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sábado, 13 de fevereiro de 2021

CPADNEWS: POR QUE DEVEMOS OBEDECER AOS PASTORES ? HÁ HIERARQUIA NA IGREJA?

14.02.2021

Do portal CPAD NEWS, 30.03.2015

Por Ciro Sanches Zibordi

CPADNEWS: POR QUE DEVEMOS OBEDECER AOS PASTORES ? HÁ HIERARQUIA NA IGREJA?

Conquanto a Palavra de Deus ordene: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas” (Hb 13.17), aumenta a cada dia o número de cristãos rebeldes, que não se sujeitam aos líderes eclesiásticos chamados verdadeiramente por Deus e pensam que estão certos. Não respeitam pastores, verberam contra a liderança e afirmam que só devem obediência a Deus. “Igreja não é quartel general”, afirmam. E, generalizando, chamam qualquer liderança firme e segura de coronelista. Na Bíblia, a Palavra de Deus, vemos que o próprio Deus prioriza e hierarquiza. Ele — que podia ter formado todas as coisas com uma única palavra — fez questão de formar tudo a seu tempo, dia após dia (Gn 1). O Senhor também pôs em ordem as tribos de Israel (Nm 2). Nosso Deus é um Deus de ordem (1 Co 14.40).

De acordo com 1 Coríntios 12.28, vemos que Deus hierarquiza dons e ministérios. A hierarquia, nesse caso, existe, não para que o portador de certo dom e ministério se considere superior aos outros, e sim para que haja ordem. Deus pôs na igreja “primeiramente apóstolos” (1 Co 12.28; Ef 4.11). Os apóstolos são homens de Deus, enviados por Ele, com grande autoridade, e não autoritarismo, que formam a liderança maior da igreja — independentemente dos títulos empregados pelas denominações (pastores presidentes, bispos, reverendos, pastores, presbíteros, etc.). Mas não se deve confundir títulos com ministérios e dons. Estes vêm do Espírito Santo, enquanto os títulos são conferidos pelos homens. Na Assembleia de Deus fiel ao seu perfil teológico-eclesiástico-consuetudinário original, por exemplo, não existe o título de apóstolo. Mas isso não significa que não exista o ministério apostólico. Este, segundo a Bíblia, perdurará “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).

O texto de 1 Coríntios 12.28 afirma, também, que Deus pôs na igreja “em segundo lugar, profetas”, mencionados em Efésios 4.11 na mesma posição, depois dos apóstolos. Os profetas que receberam, de fato, o ministério profético, não devem ser confundidos com os crentes que falam em profecia nos cultos, também chamados de profetas em 1 Coríntios 14.29. O ministério profético neotestamentário é formado por pregadores (pregadores, mesmo!) da Palavra de Deus, portadores de mensagens proféticas. Em seguida, a Palavra do Senhor, ainda em 1 Coríntios 12.28, assevera: “em terceiro, doutores”. Veja como essa hierarquização ocorria na igreja de Antioquia da Síria: “havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo” (At 13.1). Nesse caso, os doutores, que atuam juntamente com os profetas, são ensinadores da Palavra de Deus. Há casos, como o de Paulo, em que três ou dois dos ministérios mencionados (apóstolo, profeta e doutor) estão presentes (1 Tm 2.7). Os ministérios de pastor e evangelista certamente fazem parte dos três escalões mencionados em 1 Coríntios 12.28, posto que são títulos relacionados com a liderança maior da igreja.

Em 1 Coríntios 12.28, também está escrito: “depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”. Milagres só vêm depois de apóstolos, profetas e doutores? Isso mesmo. Na hierarquização feita por Deus, o ministério da Palavra é mais prioritário que os milagres, haja vista serem estes o efeito da pregação do Evangelho (Mc 16.17). Observe que João Batista foi considerado por Jesus o maior profeta dentre os nascidos de mulher, mesmo sem ter realizado sinal algum (Jo 10.41). Se não houver hierarquia nas igrejas, para que servirão os cargos e funções? Qualquer pessoa, dizendo-se usada por Deus, poderá mandar no pastor. Aliás, isso estava acontecendo na igreja de Tiatira, e o próprio Senhor Jesus repreendeu aquele obreiro frouxo que não estava exercendo a liderança que recebera do Senhor (Ap 2.20).

Deus é Deus de ordem! Os princípios divinos da priorização e da hierarquização aparecem em várias outras passagens neotestamentárias. Em 1 Coríntios 14.26, vemos que, no culto coletivo a Deus, deve haver ordem. Quanto à ressurreição, está escrito: “cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Co 15.23). E, na Vinda de Jesus, tal princípio também será aplicado: “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens” (1 Ts 4.17). Em 1 Tessalonicenses 5.23, vemos que Deus prioriza o espírito, na santificação: “e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Essa ordem mostra que a obra santificadora do Espírito Santo ocorre de dentro para fora, e não de fora para dentro.

Finalmente, o apóstolo Paulo parabenizou os crentes da cidade de Colossos porque naquela igreja havia ordem (Cl 2.5). E ordem também significa respeitar a hierarquia! Afinal, os ministérios e dons não são invenção humana. Eles foram dados por Deus para edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11-15).

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Ciro Sanches Zibordi é pastor, escritor, membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Autor do best-seller “Erros que os pregadores devem evitar” e das obras “Mais erros que os pregadores devem evitar”, “Erros que os adoradores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria”, “Adolescentes S/A” e “Perguntas intrigantes que os jovens costumam fazer”, todos títulos da CPAD. É ainda co-autor da obra “Teologia Sistemática Pentecostal”, também da CPAD.

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Fonte:Ciro Sanches Zibordi - CPADNews

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O que produz um sermão poderoso?

24.09.2018
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Brian Croft

o-que-produz-um-sermao-poderoso

Há muitas respostas corretas para essa pergunta: o poder da Palavra de Deus, o enchimento do Espírito Santo, o talento do pregador, o entusiasmo do povo para ouvir – todas essas coisas poderiam ser mencionadas para responder essa pergunta. Contudo, eu quero mencionar uma resposta que é frequentemente esquecida quando refletimos sobre o poder da pregação e o que produz um sermão comovente, que gera frutos espirituais para Deus.  Acredito que o pastor inglês do século 19, Archibald Brown, foi quem melhor sintetizou esse aspecto esquecido da pregação poderosa:

“Ah, irmãos e irmãs, que Deus me capacite a falar com vocês nesta manhã da maneira que eu desejo falar. Eu só queria conseguir fazer com que esse texto resplandecesse diante dos seus olhos da maneira que ele resplandeceu diante dos meus. Eu queria que você percebesse a força tremenda que ele tem, da maneira que aconteceu em meu coração antes de chegar aqui. Ah, se isso acontecesse, muitos de vocês seriam sacudidos de seu egoísmo, de seu mundanismo, de sua conivência com as máximas deste mundo”.

As palavras de Brown capturam bem um elemento essencial de um poderoso sermão, isto é, que primeiro é necessário que o pregador seja profundamente impactado pela palavra que ele sobe no púlpito para pregar. Antes que o pregador seja capaz de convencer qualquer cristão a depositar sua confiança nas promessas de Deus, ele precisa crer nessas promessas.

Pastor, enquanto você se prepara para pregar a palavra de Deus e alimentar as almas de seu povo essa semana, certifique-se de que você já foi transformado pelo que você está estudando. Certifique-se de que já faz parte de você e que você realmente acredita no que você está se preparando para pregar, para que você seja capaz de pregar com uma sinceridade que só é possível em alguém que já teve um encontro com Deus e experimentou seu auxílio.
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Fonte:https://voltemosaoevangelho.com/blog/2018/09/o-que-produz-um-sermao-poderoso/