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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Reflexóes sobre a Igreja e a Política

18.02.2017
Postado por Pr. Robenildo Lins

Comentaremos sobre as relações dos cristãos, igrejas e pastores com a política,
levantando a seguinte questão:

 "Deve uma igreja cristã envolver-se em campanha política?".

Esta pergunta é pertinente em nossos dias, pois corriqueiramente em épocas de eleições se vê igrejas transformando seus púlpitos em palanques eleitorais e trocando as músicas feitas para Deus por jingles de campanha.

É de Bertold Brecht (1898-1956) o seguinte pensamento: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão sem entendimento que se orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política. Não sabe que de sua ignorância nasce à prostituta, a criança abandonada, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o explorador das empresas nacionais e multinacionais".

O cristão como cidadão de uma sociedade democrática e pluralista deve desenvolver uma correta consciência política, interferir nos destinos da nação por meio do voto e participar da vida pública candidatando-se a cargos públicos. O cristão não deve ser um alienado político. Mas, e a Igreja cristã como instituição divinamente estabelicida por Deus deve envolver-se na política e em suas campanhas eleitorais?

Creio que, devido ao princípio da separação entre a Igreja e o Estado, a Igreja não deve tomar partido deste ou daquele candidato, ou deste ou daquele partido político. Isso significa que não é eticamente correto transformar o púlpito da igreja num “palanque” eleitoral, nem tampouco a Igreja assumir qualquer responsabilidade política, secretaria ou ministério seja do governo municipal, estadual ou federal.

Quando uma igreja apóia abertamente um candidato ou um partido político ou uma coligação está se colocando politicamente contra uma parcela da sociedade que não apóia tal candidato ou tal partido político. Ou seja, quando uma igreja se torna politicamente amiga de um grupo, automaticamente se torna inimiga de outro. Isto é totalmente contraditório à natureza da Igreja e à sua missão na terra que é atrair todos os homens para Cristo, através da fé em Jesus.

O partidarismo político na Igreja é um grande obstáculo e um enorme empecilho para a evangelização dos homens. Aliás, a evangelização, o anúncio das Boas Novas, é um dos grandes propósitos de Cristo para sua Igreja. O partidarismo político faz a igreja ir à contramão desse grande propósito. Com certeza isso é algo que não agrada o coração de Deus.

E o cristão? É lícito ao cristão candidatar-se a um cargo político? Acredito que, embora a Igreja deva ser “apolítica”, seus membros têm o direito como cidadãos de um país democrático de se candidatarem e se elegerem para cargos políticos, fato este que deve ser encorajado a fim de que haja a transformação da nossa sociedade em uma sociedade mais justa e piedosa.

Nada há na Palavra de Deus que proíba o cristão de filiar-se a um partido político e candidatar-se a um cargo público. Pelo contrário, a Bíblia relata a história de grandes homens de Deus que assumiram funções políticas: José, primeiro-ministro do Egito; Davi, rei de Israel; Josias e Ezequiel reis de Judá; Daniel, um dos ministros de Estado do reino da Pérsia; Mordecai, primeiro-ministro na Pérsia; Neemias, governador de Judá após a volta do cativeiro; etc.

Devido à corrupção que impera na política brasileira, a sociedade clama por homens e mulheres que levem a sério os cargos públicos para os quais foram eleitos pela população. Isto mostra que o meio político precisa cada vez mais de políticos cristãos comprometidos com Deus e com a sociedade.

Todavia, diante desta grande e urgente necessidade, particularmerte vejo uma problemática que a igreja tem diante de si e que precisa ser resolvida. O grande desafio para a Igreja é encontrar alternativas e meios de eleger candidatos cristãos comprometidos com Deus e com a sociedade, sem transformar o púlpito da Igreja em “palanque” político, e sem usar a Igreja como instrumento de manobra das massas.

Precisamos também fazer algumas indagações: a grande maioria dos políticos que se dizem cristãos têm realmente exercido influência positiva na política, ajudando efetivamente a transformar para melhor a sociedade brasileira? A medida que elegemos mais e mais cristãos tem diminuído os índices de criminalidade e corrupção no Brasil afora? Os políticos "cristãos" têm sido verdadeiramente “sal da terra e luz do mundo” conforme Jesus ordenou? Não têm sido alguns políticos “cristãos” encontrados envolvidos com a corrupção? Quantos políticos nominalmente cristãos que se elegeram levantando a bandeira do evangelho estão envolvidos nos escandalosos "mensalões" da vida pública, não somente em Brasília, mas em todo o País? Uma vergonha! Precisamos pensar, refletir, sobre esta triste realidade...

E na hora de votar? Qual deve ser a postura do cristão? Como se deve escolher em quem votar? Creio que devemos sempre nos fundamentar nestes princípios do voto ético:

1. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País, Estado e Município.

2. O voto é uma questão de consciência pessoal. Portanto, o cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade numa outra direção.

3. Os pastores e líderes têm a obrigação de orientar aos fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil deve levar os pastores a não conduzir processos político-partidários dentro da igreja, sob pena de que, em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos.

4. O pastor não deve permitir que candidatos, partidos ou coligações usem a ele próprio e a igreja como “cabos eleitorais” de campanha política. A igreja não deve ser usada como palanque político para manobra das massas.

5. É fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam pela dimensão política. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político evangélico tem que ser, sobretudo, um cristão na política, e não apenas um “despachante” ou “office-boy” de igrejas.

6. Não basta o candidato ser crente, irmão na fé, honesto e ter boas intenções. É preciso avaliar se tal pessoa possui qualificações e vocação política para o cargo, mesmo que não tenha experiência política. O que deve ser observado no candidato:

a) Se o candidato é uma pessoa lúcida, que já está envolvida em causas sociais, e comprometida com as causas de justiça e da verdade.

b) Se possui uma ideologia social e político-partidária clara e definida. A grande maioria dos candidatos nem sabe o que é isso. Estão em determinado partido não pela sua ideologia político-social, mas pelas chances que tal partido lhe dá de ganhar as eleições.

c) Se é um bom administrador, tanto de sua vida pessoal quanto de seus negócios.

d) Se possui um plano de governo e propostas claras e tangíveis.

7. Não basta o candidato ser carismático, falar bonito ou sair bem na foto. É necessário analisar se tal candidato possui qualificações e vocação política para o cargo, se é honesto e trabalhador. É importante também saber qual é a posição do candidato sobre questões morais e religiosas.

8. Se alguém está pensando em votar em um candidato que já exerceu ou está exercendo um cargo político, deve procurar saber quais foram as suas realizações e projetos durante o seu mandato. Não adianta, por exemplo, um vereador apresentar vários projetos se nenhum deles traz benefícios práticos à população (nome de rua, honra ao mérito, data comemorativa, etc.).

9. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que votou em um determinado candidato apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguirá alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, imóveis, linhas de crédito bancário ou outros “trocos”, ainda que menores. É verdade que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem a prostituição da consciência de um cristão, mesmo que a “recompensa” seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Afinal, Jesus não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz.

10. Os eleitores evangélicos devem votar nos candidatos de sua escolha, sobretudo, baseados em programas de governo, e não apenas em função de “boatos” do tipo: “O candidato tal ateu”; ou: “O fulano vai fechar as igrejas”; ou: “O sicrano não vai dar nada para os evangélicos”; ou ainda: “O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos”. É bom saber que a Constituição do Brasil não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é valido observar que aqueles que espalham boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos.

11. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ele ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como profecia divina.

Por fim, quero concluir falando sobre a compra de votos. O que significa a “compra de votos”? A compra de votos é o ato do candidato que propõe ao eleitor que este lhe dê o seu voto, em troca de algum bem ou vantagem que lhe é entregue ou oferecido.

A criatividade para conseguir o voto do eleitor não tem limites quanto aos bens e vantagens pessoais oferecidos, especialmente diante de tantas carências populares. Segundo uma pesquisa, a lista é longa e vai desde alimentos básicos diversos tais como açúcar, óleo, sal, tíquetes de leite, bebidas, dentaduras, óculos, sapatos, roupas, ajuda para obter documentos, pagamento de fiança de presos, cimento, areia, pedra, tijolos e outros materiais de construção, além de ferramentas, insumos agrícolas, uniformes para clubes esportivos, bolas e redes, enxovais, cobertores, berços, etc. Uma lista sem fim que expõe todas as dificuldades vividas pelo povo brasileiro.

O artigo 299 do Código Eleitoral brasileiro (Lei no.4737, de 15 de julho de 1965) estabelece que a compra de votos de eleitores é um crime com a pena prevista de até 4 anos de reclusão, além de multa. Além da prisão, o candidato deixará de ser candidato tendo seu registro cassado pelo Juiz Eleitoral.

Termino citando as palavras de Jesus à Poncio Pilatos, momentos antes de sua crucificação: "Nenhuma autoridade terias... se de cima não te fosse dada" (Jo 19:11). 
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

NÃO FALEIS MAL DO IRMÃO

30.01.2017

TEMA: NÃO FALEIS MAL DO IRMÃO
TEXTO: SALMO 101:5

Entre as atitudes que desagradam a Deus há seis coisas que Deus detesta e sétima ele abomina (Pv 6:17-19), entretanto aqueles que verdadeiramente servem a Deus jamais terão tais práticas. Existem muitas maneiras para ofender os nossos semelhantes, às vezes de maneira até indiscreta mas que ofendem, outros são arrogantes julgadores (Mt 7:5), quando associamos com pessoas assim nos tornamos iguais a elas, por isso devemos ter muito cuidado.

1. A insensibilidade

As pessoas insensíveis ignoram os problemas das outras pessoas, muitas vezes de maneira desmedida falam, denigrem e se gloria da miséria dos outros, embora elas estejam sujeitas a sofrerem as mesmas coisas “Se o teu inimigo cair não te alegres”, para os apáticos a dor dele doe mais do que e a dos outros, por isso se gloriam e aumentam ainda mais os sofrimentos dos outros as infamando.

2. Recomendações Bíblicas importantes

2.1. Não espalharás noticias falsas e não ser testemunha da injustiça (Ex 23:1);

2.2. Não serás um divulgador de maledicências a respeito dos teus e não sujeitarás a julgamento o sangue do teu próximo (Lv 19:16);

2.3. Não assentes à vontade para falar contra teu irmão, e és rápido para caluniar o filho de tua mãe (Sl 50:20);

3. Consequências e recomendações

1. Quem esconde o ódio tem lábios falsos, e quem espalha calúnia é insensato (Pv 10:18; 25:23);

2. Quem anda contando casos sigilosos não sabem guardar segredo;

3. Evite ser companheiro de quem fala demais. (Pv 20:19); Entretanto, agora vos escrevo para que não vos associeis com qualquer pessoa que, afirmando-se irmão, for imoral ou ganancioso, idólatra ou caluniador, embriagado ou estelionatário. Com pessoas não deveis sequer sentar-se para uma refeição (1 Co 5:11); As mulheres, da mesma maneira, devem ser respeitáveis, não caluniadoras, moderadas e fieis em tudo (1 Tm 3:11; Tt 2:3).

4. O juízo divino sobre faladores

Não multipliqueis palavras altivas, nem brote dos vossos lábios a arrogância, pois o SENHOR é Deus cabe a ele julgar o que as pessoas fazem (1 Sm 2:3); Ele será contra aqueles que difamam o seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o tolerarei (Sl 101:4-8).

Mediante o que comentamos sobre as pessoas caluniadoras o que nos resta é guardar para que tenhamos uma vida digna de confiança, ponderar as palavras é ser prudente. Muito cuidado a quem confias a tua amizade; nem mesmo teus parentes às vezes merecem o teu crédito. Afinal cada parente se tornou um enganador e cada amigo um caluniador (Jr 9:4), contar as suas particularidades a qualquer pessoa não é bom, cuidado com quem você conta seus segredos. Para melhor compreensão sobre a língua dobre ler (Tg 3:).
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Sardes, a igreja da aparência, Pr. Robenildo Lins

26.01.2017
Do canal R7Alves, no Youtube, 17.06.16
Por Pastor Robenildo Lins*

*Pr. Robenildo Lins, é pastor presidente da Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco.
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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=f17QiIxHFhY&t=579s

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Como uma mulher cristã nas redes sociais corre o risco de sair do status “sem véu” para o “sem filtro”?

20.01.2017
Do portal GOSPEL PRIME, 27.11.15
ARTIGOS
Por Sady Santana*

Você sabe o que significa o termo “digital influencer”?


Até esses dias era um termo desconhecido que nem precisa de tradução.  E blogueiras famosas já o escolheram para titularem as suas atividades nas redes sociais. E quando o assunto é influência, elas têm razão ao preferirem se chamar dessa forma. Pois, possuem mesmo uma grande capacidade de agregarem milhões de seguidores no ambiente digital, e de os arrastar a cada click, a cada produção “supostamente caseira”, ditando moda, costumes, caras e bocas. Sempre em vídeos curtos, os chamados tutoriais.
A verdade é que: o que começou de forma quase artesanal, virou caso de interesse de mercado. E nos bastidores quase tudo o que elas produzem agora é patrocinado, maquiado e vendido para mocinhas que acreditam que podem segui-las e serem tão ou mais poderosas que elas.
Por estes dias, uma blogueira adolescente bem famosa decidiu abrir a caixa preta do seu mundo virtual, e revelou detalhes disso tudo. Desvendou a quantidade de maquiagem usada nos makes para parecer “natural”, e bem como toda a tecnologia que está por trás do espelho do banheiro delas.
Neste ponto podemos, não nos apressarmos em condenar as adolescentes que seguem essas blogueiras e voltarmos um pouco no tempo, no Gênesis. Lá está Eva olhando fixo para a árvore do bem e do mal, pensando no que a serpente acabara de lhe dizer sobre não morrer, e sobre ser como Deus.
O que a serpente disse seria verdade? E Gn 3.6 diz, “A mulher ficou convencida. Reparando na beleza daquela arvore e que a sua fruta era agradável ao paladar e atraente aos olhos…”
Eis o poder sedutor da imagem a que todos nós estamos sujeitos, desde o Éden, e agora mais intensamente nas redes sociais. Sim, a imagem constrói o desejo, e não somente em adolescentes, mas também em mulheres adultas, solteiras e casadas, em homens, em toda a raça humana.  E quanto a sermos mulheres cristãs em um mundo midiático caído então, é notável o bombardeio sobre nós, diariamente.
Olhamos para as escrituras e voltamos novamente a atenção para o nosso entorno e vemos que,  grande rede é a rede social. Satanás impõe um novo/velho fruto a cada esquina virtual, e o desejo que ronda as telas das nossas “Evas” da atualidade, é o de ser como “as deusas da internet”. Ser notada, e não ser mais uma anônima! E nesse aspecto, repito, corremos riscos semelhantes, indistintamente, todas as mulheres da geração “www”.
A palavra Modéstia que foi recomendada pelo apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo, seria hoje no seio da igreja um verbete em desuso? Não há nada de mal em postar fotos dos nossos acontecimentos sociais, das nossas alegrias, da família, do que comemos, das programações da igreja. Até aí tudo bem, vai… Temos os smartphones e quem não gosta? A atração pela imagem nos é inerente, Deus nos fez assim, e fomos feitos à sua IMAGEM e semelhança.
Mas, onde é o limite? Onde está o começo da cerca, ou a placa “Não ultrapasse”?
Tenho visto quase todos os dias, e digo que ainda não me acostumei, não, não acho normal, meninas adolescentes, jovens e mulheres adultas também, colocando fotos, com poses ensinadas pelas blogueiras, de forma sensual, com roupas primorosamente decotadas e de biquíni. Até jovens grávidas fazendo o seu “book” seminuas, iguais as Kim Kardashian da vida. Cadê o filtro do isso é lícito, isso me convém?
Se tem algo não muito explicado, e que ainda não temos dimensões precisas, é quanto a visualização e acesso às nossas fotos, e por quanto tempo elas ficam por lá, mesmo quando são deletadas por nós. Quem as vê? Daí todo o cuidado é pouco.
Volte na história um pouco. Quem liberou o corpo feminino para os olhos do mundo, não foi a Bíblia, foi o feminismo. Sim, foi no auge desse movimento que se queimaram peças íntimas em praça pública, ainda no ano barulhento de 1968. Mas, um pouco antes, quando se pensou em fazer uma propaganda apresentando o biquíni para a sociedade, nenhuma atriz ou modelo famosa aceitou tamanha ousadia, ficando o papel para uma ilustre desconhecida que aceitou fazê-lo, porque esta já pousava em revistas masculinas.
Décadas depois a normalidade reina e temos fotos revelando quase tudo e para quase todos em tempo real.
Se existem limites para as minhas fotos e postagens, quem as determina? Se forem as demais mulheres, então é o mundo que as decidirá. Se, no entanto, forem mulheres que já se viram livres da sugestão da serpente através da ressurreição de Cristo, então as escrituras é quem determinarão a seleção de fotos que irá para a minha timeline. E o que ela diz?
“Antigamente vocês estavam mortos por causa do pecado. Seguiam a multidão e eram iguais a todos os outros, cheios de pecado e obedientes à ordem deste mundo, e ao poderoso príncipe do poder do ar, que está operando agora mesmo naqueles que vivem em desobediência… Agora, porém vocês pertencem a Cristo” Ef  2.1-2, 13
“Se agora estamos vivendo pelo poder do Espírito Santo, sigamos a liderança do Espírito Santo em todos os aspectos da nossa vida. Então não precisaremos mais andar em busca de honras e de popularidade que levam à inveja a aos maus sentimentos.” Gl 5.25,26
Não há necessidade de se andar por aí com burcas, e com véus, mas a mulher cristã sábia anda na contramão, sempre com cautela e cuidado. É preciso filtro para todas as imagens e tendências que estão aí reivindicando o status de “normal”. A porta é estreita e a parafernália que o mundo oferece não cabe e vai ter que ficar de fora, para que entremos livres de todo peso no descanso eterno. Inclusive, quanto a particularidade de serem únicas, só as mulheres cristãs têm essa chance de serem, de fato. E isso fica bastante claro nas imagens utilizadas no livro de Cantares de Salomão que diz, “Mas ela é única, a minha pombinha, ela é perfeita… quando as outras jovens a vêem dizem que ela é feliz.” Ct 6.9

Sady Santana*Sady Santana é jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.



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Fonte:http://jesuscristoaunicaesperanca.blogspot.com.br/2015/11/como-uma-mulher-crista-nas-redes.html

domingo, 15 de janeiro de 2017

O CASAMENTO E O VOTO DE FIDELIDADE

16.01.2017
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Pr. Walace Juliare*


Base Bíblica: Filipenses 2.3-4
Leitura diária:

Seg  –  Fp 2.3-4
Ter  –  1Co 7.3-5
Qua  –  Ef 4.25-32
Qui  –  1Co 6.12-13
Sex  –  1Co 6.15-18
Sáb  –  1Ts 4.3-9
Dom  –  Mt 22.34-40

“O cristianismo não deprecia o casamento, santifica-o” (Die­trich Bonhoeffer, citado por Foster em DSP, p.137). E uma das formas de santi­ficar o casamento é por meio da fidelidade. Todos os cristãos: homens, mulheres, sol­teiros, casados, divorciados, viúvos, casados de novo, são chamados à fidelidade.
1. Definindo fidelidade
Foster, nas páginas 151 e 152, dá sete definições de fidelidade com relação a sexo.
1.1 Afirmaçăo


Afirmar nossa sexualidade em toda a sua complexidade multiface­tada. Devemos nos manter fieis à natureza que Deus nos concedeu.

1.2 Lealdade


Ser leal à nossa vocação. Uns são vocacionados para o celibato, a maioria para o casamento (1Co 7.7). O importante é viver conforme Deus planejou.

1.3 Orientaçăo


Orientar a prática sexual por intermédio da aliança conjugal pro­vida por Deus. Dizemos “não” à promiscuidade antes do casamento e ao adultério, depois dele.

1.4 Compromisso


Ter compromisso duradouro para com o bem-estar e o crescimento do outro. A obrigação com a felicidade do outro é um princípio cristão esperado por Jesus para todos os salvos (1Co 7.3-5).

1.5 Prática


Praticar a mutualidade. Não podemos permitir que o egoísmo con­trole nosso relacionamento (Fp 2.3-4).

1.6 Honestidade


Ser honesto e transparente com o cônjuge. Nosso compromisso é de tirar nossas máscaras, abandonar mentiras (Ef 4.25).

1.7 Vida espiritual


Explorar juntos o mundo interior da vida espiritual. Fazemos um voto de orar juntos, de adorar juntos, de celebrar juntos. Partilhamos nossa alma com o cônjuge.

Essas sete definições de fidelidade condenam a prática de impurezas sexuais para todos. Sua vida está de acordo com tais definições?
2. O significado de fidelidade para os solteiros
“A relação sexual é um desejo humano, não uma necessidade humana, e a diferença é sig­nificativa” (DSP, p.153). Quando os solteiros nutrem e seguem a orientação bíblica a respeito da sexualidade, suas necessidades se enquadrarão na perspectiva adequada. O que é chamado de ne­cessidade sexual é desejo. O corpo do ser humano precisa de ar, água e alimento. Ninguém morre por falta de relações sexuais.
Jesus e outras pessoas já viveram satisfatoriamente sem relações sexuais, apesar de serem seres sexuados. O apóstolo Paulo tratou especificamente das necessidades sexuais com a igreja de Corinto. Essa cidade era tremendamente influenciada pela prostituição. Ali havia um local chamado Acrocorinto onde ficava um templo da deusa Afrodite com cerca de mil prostitutas cultuais. A prática de orgias era muito comum. Nesse contexto, uma igreja foi implantada, e os salvos teriam que aprender a viver de maneira diferente por causa de Cristo.
Aparentemente, os coríntios levantaram o problema de o sexo ser uma necessidade como o alimento. Paulo lhes respondeu, exortando: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm… não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1Co 6.12). A resposta bíblica é que “os alimentos são para o estômago, e o estômago, para os alimentos; mas Deus destruirá tanto estes como aquele. Porém o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo” (1Co 6.13). Paulo argu­mentou que o sistema digestivo é temporal e biológico, e tem sentido apenas na existência terrena. Mas o corpo é o templo do Espírito Santo, estando destinado para a ressurreição, e carrega um significado eterno. Portanto, devemos “fugir da impureza” (1Co 6.15-18).
Para Deus, a relação sexual é tão cheia de significado espiritual que deve sempre ser reservada para a perenidade (até à morte de um dos cônjuges) do casamento. Dessa forma, cristãos solteiros desejarão abster-se da relação sexual enquanto desenvolvem outros aspectos de sua sexualidade.
Procure viver uma vida de santidade mesmo em meio às pressões do mundo. Se você sente que suas lutas relacionadas à sexualidade são muito difíceis de serem vencidas, procure ajuda espiri­tual com alguém de sua confiança.
3. O significado de fidelidade para os casados
“O casamento cristão é uma aliança. Aliança é uma promessa, um juramento de amor, le­aldade, e fidelidade. A aliança envolve continuidade, o senso de futuro comum, que desfrutamos antecipadamente e de uma história passada para a qual olhamos juntos” (DSP, p.156). Estabelecer uma aliança significa pertencer, dedicar-se a um relacionamento belo e crescente de amor e cui­dado. Vejamos significados da fidelidade no casamento.
3.1 Monogamia


Fidelidade no casamento significa monogamia. Dois aspectos da monogamia são: unidade (“uma só carne” – Gn 2.24) e amor ágape (o mais profundo, sublime, que caracteriza Deus).

3.2 Compromisso de amor e lealdade


Fidelidade no casamento significa compromisso de amor e lealdade por toda a vida. As dificuldades que surgem no casamento devem ser tratadas com dignidade e transparência. Elas nunca precisam constituir motivo para rompimento, e sim para amadurecimento. O problema não são as discussões ou desacordos, mas a maneira como lidamos com as situações.

3.3 Subordinaçăo mútua


Fidelidade no casamento significa subordinação mútua por causa da reverência a Cristo. A evidência bíblica de subordinação mútua para uma vida cheia do Espírito Santo é apresentada no ambiente familiar, iniciada pelos cônjuges (Ef 5.21-31). Os mandamentos são tanto para a esposa quanto para o marido, e confirmarão o compromisso com a aliança.

3.4 Repressăo sexual fora do casamento


Fidelidade no casamento significa repressão sexual fora do pacto conjugal. O adultério não é aceitável de forma alguma na vida dos discípulos de Jesus. Após o casamento, o casal entra num relacionamento de pertencimento mútuo. Portanto, não devem viver como se fossem livres um do outro (1Co 7.4). “Nosso cônjuge e nosso casamento são mais profundamente afetados para o bem ou para o mal pela forma como expressamos nossa sexualidade do que por quase qualquer outra coisa em nossa vida” (DSP, p.161).

3.5 Liberdade sexual dentro do casamento


Fidelidade no casamento significa liberdade sexual dentro da aliança sexual. Quando o sexo é praticado dentro do casamento, constitui uma experiência rica e satisfatória. Para Paulo, a ex­pressão de liberdade sexual dentro do casamento é tão essencial quanto a aliança, porque faz parte integral dela (1Co 7.3). Intimidade, liberdade, sensualidade, diversão, são coisas que alimentam a experiência sexual. Quando manifestadas com respeito e mútuo consentimento, nutrem o amor entre os cônjuges. Ao passo que, quando reprimidas com egoísmo, encurtam a sua beleza. “Sexo, em seu melhor, mais alto, mais santo aspecto, é festa, é celebração, é deleite” (DSP, p.163).

Se você ainda é solteiro, guarde no coração todos os ensinos relativos à fidelidade no casamento. Dessa forma, quando se casar, saberá o proceder correto em fidelidade. Se você já é casado, co­loque em prática todos os ensinamentos desta lição.
4. O significado de fidelidade para a igreja
O que dizer da comunidade de cristãos? O que a fidelidade significa para a igreja? Primeiro, temos de lembrar que nosso conceito de fidelidade é tirado da aliança de Deus com Seu povo, logo, de Jesus Cristo com Sua igreja. Ao usarmos esse modelo, evitamos pensar em fidelidade apenas como a ausência de adultério, e sim como a manifestação de amor criativo pelo cônjuge.
4.1 Responsabilidade


Fidelidade para igreja significa responsabilidade para com toda a família. Para que esse con­ceito não permaneça teórico, a igreja é chamada a um ministério de oração e orientação espiritual. Quando Paulo compara o relacionamento conjugal com o relacionamento entre Cristo e a igreja (Ef 5.32), ele nos dá a possibilidade de envolvermos diretamente a comunidade de salvos, de maneira geral, na vida da família.

4.2 Edificaçăo


Fidelidade para igreja significa programar edificação para toda a família. A igreja deve ter os olhos abertos para as necessidades não somente dos casados, mas dos solteiros que pretendem se casar, e daqueles que permanecerão solteiros.

4.3 Discipulado


Fidelidade para igreja significa discipular os namorados e noivos. Quando a igreja tem um programa de acompanhamento desde o namoro até o casamento, ela está afirmando que ama a família, com todos seus membros e necessidades.

4.4 Envolvimento


Fidelidade para igreja significa envolvimento integral na organização das cerimônias de casamento. Ao passar pelo processo de discipulado e aconselhamento bíblico, os noivos estão dizendo que não somente eles ou suas famílias são responsáveis pela cerimônia, mas que a igreja, como sua comunidade e autoridade espiritual, também faz parte desse momento precioso.

4.5 Privaçăo


Fidelidade para igreja significa cuidar das pessoas privadas dos direitos sexuais. Se todos são seres sexuados, a igreja precisa prestar atenção naquelas pessoas que são impossibilitadas dessa função do organismo. São exemplos: algumas pessoas que têm limitação física; aquelas que so­frem de enfermidades graves ou que terão de conviver com uma doença crônica; os idosos. São pessoas que precisam de cuidado e atenção tanto quanto quaisquer outras.

Um casal ou uma igreja só não desejarão essa parceria se um ou outro, ou ambos, estiverem espi­ritualmente enfraquecidos por conceitos não cristãos, não bíblicos. Ter a igreja como participante ativa de todos os momentos, desde o namoro até a cerimônia de casamento, e então durante a vida do casal, é bênção e privilégio dos que estão aprendendo a amar a Jesus, e a viver como Seu Corpo.
Conclusăo
Tendo analisado o voto de fidelidade para solteiros, casados e para a igreja, percebemos que somos responsáveis por responder às necessidades das pessoas, tanto dos casados como dos sol­teiros. Precisamos lembrar que a fidelidade não é um conjunto estático de regulamentos – é uma aventura vibrante, viva. Sendo nossa aliança com Deus o alicerce desse voto de fidelidade, então podemos encerrar esse estudo relembrando o resumo que Jesus fez dos mandamentos: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o gran­de e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39).
*Autor da lição: Pr. Walace Juliare

Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Dinheiro, Sexo e Poder”. Usado com permissão.

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/o-voto-de-fidelidade/