quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Irineu Messias: Ele fez tanto por mim!

22.02.2017
Do blog VERSOS DE GRATIDÃO, 14.11.2015
Por Irineu Messias

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Ele fez tanto por mim

Mas minhas palavras tão insuficientes são…
Que desejo e não consigo escrever, o mais lindo e belo poema,
No qual revelaria, na inspiração de minha poesia,
 Como é emocionante sentir tudo isso
No meu humano coração,
Esta divinal alegria,
Que é a presença de Deus
Pela intimidade com o Senhor Jesus Cristo!

Ele fez tanto por mim.
Esta é a sublime razão de eu existir,
Neste momento; neste momento, sim;
Quero adorá-Lo com todas as forças de minha alma,
Com toda a inteireza de meus pensamentos!

Ele fez tanto por mim
Abriu meus cegos olhos,
Com Sua divinal e majestosa Luz;
Deu-me Seu fardo tão suave,
Perdoou todos os meus pecados
E até ao maldito Calvário, levou aquela minha rude cruz!
Ali me libertou do cruel e infame Inimigo;
Ele sofreu todo meu castigo!

Já não sou mais, por sua Graça infinita, um homem escravizado;
Ele amou muito e intensamente a minha pecaminosa vida,
Deu-me uma nova bússola para uma santa e nova trilha.
Ele me fez assentar aos seus divinos pés,
Como um dia assentou-se o geraseno liberto e muito feliz!

Ele me quis…
Assim do jeitinho que eu era e já não mais sou,
Porque seu Santo Espírito, meu Santíssimo Ensinador,
Milagrosamente me transformou,
Pela força do Seu eterno e infinito amor!

Ele meu quis…
Mesmo sendo eu tão pequenino,
Como um grão de areia à beira do mar;
Assim mesmo me procurou e me achou tão perdido,
Ele me escolheu para me amar!

Por isso O amo, com todas as forças que há no meu ser,
E meu sincero e profundo desejo,
É dEle nunca mais me afastar e jamais dEle me perder!
 Para mim isso é profundamente esplêndido,
Tão cheio de Sua Graça e imensamente maravilhoso
A minha alma de alegria, chora e O adora,
E meu espírito se enche de tanto gozo!

Ele fez tanto por mim,
Que às vezes, nem sei como plenamente Lhe agradar,
Minhas lágrimas constantes de prazer, é que falam agradecidas por mim…
Diariamente, penso no Céu, onde agora Ele está,
À destra do Amado Pai Celestial,
Que O Enviou lá do Alto, num gesto infinitamente amoroso.
Ah! Como me sinto tão agradecido,
Por ser tão amado e tão querido
Por um Deus, que é o Único e  Verdadeiro,
Cheio de tanto amor,
Ele é o Todo-Poderoso!

Ele faz tanto por mim
Que minha vontade imensa,
Meu desejo sincero é poder agora,
Ir-me pra sempre para o seu Reino de luz,
Mas Ele me diz como disse para o liberto geraseno,
Que ainda devo ficar neste mundo terreno;
Anunciando tudo que Deus, o meu Senhor, fez por mim.

Se assim é Sua soberana Vontade,
Espalharei todas Suas Verdades;
Pregarei Sua Palavra que tanto tem enchido
Minha alma de Sua Luz.
Agora sou um homem muito feliz;
Assim Ele quis.

Carregarei com alegria, todos os dias, a minha cruz,
Pelo grande amor que por Ele, eu sinto tanto,
Derramando em mim por Seu Espírito Santo;
Ele me ama tanto…
Ele é o meu Deus,
Ele é o meu amado Senhor Cristo Jesus!
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Fonte:https://versosdegratidao.wordpress.com/tag/irineu-messias/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Ex-gangster japonês agora serve a Cristo: “sei o quanto fui perdoado”

21.02.2017
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

Pastor Tatsuya Shindo já batizou mais de 100 pessoas

O sindicato Nacional Yakuza Sumiyoshi-kai, ou simplesmente Yakuza, é a maior organização criminosa do Japão. Seus membros estão envolvidos em todos os tipos de contravenção, muitas vezes incluindo assassinatos.
Quem olha para Tatsuya Shindo não imagina que até alguns anos atrás ele vendia drogas nos arredores de Tóquio e teve várias passagens pela prisão. As tatuagens que cobrem o seu corpo são uma marca indelével de uma outra vida, mas ele está diferente por dentro.
“Eu sei as coisas ruins que fiz”, desabafa, “Ao mesmo tempo, sei o quanto fui perdoado por Deus. Então, eu resolvi me envolver na obra de Deus”.
Shindo se envolveu com drogas na adolescência, logo após a separação de seus pais. Logo entrou para uma facção da Yakuza, que gosta de fazer seus membros se sentirem parte de uma família, nos moldes da máfia italiana. Dento de pouco tempo se tornou líder de uma gangue.
Foram sete julgamentos e três períodos na cadeia, o primeiro quando tinha 22 anos. Na última sentença que cumpriu, 10 anos, ele já lia a Bíblia que ganhara.
Aos 45 anos, ele conta que viu muito sangue, testemunhou muitas mortes. “Quando ele voltou [da prisão], se desculpou e disse: Eu sobrevivi por você, mãe”, conta Yoshimi Shindo. “Quando ouvi essas palavras, decidi esquecer tudo o que aconteceu no passado. E agora estou muito feliz”.
Dentro de pouco tempo, pediu à mãe ajuda para encontrar um lugar para começar uma igreja.
Ela ofereceu o espaço do seu bar de karaokê, onde ele trabalhava. Pareceu a escolha mais natural. No início, apenas 10 pessoas participaram, mas atualmente o espaço do bar foi totalmente reformado para hospedar a igreja, que reúne mais de uma centena de adoradores. Hoje pastor, o ex-gangster prega para a palavra de Deus para todos os interessados, incluindo muitos ex-membros de gangues.
“Muitas pessoas com origens diferentes vêm aqui. São os divorciados, os falidos e os sem esperança”, revela. “Há também os pais que têm crianças desaparecidas, aqueles cujos filhos estão na cadeia, ou ex-detentos que foram abandonados pela família. Este é um lugar para reiniciar sua vida.”
A mãe diz que ainda ri quando ouve as pessoas chamar seu Tatsuya de sensei, ou sábio professor. “Acredito que a vida de meu filho retrata como Deus pode nos dar um fim surpreendente”, disse ela. O pastor Shindo batizou cerca de 100 pessoas, a maioria delas conseguiu abandonar o submundo do crime japonês e hoje servem a Jesus.
Após sua conversão, Shindo escreveu dois livros: o autobiográfico “ You Can Always Start Over” [Você pode sempre recomeçar] e “The Mafia’s Minister’s Street Talk” [O ministro da máfia fala], que é uma compilação de palestras. Com informações God Reports
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Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br/testemunho-ex-gangster-japones-perdoado/

2º Culto do Reencontro com o Pr. Robenildo Lins

21.02.2017
Do canal da ASSEMBLEIA DE DEUS EBENÉZER, no youtube, 21.12.2016

   
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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=HsBzem9lMp4

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Um novo começo para a história da minha vida e da minha família. Toda glória para Deus

20.02.2017
Por Pr. Robenildo Lins 


A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo
Pastor Robenildo Lins e sua esposa, Ana Lins


Paz do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Começo assim o meu agradecimento a Deus:

- Sou o pastor Robenildo Lins Ramos, casado com Ana Lins e pai de Robenildo Lins Ramos Júnior e Nathany da Silva Lins Ramos. E nós com 21 anos de casados. Até aqui tem nos ajudado o Senhor.

 
Nathany da Silva Lins Ramos, 20 anos

Robenildo Lins Ramos Júnior, 17 anos.

Um pouco de minha história

No ano de 1981, fiz minha confissão de fé na Assembleia de Deus em Abreu e Lima. À época, o Ministério era presidido pelo saudoso pastor Isaac Martins no antigo templo-sede.

Eram tempos muito difíceis. Porém, de muito aprendizado para nós, Hoje estamos de pé por conta de termos tido naquela ocasião, um pastor, um pai e um amigo. Ele sabia cuidar bem das suas ovelhas e das igrejas,

O seu exemplo ainda hoje é seguido por muitos, inclusive por nós. Mesmo em um período de muita dificuldade financeira, o pastor Isaac Martins tinha a preocupação com o social da igreja. Lembro como se fosse hoje, que em frente ao templo-sede da Assembleia de Deus, havia o colégio Neusa Rodrigues onde eu tive o prazer de ser aluno.  No colégio eram distribuídas sopas para os irmãos carentes e para toda a comunidade de Abreu e Lima, bem como roupas que vinham de países europeus. (O pastor Isaac não levava nada para fora do país. Ele trazia de fora para os irmãos).

Eu e minha família fomos alimentados e vestidos, muitas vezes, por muitos anos, graças à ação social da igreja com os irmãos, que até hoje serve de exemplo para a minha vida.

Eu fui crescendo nos ensinamentos de um homem de Deus e de um pai dedicado à família e a Deus.

Houve um período em minha vida, ainda na infância, em que eu quis esquecer. Deus, no entanto, certa vez, fez-me lembrar em um sonho em que acordei chorando. Tive que sair da cama para que minha esposa não percebesse minhas lágrimas.  
Houve um momento em que meu pai, com quatro filhos pequenos, passou quatro anos e meio desempregado. Nesse período, passamos uma grande prova de pão (fome). Muitas vezes, tive a tristeza de ver esse GUERREIRO em prantos orando a Deus por nós. Ele nunca parou um só momento de lutar pela família e nos incentivou a correr atrás do pão de cada dia, com dignidade. Princípios que ficaram marcados em todos os seus filhos.

A dor de ter sido injustamente acusado, recentemente, foi ainda maior em razão dos ensinamentos que herdei de meu pai. Grande foi a decepção de ter  sido caluniado por alguém que em um dia eu me espelhei, e que não me  deu o direito de defesa.

Pastor Lins
Mas hoje sei que isto tudo aconteceu porque Deus permitiu para que uma nova obra fosse iniciada para a honra e a glória do Senhor Jesus Cristo.

A Vila de Caetés III  estava em construção e o meu pai, este homem  guerreiro,  teve uma ideia de construir cercas de bambu. Ele, minha mãe eu e meus irmãos, fomos à mata donde tiramos bambu para fazer a primeira cerca e os vizinhos gostaram e passaram a encomendar. Fizemos tantas cercas que se acabaram os bambus ( kkkk ).

Nesse tempo bom de aprendizado e formação do caráter, eles nos conduziam sempre aos círculos de oração, de segunda e sexta, onde já éramos conhecidos como os Canarinhos de Cristo.
Com o fim da safra do bambu, Deus nos deu outra direção.

Existiam muitas casas de taipa, que precisavam de reparos e milagrosamente, meu pai aprendeu a consertá-las. Agora não buscávamos mais bambus e sim madeiras.  

Lembro-me certa vez, que ele comprou uma manga rosa grande para nos alimentar. São lembranças desse tipo, que deixaram marcas forjadas por Deus,   que nos ajudaram a vencer as adversidades, nos fizeram mais fortes e com os pés firmes no Senhor.


Aos 12 anos, Deus me fez promessas no Círculo de Oração, em Fazendinha, que fica por trás do atual Hospital Miguel Arraes. O tempo passou, e na luta pela sobrevivência, vendi sandálias, verduras, pipocas e amendoim. Também fui prestanista, peão de construção, fabricante de blocos de cimentos e combogós. Experiências que passei com meus pais, e que me ajudaram na formação do meu caráter, como filho, como pai e como servo de Deus.
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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Verdades sobre o perdão

19.02.2017

Postado por Pr. Robenildo Lins

Texto: Mateus 6:14-15 

Introdução:

- O perdão é um princípio fundamental para a vida cristã; uma das coisas que mantém muitos em cativeiro hoje.
- A maioria está muito bem com o princípio do perdão, mas nunca realmente executam o seu pleno significado em sua vida.
- A falta de perdão na vida de uma pessoa é uma escravidão destrutiva que causa contenda, divisão, depressão, opressão, doença, divorcio e até mesmo condenação.
Definição de Perdão: Conceder indulto gratuito ou remissão de qualquer ofensa ou dívida; desistir de toda reivindicação.
A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir.
Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação.

1. O perdão é uma ordem não uma sugestão. Mateus 6:14-15

- Isto é fato depois que o Senhor ensinou Seus discípulos a orar.
- Este é um princípio espiritual
- Deus não quer falar conosco até que reconciliemos nossas diferenças com o outro. (Mateus 5:24)
- Prov. 19:11 O entendimento do homem retém a sua ira; e sua glória é passar sobre a transgressão”
- Prov. 24:29 "Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra"
- Colossenses 3:12-13 Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos, e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro: assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também”

2. Não há limite para o perdão. Mateus 18:21-22

- Jesus não disse para perdoar 490 vezes e parar, é ilimitado.
- Quantas vezes você quer ser perdoado?
- 1 Coríntios 13:5 - O amor não guarda rancor.
- 1 Pedro 4:8 - O amor cobre uma multidão de pecados.
- Devemos aprender a perdoar como Deus perdoa.
- Salmo 103:12 “Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões”.

3. A falta de perdão nos mantém em cativeiro. Mateus 18:23-35

- Impede o perdão do Pai.
- Fomos perdoados de uma dívida que nunca poderíamos pagar, qualquer dívida para nós é minúscula em comparação ao que recebemos.
- Ele foi entregue aos torturadores. V.34 - A falta de perdão abre a porta para doenças físicas e mentais e fortalezas demoníacas.
- Pode limitar ou até mesmo bloquear as bênçãos em nossa vida.
- Podemos bloquear nosso próprio perdão. Mateus 6:14-15 - Se não perdoamos, não podemos ser perdoados.
- Provérbios 28:13 “Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”
- A falta de perdão é um pecado que bloqueia a prosperidade.
- Nos deixa amargos e os nossos corações endurecidos.
- Hebreus 12:15 Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”

4. O perdão é um ato volitivo.

- Não um sentimento, mas uma decisão.
- É contínuo (passado, presente e futuro).
- É do espírito - e não a carne, não a alma.
- Você deve ser capaz de ver o seu agressor como um espírito vivo, não um inimigo, não como um desafio no caminho da vida, não como um obstáculo no seu caminho para o paraíso.

5. A conciliação é sempre a resposta.

- Não podemos permitir quaisquer áreas de falta de perdão em nossa vida.
- Devemos manter nossa consciência limpa e manter-nos em comunhão com os demais.
- Não insistir na falta de perdão
- Ordena a sua alma para estar sujeita ao seu espírito. 
Conclusão: Romanos 12:14-18

14 Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. 

15 Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; 
16 Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;

17 A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. 

18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. 
"Sempre perdoe aqueles que achamos ser nossos inimigos - nada os aborrece mais" 
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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Reflexóes sobre a Igreja e a Política

18.02.2017
Postado por Pr. Robenildo Lins

Comentaremos sobre as relações dos cristãos, igrejas e pastores com a política,
levantando a seguinte questão:

 "Deve uma igreja cristã envolver-se em campanha política?".

Esta pergunta é pertinente em nossos dias, pois corriqueiramente em épocas de eleições se vê igrejas transformando seus púlpitos em palanques eleitorais e trocando as músicas feitas para Deus por jingles de campanha.

É de Bertold Brecht (1898-1956) o seguinte pensamento: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão sem entendimento que se orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política. Não sabe que de sua ignorância nasce à prostituta, a criança abandonada, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o explorador das empresas nacionais e multinacionais".

O cristão como cidadão de uma sociedade democrática e pluralista deve desenvolver uma correta consciência política, interferir nos destinos da nação por meio do voto e participar da vida pública candidatando-se a cargos públicos. O cristão não deve ser um alienado político. Mas, e a Igreja cristã como instituição divinamente estabelicida por Deus deve envolver-se na política e em suas campanhas eleitorais?

Creio que, devido ao princípio da separação entre a Igreja e o Estado, a Igreja não deve tomar partido deste ou daquele candidato, ou deste ou daquele partido político. Isso significa que não é eticamente correto transformar o púlpito da igreja num “palanque” eleitoral, nem tampouco a Igreja assumir qualquer responsabilidade política, secretaria ou ministério seja do governo municipal, estadual ou federal.

Quando uma igreja apóia abertamente um candidato ou um partido político ou uma coligação está se colocando politicamente contra uma parcela da sociedade que não apóia tal candidato ou tal partido político. Ou seja, quando uma igreja se torna politicamente amiga de um grupo, automaticamente se torna inimiga de outro. Isto é totalmente contraditório à natureza da Igreja e à sua missão na terra que é atrair todos os homens para Cristo, através da fé em Jesus.

O partidarismo político na Igreja é um grande obstáculo e um enorme empecilho para a evangelização dos homens. Aliás, a evangelização, o anúncio das Boas Novas, é um dos grandes propósitos de Cristo para sua Igreja. O partidarismo político faz a igreja ir à contramão desse grande propósito. Com certeza isso é algo que não agrada o coração de Deus.

E o cristão? É lícito ao cristão candidatar-se a um cargo político? Acredito que, embora a Igreja deva ser “apolítica”, seus membros têm o direito como cidadãos de um país democrático de se candidatarem e se elegerem para cargos políticos, fato este que deve ser encorajado a fim de que haja a transformação da nossa sociedade em uma sociedade mais justa e piedosa.

Nada há na Palavra de Deus que proíba o cristão de filiar-se a um partido político e candidatar-se a um cargo público. Pelo contrário, a Bíblia relata a história de grandes homens de Deus que assumiram funções políticas: José, primeiro-ministro do Egito; Davi, rei de Israel; Josias e Ezequiel reis de Judá; Daniel, um dos ministros de Estado do reino da Pérsia; Mordecai, primeiro-ministro na Pérsia; Neemias, governador de Judá após a volta do cativeiro; etc.

Devido à corrupção que impera na política brasileira, a sociedade clama por homens e mulheres que levem a sério os cargos públicos para os quais foram eleitos pela população. Isto mostra que o meio político precisa cada vez mais de políticos cristãos comprometidos com Deus e com a sociedade.

Todavia, diante desta grande e urgente necessidade, particularmerte vejo uma problemática que a igreja tem diante de si e que precisa ser resolvida. O grande desafio para a Igreja é encontrar alternativas e meios de eleger candidatos cristãos comprometidos com Deus e com a sociedade, sem transformar o púlpito da Igreja em “palanque” político, e sem usar a Igreja como instrumento de manobra das massas.

Precisamos também fazer algumas indagações: a grande maioria dos políticos que se dizem cristãos têm realmente exercido influência positiva na política, ajudando efetivamente a transformar para melhor a sociedade brasileira? A medida que elegemos mais e mais cristãos tem diminuído os índices de criminalidade e corrupção no Brasil afora? Os políticos "cristãos" têm sido verdadeiramente “sal da terra e luz do mundo” conforme Jesus ordenou? Não têm sido alguns políticos “cristãos” encontrados envolvidos com a corrupção? Quantos políticos nominalmente cristãos que se elegeram levantando a bandeira do evangelho estão envolvidos nos escandalosos "mensalões" da vida pública, não somente em Brasília, mas em todo o País? Uma vergonha! Precisamos pensar, refletir, sobre esta triste realidade...

E na hora de votar? Qual deve ser a postura do cristão? Como se deve escolher em quem votar? Creio que devemos sempre nos fundamentar nestes princípios do voto ético:

1. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País, Estado e Município.

2. O voto é uma questão de consciência pessoal. Portanto, o cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade numa outra direção.

3. Os pastores e líderes têm a obrigação de orientar aos fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil deve levar os pastores a não conduzir processos político-partidários dentro da igreja, sob pena de que, em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos.

4. O pastor não deve permitir que candidatos, partidos ou coligações usem a ele próprio e a igreja como “cabos eleitorais” de campanha política. A igreja não deve ser usada como palanque político para manobra das massas.

5. É fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam pela dimensão política. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político evangélico tem que ser, sobretudo, um cristão na política, e não apenas um “despachante” ou “office-boy” de igrejas.

6. Não basta o candidato ser crente, irmão na fé, honesto e ter boas intenções. É preciso avaliar se tal pessoa possui qualificações e vocação política para o cargo, mesmo que não tenha experiência política. O que deve ser observado no candidato:

a) Se o candidato é uma pessoa lúcida, que já está envolvida em causas sociais, e comprometida com as causas de justiça e da verdade.

b) Se possui uma ideologia social e político-partidária clara e definida. A grande maioria dos candidatos nem sabe o que é isso. Estão em determinado partido não pela sua ideologia político-social, mas pelas chances que tal partido lhe dá de ganhar as eleições.

c) Se é um bom administrador, tanto de sua vida pessoal quanto de seus negócios.

d) Se possui um plano de governo e propostas claras e tangíveis.

7. Não basta o candidato ser carismático, falar bonito ou sair bem na foto. É necessário analisar se tal candidato possui qualificações e vocação política para o cargo, se é honesto e trabalhador. É importante também saber qual é a posição do candidato sobre questões morais e religiosas.

8. Se alguém está pensando em votar em um candidato que já exerceu ou está exercendo um cargo político, deve procurar saber quais foram as suas realizações e projetos durante o seu mandato. Não adianta, por exemplo, um vereador apresentar vários projetos se nenhum deles traz benefícios práticos à população (nome de rua, honra ao mérito, data comemorativa, etc.).

9. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que votou em um determinado candidato apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguirá alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, imóveis, linhas de crédito bancário ou outros “trocos”, ainda que menores. É verdade que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem a prostituição da consciência de um cristão, mesmo que a “recompensa” seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Afinal, Jesus não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz.

10. Os eleitores evangélicos devem votar nos candidatos de sua escolha, sobretudo, baseados em programas de governo, e não apenas em função de “boatos” do tipo: “O candidato tal ateu”; ou: “O fulano vai fechar as igrejas”; ou: “O sicrano não vai dar nada para os evangélicos”; ou ainda: “O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos”. É bom saber que a Constituição do Brasil não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é valido observar que aqueles que espalham boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos.

11. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ele ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como profecia divina.

Por fim, quero concluir falando sobre a compra de votos. O que significa a “compra de votos”? A compra de votos é o ato do candidato que propõe ao eleitor que este lhe dê o seu voto, em troca de algum bem ou vantagem que lhe é entregue ou oferecido.

A criatividade para conseguir o voto do eleitor não tem limites quanto aos bens e vantagens pessoais oferecidos, especialmente diante de tantas carências populares. Segundo uma pesquisa, a lista é longa e vai desde alimentos básicos diversos tais como açúcar, óleo, sal, tíquetes de leite, bebidas, dentaduras, óculos, sapatos, roupas, ajuda para obter documentos, pagamento de fiança de presos, cimento, areia, pedra, tijolos e outros materiais de construção, além de ferramentas, insumos agrícolas, uniformes para clubes esportivos, bolas e redes, enxovais, cobertores, berços, etc. Uma lista sem fim que expõe todas as dificuldades vividas pelo povo brasileiro.

O artigo 299 do Código Eleitoral brasileiro (Lei no.4737, de 15 de julho de 1965) estabelece que a compra de votos de eleitores é um crime com a pena prevista de até 4 anos de reclusão, além de multa. Além da prisão, o candidato deixará de ser candidato tendo seu registro cassado pelo Juiz Eleitoral.

Termino citando as palavras de Jesus à Poncio Pilatos, momentos antes de sua crucificação: "Nenhuma autoridade terias... se de cima não te fosse dada" (Jo 19:11). 
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