a doutrina da Trindade —, bem como a milagreiros, propagadores de heresias e modismos pseudopentecostais.


Podemos chamar de jugo desigual com os infiéis toda e qualquer reunião entre evangélicos e não evangélicos, entre ortodoxos e propagadores de heresias? Qual é a resposta bíblica ao culto ecumênico, que se torna cada vez mais comum, nesses tempos pós-modernos, a ponto de celebridades gospel e padres galãs serem convidados para “louvarem” juntos em programas de televisão? Quem defende o “casamento” entre ortodoxos (até que se prove o contrário) e adeptos de heresias se vale da seguinte desculpa, associada a um motivo aparentemente nobre: “A convivência ecumênica é importante para promover a paz e não deve ser confundida com o sincretismo religioso”.


Um texto bíblico que lança luz sobre essas questões é Atos 17.15-34. Se o apóstolo Paulo pregou o Evangelho no Areópago, em Atenas, diante de religiosos e filósofos, por que um líder, pregador ou cantor deveriam desprezar a oportunidade de anunciar — na “presença dos deuses” — que Jesus Cristo é o Mediador, o Senhor e o Redentor, o único que pode dar à humanidade a verdadeira paz? Abordando o assunto sob essa ótica, não se vê, aparentemente, problema algum no fato de um salvo participar de eventos com quem propaga heresias. Entretanto, faz-se necessário problematizar um pouco mais o assunto em questão, perguntando: Quando participam de eventos ecumênicos ou em programas televisivos, devem os cristãos omitir o objeto de sua fé para não parecer desamorosos?


Jesus não veio ao mundo para pregar a convivência ecumênica entre as religiões, por mais intolerante e “politicamente incorreto” que isso possa parecer. Ele apresentou-se como a única porta para a salvação da humanidade (Jo 10.9 e 1Tm 2.5). Aliás, houve um tempo em que o ecumenismo religioso era considerado um grande perigo para as igrejas. E qualquer comunhão ecumênica entre evangélicos, católicos e espíritas era inimaginável, em razão de os líderes eclesiásticos, à época, estarem atentos às estratégias do Inimigo que visam a enfraquecer a contundente mensagem de arrependimento. Mas há incautos felizes pelo fato de cantores e youtubers gospel aparecerem na TV, ignorando que existe um plano manipulador da grande mídia que visa a enfraquecer a “preconceituosa e fundamentalista” pregação de que Jesus é o único Senhor e Salvador.


Quando participam de tais eventos, os evangélicos não têm a coragem de confrontar o pecado. E apresentam um evangelho light, agradável, apaziguador, simpático, suave, aberto ao ecumenismo, além de criticarem o padrão ortodoxo, pelo qual se defende o Evangelho, os valores morais deixados por Jesus e a cosmovisão judaico-cristã. Dizem os incautos: “O que nos une é muito maior do que o que nos divide”. Para eles, o sincretismo religioso é aceitável, pois o importante é “o evangélico ocupar espaços que outrora eram exclusivamente dos ímpios”. Que engano! Paulo, no Areópago, em Atenas, fez o quê, em meio a tantos propagadores de heresias? Adotou ele uma conduta “politicamente correta”? Apresentou aos atenienses a mensagem que queriam ouvir? Ele disse o que todos precisavam ouvir, visto que “o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (At 17.16).


Embora o Senhor tenha afirmado: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6), está crescendo no evangelicalismo mundial a simpatia pelo movimento ecumênico. Pastores renomados deixaram de falar de Jesus com clareza, a fim de pregar sobre Deus de maneira geral, sem ofender católicos, muçulmanos etc. O ecumenismo, com sua pregação “politicamente correta”, vem sendo apontado como um importante recurso para promover a paz. Apesar disso, o terrorismo islâmico se fortalece cada vez mais, já que muçulmanos jamais abrirão mão de sua “verdade”. Ademais, como se sabe, o catolicismo romano se vale do ecumenismo principalmente para frear o progresso da comunidade evangélica, sobretudo a pentecostal. Por que, então, os cristãos, que verdadeiramente pregam a paz, teriam de renunciar à Verdade?


Por outro lado, defensores do Evangelho que se prezam não devem apoiar “apóstolos” que pregam heresias e modismos pseudopentecostais, mesmo com a desculpa de que o Evangelho precisa ser pregado inclusive “com fingimento” (Fp 1.18). Ora, nesta passagem, o apóstolo Paulo, preso na cidade de Filipos, se referiu a opositores judeus que o acusavam perante tribunais de Roma. Ao verberarem contra ele, tais inimigos do Evangelho eram obrigados a dizer que Paulo estava pregando sobre a morte e a ressurreição do Senhor Jesus. Eles tinham de afirmar que, para esse apóstolo, Jesus estava acima de César, visto que o título de Senhor, à época, não implicava apenas senhorio. O imperador romano, como senhor de Roma, recebia adoração. E, nesse caso, Jesus, como Senhor, era adorado pelos cristãos, tomando, por assim dizer, o lugar de César.


Com isso, os judeus que acusavam Paulo estavam — indiretamente — pregando o Evangelho! E o apóstolo se regozijava com esse resultado, a despeito de sofrer por amor a Cristo. A frase “Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira” (Fp 1.18) não deve ser empregada de modo generalizante, a fim de afirmar que os crentes, hoje, podem usar todos e quaisquer meios para propagar o Evangelho. A Palavra de Deus diz que devemos fugir da aparência do mal (1 Ts 5.22). Lembremo-nos, finalmente, de que o Senhor Jesus asseverou que não existe unidade motivada pelo amor divorciada da verdade da Palavra: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. [...] Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14.15-24).


*Artigo publicado no Mensageiro da Paz de julho de 2017

  **Ciro Sanches Zibordi é pastor, escritor, membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Autor do best-seller “Erros que os pregadores devem evitar” e das obras “Mais erros que os pregadores devem evitar”, “Erros que os adoradores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria”, “Adolescentes S/A” e “Perguntas intrigantes que os jovens costumam fazer”, todos títulos da CPAD. É ainda co-autor da obra “Teologia Sistemática Pentecostal”, também da CPAD.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apolog%C3%83%C2%A9tica-crist%C3%83%C2%A3/215/evangelicalismo-brasileiro-e-jugo-desigual.html

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

23.08.2017
Do blog BELVEREDE, 26.05.17
Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Por ser a nossa única e exclusiva fonte de autoridade, e ser a nossa regra de fé é prática, a Bíblia Sagrada deve ser alvo de estudo. Devocional e sistemático. É muito importante que o crente seja uma pessoa conscientizada a respeito da inspiração  divina, verbal, e plenária da Bíblia Sagrada.

A quantidade enorme de manuscritos antigos, o grande número de versões em outros idiomas e as citações da patrística nos primeiros séculos do cristianismo falam por si como prova da autenticidade dos livros da Bíblia. Nenhuma obra da Antiquidade apresenta hoje tantos manuscritos hebraicos, gregos, latinos e em outras línguas. Temos atualmente em todo o mundo mais de 25 mil manuscritos bíblicos produzidos antes do advento da imprensa no século XV. Em segundo lugar, vem a Ilíada, de Homero, com 457 papiros e 188 manuscritos, perfazendo um total de 645 exemplares. Nenhuma obra da Antiguidade é mais bem confirmada que a Bíblia.


As descobertas dos rolos do mar Morto revelam a credibilidade e a fidelidade dos textos hebraicos do Antigo Testamento. Com exceção do livro Ester, todos os outros livros do Antigo Testamento estão representados em 800 manuscritos. As onze cavernas de Uaid Qumran trouxeram à tona cerca de 200 manuscritos bíblicos, descobertos entre 1947 e 1964. Muitos desses manuscritos não foram produzidos pelos essênios, muitos deles vieram da Babilônia e do Egito. Trata-se portanto, de textos precedentes de várias épocas e de vários lugares.

I - REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

O cristão precisa conhecer e reconhecer a revelação e inspiração da Bíblia Sagrada.

O Cânon bíblico está fechado. A revelação infalível que Deus fez de si mesmo já foi registrada. Hoje, Ele continua falando através dessa palavra. Assim como Deus revelou a si mesmo, e inspirou os escritores a registrar essa revelação, Ele mesmo preservou esses escritos inspirados, e orientou o seu povo na escolha destes, a fim de garantir que a sua verdade viesse a ser conhecida.


Não se deve acrescentar outros escritos ao conteúdo canônico, nem se deve tirar dele  dele nenhum escrito. O Cânon contém raízes históricas da Igreja Cristã, e o cânon não pode ser refeito assim como a história não pode ser mudada.

1. Revelação.

A palavra "revelação" (apocalipsis, em grego) significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido.


Cremos que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil).


Dessa revelação divina decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã.


A Bíblia revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gênesis 2.1-4; Isaías 46.10; Lucas 21.25-28). Seu conteúdo oferece ensinos espirituais aos que buscam conhecimento, ensinamentos importantes que não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo.


2. Inspiração.

Cânon: a lista de livros já definidos e reconhecidos como divinos para a vida e a conduta do cristão. Cada um dos 66 livros reconhecidos como inspirado por Deus desde a sua origem, apesar da seleção de escritos sagrados só acontecer posteriormente.


Sobre o Cânon e a inspiração, às vezes, os dois termos significam a mesma coisa. O termo "kanõn" se origina do vocabulário hebraico qãneh (cana), usada como "cana de medir" (Ezequiel 40.3, 5; 41.8) e originalmente quer dizer "vara de medir". Na literatura clássica, significa "regra", "norma", padrão". Aparece no Novo Testamento com o sentido de "medida" e "regra moral" (2 Coríntios 10.13, 15; Gálatas 6.16). Nos três primeiros séculos do cristianismo, o termo se referia ao conteúdo normativo, doutrinário e ético da fé cristã, e a partir do quarto século os termos "cânon" e "canônico" ganharam o sentido de textos inspirados por Deus e instrumentos normativos para a vida e a conduta dos cristãos, portanto separados de outras literaturas.


A inspiração divina da Bíblia é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana, possui significâncias importantes para todos, principalmente para nós crentes em Deus. É o registro da revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1 Coríntios 2.10-13).


Os 66 livros da Bíblia são divinamente inspirados. Seus escritores foram receptáculos da revelação. Ninguém mais, além deles foi usado por Deus dessa maneira específica.


No tempo dos apóstolos ainda não havia a formação final do Novo Testamento. Quando se reunia para cultuar a Deus, a igreja neotestamentária lia o Antigo Testamento. E quando recebia as cartas apostólicas, as lia nas reuniões semanais. Posteriormente, essas cartas, e os evangelhos, foram paulatinamente aceitos pela igreja como escritos inspirados por Deus. Ora, havia alguns critérios para isso: como a autoria apostólica ou de pessoas que tivessem andado com os apóstolos.


3. A forma de comunicação.

O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jeremias 1.11-13). A frase "veio a palavra do SENHOR A", "veio a mim a palavra do SENHOR" ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, muito provavelmente, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível.


A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gálatas 1.11, 12; 2 Pedro 1.16-18; 1 João 1.3) e do Espírito Santo (Efésios 3.4, 5). Exceto uma única vez no ministério de João Batista, pois ele é o último profeta da dispensação da lei mosaica (Lucas 3.2; 16.16).


II - INSPIRAÇÃO DIVINA

A inspiração divina da Bíblia Sagrada é notável aos crentes que desejam conhecê-la.

1. A inspiração divina.

"Toda Escritura é inspirada por Deus" (ARA). O vocábulo grego, aqui traduzido por "inspirada por Deus", ou "divinamente inspirada (ARC), é "theopneustos". O termo vem da Bíblia, aparece só uma vez em 2 Timóteo 3.16. É um termo composto de duas palavras gregas:  theos (Deus), e pneo (respirar, soprar).


Isso significa que o texto sagrado foi "respirado por Deus" ou "soprado por Deus". Em suma, a palavra "teopneustia" significa "inspiração divina da Bíblia". A palavra define a "inspiração divina"; remete ao fato de que Deus inspirou aos autores bíblicos todas as palavras e ideias.


A expressão "toda Escritura" não se restringe apenas ao Antigo Testamento. A Bíblia inteira é divinamente inspirada, a autoridade dos profetas e apóstolos é a mesma. "para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos (2 Pedro 3.2).


Algumas porções bíblicas são, em especial, um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma  e uma afirmação enfática de que os autores dos livros sagrados foram movidos pelo Espírito Santo para expressar as palavras inspiradas por Deus.


• Pedro esclarece que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1.20, 21).
• O apóstolo Pedro coloca as epístolas paulinas no mesmo nível que estão as Escrituras do Antigo Testamento: "Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição" (2 Pedro 3.16).
• Ousadamente, Paulo declara que seus escritos são de origem divina: 1 Coríntios 7.40; 2 Coríntios 13.3; 1 Tessalonicenses 4.8.
2. Uma avaliação exegética.

Estamos acostumados com duas traduções: "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa é proveitosa" e "toda Escritura é divina e proveitosa" Ambas as versões são permitidas à luz da gramática grega. Mas a primeira é mais precisa, pois a conjunção grega "kai" (e) aparece entre os dois adjetivos "inspirada" e "proveitosa". Isso significa que o apóstolo afirma duas verdades sobre a Escritura, a saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas coisas. Dizer que "toda a Escritura é proveitosa" pode dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada.


3. Autoridade.

A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR" (Êxodo 5.1; Isaías 7.7); "veio a palavra do SENHOR" (Jeremias 1.2); "está escrito" (Marcos 1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Marcos 7.13; 1 Pedro 1.23-25).


Existem muitas palavras ou frases que a Bíblia usa para se auto-descrever e que sugerem uma reivindicação de autoridade divina. Jesus disse que a Bíblia é indestrutível e que ela jamais passará (Mateus 5.17, 18); ela é infalível, ou "não pode ser anulada" (João 10.35); e ela é suficiente para a nossa fé e prática (Lucas 16.31).


As inúmeras profecias são exclusividade das Escrituras Sagradas e provas visíveis de sua inspiração e autenticidade. Muitas delas já se cumpriram em relação a muitos povos, tanto na Antiguidade, como na atualidade. Um exemplo é a profecia sobre a queda da Babilônia, proferida quando esta vivia dias de glórias e grande apogeu (Isaías 13. 19, 20). Tal previsão se cumpriu completamente.


Também, a Bíblia anunciou de antemão a dispersão dos judeus e profetizou seu retorno à terra de seus antepassados. Após 1.800 anos na diáspora, os israelitas retornam para sua terra, e em um só dia nasceu uma nação (Isaías 66.8). Essa profecia diz respeito á fundação do Estado de Israel logo após a derrocada do nazismo.


Entre tantas outras profecias que se cumpriram cabalmente, e que não enumeraremos aqui por questão prática de espaço e tempo de leitura, lembramos das profecias messiânicas cumpridas em Jesus, desde o seu nascimento de uma virgem em Belém, conforme Isaías 7.17 e Miquéias 5.2, até a sua ascensão, registrada em Salmos 24.7-10.


As profecias contidas na Bíblia faz dela uma coleção de livros sui generis, repleta de poder perene, o compêndio literário que não se assemelha a nenhum outro e que sempre permanecerá acima de qualquer outro já produzido no mundo.

III. INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL

A inspiração plena e verbal da Bíblia Sagrada pode ser explicada.

1. Inspiração plenária.

O apóstolo Paulo deixa claro ao afirmar que "toda a Escritura é divinamente inspirada". Inspiração plenária significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus. A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos possuem o mesmo grau de inspiração e autoridade.


Paulo ensinava: Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário" (1 Timóteo 5.18). Neste versículo, coloca lado a lado citações da Lei de Moisés (Deuteronômio 25.4) e dos Evangelhos (Mateus 10.10; Lucas 10.7), chamando ambas de "Escritura".


Às vezes, inclusive, "profetas" e "apóstolos" aparecem como termos intercambiáveis 92 Pedro 3.2). O apóstolo Pedro considera ainda as epístolas paulinas como Escritura (2 Pedro 3.15, 16).


A Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés. os Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos (Lucas 24.44). O termo "Escritura" ou "Escrituras" que aparece no Novo Testamento refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa Bíblia.


2. Inspiração verbal.

A inspiração verbal  significa que cada palavra contida na Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo (1 Coríntios 2.13); e também que as ideias vieram de Deus (2 Pedro 1.21). Deus "soprou" nos escritores sagrados a sua mensagem. Uns produziram som de flautas e outros de trombetas, mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são as Escrituras Sagradas.


A Bíblia contém 66 livros, que abrangem o Antigo e Novo Testamento. Passaram-se cerca mil anos para que o Cânon bíblico ficasse pronto. Deus usou cada escritor em sua região, cultura e geração, com seus diversos graus de instrução. Os escritores, desde Moisés até o apóstolo João, não foram tratados como meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo, respeitosamente. Então, o leitor dos textos bíblicos encontra nos livros a personalidade do escritor, depara-se de livro para livro com muitos estilos de linguagem distintas, uso de vocabulários diferentes em estruturas sintáticas diversificadas.


Apesar do mistério que ronda o modo como Deus fez com que sua mensagem fosse fiel sem destruir a liberdade e a personalidade dos autores humanos, existem algumas coisas que ficam muito claras. Os autores não eram simplesmente secretários que anotavam algo que estava sendo ditado a eles; a sua liberdade não foi suspensa nem negada. Eles não foram usados como engenhocas. As suas palavras correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a escrever.


IV - ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA

É importante estar consciente que a Bíblia Sagrada é a única regra de fé e prática das pessoas que, genuinamente, são crentes em Cristo.

1. "Proveitosa para ensinar".

A finalidade das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus, pois elas "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (2 Timóteo 3.15).


A Bíblia, expõe a doutrina cristã para a humanidade com o propósito de salvar, corrigir e edificar o ser humano. Foi dada aos homens para ser seguida por todos A verdade contida nela redime e santifica, não expira e nem envelhece. Seus ensinamentos são suficientes para entender a vida sob a lei de Cristo. Lucas 21.33; João 17.17; 2 Timóteo 3.15-17; 1 Tessalonicenses 2.13.


2. A conduta humana.

Uma das grandezas das Escrituras é a sua aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja, no trabalho e na sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia.


3. As traduções da Bíblia.

Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e se manifesta a a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma. Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem com ose esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua.  Nós recebemos como nossa. Isso acontece em qualquer país que ela chega. Ninguém tem o conteúdo da Bíblia como "dos outros".Este detalhe prova que ela procede de Deus e atesta que quem escreveu esses livros sagrados eram seres humanos movidos pela inspiração divina.


CONCLUSÃO

Por direção divina, temos hoje os 27 livros reunidos, conhecidos como o Novo Testamento, mais os 39 do Antigo, totalizando 66 livros na Bíblia. Se possuímos exemplar em mãos podemos considerar que isso é um milagre. E devemos agradecer ao seu Autor celeste por nos entregar a sua Palavra. E a melhor maneira de fazer isso é meditar nas Escrituras dia e noite (Josué 1.8), de modo que ela esteja "incorporada" em nossa mente e coração.

Que cada um  queira receber a Bíblia, sem restrição alguma, pois ela é a palavra de Deus, em qualquer idioma em que vier a ser traduzida.
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Fonte:https://belverede.blogspot.com.br/2017/05/Inspiracao-divina-e-autoridade-da-Biblia-licao-1-Esequias-Soares-Licoes-Biblicas-EBD-CPAD-A-Razao-da-nossa-Fe-Assim-cremos-assim-vivemos-3-trimestre-2017-subsidio-Belverede-eliseu-antonio-gomes.html