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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Reforma Protestante e a Declaração de Fé das Assembleias de Deus

30.10.2017
Do portal CPADNEWS, 05.10.17
Por Douglas Baptista

Na noite de 31 de outubro de 1517, o reformador alemão Martinho Lutero (1483- 1546) afixou na porta da igreja do castelo de Wittenberg 95 teses contra as indulgências da igreja medieval. As teses sacudiram o país alemão e em pouco menos de trinta dias já tinham chegado à Itália. Escritas em latim, às teses foram traduzidas para o alemão, holandês e espanhol. Cerca de quatro anos depois o Imperador Carlos V convocou sua primeira dieta imperial na cidade de Worms para entre outros assuntos colocar um fim na reforma deflagrada por Lutero. Os trabalhos iniciaram em fevereiro e se estenderam até o mês de maio de 1521. No dia 18 de abril, uma quinta feira, Lutero foi conduzido ao local da assembleia que se encontrava lotada, o número dos que ocupavam as ante-salas, as janelas e as escadarias somavam 5 mil pessoas [1]. Na ocasião, o reformador foi instigado a retratar-se de seus escritos e sua resposta diante daquela multidão entrou para a história como uma declaração de convicção e fé nas Escrituras Sagradas:

“Minha consciência está atrelada à palavra de Deus. Enquanto não me tiverem convencido pelas Sagradas Escrituras, não posso nem quero retratar-me de coisa alguma, pois é perigoso agir contra a consciência” [2]

Como resultado de sua postura, no dia 26 de maio de 1521, um decreto imperial conhecido como Edito de Worms condenou o reformador por heresia, determinou a execução da bula papal com a excomunhão e ordenou a queima dos escritos e livros de Lutero. O edito também autorizava a prisão e o saque dos bens de todos quantos aderissem ou simpatizassem com as ideias do reformador. Mesmo diante de tal nefasto decreto, a reforma não pode ser contida. Desse modo, em 1529, Carlos V voltou a convocar à Dieta Imperial, desta vez na cidade de Espira, com a intenção de combater a reforma, ratificar o Edito de Worms e impor o catolicismo na Alemanha. A reunião transcorreu no período de 19 a 25 de abril daquele ano. Após intensos e calorosos debates em que os representantes do imperador e do papa desejavam suspender o direito a liberdade religiosa e restabelecer a religião católica no país, os líderes alemães indignaram-se e redigiram um documento de protesto. Ao total, seis príncipes assinaram e 14 cidades imperiais livres subscreveram a carta:

“Protestamos pelos que se acham presentes [...] que nós, por nós e pelo nosso povo, não concordamos de maneira alguma com o decreto proposto, nem aderimos ao mesmo em tudo que seja contrário a Deus, à Sua santa Palavra, ao nosso direito de consciência, à nossa salvação. [...] Por essa razão rejeitamos o jugo que nos é imposto. [...] Ao mesmo tempo estamos na expectativa de que Sua Majestade imperial procederá em relação a nós como príncipe cristão que ama a Deus acima de todas as coisas; e declaramo-nos prontos a tributar-lhe, bem como a vós, graciosos fidalgos, toda a afeição e obediência que sejam nosso dever justo e legítimo” [3]

            A partir deste episódio histórico os adeptos e simpatizantes das ideias de Lutero com a consequente reforma da igreja receberam a alcunha de “protestantes”. Já o conceito de “protestantismo” surgiu no século XVI com o propósito de fundir uma série de eventos que contribuíram para a transformação da igreja cristã. Na verdade, após as 95 teses de Lutero, a igreja experimentou programas de reformas diversos e distintos em todo o mundo. Porém, foi a partir de Wittenberg que a teologia escolástica e o aristotelismo deram lugar a uma nova teologia com ênfase na Bíblia. O lema adotado por Lutero “renovar e não inovar” passou a ser um padrão para o protestantismo onde o movimento se instalava. Como resultado dessas transformações surgiram uma variedade de ramificações e denominações cristãs e cada qual adotou um modelo de reforma para ser seguido.

            Em decorrência, os reformadores nem sempre estavam concordes em suas posições doutrinárias. Desde o começo aconteceram divergências quanto à necessidade de reformar este ou aquele ponto doutrinário. Evidente que estes fatos não são deméritos e nem colocam a reforma em descrédito. A reforma deve ser entendida como um movimento de transformação. Como se convencionou afirmar “sempre reformando”. E já no período clássico da reforma surgiu a “reforma radical” que desejava não apenas reformar, mas restaurar a igreja à sua pureza original. Essa ênfase foi considerada uma “reforma da Reforma”, ou uma “correção da correção do catolicismo” [4]. Deste modo, no período da Reforma, confissões, credos e declarações de fé protestantes passaram a ser promulgadas. Estes documentos depois de aprovados passavam a ser a interpretação autorizada das Escrituras como norma de fé e prática deste ou daquele determinado segmento protestante.

            Assim, as confissões de fé tornaram-se marcas da Reforma Protestante, dentre elas, destacam-se a Confissão de Augsburgo (Lutero), elaborada por Filipe Melânchton em 1530; as Confissões Helvéticas (Zuínglio), a primeira em 1534, e a segunda em 1566, sendo esta preparada por Heinrich Bullinger; a Confissão de Fé Gaulesa (João Calvino), elaborada em 1559; a Confissão de Fé Escocesa (John Knox), preparada em 1560; a Confissão Belga (Guido de Brés), elaborada 1561; o Catecismo de Heidelberg (Ursino e Oleviano) em 1567; a Confissão de Fé da Igreja Anglicana (Matthew Parker) escrita em 1552 e revisada em 1563; a Remonstrância (Armínio), escrita em 1610 e que culminou com a Confissão Arminiana em 1621, elaborada por Simão Episcópio. E por fim, a última delas no período da Reforma, a Confissão de Fé de Westminster (Britânica), produzida entre 1643 e 1647.

            Mercê destes fatos e seguindo o legado dos reformadores, as Assembleias de Deus no Brasil, no ano de aniversário de 500 anos da Reforma Protestante e no período pós-centenário do pentecostalismo assembleiano, por ocasião da 42ª Assembleia Geral Ordinária da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), em abril de 2017, aprovou por unanimidade de seus Ministros a sua “Declaração de Fé”. O documento é constituído de 16 artigos de fé intitulado de “cremos” o que pode ser considerado como “credo menor” e a “Declaração de Fé” propriamente dita que contém 24 capítulos e que pode ser identificada como “credo maior”. O documento ressalta a marca pentecostal das Assembleias de Deus enquanto desponta como a maior denominação religiosa protestante do país. No entanto, a primordial finalidade da “Declaração de Fé” das Assembleias de Deus é usar o documento como proteção contra os modismos e as falsas doutrinas, contribuir para a unidade do pensamento teológico e ortodoxia cristã para “que digais todos uma mesma coisa” (1 Co 1.10) e, de modo especial, fazer com que tudo culmine para a Glória de Deus (Soli Deo Gloria).
Pense nisso!
*Douglas Baptista é pastor, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/158/a-reforma-protestante-e-a-declaracao-de-fe-das-assembleias-de-deus.html

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

CPAD News: Entrevista com José Wellington Bezerra da Costa

07.08.2017 
Do portal CPAD NEWS

O repórter Jorge de Andrade realiza entrevista exclusiva com o homem que marcou a história da Assembleia de Deus no Brasil, Pastor José Wellington Bezerra da Costa. Ele conta um pouco sobre os 30 anos a frente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). 

   
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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=HzAsyb18-_s

quinta-feira, 13 de julho de 2017

A Doutrina da Salvação (quarta e última parte)

13.07.2017
Do portal da CPAD NEWS, 04.07.2013
Por Pr. Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoA salvação é uma obra inteiramente independente de nossas obras, esforços e méritos. Contudo, o homem tem certas condições a cumprir. Essas condições são a fé, o arrependimento e a confissão.

Fé é a confiança em Deus. Ela se ocupa com Deus, assim como o arrependimento ocupa-se com o pecado e o remorso. A fé divisa a misericórdia divina, quando toma-se a mão para receber a salvação (Ef 2.8).

O arrependimento honra a Lei de Deus. Mas, tanto a fé como o arrependimento vêm graciosamente de Deus, para que o homem não tenha de que gloriar-se (At 5.31; Rm 2.4; 12.3; 10.17; At 11.18; Fp 2.13; 2Tm 2.25; Ez 36.27 e Jr 31.3). Bem disse o profeta Isaías que Jeová é a nossa salvação (Is 12.2).

A fé e o arrependimento devem acompanhar o crente em toda sua vida. O primeiro é indispensável ao recebimento das bênçãos; o segundo fá-lo zeloso para pureza. O crente que sabe arrepender-se e humilhar-se aos pés do Senhor é um grande vencedor. Quanto à fé, notemos uma coisa: ela somente opera através do amor (Gl 5.6; Ef 6.23; 2Tm 1.13 e 1Tm 5.8). Há por aí os que se dizem cheios de fé, porém sem qualquer dose de amor divino. É uma anomalia, uma decepção, uma negação da verdade (1Co 13.2).

No tocante à salvação, confissão significa confessar publicamente a Cristo como Salvador. Após crer com o coração (Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente (Rm 10.9-10). Crer Nele sem confessá-lo é flagrante covardia; confessá-lo sem nEle crer é hipocrisia.

Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou presente de Deus para nós (Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te ofereça um grande e rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma porção de objetos inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para receber esse presente, recusando-o assim. O mesmo acontece em relação a Deus e à Sua salvação. Mas, suponhamos que tu largues tudo e aceites o presente. Nada mereces pelo fato de estenderdes a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim, satisfazes a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à salvação.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/49/a-doutrina-da-salvacao-(quarta-parte).html

quarta-feira, 12 de julho de 2017

A Doutrina da Salvação (terceira parte)

12.07.2017
Do portal da CPAD NEWS,22.04.2013
Por Pr. Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoSantificação é um ato divino que também ocorre dentro do homem, refletindo logo em seu exterior. Daí a diferença entre santidade – um estado – e justiça – santidade prática, de vida (Lc 1.75). Na operação divina da conversão, a santidade de Cristo passa a ser a nossa santidade (Cl 2.10; 1Co 2.30; Hb 10.10,14 e Rm 8.2). Seus méritos são creditados à nossa conta. Estamos tratando da santificação posicional em Cristo, não da santificação progressiva, no viver diário do crente, como mostrada em 2 Coríntios 7.1 e Apocalipse 22.1.

O resultado da santificação, operada na conversão, é a mudança de vida.

A salvação considerada sob estes três aspectos simultâneos é perfeita. É a salvação no sentido objetivo. Estamos em Cristo (2Co 5.17 e Jo 15.4). Nunca seremos mais salvos do que somos agora. Cristo não fará mais nada para salvar-nos além do que já fez. Ele já fez tudo o que era preciso e possível. Aí está o perigo do pecador rejeitar a Cristo, pois não haverá outro plano divino de Salvação. O atual é eterno (2Tm 1.9 e Ef 3.11). Nem mais outro sacrifício expiatório terá lugar, pois o de Jesus foi perfeito e completo (Hb 9.26; 10.10,12).

Pela santificação em Cristo, o crente é declarado santo. Por ela, o crente entra em boas relações com Deus quanto à sua na¬tureza, pois Ele é santo (1Pe 1.16 e 2Tm 2.21).

Estas três bênçãos – justificação, regeneração e santificação – são simultâneas, no sentido objetivo. As três constituem a plena Salvação em Cristo (2Co 5.17).

A Salvação na experiência humana

Quando falamos de salvação na experiência humana, estamos falando de salvação no sentido subjetivo. O homem como recipiendário e Deus como o doador. É salvação vista na experiência humana. Considerada a salvação sob este aspecto, ela tem três tempos: no passado, justificação; no presente, santificação; no futuro, glorificação.

a) No passado – justificação: É a salvação da condenação do pecado. O crente foi salvo da condenação do pecado. A Bíblia descreve este fato como ato passado (Rm 5.1 e 1Co 6.11). Justificação é o que Deus fez por nós. O crente foi justificado uma só vez. Daí em diante o que ocorrerá é a purificação (1Jo 1.9 e Jo 13.10).

b) No presente – santificação: É a salvacão do domínio e influência do pecado. Santificação bíblica significa basicamente separação para uso e posse de Deus. Uma boa definição é a de Paulo em Atos 27.23: “...do Senhor, de quem sou e a quem sirvo”. Santificação não é apenas a pessoa pertencer a Deus, mas também servi-lo. Se o leitor é um santo de Deus, certamente está servindo a Deus. Há muita santificação por aí que pode ser tudo, menos bíblica.

A santificação posicional, deve tornar-se experimental no viver diário do crente. A santificação é primeiramente interna, isto é, pureza interior, purificação do pecado, refletindo isso em nosso exterior, traduzido em separação do pecado e dedicação a Deus. É um termo ligado ao culto a Deus e consagração ao seu serviço, conforme se vê no livro de Levítico, através de pessoas e coisas, sacerdotes, templo, objetos etc. Quem pensa ser santo deve ser separado do mal e dedicado a Deus para seu uso (2Tm 2.21). A santificação, como aca¬bamos de ver, tem um lado posicional e outro prático: um santo viver.

A justiça é comparada a um vestido (Jó 29.14 e Is 59.17). Mas o corpo, que recebe esse vestido, como deve estar? É razoável um vestido limpo em corpo sujo?

A santificação é o que Deus faz em nós. Nesse sentido, a salvação é progressiva. Uma criança nova é perfeita, mas não é adulta. Uma frutinha é também perfeita ao formar-se, mas não é madura (Ef 4.13). Tendo sido justificado, o crente progride e prossegue para a perfeição, de que em seguida nos ocuparemos. Portanto, ao estudarmos a santificação precisamos vê-la quanto à posição do crente em Jesus Cristo, e quanto ao estado do crente em si mesmo.

c) No futuro – glorificação: Será a salvação da presença do pecado em nossa vida. A glorificação é a inteira conformação com Jesus Cristo (Rm 8.23 e 1Jo 3.2). É a perfeição do crente. Na glorificação, a salvação envolverá o corpo físico, então glorificado. Estaremos ressuscitados. Estaremos no Céu (Rm 13.11; 2Co 5.2,4; Fp 2.12 e Hb 9.2). Será redenção do corpo (Rm 8.23).

A glorificação será o que Deus fará conosco.

No próximo artigo, falaremos sobre as condições para a salvação.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/48/a-doutrina-da-salvacao-(terceira-parte).html
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terça-feira, 11 de julho de 2017

A Doutrina da Salvação (segunda parte)

10.07.2017
Do portal da CPAD NEWS,25.03.2013
Por Pr. Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoJustificação é um termo judicial. Fala de quebra da Lei (1Jo 3.4). Ele é o ato de transformação ou mudança de estado do pecador, perante Deus, operada por Ele mesmo. A justificação tem caráter exterior. Deus é o juiz, Cristo é o advogado e o homem, o réu. A transgressão da Lei de Deus é o pecado cometido.

O resultado da justificação na vida do novo crente é a mudança de posição perante Deus. De condenado que era, o homem passa a justificado. Na justificação, o homem entra em boas relações com Deus quanto às suas leis, pois Ele é justo (Rm 5.1; 8.1-4). A justificação é um ato divino fora do indivíduo, enquanto a regeneração ocorre no interior da criatura.

É muito maravilhoso o modo como Deus providenciou e efetua a nossa justificação. A justiça de Cristo é creditada à nossa conta espiritual (Rm 3.24-28). Romanos trata desse assunto de modo completo e majestoso.

Para a nossa justificação: a) Deus, em sua graça, colocou seu Filho em meu lugar, e, na cruz, transferiu minhas culpas e crimes para Ele; b) Jesus morreu voluntariamente por mim; c) Eu preciso aceitar, por fé, este único método divino de justificação do ímpio (Rm 4.5), confessando a Jesus como meu Salvador (Rm 10.9).

Assim, sem ultrajar sua perfeita justiça, Deus justifica o ímpio (aparentemente um absurdo), substituindo o culpado pelo inocente (Cristo), transferindo minhas culpas para Ele. Deste modo, Deus proveu a justificação para mim e para ti, mediante substituição e transferência, tudo por Cristo. Legalmente, não deveria haver misericórdia para com o culpado. Deveria ele ser punido. Porém, em virtude do sacrifício de Cristo, Deus, o Justo Juiz, faz justiça, perdoando o penitente que a Ele vem com fé. Assim, essa justificação por Jesus só é efetivada na vida do pecador que o aceitar como seu Salvador. Somente aceitando Jesus o pecador entra no plano divino para sua Salvação.

Vê-se, assim, que, no sentido bíblico, justificar é mais do que perdoar. O perdão remove a condenação do pecado, e a justi¬ficação nos declara justos. Um juiz terreno ou chefe de Estado pode perdoar um criminoso, mas não pode colocá-lo nunca em posição igual à daquele que nunca transgrediu a lei. Mas o nosso Deus pode e faz isso. Deus tanto perdoa o pecador, como justifica-o. Isto é, trata-o como se nunca tivesse pecado! Aleluia ao Trino Deus! E tal fato ocorre no momento em que o pecador arrependido aceita Jesus como seu Salvador pessoal. Aqui no mun¬do, um criminoso nunca mais receberá a consideração de justo por parte de seus semelhantes, mas Deus declara justo o pecador que Ele justificar. Sim! "Justificado!” – é o veredito divino. Quem pode agora nos condenar se é Deus quem nos justifica? (Rm 8.33-34). Aleluia!

Como é possível um Deus justo justificar um ímpio? (Rm 4.5). Já tentamos explicar: substituindo o culpado pelo inocente, o pecador pelo justo, e transferindo a culpa de um para o outro. Foi o que aconteceu no Calvário. Não foram os soldados romanos que levaram Jesus ao Calvário e ocasionaram sua morte, mas os meus e os teus pecados. Sua vida não foi tomada. Ele a deu como sacrifício para nos redimir.

É evidente que justificar é mais do que perdoar. Pela justificação o crente é declarado justo. A origem da justificação é a graça de Deus (Rm 3.24 e Tt 3.7). A base da justificação é o sangue de Jesus (Rm 5.9). O meio da justificação é a fé que vem por Jesus (Rm 3.28; 5.1).

Regeneração

Regeneração é um termo relacionado à família. Tem a ver com a nossa inclusão na família divina. É o ato interior operado na alma, pelo Espírito Santo. É a nova vida em Cristo, o novo nascimento. Sendo regenerado pelo Espírito Santo, o crente é filho de Deus. O lado externo da regeneração é a conversão, isto é, aquilo que o mundo vê ou percebe. Conversão é a mudança externa da pessoa, seu procedimento resultante da regeneração, a qual é a mudança interna na alma. A regeneração é a causa, a conversão é o efeito. Há um sentido em que a conversão não é total (Mt 18.3; Lc 22.32 e Tg 5.19).

O que ocasiona a regeneração não é a justificação, mas a comunicação da vida de Cristo. A justificação é imputada; a regeneração é comunicada. Justificação tem a ver com o pecado; regeneração, com a natureza. Justificação é algo feito a nosso favor; regeneração é algo operado em nós.

O resultado da regeneração é a mudança de condição – de servo do pecado e do Diabo para filho de Deus (Jo 1.12,13; 3.3 e Tt 3.5). Pela regeneração o crente é declarado filho de Deus.

No próximo artigo, falaremos sobre a santificação.

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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/47/a-doutrina-da-salvacao-(segunda-parte).html

segunda-feira, 10 de julho de 2017

A Doutrina da Salvação (Primeira Parte)

10.07.2017
Do portal da CPAD NEWS,14.02.2013
Por Pr. Antonio Gilberto

Pr. Antonio GilbertoSalvação é palavra de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da inefável salvação consumada por Jesus, o que às vezes reflete uma vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por Jesus, e a busca constante de sua comunhão.

Em Efésios 6, quando o apóstolo discorre sobre a armadura de combate do soldado cristão, fala do capacete da salvacão (v17). O capacete cobria totalmente a cabeça, protegendo-a. Isso fala da plenitude do conhecimento e da experiência da salvação.

Salvação não significa apenas livramento da condenação do Inferno. Ela abarca todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de Deus para com o homem e o mundo através de Jesus, o Redentor, nesta vida e na outra.

Salvação é o resultado da redenção efetuada por Jesus. Redenção foi o meio que Deus proveu para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto desse livramento. No sentido comum e limitado, Salvação significa a obra que Deus realiza instantaneamente no pecador que a Ele se entrega, perdoando-o e regenerando-o. Porém, a Salvação tem sentido e alcance muito mais vasto. Assim considerada, significa o pleno livramento da presença do pecado e suas conseqüências, o que somente ocorrerá na glória celestial. Nesse sentido, a Salvação alcança também outras esferas além da humana (Cl 1.20).

A Salvação foi planejada por Deus Pai (Ap 13.8 e 1Pd 1.18-20). Deus Filho consumou-a (Jo 19.30 e Hb 5.9). O Espírito Santo aplica-a ao pecador (Jo 3.5; Tt 3.5 e Rm 8.2). Tudo por graça (Ef 2.8).

Milhares de filhos de Deus são hoje salvos por Jesus, mas ainda não examinaram detalhadamente a sublimidade desta Salvação em seus dois sentidos: objetivo e subjetivo. A Salvação que Jesus efetuou no Calvário é tão rica, profunda e grandiosa que somente na outra vida é que começaremos a entender de fato o seu infinito alcance. Quando as eras futuras começarem o seu curso na glória celestial, começaremos a compreender as riquezas infinitas desta Salvação em Jesus Cristo (Ef 2.7; 3.8).

Vejamos a Salvação em si, do ponto de vista objetivo, considerando Deus como doador e o homem como o recipiendário. Nesse sentido, ela tem três aspectos, todos simultâneos: justificação, regeneração e santificação. Uma pessoa verdadeiramente justificada é também regenerada e santificada.

No próximo artigo, falaremos sobre a justificação e a regeneração.
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/46/a-doutrina-da-salvacao-(primeira-parte).html

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Pastor Rinaldo Alves dos Santos, presidente da Comadeplan, é empossado no Conselho Fiscal da CGADB

05.07.2017
Por Ev. Irineu Messias*

Pastor Rinaldo Alves, segundo da esquerda para a direita, durante solenidade de posse da CGADB, em São Paulo, dia 03.07.17

Edital de convocação da posse do pastor José Wellington JúniorNo dia 03 de julho, em São Paulo, o pastor Rinaldo Alves dos Santos , toma posse no Conselho Fiscal da CGADB, representando a Região Centro-Oeste.

Depois de vários recursos interpostos pela chapa perdedora, o Poder Judiciário, finalmente reconheceu a  eleiçao do Pastor José Wellington Costa Júnior, ocorrida no 09 de abril do corrente ano.

A Assembleia de Deus Ebenézer, na pessoa do seu pastor-presidente, José Lins, parabeniza a nova direção da Convenção das Assembleias de Deus no Brasil - CGADB.

Pastor Rinaldo, recebendo seu certificado de posse no Conselho Fiscal da CGADB.
A Ebenézer em Pernambuco, deseja que seja mandato de muitas bênçãos  da parte do Senhor, particularmente ao nosso pastor- presidente da Comadeplan, Rinaldo Alves, membro do Conselho Fiscal,  que inclusive esteve nas festividades de um ano de existência do Ministério Ebenézer em Pernambuco, de 30.06 a 02 de julho de 2017.

Pastor José Wellington Costa Junior é empossado novo líder da CGADB
Diretoria eleita da CGDB
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terça-feira, 4 de julho de 2017

Pastor José Wellington Costa Junior é empossado novo líder da CGADB

04.07.2017
Do portal da CPAD NEWS

Mais de 6 mil ministros da AD e autoridades públicas nacionais e estaduais prestigiaram posse do novo líder da CGADB

Pastor José Wellington Costa Junior é empossado novo líder da CGADB

Na manhã de segunda-feira, 3 de julho, ocorreu, no novo templo-central da Assembleia de Deus em São Paulo, Ministério do Belém, a última sessão da 43ª Assembleia Geral Ordinária da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), ocasião em que foi realizada a posse da nova Mesa Diretora e do novo Conselho Fiscal da instituição, eleitos em pleito online efetuado em 9 de abril, com a participação de mais de 23 mil eleitores inscritos. Os novos membros eleitos da Mesa Diretora e do Conselho Fiscal receberam, cada um deles, mais de 60% dos votos naquela ocasião. Com a posse da nova Mesa, o pastor José Wellington Costa Junior, vice-líder da Convenção Fraternal das ADs no Estado de São Paulo (Confradesp) e durante 14 anos presidente do Conselho Administrativo da CPAD, passa a ser o novo presidente da CGADB, com mandato até 2021.
 
A sessão de posse, que é a última da 43ª AGO da CGADB e estava marcada anteriormente para a manhã do dia 28 de abril de 2017, para o novo templo-central da AD em São Paulo, havia sido suspensa por ordem judicial do juiz da Comarca de Madureira, atendendo a pedido de candidatos pertencentes ao grupo que perdeu as eleições. Porém, na noite de quarta-feira, 28 de junho, como divulgado pelo CPADNews, o site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro publicou a decisão do juiz da Comarca de Madureira reconhecendo o resultado do pleito e a legalidade de todo o processo eleitoral e autorizando a posse dos eleitos. Em Edital publicado no dia seguinte pelo site da CGADB e em uma edição especial do jornal Mensageiro da Paz, os convencionais foram convocados para a realização da última sessão para a manhã desta segunda, 3 de julho.
 
A sessão de posse teve início às 9h, com a presença de cerca de 6 mil ministros (pastores e evangelistas) das Assembleias de Deus em todo o país. Compareceram à posse líderes da denominação de todas as regiões, além do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que veio representando o presidente Michel Temer; o governador do Estado do Mato Grosso,  Pedro Taques; o deputado Sebastião Machado Rezende (PSC-MT), que fez uma homenagem a todos os eleitos em nome da Assembleia Legislativa do Mato Grosso; além de outros deputados federais, deputados estaduais e vereadores, e o bispo Samuel Ferreira, da Convenção Nacional das Assembleias de Deus do Ministério de Madureira (Conamad).
 
A mensagem pregada no devocional pela manhã foi ministrada pelo pastor Ângelo Galvão (SP). Houve alegria espiritual pelo conteúdo da mensagem ministrada. Por sua vez, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, falando em nome do presidente Michel Temer, ressaltou a importância das Assembleias de Deus no Brasil para os destinos da nação, pela defesa de valores e princípios que, segundo ele, “são os verdadeiros responsáveis pelo sucesso de uma nação”. Entre esses princípios, ele destacou a valorização da família, o respeito ao próximo, a ética, os valores morais, a fé em Deus e a dedicação ao trabalho. Ele saudou também os novos eleitos.
 
Em seu último discurso como presidente da CGADB, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, que por cerca de 30 anos liderou a entidade de forma marcante, lamentou e repudiou o comportamento reprovável de alguns opositores e frisou que “poder não se toma, mas se conquista com a bênção de Deus e a confiança dos eleitores”. Ele destacou ainda que “a CGADB é de Deus” e lembrou que sua gestão foi marcada por “sinceridade, oração e muito trabalho”. Ao final, ele manifestou seu desejo de que “as bênçãos de Deus sejam derramadas sobre os novos membros eleitos da Mesa Diretora e do Conselho Fiscal”, e concluiu agradecendo a Deus por todas as bênçãos recebidas.
 
Ao final, o presidente da Comissão Eleitoral da CGADB, o pastor e promotor de justiça Antônio Carlos Lorenzetti, procedeu a posse e entrega de certificados aos eleitos. A oração pela posse dos novos membros da Mesa Diretora e do Conselho Fiscal da CGADB foi feita pelo pastor Oscar Domingos de Moura, presidente da Convenção de Ministros das ADs no Estado do Espírito Santo e Outros (Cadeeso).
 
Em seu discurso de posse, o pastor José Wellington Costa Junior, novo presidente da CGADB, ressaltou seu compromisso em manter os princípios que levaram a Assembleia de Deus no Brasil a se tornar a maior denominação no país. Ele enfatizou “a manutenção da identidade pentecostal” e do jeito de ser assembleiano, valorizando sobretudo “a doutrina, a tradição e a liturgia assembleianas”. Sua fala foi recebida com fervor e alegria pelos pastores presentes.
 
O novo líder da CGADB também apresentou a nova formação do Conselho Administrativo da CPAD, presidido agora pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, a qual foi eleita na penúltima sessão da 43ª AGO. A nova diretoria da União de Esposa de Ministros das Assembelias de Deus (Unemad), presidida agora pela irmã Lídia Dantas, esposa do pastor José Wellington Costa Junior, foi apresentada. Na ocasião, a irmã Wanda Freire Costa, fundadora da Unemad e líder da entidade desde sua fundação, foi anunciada como presidente de honra da Unemad.
 
A sessão foi concluída às 13h, com bênção apostólica impetrada pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa. Houve queima de fogos por quase 10 minutos do lado de fora do templo enquanto os convencionais de congratulavam.
 
Mais informações, inclusive a nova formação dos demais conselhos e comissões da CGADB, na edição de agosto do jornal Mensageiro da Paz (CPAD).
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/assembleia-de-deus/40099/pastor-jose-wellington-costa-junior-e-empossado-novo-lider-da-cgadb.html

terça-feira, 27 de junho de 2017

Primeiro aniversário da Igreja Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco

26.06.2017
Por Tânia Passos Araujo*

Programação tem início dia 30 de junho e inclui o 1° Congresso de Mulheres

O pastor -presidente da Comadeplan, Rinaldo Alves, ao lado esposa, a missionária Isabel Alves, convidados especiais do aniversário da Assembleia de Deus Ebenézer de Pernambuco
O primeiro ano da Igreja Assembleia de Deus Ebenézer de Pernambuco (IEADEPE) é a confirmação da obra de Deus nas mãos dos pastores Jose Lins e Robenildo Lins. Nenhum dos dois imaginava os planos de Deus na vida deles e das missionárias Edileusa Lins e Ana Lins, respectivamente, as esposas dos dois ministros, que também abraçaram a obra. Em um ano, a Ebenézer criou sete congregações e se filiou à Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus do Planalto Central (Comadeplan), que é ligada à Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB). No seu primeiro aniversário, a Ebenézer preparou uma programação especial para os fiéis. Além das comemorações do aniversário será realizado também o 1º Congresso de Mulheres da Igreja da Assembleia de Deus Ebenézer

A abertura do evento será no dia 30 de junho, a partir das 19h, na sede da igreja na Rua Ieda, 108, no bairro São Benedito, Olinda, nas imediações do Terminal Integrado de Xambá. A programação segue nos dias 1 e 2 de julho. O aniversário da Ebenézer vai contar com a participação especial do pastor-presidente da Comadeplan, Rinaldo Alves dos Santos e da esposa dele, a missionária Isabel Alves. Também participará do evento, o pastor Josafá Claudino, de Lajedo, da Assembleia de Deus Mover do Espírito.

Na sexta-feira, dia 30 de junho, a abertura será com o pastor-presidente da Comadeplan, Rinaldo Alves, que trará uma palavra com o tema: “Até aqui nos ajudou o Senhor”, do livro de 1 Sm 7:12. No sábado, dia 1 de julho, a partir das 14h, terá início o Congresso das Mulheres, que terá como palestrante a missionária Isabel Alves. Também no sábado, a partir das 19h, o culto será ministrado pelo pastor Rinaldo Alves e, no domingo, no encerramento, a partir das 19h, o culto será ministrado pelo pastor Josafá Claudino.

O pastor-presidente da IEADEPE, José Lins, a sua esposa, a missionária Edileuza Lins. E no lado direito, o pastor e vice-presidente Robenildo Lins e a sua esposa, a missionária Ana Lins

A festa do aniversário vem sendo preparada desde o início do ano em trabalho que vai desde orações e campanhas entre os irmãos para propiciar o momento mais esperado. “Sinto-me realizado pela mão de Deus. É, de fato, uma realização espiritual. Deus tem feito tudo de forma muito rápida na Assembleia de Deus Ebenézer e só tenho a agradecer pelas promessas cumpridas, pelos livramentos e a paz que temos nas nossas almas. O bálsamo na hora certa” revelou o pastor e vice-presidente da IEADEPE, Robenildo Lins.

O trabalho do pastor é acompanhado pelo da esposa, a missionária Ana Lins, que tomou a frente do 1º Congresso de Mulheres, junto com a missionária Edileusa Lins. “A expectativa é boa. A gente passou um ano orando, batalhando e Deus vê tudo isso e nos honra. E a trabalhada é a de sempre. As irmãs com a mão no arado fazendo a obra. E sabemos que Deus, Ele tem coisas grandes para fazer neste congresso”, afirmou a missionária Ana Lins. “O congresso é destinado para mulheres crentes e não crentes e de outras denominações. Todas são bem-vindas em nome de Jesus”, completa a missionária. 

Mesmo diante de tantas conquistas, o pastor Robenildo Lins lembra que o trabalhar na obra exige sacrifícios, mas, sobretudo, fé em Deus. “Esse também foi um ano de Deus nos colocar na paciência Dele. A tribulação produz paciência e para a gente superar as dificuldades é uma realização. Sinto-me realizado diante de Deus. Posso dizer que, nesse primeiro ano, a sensação é de tarefa cumprida e esperando os próximos anos. Agradeço a Deus pela vida do nosso presidente, o pastor José Lins e pela experiência dele colocada também a serviço do ministério, pois se não fosse a experiência dele por trás, a gente não teria alçado aos desafios que Deus colocou em nossas mãos”. As sete congregações da Ebenézer participarão dos eventos na sede a partir do dia 30 de junho. No culto de encerramento do domingo estarão presentes apenas as congregações do Alto da Conquista, Jardim Brasil 5, Tamandaré e Sítio Ouro Preto.

*Tânia Passos Araujo, Missionária da Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco e jornalista
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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Assembleia de Deus: 106 anos

26.06.2017
Do portal da CPAD NEWS, 22.06.17
Por  Pr. Douglas Roberto de Almeida Baptista

A Assembleia de Deus, historicamente reconhecida, começa com a chamada de dois jovens suecos que aqui desembarcaram com a mensagem pentecostal.

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 A chamada de Gunnar Vingren

No Diário do Pioneiro, Vingren (2000, p. 26) relata que enquanto pastoreava a Igreja Batista em South Bend, em determinado dia de 1910, Deus colocou no seu coração o desejo de orar na casa de certo irmão que se chamava Adolf Ulldin. A reunião aconteceu em um sábado à noite. Durante a oração, Deus revelou por meio do Espírito Santo que Gunnar deveria ir para o Pará.

Na profecia, o Espírito Santo também revelou que o pastor Gunnar se casaria com uma moça chamada Strandberg. Tempos depois, já no Brasil, em 16 de outubro de 1917, Vingren casou-se com Frida Strandberg. Acerca das impressões daquela noite, Vingren escreveu no diário: “Naquela ocasião tivemos o imenso privilégio de ouvir através do Espírito Santo a linguagem daquele povo, o idioma português” (Vingren, 2011, p. 27).

Como ninguém conhecia o lugar e nunca ouvira falar, no dia seguinte o pastor Gunnar Vingren disse ao irmão Adolf: “Vamos a uma biblioteca saber se existe algum lugar na terra chamado Pará” (Vingren, 2000, p. 27). Lá descobriram a localização do “Pará”. O mapa indicava o local logo ao sul da linha do Equador, na fronteira da selva quente e úmida. Tratava-se de uma região em um país na América Latina – o Brasil (Berg, 1995, p. 53).

A chamada de Daniel Berg

O Pastor Vingren conheceu Daniel Berg em 1909 em Chicago, Estados Unidos, por ocasião de uma Conferência na Primeira Igreja Batista de Chicago. Em 1910, Daniel Berg demitiu-se de seu emprego em Chicago e mudou-se para South Bend para auxiliar o pastor Gunnar Vingren.

Quando fazia já certo tempo que Daniel Berg estava em South Bend, os amigos sentiram um forte desejo no coração de orar na casa do irmão Adolf Ulldin. De acordo com Berg (1995, p. 53) a oração aconteceu na cozinha da residência. Durante a oração Ulldin teve novamente uma visão com a palavra “Pará”. Nesse dia Daniel Berg recebeu a confirmação de sua chamada missionária e que deveria acompanhar Vingren ao Brasil. Gunnar Vingren registrou em seu diário que Deus lhes revelara inclusive a data de embarque ao Brasil: “Isso tudo aconteceu no verão de 1910. E, Deus nos revelou a data de 5 de novembro de 1910” (Vingren, 2000, p. 28).

A viagem ao Brasil

Já a bordo do navio Clement (5/11/1910) instalaram-se na terceira classe. Com resignação receberam a notícia de que, por causa da greve dos estivadores, suas malas novas com as roupas leves não seguiriam com o navio. Chegariam ao Brasil apenas com a bagagem de mão, na qual estavam algumas poucas notas de pequeno valor e moedas avulsas (Berg, 1995, p. 59). Outra vez, as circunstâncias os ensinavam a depender inteiramente do Senhor. Eram também eles os únicos passageiros brancos a bordo, o que também não deixava de ser uma preparação para as atividades missionárias em terras brasileiras (Berg, 1995, p. 60).

Quatorze dias depois de sair de Nova York, o navio atracou no Brasil. Ao chegar próximo ao Porto do Pará, a embarcação não pôde atracar no cais por falta de espaço. O navio ancorou a certa distância e os passageiros foram transportados por pequenos botes a remo. Os botes paravam no cais, próximos a uma escada de pedra, a qual os passageiros tinham que subir. Era a tarde do dia 19 de novembro de 1910. O sol paraense aqueceu fortemente as roupas não apropriadas ao calor que vestiam os missionários.

A Igreja Batista em Belém

Os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg eram membros da Igreja batista americana. Ao desembarcarem no Brasil, assim que tiveram oportunidade procuraram a Igreja Batista na cidade de Belém. Quando lá chegaram, foram muito bem recepcionados pelo evangelista Raimundo Nobre que era o pastor interino da Igreja. Foram residir em um porão alugado e após aprenderem a língua portuguesa, os missionários passaram a pregar a mensagem pentecostal entre os irmãos batistas.

            O batismo de Celina Albuquerque

Celina era professora da Escola dominical da Igreja batista em Belém e estivera por muitos anos enferma. Ao receber a cura divina pela intercessão dos missionários passou também a desejar o revestimento de poder. Após um período de oração Celina Albuquerque recebeu o batismo no Espírito Santo com a evidência inicial do falar noutras línguas. Depois de curada e batizada no Espírito, a irmã Celina foi afastada de sua função como professora por ter aderido ao movimento pentecostal.

            O desligamento da Igreja Batista

A controvérsia teológica gerada pelo batismo no Espírito Santo da irmã Celina Albuquerque culminou com o desligamento daqueles que aderiram ao movimento. Uma reunião extraordinária foi convocada pelo evangelista Raimundo Nobre - líder interino da Igreja Batista. Na reunião ele refutou o batismo e o falar em línguas e acusou os missionários de ensinarem falsa doutrina. Cerca de 18 irmãos batistas discordaram da posição do evangelista e então foram excluídos da comunhão e da membresia da Igreja.

Vingren (2000, p. 42) registra que a reunião extraordinária, convocada pelo evangelista Raimundo, aconteceu na noite de terça-feira de 13 de junho de 1911, quatro dias após o batismo da irmã Celina, quando já havia completado seis meses desde a chegada dos missionários ao Brasil.

A fundação da Assembleia de Deus

Após terem sido expulsos da Igreja Batista de Belém, os 18 irmãos excluídos e os missionários começaram a reunir-se na casa da família Albuquerque. A residência estava situada na rua Siqueira Mendes, 611, Cidade Velha, e passou a ser um local fixo para as reuniões. A nova Igreja recebeu o nome de Missão de Fé Apostólica. Esse era nome da Igreja outrora pastoreada por Seymour na rua Asuza em Los Angeles – berço do pentecostalismo contemporâneo. Segundo Berg (1995, p. 102), o início da obra deu-se cinco dias após terem sido expulsos da Igreja Batista. Era 18 de junho de 1911. É a partir desta data que celebramos o nascimento das Assembleias de Deus no Brasil.

O pastor Vingren assumiu como dirigente, e os demais irmãos dedicaram-se basicamente às mesmas atividades que exerciam na Igreja batista. Berg (1995, p. 102) informa que, além da recém-nascida Igreja, havia pequenos trabalhos espalhados pelos quatro pontos da cidade, onde os missionários também dirigiam os cultos. Ainda segundo Berg (1995, p. 103), o local de culto não era apenas um lugar onde as pessoas se dirigiam aos domingos. Os irmãos se reuniam para a comunhão uns com os outros. Reuniam-se para celebrar os aniversários ou nascimento de crianças. Também estavam juntos nos funerais. Desse modo alegrias e tristezas eram compartilhadas.

Parabéns Assembleia de Deus pelos 106 anos de história!

Douglas Roberto de Almeida Baptista


Referências

BERG, D. Daniel Berg: Enviado por Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

VINGREN, I. Diário do Pioneiro: Gunnar Vingren. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000. 

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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/151/assembleia-de-deus:-106-anos.html

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Entrevista: Pastor José Lins, vice-presidente do Núcleo Recife da COMADEPLAN

22.06.2017
Por Tânia Passos Araújo*
Postado por Irineu Messias**

Pastor José Lins, durante a Assembleia Geral da Convenção de Ministros das Assembleias de Deus do Planalto Central  - Comadeplan, de 16 a 18 de junho, em Brasília/DF.

Participando pela primeira vez da Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Convenção dos Ministros da Assembleia de Deus do Planalto Central (Comadeplan), em Brasília, na sua 32ª edição, o pastor José Lins, que liderou a caravana de 13  ministros e missionárias, que participaram do evento, integrantes da Assembleia de Deus Ebenézer, com sede, em Olinda-PE, onde ele é o pastor-presidente, foi convidado a participar da direção do Núcleo da Comadeplan no Recife. O pastor José Lins é o vice-presidente do núcleo e o pastor Robenildo Lins, o secretário. A unidade do Recife será presidida pelo pastor Severino do Ramo, do Ministério Adoração. Nesta entrevista, o pastor José Lins explica como surgiu o convite e os desafios para o núcleo, que será um braço da Comadeplan no estado, junto com o núcleo do Agreste.

Pastor Robenildo Lins, secretário; Pastor José Lins, vice-presidente do Núcleo do Recife da Comadeplan.

1- Pastor José Lins, o senhor participa pela primeira vez da AGO com mais de 400 pastores e já foi convidado para integrar o núcleo do Recife como vice-presidente. Como foi esse convite?

JL-  Esse convite para participar da direção do Núcleo da Comadeplan Recife, junto com o pastor Severino do Ramo, representa para a Ebenézer a confiança depositada pelo pastor-presidente Rinaldo Alves e os companheiros que foram separados para este fim. Eu  louvo a Deus por isso e pela confiança. Na verdade, eu fui pego de surpresa, uma surpresa boa. Foi promessa de Deus. E essas coisas acontecem de maneira assim que ninguém espera, mas quando Deus fala, Ele cumpre. Então, para nós da Ebenézer, isso foi de grande importância. A Ebenézer está surgindo no cenário nacional e pra logo, porque Deus quis e a gente vai continuar trabalhando. Estamos junto com o pastor Severino do Ramo e o pastor Robenildo Lins e vamos formar a diretoria com outros ministros tanto da Ebenézer como de outros que serão chamados para trabalhar. Nós temos que ganhar almas para o Reino do Céus.

2 – Qual será o alcance do Núcleo Recife?

JL - A gente vai trabalhar na área de Recife e onde for possível alcançar. No Sertão, o companheiro do Núcleo do Agreste que também foi escolhido, também entra no Sertão e a gente vai trabalhar em conjunto. A priori, a gente fica no Recife e Região Metropolitana.

3– Quais as atribuições do núcleo?

JL- Entre as atribuições do núcleo estão uma representação da Convenção de Brasília nos estados, para receber alguns ministérios. A gente fica na responsabilidade de indicar ou não, após o conhecimento de cada um para que a gente não possa errar ao aprovar um ministério que não esteja adequado à Comadeplan. Não misturar. Há muita mistura por aí. A gente vai continuar colocando de pé a sã doutrina. No cenário nacional hoje há tantas denominações, mas nós temos uma regra de fé e é ela que nós vamos colocar em prática.

É bem verdade, que alguns irão nos procurar e nós vamos procurar alguns, mas desde que seja dentro dos princípios regidos pela nossa regra de fé. E nós vamos fazer essa triagem para manter o padrão para que eles sejam filiados à Comadeplan e à CGADB e fazermos uma convenção forte no estado de Pernambuco, como já existe em outros estados.

4- As igrejas novas que surgirem e precisarem se filiar a uma convenção ligada à CGAD não precisarão se deslocar para Brasília, no caso da Comadeplan?

JL – Exatamente. O núcleo também servirá de ponte para as igrejas pequenas que não têm condições de ir diretamente à Brasília para ingressar na convenção. E, a partir de agora, nós vamos trabalhar em cima disso para que todos que forem apresentados possam participar também dos eventos em Brasilia. Criar um fundo e pleitear junto com eles para que todos possam participar. E já estamos marcando um contato com o Núcleo do Agreste, em Caruaru.


 *Tânia Passos Araújo, missionária da Ebenézer em Pernambuco e jornalista.
** Irineu Messias, ministro da Ebenézer em Pernambuco.
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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Pastor José Lins é o vice-presidente de um dos núcleos da Comadeplan em Pernambuco

21.06.2017
Por Tânia Araujo*
Postado por Irineu Messias**



Estado passa a ter representantes da Convenção de Ministros da Assembleia de Deus do Planalto Central, que já alcança quase todos os estados brasileiros.


Pastor  José Guilherme e Antônio Negrão irão coordenar o núcleo do Pará. Pastores Robenildo Lins(secretário), José Lins(vice-presidente) e o pastor Severino do Ramo(presidente) serão os responsáveis pelo núcleo do Recife.
             
 Pastores Luciano Carvalho e Adonias do núcleo de
Caruaru, irão dirigir o núcleo  de Caruaru.
Uma importante decisão foi aprovada na 32ª Assembleia Geral Ordinári (AGO) da Convenção dos Ministros da Assembleia de Deus do Planalto Central (Comadeplan), ligada à Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), a partir de agora dois núcleos da Comadeplan passam a funcionar em Pernambuco: o núcleo do Recife e o núcleo do Agreste. Na prática, isso significa que novas igrejas ou ministros que queiram ingressar na Comadeplan não precisarão mais ir até Brasília, no Distrito Federal. O processo de ingresso poderá ser feito por meio dos núcleos.

Em Pernambuco, o núcleo do Recife e Região Metropoliana será presidido pelo pastor Severino do Ramo, da Assembleia de Deus do Ministério Adoração, sediada na capital. E o vice-presidente é o pastor José Lins, da Assembleia de Deus Ebenézer, de Olinda-PE. Já o núcleo do Agreste, com sede em Caruaru, está sob a liderança do pastor Luciano Carvalho e do pastor Adonias. 

Na mesma assembleia foi criado o núcleo de Belém do Pará, que está sob a responsabilidade do pastor Antônio Negrão e do pastor José Guilherme. “A nossa convenção é dividida por núcleos, mesmo no Distrito Federal nós temos muitos núcleos. O núcleo funciona para ajudar a congregar as diversas igrejas de determinado lugar para fazer um trabalho mais unificado. Em cada lugar a gente tem uma pessoa responsável, que irá também capacitar os obreiros”, explicou o pastor-presidente da Comadeplan, Rinaldo Alves dos Santos.

Igrejas de vários partes do Brasil, vinculadas à Comadeplan, participaram da 32ª Assembleia Ordinária, em Brasília/DF.

A Comadeplan é composta por 44 igrejas que representam campos em todo o Brasil  e os campos estão agrupados em núcleos por região. “Esses núcleos têm a responsabilidade de fazerem reuniões setoriais para aprimorar estratégias de trabalho das igrejas e do crescimento em cada região e isso tem sido um sucesso muito grande. Deus tem aprovado e abençoado de uma forma maravilhosa. Às vezes são trabalhos pequenos em regiões muito difíceis, mas onde houver uma alma, a Comadeplan estará presente, através das igrejas, através dos pastores para levar a Palavra de Deus até os confins da terra”, reforçou o 1º secretário da Comadeplan, o pastor Djalma Gonçalves da Silva.

Para o pastor Severino do Ramo, que irá presidir o núcleo Recife, a unidade irá ajudar no fortalecimento da convenção no estado. “Já estou marcando uma reunião com   coordenador do núcleo de Caruaru para discutirmos as primeiras bases da primeira escola bíblica de obreiros da Comadeplan no estado de Pernambuco. A ideia é reunir uma ou duas vezes por mês com todos os obreiros que integram a Comadeplan e com a presença do pastor-presidente para termos um contato maior dos núcleos junto à presidência da convenção em Brasília”, explicou o pastor Severino do Ramo.


Os pastores José Lins, pastor-presidente da Assembleia de Deus Ebenézer, é o vice-presidente de um dos  núcleos da  Comadeplan em Pernambuco. Pastor Severino do Ramo, pastor-presidente da Assembleia de Deus Adoração, é o presidente.
Além dos critérios de ingresso, os núcleos também vão analisar a mudança de obreiros para outros ministérios. “No caso do obreiro, se ele está na nossa região  e por algum motivo ele teve problema e quiser sair para outra, ele não poderá ingressar se não passar antes pelo núcleo que ele faz parte. E a região que irá recebê-lo também precisa comunicar ao núcleo”, explicou o pastor Severino.


Pastor Rinaldo Alves dos Santos, presidente da Comadeplan, discorreu sobre a importância da criação dos novos núcleos em Pernambuco e no Pará.

“O núcleo também é importante para evitarmos o ingresso de pessoas que não tenham o perfil das Assembleias de Deus no Brasil”, enfatizou o pastor José Lins, da Assembleia de Deus Ebenézer e vice- presidente do Núcleo Recife.

 *Tânia Araújo, missionária da Ebenézer em Pernambuco e jornalista.
** Irineu Messias, ministro da Ebenézer em Pernambuco.
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