09.03.2017
Por Tânia Passos*
Meu encontro com Ana e o Senhor Jesus
*Entrevista dada á jornalista Tânia Passos que é também membro da Igreja Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco.
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Por Tânia Passos*
Meu encontro com Ana e o Senhor Jesus
Quatro anos depois de ter saído da igreja, eu
conheci Ana e voltei a servir ao Senhor Jesus. Ela havia me visto primeiro. Na época eu tinha o cabelo grande e, talvez por isso, tenha me destacado dos demais. A empatia foi recíproca e uma semana depois, nós já estávamos namorando e eu voltei para a igreja. O meu pai, nesse tempo, era dirigente da Campanha
Evangelizadora de Paratibe III. Eu firmei um compromisso com Jesus e com ela. E após oito meses de
namoro e noivado, nos casamos, até o dia de hoje.
Quando eu conheci Ana, eu
era funcionário da Prefeitura de Abreu e Lima, depois fui trabalhar como
motorista na fábrica de colchões na confecção Márcia Cristina do saudoso pastor
José Flor. De lá, ele me levou para a casa do pastor Isaac, que foi quem fez
meu casamento. Ainda novo, ele disse a mim: “Eu lhe conheço. Você é o filho do
irmão Lins”. E em seguida perguntou: Você quer durar aqui? Eu disse sim e ele completou:
“Veja e não veja. Escute e não escute”.
Mas eu tive oportunidade, eu fui
motorista da igreja, também fui motorista do pastor Isaac por um período,
também no período da sua doença. Então eu fiquei desempregado e passei pela
mesma situação de quando era solteiro, só que dessa vez casado e com dois
filhos e a minha esposa grávida de gêmeos. Eu morava numa casa alugada na Rua
Henrique Dias, na Matinha, em Abreu e Lima, e fazia parte da igreja da Matinha
e o pastor me separou para ser auxiliar da igreja e eu não queria e tirei minha
ficha. Eu não queria ser nada na igreja, pelo o que eu via meu pai passar e
pelo que eu estava passando e continuei
ainda passando por uma situação muito complicada de prova.
Não tinha como pagar
o aluguel da casa. Não tinha para onde ir, minha esposa começou a ter
complicações na gravidez. Ela foi internada no hospital do Imip. Eu tinha
começado um emprego em uma firma de gás e pedi a um amigo para levá-la ao
hospital. E ela perdeu os dois bebês aos cinco meses de gravidez e quase que
ela também vai embora. O tempo passou, os meninos cresceram, eu não queria ser
pastor. Quando eu fui me visitar meu pai, lembrei que Deus já havia usado
alguém para minha sogra quando disse que um dos dela estava indo embora e nós
fomos morar em Limoeiro.
Fomos ajudar o pastor Lins a construir a igreja de
Limoeiro e de lá conseguiu novamente outro emprego e voltei para a Rua 47 em
Caetés III. Passou um tempo e eu fui consagrado para o presbitério e fui
dirigir uma igreja em Caetes III na Rua 51. Fiquei lá um ano e sete meses,
depois desse período fui consagrado como evangelista, fui transferido de Caetés III e fui enviado
para Olinda para a igreja da presidente Kennedy. Já nesse período da transição
de Caetés III para lá, eu trabalhava na empresa Cidade Alta, eu tive que
abnegar do emprego, eu fiz um voto a Deus.
O pastor Roberto pediu para eu sair
para se dedicar à igreja e mesmo assim, eu vim com a minha família, trabalhar
na igreja, desempregado, e como estava sendo provado por Deus, passei
dois anos e meio sem receber nada da igreja. Fui mantido pela cesta básica da
igreja e também do irmão Ednaldo que
doava dez cestas e uma era minha até o dia que a igreja resolveu me colocar na
folha de pagamento. Passei a ser pastor depois de três anos já consagrado na
área. Comecei dirigindo seis igrejas, depois passamos para quinze. Depois
chegamos a vinte congregações.
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