quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Como uma mulher cristã nas redes sociais corre o risco de sair do status “sem véu” para o “sem filtro”?

20.01.2017
Do portal GOSPEL PRIME, 27.11.15
ARTIGOS
Por Sady Santana*

Você sabe o que significa o termo “digital influencer”?


Até esses dias era um termo desconhecido que nem precisa de tradução.  E blogueiras famosas já o escolheram para titularem as suas atividades nas redes sociais. E quando o assunto é influência, elas têm razão ao preferirem se chamar dessa forma. Pois, possuem mesmo uma grande capacidade de agregarem milhões de seguidores no ambiente digital, e de os arrastar a cada click, a cada produção “supostamente caseira”, ditando moda, costumes, caras e bocas. Sempre em vídeos curtos, os chamados tutoriais.
A verdade é que: o que começou de forma quase artesanal, virou caso de interesse de mercado. E nos bastidores quase tudo o que elas produzem agora é patrocinado, maquiado e vendido para mocinhas que acreditam que podem segui-las e serem tão ou mais poderosas que elas.
Por estes dias, uma blogueira adolescente bem famosa decidiu abrir a caixa preta do seu mundo virtual, e revelou detalhes disso tudo. Desvendou a quantidade de maquiagem usada nos makes para parecer “natural”, e bem como toda a tecnologia que está por trás do espelho do banheiro delas.
Neste ponto podemos, não nos apressarmos em condenar as adolescentes que seguem essas blogueiras e voltarmos um pouco no tempo, no Gênesis. Lá está Eva olhando fixo para a árvore do bem e do mal, pensando no que a serpente acabara de lhe dizer sobre não morrer, e sobre ser como Deus.
O que a serpente disse seria verdade? E Gn 3.6 diz, “A mulher ficou convencida. Reparando na beleza daquela arvore e que a sua fruta era agradável ao paladar e atraente aos olhos…”
Eis o poder sedutor da imagem a que todos nós estamos sujeitos, desde o Éden, e agora mais intensamente nas redes sociais. Sim, a imagem constrói o desejo, e não somente em adolescentes, mas também em mulheres adultas, solteiras e casadas, em homens, em toda a raça humana.  E quanto a sermos mulheres cristãs em um mundo midiático caído então, é notável o bombardeio sobre nós, diariamente.
Olhamos para as escrituras e voltamos novamente a atenção para o nosso entorno e vemos que,  grande rede é a rede social. Satanás impõe um novo/velho fruto a cada esquina virtual, e o desejo que ronda as telas das nossas “Evas” da atualidade, é o de ser como “as deusas da internet”. Ser notada, e não ser mais uma anônima! E nesse aspecto, repito, corremos riscos semelhantes, indistintamente, todas as mulheres da geração “www”.
A palavra Modéstia que foi recomendada pelo apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo, seria hoje no seio da igreja um verbete em desuso? Não há nada de mal em postar fotos dos nossos acontecimentos sociais, das nossas alegrias, da família, do que comemos, das programações da igreja. Até aí tudo bem, vai… Temos os smartphones e quem não gosta? A atração pela imagem nos é inerente, Deus nos fez assim, e fomos feitos à sua IMAGEM e semelhança.
Mas, onde é o limite? Onde está o começo da cerca, ou a placa “Não ultrapasse”?
Tenho visto quase todos os dias, e digo que ainda não me acostumei, não, não acho normal, meninas adolescentes, jovens e mulheres adultas também, colocando fotos, com poses ensinadas pelas blogueiras, de forma sensual, com roupas primorosamente decotadas e de biquíni. Até jovens grávidas fazendo o seu “book” seminuas, iguais as Kim Kardashian da vida. Cadê o filtro do isso é lícito, isso me convém?
Se tem algo não muito explicado, e que ainda não temos dimensões precisas, é quanto a visualização e acesso às nossas fotos, e por quanto tempo elas ficam por lá, mesmo quando são deletadas por nós. Quem as vê? Daí todo o cuidado é pouco.
Volte na história um pouco. Quem liberou o corpo feminino para os olhos do mundo, não foi a Bíblia, foi o feminismo. Sim, foi no auge desse movimento que se queimaram peças íntimas em praça pública, ainda no ano barulhento de 1968. Mas, um pouco antes, quando se pensou em fazer uma propaganda apresentando o biquíni para a sociedade, nenhuma atriz ou modelo famosa aceitou tamanha ousadia, ficando o papel para uma ilustre desconhecida que aceitou fazê-lo, porque esta já pousava em revistas masculinas.
Décadas depois a normalidade reina e temos fotos revelando quase tudo e para quase todos em tempo real.
Se existem limites para as minhas fotos e postagens, quem as determina? Se forem as demais mulheres, então é o mundo que as decidirá. Se, no entanto, forem mulheres que já se viram livres da sugestão da serpente através da ressurreição de Cristo, então as escrituras é quem determinarão a seleção de fotos que irá para a minha timeline. E o que ela diz?
“Antigamente vocês estavam mortos por causa do pecado. Seguiam a multidão e eram iguais a todos os outros, cheios de pecado e obedientes à ordem deste mundo, e ao poderoso príncipe do poder do ar, que está operando agora mesmo naqueles que vivem em desobediência… Agora, porém vocês pertencem a Cristo” Ef  2.1-2, 13
“Se agora estamos vivendo pelo poder do Espírito Santo, sigamos a liderança do Espírito Santo em todos os aspectos da nossa vida. Então não precisaremos mais andar em busca de honras e de popularidade que levam à inveja a aos maus sentimentos.” Gl 5.25,26
Não há necessidade de se andar por aí com burcas, e com véus, mas a mulher cristã sábia anda na contramão, sempre com cautela e cuidado. É preciso filtro para todas as imagens e tendências que estão aí reivindicando o status de “normal”. A porta é estreita e a parafernália que o mundo oferece não cabe e vai ter que ficar de fora, para que entremos livres de todo peso no descanso eterno. Inclusive, quanto a particularidade de serem únicas, só as mulheres cristãs têm essa chance de serem, de fato. E isso fica bastante claro nas imagens utilizadas no livro de Cantares de Salomão que diz, “Mas ela é única, a minha pombinha, ela é perfeita… quando as outras jovens a vêem dizem que ela é feliz.” Ct 6.9

Sady Santana*Sady Santana é jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.



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Fonte:http://jesuscristoaunicaesperanca.blogspot.com.br/2015/11/como-uma-mulher-crista-nas-redes.html

domingo, 15 de janeiro de 2017

O CASAMENTO E O VOTO DE FIDELIDADE

16.01.2017
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Pr. Walace Juliare*


Base Bíblica: Filipenses 2.3-4
Leitura diária:

Seg  –  Fp 2.3-4
Ter  –  1Co 7.3-5
Qua  –  Ef 4.25-32
Qui  –  1Co 6.12-13
Sex  –  1Co 6.15-18
Sáb  –  1Ts 4.3-9
Dom  –  Mt 22.34-40

“O cristianismo não deprecia o casamento, santifica-o” (Die­trich Bonhoeffer, citado por Foster em DSP, p.137). E uma das formas de santi­ficar o casamento é por meio da fidelidade. Todos os cristãos: homens, mulheres, sol­teiros, casados, divorciados, viúvos, casados de novo, são chamados à fidelidade.
1. Definindo fidelidade
Foster, nas páginas 151 e 152, dá sete definições de fidelidade com relação a sexo.
1.1 Afirmaçăo


Afirmar nossa sexualidade em toda a sua complexidade multiface­tada. Devemos nos manter fieis à natureza que Deus nos concedeu.

1.2 Lealdade


Ser leal à nossa vocação. Uns são vocacionados para o celibato, a maioria para o casamento (1Co 7.7). O importante é viver conforme Deus planejou.

1.3 Orientaçăo


Orientar a prática sexual por intermédio da aliança conjugal pro­vida por Deus. Dizemos “não” à promiscuidade antes do casamento e ao adultério, depois dele.

1.4 Compromisso


Ter compromisso duradouro para com o bem-estar e o crescimento do outro. A obrigação com a felicidade do outro é um princípio cristão esperado por Jesus para todos os salvos (1Co 7.3-5).

1.5 Prática


Praticar a mutualidade. Não podemos permitir que o egoísmo con­trole nosso relacionamento (Fp 2.3-4).

1.6 Honestidade


Ser honesto e transparente com o cônjuge. Nosso compromisso é de tirar nossas máscaras, abandonar mentiras (Ef 4.25).

1.7 Vida espiritual


Explorar juntos o mundo interior da vida espiritual. Fazemos um voto de orar juntos, de adorar juntos, de celebrar juntos. Partilhamos nossa alma com o cônjuge.

Essas sete definições de fidelidade condenam a prática de impurezas sexuais para todos. Sua vida está de acordo com tais definições?
2. O significado de fidelidade para os solteiros
“A relação sexual é um desejo humano, não uma necessidade humana, e a diferença é sig­nificativa” (DSP, p.153). Quando os solteiros nutrem e seguem a orientação bíblica a respeito da sexualidade, suas necessidades se enquadrarão na perspectiva adequada. O que é chamado de ne­cessidade sexual é desejo. O corpo do ser humano precisa de ar, água e alimento. Ninguém morre por falta de relações sexuais.
Jesus e outras pessoas já viveram satisfatoriamente sem relações sexuais, apesar de serem seres sexuados. O apóstolo Paulo tratou especificamente das necessidades sexuais com a igreja de Corinto. Essa cidade era tremendamente influenciada pela prostituição. Ali havia um local chamado Acrocorinto onde ficava um templo da deusa Afrodite com cerca de mil prostitutas cultuais. A prática de orgias era muito comum. Nesse contexto, uma igreja foi implantada, e os salvos teriam que aprender a viver de maneira diferente por causa de Cristo.
Aparentemente, os coríntios levantaram o problema de o sexo ser uma necessidade como o alimento. Paulo lhes respondeu, exortando: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm… não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1Co 6.12). A resposta bíblica é que “os alimentos são para o estômago, e o estômago, para os alimentos; mas Deus destruirá tanto estes como aquele. Porém o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo” (1Co 6.13). Paulo argu­mentou que o sistema digestivo é temporal e biológico, e tem sentido apenas na existência terrena. Mas o corpo é o templo do Espírito Santo, estando destinado para a ressurreição, e carrega um significado eterno. Portanto, devemos “fugir da impureza” (1Co 6.15-18).
Para Deus, a relação sexual é tão cheia de significado espiritual que deve sempre ser reservada para a perenidade (até à morte de um dos cônjuges) do casamento. Dessa forma, cristãos solteiros desejarão abster-se da relação sexual enquanto desenvolvem outros aspectos de sua sexualidade.
Procure viver uma vida de santidade mesmo em meio às pressões do mundo. Se você sente que suas lutas relacionadas à sexualidade são muito difíceis de serem vencidas, procure ajuda espiri­tual com alguém de sua confiança.
3. O significado de fidelidade para os casados
“O casamento cristão é uma aliança. Aliança é uma promessa, um juramento de amor, le­aldade, e fidelidade. A aliança envolve continuidade, o senso de futuro comum, que desfrutamos antecipadamente e de uma história passada para a qual olhamos juntos” (DSP, p.156). Estabelecer uma aliança significa pertencer, dedicar-se a um relacionamento belo e crescente de amor e cui­dado. Vejamos significados da fidelidade no casamento.
3.1 Monogamia


Fidelidade no casamento significa monogamia. Dois aspectos da monogamia são: unidade (“uma só carne” – Gn 2.24) e amor ágape (o mais profundo, sublime, que caracteriza Deus).

3.2 Compromisso de amor e lealdade


Fidelidade no casamento significa compromisso de amor e lealdade por toda a vida. As dificuldades que surgem no casamento devem ser tratadas com dignidade e transparência. Elas nunca precisam constituir motivo para rompimento, e sim para amadurecimento. O problema não são as discussões ou desacordos, mas a maneira como lidamos com as situações.

3.3 Subordinaçăo mútua


Fidelidade no casamento significa subordinação mútua por causa da reverência a Cristo. A evidência bíblica de subordinação mútua para uma vida cheia do Espírito Santo é apresentada no ambiente familiar, iniciada pelos cônjuges (Ef 5.21-31). Os mandamentos são tanto para a esposa quanto para o marido, e confirmarão o compromisso com a aliança.

3.4 Repressăo sexual fora do casamento


Fidelidade no casamento significa repressão sexual fora do pacto conjugal. O adultério não é aceitável de forma alguma na vida dos discípulos de Jesus. Após o casamento, o casal entra num relacionamento de pertencimento mútuo. Portanto, não devem viver como se fossem livres um do outro (1Co 7.4). “Nosso cônjuge e nosso casamento são mais profundamente afetados para o bem ou para o mal pela forma como expressamos nossa sexualidade do que por quase qualquer outra coisa em nossa vida” (DSP, p.161).

3.5 Liberdade sexual dentro do casamento


Fidelidade no casamento significa liberdade sexual dentro da aliança sexual. Quando o sexo é praticado dentro do casamento, constitui uma experiência rica e satisfatória. Para Paulo, a ex­pressão de liberdade sexual dentro do casamento é tão essencial quanto a aliança, porque faz parte integral dela (1Co 7.3). Intimidade, liberdade, sensualidade, diversão, são coisas que alimentam a experiência sexual. Quando manifestadas com respeito e mútuo consentimento, nutrem o amor entre os cônjuges. Ao passo que, quando reprimidas com egoísmo, encurtam a sua beleza. “Sexo, em seu melhor, mais alto, mais santo aspecto, é festa, é celebração, é deleite” (DSP, p.163).

Se você ainda é solteiro, guarde no coração todos os ensinos relativos à fidelidade no casamento. Dessa forma, quando se casar, saberá o proceder correto em fidelidade. Se você já é casado, co­loque em prática todos os ensinamentos desta lição.
4. O significado de fidelidade para a igreja
O que dizer da comunidade de cristãos? O que a fidelidade significa para a igreja? Primeiro, temos de lembrar que nosso conceito de fidelidade é tirado da aliança de Deus com Seu povo, logo, de Jesus Cristo com Sua igreja. Ao usarmos esse modelo, evitamos pensar em fidelidade apenas como a ausência de adultério, e sim como a manifestação de amor criativo pelo cônjuge.
4.1 Responsabilidade


Fidelidade para igreja significa responsabilidade para com toda a família. Para que esse con­ceito não permaneça teórico, a igreja é chamada a um ministério de oração e orientação espiritual. Quando Paulo compara o relacionamento conjugal com o relacionamento entre Cristo e a igreja (Ef 5.32), ele nos dá a possibilidade de envolvermos diretamente a comunidade de salvos, de maneira geral, na vida da família.

4.2 Edificaçăo


Fidelidade para igreja significa programar edificação para toda a família. A igreja deve ter os olhos abertos para as necessidades não somente dos casados, mas dos solteiros que pretendem se casar, e daqueles que permanecerão solteiros.

4.3 Discipulado


Fidelidade para igreja significa discipular os namorados e noivos. Quando a igreja tem um programa de acompanhamento desde o namoro até o casamento, ela está afirmando que ama a família, com todos seus membros e necessidades.

4.4 Envolvimento


Fidelidade para igreja significa envolvimento integral na organização das cerimônias de casamento. Ao passar pelo processo de discipulado e aconselhamento bíblico, os noivos estão dizendo que não somente eles ou suas famílias são responsáveis pela cerimônia, mas que a igreja, como sua comunidade e autoridade espiritual, também faz parte desse momento precioso.

4.5 Privaçăo


Fidelidade para igreja significa cuidar das pessoas privadas dos direitos sexuais. Se todos são seres sexuados, a igreja precisa prestar atenção naquelas pessoas que são impossibilitadas dessa função do organismo. São exemplos: algumas pessoas que têm limitação física; aquelas que so­frem de enfermidades graves ou que terão de conviver com uma doença crônica; os idosos. São pessoas que precisam de cuidado e atenção tanto quanto quaisquer outras.

Um casal ou uma igreja só não desejarão essa parceria se um ou outro, ou ambos, estiverem espi­ritualmente enfraquecidos por conceitos não cristãos, não bíblicos. Ter a igreja como participante ativa de todos os momentos, desde o namoro até a cerimônia de casamento, e então durante a vida do casal, é bênção e privilégio dos que estão aprendendo a amar a Jesus, e a viver como Seu Corpo.
Conclusăo
Tendo analisado o voto de fidelidade para solteiros, casados e para a igreja, percebemos que somos responsáveis por responder às necessidades das pessoas, tanto dos casados como dos sol­teiros. Precisamos lembrar que a fidelidade não é um conjunto estático de regulamentos – é uma aventura vibrante, viva. Sendo nossa aliança com Deus o alicerce desse voto de fidelidade, então podemos encerrar esse estudo relembrando o resumo que Jesus fez dos mandamentos: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o gran­de e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39).
*Autor da lição: Pr. Walace Juliare

Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Dinheiro, Sexo e Poder”. Usado com permissão.

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/o-voto-de-fidelidade/

Intolerância religiosa e ateísmo

16.01.2017
Do portal GOSPEL PRIME
Por Leandro Bueno*

Intolerância religiosa e ateísmo
Deus não é a mesma coisa do que igreja e seus líderes

Porém, a meu ver, hoje em dia, a maior intolerância que eu vejo é a perpetrada pelo movimento ateu contra as 3 religiões abraâmicas, e em especial ao Cristianismo e ao Islamismo. Para se chegar a essa conclusão, basta ir às redes sociais e ver como há inúmeras páginas de ateísmo, ridicularizando, xingando e zombando da fé alheia, apesar de eu reconhecer que, sendo maduros, há ateus que não adotam um comportamento como este.

Mas, o interessante é ver que este movimento nasceu no vácuo deixado pelo ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, quando abriu-se um mercado editorial para lançamentos de livros atacando religiões, vistas estas por uma parte da elite global como entraves à difusão de uma agenda contrária aos credos tradicionais. O mais irônico disso tudo para mim foi que o movimento ateu ajudou-me a ter mais fé em Deus e ser um cristão mais maduro pelo menos em 2 aspectos, que passo a descrever.

Deus não é a mesma coisa do que igreja e seus líderes

Uma das tendências infelizmente de muitos religiosos é confundir no mesmo pacote quem é Deus e quem são as religiões e seus líderes. Religiões são meras instituições humanas, onde pessoas boas e más se reúnem com o intuito de adorarem a Deus. Ou seja, religiões são meios, nunca fim em si mesmas.

Em várias das publicações ateias, uma das formas que mais utilizam para tentarem minar a fé das pessoas é mostrando os crimes e abusos praticados principalmente pelos líderes religiosos e a fome de muitos destes com o dinheiro a ponto de incorrerem em crimes e hipocrisia.

Ocorre que Deus nada tem a ver com isso. Não é porque alguém usa o nome de Deus para praticar crimes, promover guerras e buscar atender sua volúpia que Deus está naquilo. A começar, porque um dos mandamentos mais conhecidos da Bíblia é exatamente aquele que fala que não devemos tomar o nome de Deus em vão (Êxodo 20:7).
Ironicamente, o movimento ateu foi excelente neste ponto para mim, no sentido de que reforçou ainda mais a convicção que eu já tinha de separar bem Deus dos religiosos. Infelizmente, tenho visto, ao decorrer da vida, gente perdendo a fé, se afastando da igreja, pois não consegue emocionalmente separar Deus da instituição. É como se colocassem tudo no mesmo “kit” e isso é um erro crasso.

A Bíblia é para ser refletida e pensada e não lida de qualquer forma

Quando vejo sites ateus e escritos ateus, percebo claramente que eles buscam dinamitar a Bíblia, invocando o que alegam ser contradições, fazendo uma interpretação extremamente literalista do texto, do tipo que se a coisa não ocorreu literalmente como escrito, mostra que a Bíblia é falha e, portanto, por tabela, Deus não existe.

Ora, em primeiro lugar, Deus não se resume a um livro, ainda que ali esteja a revelação dEle para com o homem, devendo nós lermos o texto sempre tendo como chave exegética a figura de Jesus, coisa que 99% dos ateus que atacam a Bíblia não fazem, se apegando aos fatos ocorridos no tempo de barbárie do Antigo Testamento com suas guerras para desacreditar um Deus de amor.

Ocorre que a Bíblia também não é um tratado de ciência, como parece quererem alguns ateus militantes, sendo que seus livros não podem ser todos lidos da mesma maneira. Os cristãos acreditam que ela é a palavra de Deus, mas também reconhecem que ela apresenta um aspecto humano, refletido no estilo dos escritores (pois Deus não anulou seus caracteres e personalidades) e no gênero (categoria literária) que eles utilizaram.

Assim, encontramos história, poesia, sabedoria, parábolas, profecias e cartas – como em qualquer biblioteca.

Desta forma, como muito bem colocado pelo estudioso Mike Beaumont, em seu livro “Enciclopédia Bíblica Ilustrada”, da mesma forma que não lemos um livro de poesia como se fosse de história, também não devemos fazer isso quando lemos a Bíblia. Se assim fizermos, acabaremos vendo no texto o que nunca se intencionou transmitir.

Tecidas essas breves linhas, peço a Deus que Ele esteja renovando nossa fé cada dia mais, pois os tempos são difíceis e a todo tempo inúmeras pessoas e fatos buscam miná-la. Mas, antes de tudo, temos que entender que fé é, antes de tudo, algo relacional, e não algo a se provar cartesianamente do tipo 2+2. Fé é você saber o que Deus já fez, faz e fará na sua vida. Amém.

*Leandro Bueno,  Procurador da Fazenda/Professor, presbiteriano.
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/intolerancia-religiosa-e-ateismo/

Igreja Uber ou Táxi

16.01.2017
Do portal GOSPEL PRIME, 18.12.2016
Por  Alan César Corrêa

A igreja também não fica isenta das transformações da sociedade atual, ela precisa mudar, se reinventar e se adaptar para o novo perfil de pessoas

Igreja Uber ou Táxi
Igreja Uber ou Táxi
Dizer que os tempos mudaram é chover no molhado, já estamos cansados de ouvir sobre pós-modernidade, modernidade liquida, hipermodernidade e outros termos que se resumem em uma mesma conclusão para todo neologismo empregado a esse novo tempo que estamos vivendo.
O que precisamos fazer agora não é mais se gastar provando que o tempo não é mais o mesmo, mas partir do pressuposto que os tempos mudaram e traçarmos um caminho para seguir, ou seja, se de fato os tempos mudaram, o que vamos fazer com essa informação? Mais um artigo ou um plano de ação?
Se você está acostumado a correr em uma esteira as chances das coisas ao seu lado (paisagem) mudarem é quase nula, agora se você sai para correr pela rua tudo ao seu redor está em constante mudança, e você precisa mudar para melhor se adequar as mudanças.
Uma corrida que começa na pista de um condomínio, mas chegando em um determinado ponto a pista continua para fora dos portões (na rua), você não pode correr na rua como quem corria dentro do condomínio, a rua vai exigir maior atenção, pausas para farol e etc., caso você corra na rua como quem corre no condomínio isso pode custar a sua vida.
No mundo hoje o acomodamento diante das relevantes mudanças que vivenciamos eu não diria que pode custar sua vida, mas certamente vai resultar em sua estagnação (correr em esteira).
Alguns sinais na sociedade evidenciam bem essas mudanças, como por exemplo no caso do transporte individual o famoso aplicativo UBER, que percebendo a invariabilidade do TAXI veio com uma enorme evolução para o mercado.
O TAXI foi o mesmo durante muito tempo, diria que durante décadas, mas ele era o mesmo em uma sociedade em constante mudanças de tecnologia e de valores éticos e morais, e não mudou para atender a sociedade, pensou estar correndo em uma esteira, e por não acompanhar essas mudanças do meio em que estava; hoje sofre com a concorrência (UBER) que chegou contextualizado com o mercado.
Os empreendedores da UBER não fizeram uma nova pesquisa para provar que a era digital chegou, mas usando a informações e o percebimento que o tempo mudou, reinventaram uma das principais ferramentas de transporte.
A igreja também não fica isenta das transformações da sociedade atual, ela precisa mudar, se reinventar e se adaptar para o novo perfil de pessoas da cidade em que está realizando a missão de Deus. Do contrário, se entenderem que estão em uma esteira, onde nada ao redor muda, e que por isso nada que faz precisa mudar, vai estar literalmente em uma esteira, não vai chegar a lugar nenhum.
Eu sei que falar que a igreja precisa mudar e se ajustar a sociedade em seu torno é entregar pedras aos fundamentalistas para por eles ser apedrejado, para tanto permita me defender, a mudança proposta não é no que se restringe aos pilares da fé, credo, evangelho, o plano de Deus na salvação do homem, mas ao que se diz respeito ao seu formato, liturgia e organização. Enquanto sacralizarmos o formato de nosso culto, a sua organização e liturgia diante de uma sociedade em constante mudanças estaremos correndo em esteiras e provando para todo mundo o quanto somos religiosos.
O TAXI poderia ter mudado sua forma de atuação, mas a filosofia do “que sempre foi assim e deu certo” o levou ao declínio que enfrenta hoje. Frases desse tipo que usamos para justificar a mesmas ações de décadas passadas são a armadilha a armadilha de hoje.
Algumas igrejas vivem em uma outra realidade e talvez não carece de muitas mudanças, mas igrejas instaladas em grandes centros urbanos e que são exatamente a mesma desde a sua inauguração “a 35 anos atrás”, certamente é necessário revitalizar, torná-las “Igrejas UBER” e deixar de ser “Igreja TAXI”.

*Artigo orinalmente publicado no portal GOSPEL PRIME

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Fonte:https://jesuscristoaunicaesperanca.blogspot.com.br/search?updated-min=2016-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2017-01-01T00:00:00-03:00&max-results=50