07.03.2017
A cerca de bambu
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A cerca de bambu
Outro referencial para mim e meus irmãos é o
meu pai. Mesmo diante de todas as dificuldades que ele passou, ele sempre
ensinou os filhos a fazer o que é certo e digno diante de Deus. Ele sempre teve
uma preocupação com a formação do nosso caráter e ele instruiu todos os filhos a
sempre fazer o que é correto e não seguir pelo caminho mais “fácil”. E lembro
que, mesmo desempregado, ele arrumou um meio de sustento com a construção de
cercas de bambu.
A primeira ele fez para nossa própria casa na Rua 58, em
Caetés III. Os vizinhos gostaram e encomendaram cerca a ele. Ele levava os filhos
para a mata e tirava os bambus. Nós fizemos muitas cercas até que a safra do
bambu acabou (risos). Depois ele vendeu a casa dele e comprou outra dentro do
próprio bairro e era uma casa de taipa, na Rua Aracati, fora da vila, e a
parede estava caindo e ele aprendeu a construir a parede e a partir daí, ele
passou a fazer reforma em outras casas. De uma forma ou de outra, Deus estava
sempre nos ajudando.
Depois voltamos para Caetés III, na Rua 59, e havia um
terreno que a igreja tinha comprado e estava com uma plantação de macaxeira e o
Pastor Isaac Martins, com sua bondade que lhe era característica, autorizou que
a gente tirasse a macaxeira e a gente passou um tempo se alimentando daquela
macaxeira até que igreja foi
construída.Com meu pai ainda desempregado,
minha mãe começou a matar galinha para vender. Na época, o então presbítero
Cavalcanti, que mais tarde se tornou pastor e já é falecido, vendia verduras e
galinhas e minha mãe matava de 25 a 30 galinhas por dia e a esposa dele, a irmã
Lindalva dava metade de uma galinha, uma palma de banana, um pacote de macarrão
e um quilo de farinha.
Até que houve um período que fechou tudo. E eu,
recentemente, revivi em um sonho, vendo meu pai deitado na cama aos prantos,
orando por nós e pedindo a Deus misericórdia e pedindo para livrá-lo daquela
situação extrema que estava passando. Ao
acordar, chorando, tive que sair do quarto para minha esposa não me ver
chorando por ter me lembrando dessa cena.
Entre a igreja e o mundo
Entre a igreja e o mundo
O
tempo passou e Deus começou a fazer promessas, a igreja de Caetés III foi
construída e nós trabalhamos na construção da igreja. A gente morava bem de
frente da igreja. Meu pai foi dirigente da Campanha Evangelizadora, passou um
período lá e depois nós fomos para Paratibe, onde ele foi consagrado ao
diaconato. Foi o período da minha vida em que com 18 anos eu comecei a
trabalhar.
O meu primeiro emprego foi na fábrica Tiletron, eu fabricava chapa
de box de banheiro. E quando eu comecei a trabalhar afastei-me do Evangelho.
Passei quatro anos fora da igreja. Nesse
período eu fiz tudo que uma pessoa que é crente nunca fez. Em pouco
tempo eu queria fazer tudo, provar de tudo.
Comprei uma moto, achava que era
dono do mundo, comprei uma arma e me envolvi com todo tipo de gente. Sem nunca,
porém, trilhar pelo caminho da criminalidade. Mas Deus nunca deixou eu me
enveredar por este caminho e a minha formação cristã e doméstica me ajudou a
voltar para os braços de Jesus.
3 comentários:
Fiel é Deus. . #AnaLins 🙏
História linda! ❤
Deus é fiel
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